Perigo constante. Uma mulher grávida, de 42 anos, tornou-se a primeira paciente a morrer no Brasil com diagnóstico da variante delta do novo coronavírus, confirmou no domingo, dia 27/6, o Ministério da Saúde. A vítima tinha vindo do Japão para Apuracana, no Norte do Paraná, onde morreu em 18 de abril.
Segundo o ministério, a gestante teve resultado negativo para covid-19 no teste de RT-PCR antes de embarcar para o Brasil. No entanto, a vítima começou a apresentar problemas respiratórios em 7 de abril, dois dias depois de chegar ao país. A paciente refez o teste, com resultado positivo.
Oito dias após a confirmação do diagnóstico, em 15 de abril, a gestante foi internada. Logo depois de passar por uma cesariana de emergência em 18 de abril, por causa do agravamento do estado de saúde, a mulher morreu. Nascido com 28 semanas de gestação, o bebê fez o teste para a doença, com resultado negativo.
A paciente morta está na origem do primeiro caso de transmissão comunitária no Paraná da variante delta, identificada na Índia. Uma idosa de 71 anos foi infectada pela filha, que era amiga da gestante e tinha ido visitá-la.
A idosa já teve alta. Como a filha, que teve contato com a gestante, só fez o teste de antígeno, não foi possível traçar o sequenciamento genético do vírus.
Promessa é dívida. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, dia 11/6, em São Paulo, que 160 milhões de brasileiros serão vacinados contra a covid-19 até o final deste ano.
“Vamos nos empenhar fortemente para acelerar a nossa campanha de vacinação, já distribuímos mais de 105 milhões de doses para estados e municípios e mais de 70 milhões de doses de vacinas já foram aplicadas, já temos uma cobertura de duas doses de mais de 15% da população brasileira e, em junho, teremos ao menos 40 milhões de doses de vacinas. A perspectiva do mês de julho é satisfatória, haja visto a chegada de vacinas. Somente com a Pfizer, até setembro, teremos 100 milhões de doses e de setembro a dezembro serão mais 100 milhões de doses”, afirmou.
Queiroga participou, ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, da inauguração de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de Enfermaria no Hospital Municipal Guarapiranga (SP). Foram entregues 65 novos leitos (30 de UTI e 35 de enfermaria) exclusivos para o atendimento de pacientes com complicações decorrentes do novo coronavírus, no hospital situado na zona sul da capital.
No local, que é custeado em parceria com o governo federal, foram investidos R$ 2.638.432,66 para ampliação. Os novos leitos já podem ser utilizados na próxima semana.
Marca histórica. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chegou na sexta-feira, dia 4/6, a 50 milhões e 900 mil doses de vacinas contra covid-19 entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A soma foi atingida com a liberação de mais 3 milhões e 300 mil doses do imunizante Oxford/AstraZeneca.
O número total de entregas inclui 46,9 milhões de doses que foram produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e 4 milhões de vacinas importadas prontas do Instituto Serum, da Índia. No segundo caso, a Fiocruz também negociou o envio das doses e realizou a checagem e rotulagem em português dos frascos recebidos.
A fundação anunciou que, a partir da semana que vem, as doses voltarão a ser entregues em duas remessas: na sexta, o estado do Rio de Janeiro receberá sua parcela de doses, e, no sábado, sairá o carregamento para o almoxarifado central do Ministério da Saúde, em São Paulo, de onde as doses são distribuídas para os demais estados e o Distrito Federal. Segundo a Fiocruz, a mudança se deu por um pedido da Coordenação de Logística do Ministério da Saúde.
As doses produzidas em Bio-Manguinhos são fabricadas a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China, como previu o acordo de encomenda tecnológica assinado com a AstraZeneca no ano passado. O último carregamento recebido pela Fiocruz, em 22 de maio, garante as entregas até o início de julho, quando o total produzido e liberado deve chegar a cerca de 62 milhões de doses.
Mais quatro carregamentos de IFA estão previstos para chegar entre junho e julho, garantindo a produção de 100,4 milhões de doses.
A Fiocruz também trabalha para produzir o IFA no Brasil, o que já está garantido com a assinatura do acordo de transferência de tecnologia assinado nesta semana com a AstraZeneca. Já chegaram ao país os primeiros bancos de células e de vírus que permitirão essa produção, e Bio-Manguinhos prevê iniciar neste mês a fabricação dos primeiros lotes de pré-validação e validação. A vacina produzida com IFA nacional, porém, só deve chegar aos postos de vacinação em outubro.
Olha a notícia. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou segunda-feira, dia 1º/6, contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca para a produção de vacina contra a covid-19 totalmente fabricada no país. O contrato formaliza processo já iniciado de compartilhamento de inovações pela AstraZeneca em consórcio com a Universidade de Oxford com a Fiocruz.
No ano passado, o governo assinou um contrato preliminar de encomenda tecnológica que fixou parâmetros para a aquisição de doses da vacina Oxford/AstraZeneca e para a transferência de tecnologia à Fiocruz, que passou a atuar como uma parceira no consórcio.
O 1º lote de doses da Oxford/AstraZeneca foi importado. Em seguida, a Fiocruz passou a fazer o envase e finalização do processo a partir do recebimento dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) vindos do exterior, no caso da China.
De acordo com a fundação, a estrutura de fabricação já recebeu certificado de boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fase seguinte é o treinamento e preparação do IFA a ser produzido no Brasil, o que deve ocorrer em junho.
Testes
Esses insumos elaborados no Brasil passarão por testes junto a AstraZeneca para aferir se eles garantem a qualidade, segurança e eficácia necessárias da fórmula original do imunizante.
Em seguida, será preciso submeter a documentação sobre o novo processo produtivo à Anvisa para que a agência autorize a alteração no registro da vacina já obtido, que conta com as informações dos IFAs fabricados no exterior.
A previsão da Fiocruz é que a fabricação das primeiras vacinas totalmente nacionais ocorra a partir de outubro.
Avanço da vacinação
Na cerimônia de assinatura, realizada na sede do Ministério da Saúde, o titular da pasta, Marcelo Queiroga, informou que até o momento foram entregues pela parceria entre Fiocruz e Oxford/AstraZeneca 47 milhões de doses. Pelo contrato, seriam disponibilizadas mais 50 milhões de doses.
“Com o avanço da vacinação, demos início à vacinação dos professores. Diante da ameaça de novas variantes, começamos a vacinação de portos e aeroportos. Com mais de 600 milhões de doses encomendadas, nosso objetivo é oferecer até o fim do ano vacinação para toda a população do país”, disse Queiroga.
Conforme o painel de vacinação do Ministério da Saúde, ainda estão previstas 20,9 milhões de doses em junho, 36,9 milhões para o 3º trimestre e 110 milhões de doses para o 4º trimestre do ano, totalizando 210,4 milhões de doses contratadas de diferentes laboratórios.
Sufoco. Nesta terça-feira, dia 2/3, mais de 300 pessoas esperam na fila da regulação para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado da Bahia. A taxa de ocupação dessas unidades está em 83%.
De acordo com a subsecretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim, com essa quantidade de pessoas à espera de leito, é como se o Estado tivesse em sua totalidade de ocupação: 100%. Segundo Tereza, a “demora” na regulação, muitas vezes é uma medida para esperar vagar novos leitos, para evitar que o sistema entre em colapso.
A Prefeitura convocou mais 179 aprovados no último Processo Seletivo Simplificado da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os nomes dos selecionados foram publicados no Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira, dia 7/10. No total, foram 53 cirurgiões dentistas, 42 enfermeiros, 37 auxiliares em saúde bucal e 47 técnicos de enfermagem que atuarão na rede de atenção básica da capital baiana.
“Não temos notícia de nenhum outro município brasileiro que deflagrou tão amplo processo de convocação de profissionais na área da saúde. Salvador já é a capital do país que mais avançou na estruturação da saúde básica e, com esse ritmo acelerado de convocação de novos servidores, nossa expectativa é atingir a marca histórica de 60% cobertura na atenção básica, entregando à população soteropolitana uma rede de postos requalificada e com equipes 100% consistidas”, declarou o titular da SMS, Leo Prates.
Por conta das medidas de prevenção e controle para o enfrentamento da Covid-19, os convocados deverão realizar a comprovação da habilitação técnica e assinatura do contrato por meio de acesso eletrônico no endereço: redaapscontratos. salvador. ba. gov. br. Os candidatos terão 15 dias corridos – contados a partir do primeiro dia útil após a publicação – para comprovação da habilitação técnica e assinatura do contrato através do site. Fonte: Secom/PMS
Dados parciais da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa em 2020 mostraram cobertura vacinal de 97,81% do rebanho de bovinos e bubalinos de todas as idades. No total, segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, entre estados que já enviaram informações foram imunizados 166 milhões de animais.
Até o momento, 18 dos 23 estados que precisam vacinar seus rebanhos entraram no balanço. Isso porque um está em análise e três ainda não enviaram o relatório com os dados finais dessa fase. A segunda etapa de campanha de vacinação contra aftosa começa em 22 estados em novembro.
Novo coronavírus
Em 2019, na campanha de maio, foram vacinados 196 milhões de bovinos e bubalinos, cobrindo 98,08% do total. Por causa da pandemia de covid-19, este ano a primeira etapa de vacinação foi prorrogada em 30 dias para que todos os estados tivessem 60 dias para a imunização.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Geraldo Moraes, a pequena redução da cobertura vacinal era esperada como reflexo direto da pandemia, que atrapalhou a logística da vacinação. “Apesar disso, foi uma campanha exitosa, dadas as proporções da emergência em saúde existente no país”, disse. A previsão para esta primeira etapa é de vacinar cerca de 183 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades.
Certificação
Os estados do Paraná, Acre e Rondônia, e regiões do sul do Amazonas e do noroeste de Mato Grosso tiveram a última vacinação contra a doença em 2019 e, no momento, estão cumprindo o prazo para reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal.
O Rio Grande do Sul, que teve a última vacinação em março deste ano, também está cumprindo prazo para o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Desde 2007, o estado de Santa Catarina é reconhecido internacionalmente nessa categoria.
Disparou. O número de mortes em razão do novo coronavírus chegou a 201, nesta terça-feira, dia 31/3, conforme nova atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. O resultado marca um aumento de 26% em relação a à segunda-feira, dia 30/3, quando foram registrados 159 óbitos.
As mortes ocorreram em São Paulo (136), Rio de Janeiro (23), Ceará (sete), Pernambuco (seis), Piauí (quatro), Rio Grande do Sul (quatro), Paraná (três), Amazonas (três), Distrito Federal (três), Minas Gerais (duas), Bahia (duas), Santa Catarina (duas), Alagoas (uma), Maranhão (uma), Goiás (uma), Rondônia (uma) e Rio Grande do Norte (uma).
Em relação ao perfil, 41,4% eram mulheres e 68,6%, homens. Em relação à idade, 89% estavam na faixa acima de 60 anos. Em relação às complicações de saúde, a maioria (107) apresentavam cardiopatia, 75 tinham diabetes, 33 pneumopatia e 22 alguma condição neurológica.
Já os casos confirmados saíram de 4.579 para 5.717. O resultado de novas 1.138 pessoas infectadas em um dia foi mais que o dobro do maior registrado até agora, de 502 novos casos no dia 27 de março. Fonte: Sgência Brasil
A Prefeitura firmou na quarta-feira, dia 11/9, convênios com a Apae, Instituto Bahiano de Reabilitação (IBR), Núcleo de Atendimento à Criança com Paralisia Cerebral (NACPC) e o Centro Nzinga de Atenção à Saúde Mental da Mulher para ampliação do atendimento, via Sistema Único de Saúde (SUS), a pacientes com doenças raras, além de pessoas com deficiência física e intelectual ou que necessitam de suporte psicossocial. O evento ocorreu no Palácio Thomé de Souza, no Centro, e contou com as presenças do prefeito ACM Neto e do titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Leo Prates.
Também estiveram presentes Davina Brandão, representante do Centro Nzinga; Tatiana Amorim, diretora técnica Serviços de Referências de Doenças Raras da Apae; Carlos Dumet, superintendente administrativo do IBR; Pedro Guimarães, presidente e fundador do NACPC; Derval Evangelista, presidente em exercício da Apae; e Geraldo Leite, presidente da Fundação José Silveira.
A parceria com essas entidades, que já possuem reconhecimento e expertise no município, ocorre após abertura de um chamamento público. A Apae, o IBR e o NACPC já são habilitados pelo Ministério da Saúde como Centros Especializados em Reabilitação (CER II), enquanto que o Nzinga está habilitado como Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I).
“Estamos nessa primeira etapa assinando contrato especificamente com as quatro entidades, somando investimento anual de R$ 33,5 milhões, que será importantíssimo para que a gente possa ampliar a atenção a pessoas com deficiência, inclusive pessoas com deficiência rara”, disse o prefeito. Ele aproveitou a ocasião para fazer a entrega de uma van, que será usado pelo IBR para o transporte dos pacientes atendidos na instituição.
O prefeito também destacou a relevância do serviço prestado pelo terceiro setor. “Há um alto de grau de desconhecimento em relação ao trabalho grandioso que as instituições fazem na cidade. Por isso, o poder público tem obrigação de dar todo o suporte e apoio. Em 2013, quando assumi a Prefeitura, a situação era difícil. Havia instituições com seis meses de atraso no pagamento. Elas próprias tinham que se virar para pagar os serviços que eram prestados. Conseguimos mudar essa realidade”, disse.
Tabela – O secretário Leo Prates lembrou que a Prefeitura criou uma tabela de incentivos para os serviços contratualizados com as instituições filantrópicas. “A partir dela foi possível abrir o chamamento possibilitando a assinatura dos contratos. Cabe à SMS tanto a prestação do serviço público quanto induzir a criação de novos serviços de saúde. Hoje, é dado um passo importante porque conseguimos a inclusão de doenças raras na Apae”.
De acordo com Tatiana Amorim, diretora técnica de Serviços de Referências de Doenças Raras da Apae, graças à parceria firmada com a Prefeitura o atendimento a pacientes com doenças genéticas será expandido.
“Sempre atendíamos do ponto de vista de reabilitação, quando havia deficiência associada, mas não tínhamos como fazer diagnóstico, investigar esses casos, porque precisávamos de um suporte financeiro que não tínhamos. Existe uma politica nacional de doenças raras que vai ser implementada graças a essa contratualização”.
Ainda de acordo com a gestora, a perspectiva é que com o recurso a Apae passe da atual média de 30 pacientes com doenças raras,atendidos por mês para 20 pacientes por semana. Fonte: PMS
O governo federal vai ampliar em pouco mais de 7,3 mil o número de médicos nas áreas mais carentes do país, sendo que 55% dos profissionais serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste. O Programa Médicos pelo Brasil, lançado hoje (1º), em substituição ao Mais Médicos, define novos critérios para realocação dos profissionais considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. A nova proposta ainda prevê formação de médicos especialistas em medicina da família e comunidade.
Ao todo, serão 18 mil vagas. O novo programa vai coexistir com o Mais Médicos até o fim dos contratos que estão vigentes. Os médicos que quiserem migrar para o Médicos pelo Brasil também terão que participar do processo seletivo.
De acordo com o Ministério da Saúde, na atenção primária – base do Sistema Único de Saúde (SUS) – é possível resolver cerca de até 80% dos problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e tuberculose. “É o momento que olhamos decisivamente para a atenção básica. Vamos reestruturar o sistema de saúde brasileira partindo da atenção primária. Isso vem de uma sequência de ações”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante cerimônia no Palácio do Planalto. “Embora o nome seja atenção básica ela é muito mais complexa do que a atenção especializada, ela mexe com a dinâmica da sociedade, é ali que se faz a porta de entrada e a responsabilização da vida do indivíduo”, completou.
Os médicos do novo programa serão selecionados por processo seletivo para duas funções: médicos de família e comunidade e tutor médico. Todos deverão ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os médicos formados no exterior, inclusive os cubanos que deixaram o Mais Médico e continuaram no Brasil, deverão passar pelo processo de revalidação do diploma (Revalida) para obter o registro e atuar no programa.
A medida provisória que cria o Médicos pelo Brasil foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro hoje e será encaminhada para avaliação do Congresso Nacional. Segundo o ministro, assim que for aprovada, o governo vai lançar edital para a seleção e contratação dos profissionais. Atualmente, existem 3,8 mil vagas, mas, até o final de 2020, o governo espera ocupar todas as 18 mil vagas, que hoje são Mais Médicos e passarão para o novo programa. O orçamento previsto para o Mais Médicos (R$ 3,4 bilhões, em 2019) será, gradativamente, transferido para o novo programa.
Contratação
Para a função de médico de família e comunidade, os profissionais que forem aprovados em teste escrito serão alocados nas unidades de Saúde da Família predefinidas pelo Ministério da Saúde. Eles terão dois anos para concluir o curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade, recebendo bolsa-formação de R$ 12 mil mensais e gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos ou R$ 6 mil adicionais para distritos indígenas, além de localidades ribeirinhas e fluviais.
Para a função de tutor médico serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica. Após aprovação em processo seletivo, estes profissionais serão contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e serão responsáveis pelo atendimento à população nas unidades definidas e pela supervisão dos demais médicos durante o período do curso de especialização.
Os contratos com carteira assinada podem variar entre quatro níveis salariais que variam entre R$ 21 mil e R$ 31 mil, já incluído os acréscimos por desempenho que pode variar entre 11% a 30% do salário- medido pela qualidade de atendimento e satisfação da população – e dificuldades do local. O valor também inclui gratificação (R$ 1 mil/mês) para os médicos que acumularem o cargo de tutor. Além disto, há previsão de progressão salarial a cada três anos de participação no programa.
Áreas vulneráveis
Para classificação dos locais, o novo programa foi elaborado a partir da metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os municípios são divididos em cinco categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos. Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos que, juntos, concentram 3,4 mil cidades, além das unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
Do total de vagas do Médicos pelo Brasil, 13 mil serão para essas localidades de difícil provimento. No Mais Médicos, pouco mais de 5,6 profissionais estão nesses locais. O Ministério da Saúde informou que será criado um novo modelo de financiamento da atenção básica de saúde para compensar a transferência de vagas das regiões urbanas e intermediárias adjacentes.
AMB
Para a Associação Médica Brasileira (AMB), o programa representa um avanço para a saúde no país. A AMB destaca ainda que a iniciativa marca uma posição importante para assegurar a qualidade do atendimento médico no Brasil, com a determinação do Revalida como requisito mínimo para que médicos estrangeiros atuem no país, dentro ou fora do programa. “O Médicos pelo Brasil indica o caminho para a resolução dos conflitos envolvendo os intercambistas que atuam no Mais Médicos. Entendemos que são necessárias ações humanitárias de acolhimento dos profissionais que estão em situação de refúgio e vulnerabilidade no Brasil. Muitos deles não têm, sequer, a documentação que comprova a formação em medicina. Por isso, é legítima a ideia de apoio à preparação deles para o Revalida. Porém, é preciso considerá-los inaptos para a prática de medicina no país até que eles tenham o diploma comprovado e revalidado”, reforça Diogo Leite Sampaio, vice-presidente da associação. Agência Brasil
Um estudo realizado pelo EndoDebate em parceria com a Revista Saúde, mostrou que 80% das pessoas com diabetes tipo 2 apresentam indícios de comprometimento cardiovascular. Mais da metade (52%) indicam pelo menos dois destes sintomas: tontura, dores no peito e nas pernas, falta de ar e palpitações.
Intitulado “Quando o Diabetes Toca o Coração”, o estudo foi lançado em junho pelo laboratório Novo Nordisk e divulgado nesta semana. A pesquisa entrevistou 1.439 pessoas com e sem diabetes tipo 2, com idade entre 47 e 55 anos.
O levantamento mostrou que 64% dos diabéticos não seguem rigorosamente o tratamento e apenas 48% dos pacientes consideram a doença muito grave. O diabetes aparece atrás do câncer (92%), do acidente vascular cerebral (79%), do infarto (75%), do mal de Alzheimer (74%), da insuficiência renal (70%) e da insuficiência cardíaca (56%).
“A atenção ao coração é um dos grandes desafios no segmento do paciente com diabetes. Temos objetivos desafiadores no século 21 que vão além do controle da glicose no sangue, fundamental para o tratamento do diabetes tipo 2. Tudo isso passa também por reduzir o peso e o risco de hipoglicemia e umentar a segurança do ponto de vista cardiovascular”, disse o médico endocrinologista e fundador do EndoDebate, evento que ocorre até hoje (20) na capital paulista, Carlos Eduardo Barra Couri.
Desconhecimento
Sobre a primeira palavra lembrada ao pensarem em problemas do coração, 662 entrevistados mencionaram infarto; 159 disseram morte; 39, hipertensão; 25, AVC. O diabetes ficou em último. Entre os diabéticos, 61% disseram acreditar que a doença está entre os fatores de risco para problemas cardiovasculares, contra 42% entre os não diabéticos. Nos dois grupos, a pressão alta aparece em primeiro lugar, seguida do colesterol e dos triglicérides altos.
Para 60% das pessoas com diabetes tipo 2, o médico transmitiu informações insatisfatórias ou nem mencionou as questões relacionadas ao coração na última consulta para controlar o diabetes. Embora 62% desses pacientes tenham sido diagnosticados há pelo menos cinco anos, 90% dizem ainda sentirem falta de mais informações durante o tratamento.
“O tempo é determinante. É muita informação que o médico tem que passar. Eu acredito que há uma mistura de falta de informação e desconhecimento de como abordar direito esse paciente. Como falar em um tom acolhedor humano e ao mesmo tempo incisivo, informativo? Muitos médicos não sabem como fazer isso”, comenta Couri.
Percepção limitada
Apesar da gravidade da doença, a pesquisa também revelou uma percepção limitada sobre os riscos do diabetes tipo 2. Ao todo, 64% das pessoas com diabetes entrevistadas não seguem o tratamento à risca. “A adesão ao tratamento começa quando o médico abre a porta do consultório, quando o médico levanta para atender o paciente, quando o paciente tem uma consulta digna, quando o médico ouve o paciente. Adesão é muito mais do que explicar como toma o remédio, é acolher o paciente e ser humano na consulta”, explica Couri.
Segundo o laboratório parceiro da pesquisa, 13 milhões de pessoas vivem com o diabetes tipo 1 ou tipo 2 no Brasil. Desse total, estima-se que 90% tenham diabetes tipo 2, no qual o pâncreas produz a insulina insuficiente ou não age de forma adequada para diminuir a glicemia. Ele é mais comum em adultos com obesidade e em pessoas com histórico familiar de diabetes tipo 2. Quase metade das pessoas com diabetes tipo 2 não sabem ter a doença. Além disso, duas a cada três mortes de pessoas com diabetes são ocasionadas por doenças cardiovasculares. Agência Brasil
Inaugurada como parte da estratégia de regionalização dos serviços de saúde na Bahia, a policlínica regional em Alagoinhas completa um ano neste sábado (8), com a marca de 80 mil atendimentos realizados. O equipamento atende a demanda de 19 municípios e, ao longo do primeiro ano de funcionamento, promoveu mais de 52 mil exames e aproximadamente 27 mil consultas.
Entre os pacientes encaminhados para a unidade, o aposentado Amadeu Oliveira, morador de Pojuca, foi atendido pela endocrinologista. “Ter essa policlínica aqui é excelente. Além da equipe, que nos trata muito bem, estou perto de casa. Antes, eu precisaria ir até Salvador, porque não encontro esse tipo de especialidade no meu município”, revelou o aposentado.
Segundo a diretora da policlínica, Adriana Maciel, a população tem a possibilidade de realizar procedimentos em até 18 especialidades. A maior oferta de consultas está na área de ginecologia e obstetrícia. Já para exames, o raio-x lidera a lista, com cerca de 10 mil procedimentos realizados desde a inauguração.
“Nesse primeiro ano de funcionamento, a gente já consegue perceber o impacto da policlínica na vida da população. Isso porque conseguimos dar mais celeridade no diagnóstico dos pacientes. Assim, encaminhamos esses pacientes para o tratamento de forma mais rápida e com maior chance de sucesso”, destacou a diretora.
A policlínica em Alagoinhas alcança cerca de 580 mil baianos, que vivem nos municípios que integram o Consórcio Público Interfederativo de Saúde da região. A unidade recebeu um investimento do Governo do Estado no valor total de R$ 23 milhões. O transporte dos pacientes entre o município de origem e a policlínica é realizado gratuitamente por 10 micro-ônibus.
Geração de empregos
Além do serviço de saúde, o equipamento é também um gerador de empregos. No local trabalham 103 profissionais nas mais diversas áreas. A auxiliar de serviços gerais Bárbara Santos estava desempregada há dois anos antes de começar a trabalhar na unidade.
“Essa policlínica é uma benção para todo mundo. Os pacientes chegam aqui e nem acreditam que estão vindo pra uma consulta médica. Para a gente que trabalha aqui é garantia de levar o alimento para nossa família. Sou muita grata por trabalhar aqui”, afirmou Bárbara.
Para marcar o aniversário de um ano de funcionamento, a direção da policlínica receberá os pacientes com um café da manhã junino e em clima de arrasta-pé na próxima segunda-feira (10).
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, reafirmou nesta quinta-feira, dia 25/1, que o país tem estoque suficiente para imunizar, com doses fracionadas da vacina, todos os brasileiros ainda não vacinados contra a febre amarela. No entanto, o ministério manterá a estratégia de imunizar apenas a população das áreas afetadas pela doença.
“Há doses fracionadas para todos os brasileiros e há capacidade do governo de imunizar todos os brasileiros se for necessário. Nós faremos a vacinação nas áreas onde a população tem risco de pegar a febre amarela. Nas áreas em que não há risco, nós não colocaremos a população em risco vacinando porque há reação à vacina, e algumas mortes ocorrem por reação à vacinação”, disse.
Olha aí. 13 bairros de Salvador vão ter o abastecimento de água suspenso, na terça-feira, dia 16/1, conforme informou a Embasa. De acordo com a empresa, os bairros afetados são: Caixa D’água, Pau Miúdo, Nazaré, Cidade Nova, Comércio, Água de Meninos, Barbalho, Macaúbas, Saúde, Lapinha, Santo Antônio, parte da Liberdade e parte da Baixa de Quintas.
Ainda conforme a Embasa. a interrupção do serviço se deve ao remanejamento de um trecho de uma subadutora que está em interferência com a linha 1 do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, na região metropolitana.
A empresa ainda informou, ainda, que o serviço, será realizado pela CCR Metrô Bahia e pela Embasa, com previsão de conclusão às 8 horas da noite do mesmo dia, a partir de quando o fornecimento de água será retomado de forma gradativa nessas áreas.
Vixe. A gestão do prefeito ACM Neto (DEM) em Salvador, foi mais uma vez alvo de alfinetada do governador Rui Costa (PT), na tarde da quinta-feira, dia 23/11, durante visita às Cidades de Guanambi e Iuiú. Quando participava da entrega de unidades básicas de saúde na Cidade de Guanambi, no sudoeste baiano, o gestor estadual não poupou elogios ao prefeito local, Jairo Magalhães (PSB).
“Com a inauguração destas três unidades, a Cidade chega a 90% de cobertura da atenção básica na saúde pública. Como eu queria que todos os 417 municípios da Bahia tivessem essa cobertura. Inclusive, a nossa capital só tem 32%”, provocou.
Rui Costa cumpre tem agenda em Guanambi nesta sexta-feira, dia 24/11, quando inaugura a policlínica regional de saúde.
Largou a joça. O deputado federal baiano Afonso Florence (PT-BA), fez um discurso inflamado na Câmara dos Deputados com sérias críticas ao governo do prefeito de Salvador e adversário ACM Neto (DEM). O ataque na quarta-feira, dia 31/5, foi mais direcionado ao campo da saúde.
O parlamentar falava do “sucesso das gestões petistas” nos planos federal e estadual quando resolveu citar a capital baiana: “A Bahia avançou muito na saúde nos últimos anos. Nós saímos de 7% de cobertura na atenção básica para aproximadamente 70% com recursos do governo Lula, do governo Dilma, do governo Jaques Wagner e do governo Rui Costa. Construímos inúmeros hospitais na gestão Jaques Wagner e na gestão Rui Costa”.
“O governo de ACM [Neto] é um fracasso em todas as áreas e em especial na área da saúde, baixando a média da Bahia”, criticou.
A campanha de vacinação contra o vírus da gripe (Influenza) segue até a próxima sexta-feira (26), nas 126 salas de vacina das unidades básicas e saúde da família de Salvador. Desde o início da mobilização, em 18 de abril, apenas 54% do público-alvo realizou a imunização nos postos de saúde de Salvador. O índice corresponde a 364 mil indivíduos residentes no município, uma procura considerada baixa. Os menores índices de adesão estão nas gestantes (42,5%) e em crianças de 6 meses a menores de 5 anos (32,8%).
O atendimento nas unidades ocorre de segunda a sexta-feira (exceto feriado), das 8h às 17h. A subcoordenadora de Imunização do município, Doiane Lemos, acredita que a baixa procura pela vacinação é preocupante. “É importante a imunização agora para que, nos meses de junho e julho, onde a incidência da doença é maior, as pessoas com mais vulnerabilidade estejam protegidas”.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem como meta imunizar pelo menos 90% de 673 mil cidadãos. O público-alvo definido pelo Ministério da Saúde é formado por idosos (a partir de 60 anos), crianças (de 6 meses a menores de 5 anos), gestantes, puérperas (mulheres que ganharam bebê nos últimos 45 dias), trabalhadores de saúde, professores do serviço público e privado, portadores de doenças crônicas e população privada de liberdade.
Subiu para cinco o número de mortes por febre amarela no estado do Rio de Janeiro. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, dia 15/5, pela Secretaria de Saúde.
Exames laboratoriais feitos pela Fundação Oswaldo Cruz confirmam 14 casos da doença em todo o estado e mais duas mortes: uma em Macaé, norte fluminense, e uma em Silva Jardim, região da Baixada Litorânea.
Dos 65 municípios do Rio de Janeiros considerados mais vulneráveis ao contágio da febre amarela, 55 tiveram disponibilizadas doses em quantidade suficiente para imunização do público-alvo – entre elas, Macaé e Silva Jardim. São quase 5 milhões de doses da vacina disponibilizadas para os 92 municípios fluminenses.
Os primeiros quatro meses de 2017 têm apresentado uma queda acentuada no número de casos confirmados de dengue, zika vírus e chikungunya em Salvador. Os dados apontam para a eficácia das estratégias aplicadas pelo município no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti – que também é responsável pela transmissão do vírus da febre amarela, embora até agora só haja registros em micos e macacos – nos 12 distritos sanitários da capital baiana. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Entre janeiro e abril deste ano, 116 casos de dengue foram confirmados. O número é cinco vezes menor que o do primeiro quadrimestre de 2016, quando 626 pessoas tiveram diagnóstico positivo. Em relação à chikungunya, o registro foi sete vezes menor, com 11 infectados até abril contra 79 no ano anterior. Já o número de pacientes com zika vírus chegou a 15 – menos da metade do que foi computado em 2016, quando 32 pessoas apresentaram sintomas da doença nos meses de janeiro a abril.