Se ligue. Os ingressos para a Bahia Farm Show 2023, considerada a maior feira de tecnologia agrícola e de negócios do Norte e Nordeste do Brasil, já podem ser comprados através do por R$25 no site da Bahia Farm Show. Parte do valor arrecadado será destinado para o Hospital do Oeste, localizado na Cidade de Barreiras, maior unidade pública de saúde da Região Oeste da Bahia.
Com o tema “O agro sem fronteiras”, a 17ª edição da Bahia Farm Show acontece entre os dias 6 e 10 de junho, na Cidade de Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste da Bahia. No último ano, o evento reuniu cerca de 100 mil pessoas e arrecadou R$ 7 bilhões e 900 milhões. A expectativa para esta edição é contar com a presença de mais de mil marcas e atrair um público mais uma vez, superior a 100 mil visitantes.
Força do agro. As exportações do agronegócio atingiram US$ 10 bilhões E 230 milhões em janeiro deste ano, alta de 16,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é o primeiro ano em que o valor das exportações do setor ultrapassa os US$ 10 bilhões para os meses de janeiro. Com esta cifra, as vendas externas do agronegócio representaram 44,4% do valor total exportado pelo Brasil.
Segundo a SCRI, o valor recorde ocorreu devido ao incremento dos preços médios de exportação (+10,5%) e da quantidade embarcada (+5,5%).
Os produtos exportados que mais se destacaram nesse primeiro mês do ano foram o milho, as carnes (bovina, suína e de frango) e o açúcar.
As importações do agronegócio registraram US$ 1,54 bilhão, em janeiro deste ano, elevação de 38,3% na comparação com janeiro de 2022 (US$ 1,12 bilhão). O valor não compreende insumos utilizados na produção agropecuária, como fertilizantes, defensivos, peças e equipamentos.
Milho
O milho, que é o principal produto de exportação do setor de cereais, farinhas e preparações, foi responsável por US$ 1,8 bilhão: incremento de 166,4% na comparação com janeiro anterior. De acordo com a SCRI, o volume exportado também foi recorde para os meses de janeiro, com 6,2 milhões de toneladas.
Alguns fatores influenciaram este resultado: ritmo lento da colheita de soja, que viabilizou a logística de transporte para o cereal; a continuidade do conflito na Ucrânia, que reduziu a produção de um importante fornecedor mundial de milho, e a demanda da China, a partir da autorização para comercialização em novembro do ano passado.
Carnes
As vendas externas de carnes atingiram quase US$ 2 bilhões, também recorde para os meses de janeiro. A carne bovina correspondeu a US$ 848 milhões e o volume exportado foi de 182 mil toneladas. A China continua como a maior importadora desta proteína, com aquisição de 57% do valor exportado (US$ 483 milhões). Outros importantes mercados foram Estados Unidos, União Europeia, Chile, Hong Kong e Egito.
A carne de frango também obteve desempenho favorável com volume recorde e alto preço médio de exportação: US$ 839 milhões e 409 mil toneladas. Os principais destinos foram China, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes.
Segundo a SCRI, a oferta de carne de frango no mundo foi afetada pela incidência de gripe aviária em grandes regiões produtoras. Este fato possibilitou o forte aumento da quantidade exportada pelo Brasil e influenciou a formação do preço internacional da proteína.
Já a carne suína somou US$ 210 milhões, em janeiro deste ano, valor também recorde para os meses de janeiro. A China comprou mais da metade desse valor.
A forte demanda chinesa por proteína animal foi determinada pelo período de celebração do Ano Novo Lunar chinês, que se iniciou no fim de janeiro.
Açúcar
As vendas externas de açúcar totalizaram US$ 870 milhões, alta de 68%. Os destaques foram os seguintes mercados: Argélia, Nigéria, Marrocos, Egito e China.
Soja
O complexo soja (grãos, farelo e óleo) exportou US$ 1,5 bilhão, recuo de 26,6%. O setor foi influenciado pela baixa disponibilidade de soja em virtude do ritmo lento da colheita, devido ao volume de chuvas. Mesmo assim, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção recorde de 152,9 milhões de toneladas do grão, no último levantamento divulgado neste mês de fevereiro.
O volume exportado de soja em grãos ficou em 840 mil toneladas (-66%). Desse total, a China adquiriu 61% ou 509 mil toneladas. Rússia, Tailândia e Vietnã também foram grandes importadores da soja brasileira.
O farelo de soja somou US$ 765 milhões exportados e o óleo de soja, US$ 267 milhões. Ambos resultados recordes para janeiro.
Orgulho nacional. O agronegócio brasileiro exportou, segundo os últimos dados do Ministério da Agricultura, US$ 148 bilhões, em 2022 e, segundo o chefe da assessoria especial de assuntos estratégicos da pasta, Guilherme Bastos é exportado aquilo que não é consumido no Brasil. Bastos foi entrevistado na sexta-feira, dia 23/12, no programa A Voz do Brasil.
“Se há um problema de gente ainda com insegurança alimentar, é um problema de uma composição de uma malha de programas sociais que devem acessar essas pessoas, mas em termos de produção nós produzimos o suficiente para abastecer o mercado interno e também exportar. E se exportamos, é por alguma questão. Tem preço competitivo, que atrai o mercado internacional para comprar os nossos produtos, qualidade no produto, e com isso nós continuamos acessando e abrindo cada vez mais mercados”, disse Bastos.
A China é o principal mercado dos produtos agropecuários brasileiros, respondendo por 1/3 das exportações, e, segundo Bastos, foram abertos mais de 200 mercados em mais de 50 países.
Bastos também comentou sobre a questão da sustentabilidade na agricultura brasileria. “O ministério tem trabalhado as ferramentas para que você possa promover essa rastreabilidade dentro das cadeias produtivas, estamos trabalhando também com indicadores socioambientais, para disponibilizar isso para a sociedade, para que as certificações possam ser facilitadas e habilitadas. Esse não é um processo… O pessoal esquece da dimensão continental não só do Brasil, como da nossa agropecuária, então é um processo que tem uma cadência.”
Ele destacou também o plano safra de R$ 340 bilhões que foi colocado à disposição da agropecuária brasileira, sendo 70% destinado para a agricultura familiar. “Isso é muito mal interpretado, [com as pessoas] achando que é recurso público. Desse volume, o que você tem de recurso público efetivamente colocado são R$ 12,4 bilhões, que é exatamente o volume de recurso que vai para pagar a diferença da taxa de juros do mercado com a taxa de juros acordada no Plano Safra”.
Alta produtividade. A produção brasileira de grãos pode atingir 312,4 milhões de toneladas na safra 2022/23. Se confirmado, o volume supera em 41,5 milhões de toneladas o recorde obtido na temporada recentemente finalizada, quando foram colhidos 270,9 milhões de toneladas. É o que aponta o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23 divulgado, na quinta-feira, dia 6/10, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com o documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 2,9% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 76,6 milhões de hectares. “Vale ressaltar que no Brasil, considerando a sua vasta extensão territorial, há o cultivo de três safras em períodos distintos. Assim, para todas as culturas são utilizados, aproximadamente, 52,6 milhões de hectares”, reforça o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.
Dentre os produtos, destaque para soja e milho que juntos devem registrar uma produção de 279,3 milhões de toneladas. No caso da soja, os agricultores brasileiros devem destinar uma área de 42,89 milhões de hectares, um crescimento de 3,4% se comparada com a safra passada. A semeadura do grão ocorre dentro da janela nos principais estados produtores e chega a 4,6% da área, com o maior índice registrado no Paraná (9%), seguido de Mato Grosso (8,9%) e de Mato Grosso do Sul (6%). Com o avanço da área, a estimativa da Conab para a produção da oleaginosa é de 152,4 milhões de toneladas.
Para o milho 1ª safra, é esperada uma redução de 1,5% na área a ser cultivada, devido à elevação dos custos bem como a uma migração para cultivos mais rentáveis. O plantio está avançado no Sul do país, onde as precipitações frequentes e bem distribuídas favorecem o seu desenvolvimento inicial, apesar das baixas temperaturas registradas que retardaram a emergência em algumas regiões. “Nos três estados do Sul, onde a semeadura já está avançada, os produtores estão atentos para possível incidência de ataques de cigarrinha, principalmente com o aumento das temperaturas nos próximos meses”, comenta a superintendente de Informações da Agropecuária da Companhia, Candice Romero Santos.
Mesmo com a menor área, é esperado que a colheita do cereal na primeira safra apresente um aumento de 14,6%, sendo estimada em 28,69 milhões de toneladas. O bom resultado se deve a expectativa de recuperação da produtividade no atual ciclo. Somando as três safras do cereal em toda a temporada 2022/23, a Conab estima uma produção de 126,9 milhões de toneladas.
Importantes produtos para o mercado interno, arroz e feijão também tendem a apresentar queda na área plantada. Ainda assim, a estimativa é de uma produção de arroz em 10,8 milhões de toneladas, enquanto a da leguminosa deve atingir 2,96 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento no país. “O feijão é uma cultura de ciclo curto, o que apresenta uma vantagem para o produtor que consegue adequar o seu plantio dentro de uma janela menor, sem ter que renunciar à produção de outros grãos ainda no mesmo ano-safra. Nesse cenário, o Brasil possui três épocas distintas de plantio, favorecendo assim uma oferta constante do produto ao longo do ano”, destaca o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.
Para o algodão, a expectativa é que sejam destinados 1,63 milhão de hectares para o cultivo da fibra, crescimento de 1,9% da área semeada na safra 2022/23 quando comparada com a safra anterior, resultando em uma produção da pluma de 2,92 milhões de toneladas.
Para as culturas de inverno, as lavouras se encontram em fase de colheita ou estágio avançado de desenvolvimento. Principal produto semeado, o trigo já está colhido em 22,4% da área plantada no país. Com expectativa de um novo recorde, a Conab projeta a produção do cereal em 9,4 milhões de toneladas, volume 22% maior que na safra anterior.
Mercado
As primeiras projeções da Conab para a safra 2022/23 apontam incremento nos estoques finais de milho (20%), algodão (17%), feijão (31%) e soja (45%) comparados à safra 2021/22. No que se refere ao consumo interno, o levantamento aponta estabilidade no consumo de arroz e feijão, leve incremento na demanda por algodão (2%) e um aumento no consumo de milho e de soja, de 6,2% e 5% respectivamente.
Para o trigo, as estimativas da balança comercial foram ajustadas neste 1º levantamento, reduzindo as importações de 6,3 milhões para 6,1 milhões de toneladas e elevando as vendas externas de 200 mil toneladas para 2,7 milhões de toneladas. Com a consolidação dos dados, o país deve encerrar a safra em agosto de 2023 com estoque de passagem de 1,19 milhão de toneladas.
Para a soja, em 2023, destacam-se as estimativas de exportações do grão em 95,87 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 22,5% em relação ao projetado para 2022. “Este acréscimo é motivado por uma maior oferta brasileira do grão na safra 2022/23, aliado a uma elevação na demanda mundial e a uma previsão de redução das exportações dos Estados Unidos”, reforça o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira. Já para o óleo, a perspectiva é de diminuição das exportações (de 2,1 milhões de toneladas em 2022 para 1,8 milhão de toneladas em 2023), dada a expectativa de maior produção de biodiesel e de que a Argentina retorne com mais força ao mercado exportador de óleo de soja em 2023.
Situação semelhante ocorre com as estimativas de exportação do milho: com a projeção de uma maior produção e de uma demanda externa aquecida, a Conab estima que 45 milhões de toneladas sairão do país via portos, o que representa uma elevação de 21,6% das exportações do cereal em 2023.
Oha aí. Depois de dois anos atípicos em função da pandemia da Covid-19, a 45ª Expointer ficará marcada pelo reencontro e pela confraternização. Em 2020, a feira foi no formato digital. No ano passado, ocorreu com restrições para evitar o contágio. Neste ano, o público voltou a marcar presença todos os dias nos estandes e pavilhões. Até a sexta-feira (2), mais de 440 mil pessoas já tinham passado pelo Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, Rio Grande do Sul.
O Pavilhão da Agricultura Familiar, um dos mais visitados, já comercializou mais de R$ 5 milhões durante esses sete dias. Sendo a soma dos resultados das agroindústrias (R$ 634.745,87), cozinhas (R$ 63.986,83) e artesanato, plantas e flores (R$ 121.002,00). Em relação ao mesmo período de 2021, houve um acréscimo de 226%.
“A Expointer tornou-se o maior evento de promoção comercial apoiada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo. É considerado de grande porte e com o histórico de valores de comercialização que superam os valores de investimentos previstos pela pasta. A expectativa é de grande visitação para este último fim de semana do evento”, afirmou o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Márcio Cândido.
O Pavilhão da Agricultura Familiar conta com 337 empreendimentos, entre queijos, salames, cucas, pães, geleias, doce de leite, iogurtes, erva mate, sucos, vinhos e cachaças, além de flores e artesanato.
Agro na Bahia. A Bahia Farm Show, que vem sendo realizada em Luís Eduardo Magalhães, apresenta aos produtores rurais as mais modernas tecnologias agrícolas que proporcionam vantagens nas rotinas produtivas do campo. Dentre elas estão os equipamentos de pulverização agrícola aérea. Em mais uma edição está presente na feira a exposição das aeronaves do modelo americano Air Tractor.
“As aeronaves para pulverização já estão no mercado há muitos anos. O modelo Air Tractor deu “boom” a partir de 2016, com uma média de venda de quase 60 aviões por ano. Esse crescimento nas vendas ocorreu devido à necessidade do produtor ter um equipamento maior e mais moderno, de grande eficiência principalmente para quem precisa de mais aplicações e em grandes escalas”, disse o representante comercial da AeroGlobo Aeronaves, Rodrigo Oliveira.
A Bahia, segundo o representante, é o segundo estado que mais possui Air Tractor no Brasil, ficando atrás somente do Mato Grosso. A tecnologia é indicada para todas as culturas – soja, milho e algodão, sendo mais vantajoso para áreas que precisam de um número maior de aplicações. O principal diferencial dos equipamentos em relação aos terrestres é o rendimento da aplicação, com alto custo x benefício.
“Um equipamento de qualidade vai ter um rendimento de aplicação de 40 hectares/horas, enquanto uma das nossas aeronaves mais comercializadas, a 502 Bravo, consegue um rendimento médio, dependendo da área e das condições, de 300 hectares/horas, quase dez vezes a mais que o pulverizador terrestre”, explicou o coordenador comercial para o centro oeste e nordeste, da DP Aviação, também revendedor do Air Tractor.
Outra vantagem, segundo ele, é que o avião pode ser usado a qualquer momento do dia e em qualquer pista, podendo ser utilizado também, logo após a chuva – tanto decolar quanto aplicar. “Por ter uma envergadura mínima de asa, de 15 metros podendo chegar até 18 metros, à deposição do produto na planta é muito mais eficiente”, afirma.
Com o retorno da realização da Bahia Farm Show as negociações se fortaleceram, os representantes das aeronaves de pulverização agrícola presentes na feira já fecharam vendas e têm encomendas para 2024. As aeronaves estão em exposição e podem ser conferidas pelos visitantes da Bahia Farm Show até este sábado, dia 4/6, às 7 da noite.
No agro. O presidente Jair Bolsonaro participou na quarta-feira, dia 30/3, da cerimônia oficial para lançamento da tecnologia 5G no agronegócio, em uma fazenda na Zona Rural de Baixa Grande do Ribeiro, interior do Piauí. A cerimônia contou com a presença de ministros e parlamentares.
A Fazenda Ipê, em Baixa Grande do Ribeiro (PI), é a primeira no país a contar com a tecnologia 5G no meio rural.
Entre as possibilidades oferecidas pela nova tecnologia, está a alta capacidade de transferência de dados e de velocidade de internet, centenas de vezes superiores às do 4G. No campo, o 5G poderá transmitir dados e conectares milhares de dispositivos na mesma rede. Com isso, será possível, por exemplo, ampliar o uso de inteligência artificial com máquinas autônomas sem interferência humana e internet das coisas (máquinas e dispositivos conectados à internet). Está previsto o uso remoto de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas.
O leilão do 5G foi realizado em novembro do ano passado e arrecadou R$ 47,2 bilhões. Entre as obrigações assinadas pelas operadoras que ganharam a concorrência, está a de levar o sinal 5G a 1,7 mil localidades afastadas dos centros urbanos e expandir o 4G para mas de 7 mil áreas da zona rural.
“A fazenda, com 5G da TIM, da Nokia, vai fazer com que o nosso agronegócio, que já é tão pujante, fique muito maior”, disse o ministro Fabio Faria. Para o presidente Jair Bolsonaro, a tecnologia vai tornar o setor do agropecuário mais produtivo.
“Esse evento aqui traz, obviamente, tecnologia ao campo, é a primeira fazenda totalmente 5G Isso, certamente, vai ter um ganho de produtividade na casa de 20%, 25% ou 30%”, afirmou.
Antes do evento no Piauí, Bolsonaro e comitiva participaram, pela manhã, da inauguração de uma estação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em Parnamirim (RN), cidade que fica na região metropolitana de Natal.
Fonte: Agência Brasil
Fotografia: Divulgação/Ministério das Comunicações
Bons resultados. Em fevereiro deste ano, as exportações do agronegócio alcançaram cifra nunca obtida para mês de fevereiro, atingindo o valor recorde de US$ 10,51 bilhões (+65,8%). O maior valor exportado em fevereiro havia sido registrado em 2019 (US$ 6,84 bilhões). O resultado foi US$ 4,17 bilhões superior aos US$ 6,34 bilhões de fevereiro de 2021.
O crescimento das exportações foi motivado pelo aumento dos preços médios dos produtos exportados (+24 %), e pela alta na quantidade exportada (+33,7%).
As importações do agronegócio alcançaram US$ 1,25 bilhão em fevereiro de 2022 (-2,1%).
O recorde das exportações de fevereiro de 2022 elevou a participação do agronegócio no total das vendas externas do país para 45,9% do valor total exportado. Em fevereiro de 2021, a participação foi de 38,7%.
Conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações tiveram desempenho favorável com destaque para a soja em grãos, carne bovina in natura, café verde, farelo de soja, carne de frango in natura e trigo.
Soja em grãos e farelo
Segundo nota da SCRI, o volume recorde de soja em grão no mês de fevereiro explica grande parte da expansão do índice de quantum das exportações do agronegócio (+3,63 milhões de toneladas, que resultaram em exportações de 6,27 milhões de toneladas).
A China é, historicamente, a maior importadora de soja em grãos do Brasil. No mês de fevereiro, o país asiático adquiriu US$ 2,17 bilhões (+186,6%) ou 4,3 milhões de toneladas (+129,6%). Este volume representou 69,1% da quantidade que o Brasil exportou ao mundo.
As vendas externas de farelo de soja também alcançaram recorde, com registros de US$ 699,62 milhões em exportações (+50,2%), fruto da elevação de 52,8% no volume embarcado. A União Europeia foi a maior compradora, com US$ 285,33 milhões (+10,7%), seguida por: Indonésia (US% 118,63 milhões; +5,3%); Tailândia (US$ 99,62 milhões; +327,3%); e Vietnã (US$ 77,62 milhões; +5.144,5%)
Carne bovina e de frango
Outro desempenho positivo foi a da carne bovina, com crescimento das vendas externas de 75,1%, atingindo US$ 965,02 milhões. O volume exportado aumentou 42% e o preço médio de exportação 23,3%.
A China foi responsável pelo forte desempenho das exportações de carne bovina in natura. Os registros de vendas ao país asiático subiram de US$ 261,79 milhões (fevereiro/2021), ou 56,41 mil toneladas, para US$ 546,49 milhões (fevereiro/ 2022) (+108,7%) ou 87,1 mil toneladas (+54,4%).
As vendas externas de carne de frango subiram de US$ 510,58 milhões (fevereiro/2021) para US$ 643,11 milhões (fevereiro/2022), alta de 26%. O incremento do preço médio de exportação foi de 18,8%, e o volume exportado aumentou 6,0%.
O principal destino foi o mercado chinês, com exportações de US$ 85,58 milhões (-0,9%). Outros mercados que adquiriram o produto foram: Emirados Árabes (US$ 80,71 milhões; +132,9%); Japão (US$ 48,13 milhões; -16%); México (US$ 45,41 milhões; +832,1%); Arábia Saudita (US$ 43,6 milhões; -42,3%); e União Europeia (US$ 32,67 milhões; +117,6%).
Café verde
As exportações brasileiras de café verde registraram aumento de preços de 83,5%. Desta forma, o Brasil exportou 208,5 mil toneladas de café verde, expansão de 9,1% no volume vendido ao exterior em relação a 2021.
Com forte aumento nos preços médios de exportação e expansão do volume exportado, houve registro recorde das vendas externas de café verde, que chegou a US$ 828,05 milhões em fevereiro (+100,2%).
Trigo
O Brasil é, tradicionalmente, importador do produto. Em fevereiro de 2022, as exportações do cereal superaram as importações: US$ 246,3 exportados (836,6 mil toneladas), contra US$ 141,58 milhões importados (498,8 mil toneladas).
Em janeiro e fevereiro de 2022, as exportações recordes de trigo, em valor e em volumes (1,48 milhão de toneladas; + 184,2%), apresentaram como principais destinos: Arábia Saudita (US$ 85,63 milhões; 19,6% de participação); Marrocos (US$ 68,16 milhões; 15,6%); e Indonésia (US$ 65,70 milhões; 15%).
Agro em alta. As exportações do agronegócio atingiram US$ 8,82 bilhões, valor recorde para os meses de janeiro, o que significou incremento de 57,5% em relação aos US$ 5,60 bilhões exportados em janeiro do ano passado.
Conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esse forte crescimento do valor exportado foi influenciado tanto pela expansão dos preços médios de exportação, que subiram 19% na comparação com janeiro de 2021, quanto em função do aumento do volume exportado, que cresceu 32,3%.
Com essa expressiva elevação, a participação do agronegócio nas exportações brasileiras cresceu de 37,5% (janeiro/2021) para 44,9% (janeiro/2022).
Complexo soja
O destaque dos embarques do mês de janeiro foi o complexo soja, com US$ 2,12 bilhões, cifra 338,3% superior aos US$ 484,07 milhões exportados em janeiro de 2021 (+US$ 1,64 bilhão).
A soja em grãos registrou 2,45 milhões de toneladas em exportações (+4.853,6%), ou US$ 1,24 bilhão (+5.223,9%); valores recordes para os meses de janeiro.
De acordo com os analistas da SCRI, há uma demanda mundial crescente pela oleaginosa, em virtude da retomada da produção e consumo de proteína animal no mundo, o que indica redução da relação estoque/consumo de soja em grãos em 2022. Dessa forma, a previsão é que a China importe cerca de 100 milhões de toneladas neste ano.
Já em janeiro, o país asiático adquiriu 80,1% do volume de soja exportado pelo Brasil (1,97 milhão de toneladas). Além da China, União Europeia e Vietnã também importaram mais de 100 mil toneladas do Brasil: 159,8 mil e 136,7 mil toneladas adquiridas, respectivamente.
As exportações de farelo de soja elevaram-se 45,6% em volume, passando de 1,03 milhão para 1,49 milhão de toneladas. As exportações de óleo de soja também apresentaram expressivo crescimento devido à forte demanda indiana e ao aumento da disponibilidade doméstica. As exportações do óleo de soja atingiram US$ 232,54 milhões em janeiro de 2022 (+1.974%) ou 170,26 mil toneladas (+1.907,6%). A Índia adquiriu 82% do volume total exportado (139,76 mil toneladas).
Carnes
O segundo maior setor exportador do agronegócio foi o de carnes. Com US$ 1,61 bilhão em janeiro de 2022 (+39,8%), alcançou valor recorde para estes meses em toda a série histórica. Houve incremento do volume exportado (+21,1%) e dos preços médios de exportação (+15,5%).
A principal carne exportada pelo Brasil foi a bovina, com US$ 801,06 milhões em vendas externas (+46,2%), recorde para os meses de janeiro. Tanto o volume exportado quanto o preço médio de exportação cresceram, +25,7% e +16,3%, respectivamente.
As exportações de carne de frango também foram recordes, com o valor exportado alcançando US$ 604,89 milhões (+42,8%). O volume exportado, também recorde, (+20,2%), contou com preços médios de exportação elevados (+18,8%).
Diferentemente da carne bovina e da carne de frango, as vendas externas de carne suína cresceram em função exclusiva da expansão do volume exportado, que aumentou 18,5%, passando de 62 mil toneladas (janeiro/2021) para 73 mil toneladas (janeiro/2022). Por outro lado, o preço médio de exportação registrou queda de 7,4%.
A redução da demanda chinesa por carne suína importada tem afetado os preços internacionais desde o segundo semestre de 2021, em função da recuperação do rebanho chinês de porcos. Mesmo assim, a China continuou sendo o principal país importador da carne suína in natura brasileira, com participação de 44% nos volumes exportados, que representaram US$ 62,85 milhões (-20,4%).
Trigo
Já no caso do trigo, as vendas externas foram recordes em valor (US$ 190,93 milhões; +121,0%) e quantidade (648,06 mil toneladas; +61,6%), principalmente pela menor demanda do produto no mercado nacional e pela safra brasileira recorde de trigo em 2021 (7,68 milhões de toneladas, segundo a Conab).
Os três principais países importadores do trigo brasileiro foram: Arábia Saudita (218,92 mil toneladas); Marrocos (180,6 mil toneladas) e Indonésia (141,1 mil toneladas).
Café verde e solúvel
O setor cafeeiro registrou US$ 719,21 milhões em vendas externas (+41,1%). Houve queda no volume exportado em janeiro (-18,5%), mas o aumento dos preços médio de exportação (+73,0%) mais que compensou essa redução. O Brasil é o maior produtor mundial e o principal produto exportado pelo setor é o café verde (com recorde de exportação de US$ 659,01 milhões; +41,3%).
Os preços médios de exportação atingiram US$ 3.700 por tonelada em janeiro de 2022 (+76,1%). As vendas externas de café solúvel alcançaram US$ 54,15 milhões (+37,1%).
Êta. O Projeto de Lei 2814/21, estabelece imposto de 14% sobre a exportação de milho até 31 de dezembro de 2022. O texto, que tramita na Câmara dos Deputados, autoriza o Poder Executivo a alterar a alíquota em até 10 pontos percentuais ao longo desse período.
A autora do projeto, deputada Doutora Soraya Manato (PSL-ES), argumenta que a alta no preço do milho nos últimos anos tem levado muitos produtores a preferir o mercado externo, prejudicando o abastecimento nacional.
Olha aí. O setor de máquinas agrícolas deve ter crescimento de 40% em relação a 2020, de acordo com relatório da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
De janeiro a outubro de 2021, o ramo teve receita líquida de R$32 bilhões. O aumento é de quase 50% em comparação a todo ano de 2020.
Sobre as vendas, representante do setor disse: “É um crescimento muito grande e se deve, basicamente, aos preços remuneradores das commodities internacionais, à desvalorização do Real, que ajudou isso, e também ao protagonismo que o Brasil tem tomado no fornecimento de alimentos para o mundo”, disse o presidente da Câmara Setorial de Máquinas da Abimaq, Pedro Estevão.
Para 2022, também segundo a Abimaq, a expectativa é de um crescimento de mais 5%, com um incremente na safra de grãos.
Agro top. O Matopiba está com boas condições para o plantio de soja neste início de novembro. A chuva foi boa e regular desde a segunda quinzena de outubro e favoreceu o início do plantio em todas as Cidades de soja nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A umidade do solo está acima da média e deve se manter assim nos próximos dias, já que é esperada mais chuva no Matopiba. Tocantins é o Estado com o trabalho de campo mais adiantado.
Além do Matopiba, outras áreas da zona da soja receberam bons volumes de chuva nos últimos dez dias e estão com índice de umidade do solo favorável ao plantio da soja, de acordo com dados apurados pelo trabalho de sensoriamento remoto, com uso de dados de satélites, realizado pela Geosys Brasil. Os modelos europeu (ECMWF) e americano (GFS) mostraram que o volume de chuva foi alto no Sudeste, em boa parte do Nordeste e parte do Estado de Goiás.
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) vem a público parabenizar o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, pela reeleição à frente da entidade.
“A CNA representa uma grande engrenagem do agronegócio brasileiro, e ter o João Martins conduzindo este importante trabalho à frente dela, por mais quatro anos, é ter a certeza de que estaremos bem defendidos e representados. Ele sempre demonstrou empenho em defender os interesses deste setor, que é a força da economia brasileira, e sempre esteve ao lado da ABCZ nas demandas voltadas para a pecuária. A ele, e a todos os membros dessa diretoria, destaco aqui meus votos de boa sorte, na certeza de novas e importantes parcerias”, ressalta Rivaldo Machado Borges Júnior, presidente da ABCZ.
Formado em Administração de Empresas, João Martins da Silva Júnior possui uma trajetória profissional ligada à atividade pecuária há mais de 50 anos. Assumiu o primeiro mandato na presidência da CNA em 2015. Em 2017 foi reeleito para o quadriênio 2017-2021 e agora, por unanimidade, permanece no cargo até 2025.
Com o objetivo de acompanhar as demandas do setor produtivo regional, o presidente da Aiba, Odacil Ranzi, cumpriu, entre terça e quarta-feira (15 e 16 de junho), uma intensa agenda de reuniões em Salvador, ao lado do ex-presidente da entidade, Celestino Zanella; o assessor de agronegócio, Luiz Stahlke; pela Abapa, o presidente Luiz Carlos Bergamaschi e o diretor-executivo Lidervan Morais; e o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. O principal compromisso da programação foi o encontro com o governador do Estado da Bahia, Rui Costa.
Os dirigentes agrícolas trataram, na Governadoria, de assuntos estratégicos para o agronegócio do oeste baiano, como: a questão da divisa Bahia/Tocantins; a equalização do ICMS do milho, na comercialização para outros estados; as ações discriminatórias de terras no município de Correntina, a parceria entre governo e associações, por meio do Prodeagro; e as inaugurações das rodovias agrícolas construídas na região, via convênio.
“O governador garantiu que vai dar prioridade a duas das demandas: ICMS e a divisa Bahia/Tocantins. As discriminatórias serão debatidas com mais profundidade pela equipe de governo”, informou Odacil. Ele avaliou como positivas as visitas aos órgãos de governo e enfatizou a importância do diálogo entre as entidades do agro e o setor público. “Nessas reuniões, conseguimos mostrar ao governo as ações que são, realmente, necessárias para potencializar o desenvolvimento da região”, finalizou.
No início da manhã, a comitiva se reuniu com Giovanna Victer, secretária da Fazenda da capital baiana, para solicitar um parecer sobre a cobrança do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), na incorporação de bens da pessoa física para a pessoa jurídica, na sucessão familiar. Em seguida, os dirigentes agrícolas estiveram na Adab para apresentar o posicionamento do produtor rural sobre assuntos fitossanitários e sobre as pautas da Comissão Técnica Regional (CTR), que vai ocorrer no próximo dia 22.
Outra importante pauta foi discutida em reunião na Superintendência do Ministério da Agricultura, sobre a portaria nº 306, de 13 de maio de 2021, que modifica as normas do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), que centraliza as decisões sobre as datas de período de vazio sanitário no país, assim como os calendários de plantio das oleaginosas. A programação se encerrou após passagens pelas secretarias de Meio Ambiente (Sema), Agricultura (Seagri) e Infraestrutura (Seinfra).
Agro é força. O compartilhamento de informações sobre a Bahia Farm Show Digital Experience 2021, nos últimos dias, indica a grande expectativa do público em relação a esse evento, que será transmitido pelo Canal Rural e pelas redes sociais, nesta quinta-feira, dia 17/6, das 19:30 às 21h. O programa vai trazer as experiências dos produtores do Oeste da Bahia que fazem da região uma referência em sustentabilidade e produtividade na atividade agrícola, alcançando a média recorde de 67 sacas de soja por hectare, colhida na última safra.
A jornalista Pryscilla Paiva dará início à programação, apresentando aos telespectadores e internautas de todo o País um breve histórico e o potencial da região oeste, com a participação do presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacil Ranzi, e do vice-presidente da entidade, Moisés Schmidt. “Nossos parceiros acreditaram nesse projeto por conhecerem a capacidade de realização da nossa instituição. Por outro lado, eles estão completamente inseridos nesse novo contexto, que traz aumento da visibilidade das empresas pela associação das marcas às boas práticas e a sustentabilidade de forma geral”, afirma Ranzi.
O segundo momento traz uma dinâmica roda de bate-papo e discussão sobre o tema da Bahia Farm Show Digital Experience, “Sustentabilidade, boas práticas e alta produtividade no oeste baiano”. O painel terá como mediador, o experiente jornalista Alexandre Garcia, e contará com os comentários do diretor de conteúdo da emissora Giovani Ferreira. Os convidados são os especialistas: Luiz Pradella, produtor rural e vice-presidente da Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto da Bahia (FEBRAPDP), e Júlio Busato, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).
“O tema vai balizar a experiência digital da Bahia Farm Show, pois o conceito de agronegócio sustentável precisa de um olhar cada vez mais transversal. Além das boas práticas, que aliam tecnologia, manejo e preservação, temos que considerar questões de natureza econômica e social. É uma visão mais ampla, que coloca a sustentabilidade não mais como opção, mas como condição ao futuro do agronegócio”, afirma Giovani Ferreira.
Moisés Schmidt considera o momento ideal para mostrar o potencial da região para o País. “Por meio da Bahia Farm Show Digital Experience, o Brasil vai conhecer um pouco mais sobre os caminhos que nos trouxeram até o estágio atual, com esse cenário de alta produtividade aqui estabelecido, e vai mostrar o que a região pode oferecer, em termos de oportunidades, para investidores de todo o País”, afirma. Segundo ele, cada investimento abre boas perspectivas, também, para a comunidade regional, devido ao desenvolvimento impulsionado pela geração de emprego e renda.
Atenção. Um único local reúne dados de mais de 200 bases mapeadas acerca da safra agrícola, da previsão climática, do crédito rural, além de informações sobre o setor pesqueiro e imagens georreferenciadas da área rural brasileira. É o portal do Observatório da Agropecuária Brasileira, disponibilizado ao público a partir desta terça-feira (25) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Estamos entregando para a sociedade esse instrumento fantástico. Temos um marco de informações atualizadas, dados consistentes para a tomada de decisões. Isso vai fazer com que o Brasil consiga, neste momento difícil que vivemos hoje, mudar sua imagem. Não haverá mais desconhecimento em relação à agropecuária brasileira. Aqui está o que é preciso conhecer do Brasil. O setor merece esta plataforma”, anunciou a ministra Tereza Cristina, idealizadora do projeto do Observatório.
O objetivo desse serviço é fortalecer e aprimorar a integração, a gestão, o acesso e o monitoramento dos dados e informações de interesse estratégico para o setor agropecuário e para o Brasil. O acesso ao sistema informatizado é aberto ao público, sendo algumas informações disponíveis de acordo com os perfis de acesso.
O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, explica que o Observatório disponibiliza soluções inovadoras de tecnologia da informação e comunicação, de modo a subsidiar processos de tomada de decisão do Ministério e dos demais usuários do setor público, privado, terceiro setor e da sociedade.
Dados disponíveis
Os dados reunidos no Portal do Observatório estão disponíveis a partir de dois principais ambientes. Na “Plataforma Estatística”, encontram-se dados numéricos, tabulares e representações gráficas acerca dos diversos temas da agropecuária. Essa plataforma pode ser consultada utilizando filtros por período e estratificação em nível nacional, estadual e municipal, além de dados quantitativos e qualitativos.
O formato Geoespacial é dedicado à integração de dados e informações territoriais, que podem ser visualizados e construídos de acordo com a necessidade e interpretação dos usuários. A “Plataforma Geoespacial” está organizada por ambiente de visualização de camadas, relatórios quantitativos e painéis temáticos que detenham qualquer tipo de atributo e representação cartográfica dos dados.
Nos painéis temáticos, é possível consultar as áreas de agropecuária sustentável e meio ambiente; aquicultura e pesca; crédito rural; produtos agrícolas; Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc); e solos brasileiros.
Para a consulta de informações sobre o crédito rural público, o usuário encontra dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro, do Banco Central do Brasil. É possível selecionar a quantidade e valor dos contratos em quatro finalidades: custeio, investimento, comercialização e industrialização a partir de filtros que oferecem visualização por período, fonte de recurso, programa, subprograma, atividade, região do país, estado e município.
Informações sobre as principais culturas agrícolas (arroz, café, feijão, milho, soja e trigo) podem ser encontradas conforme cultivo, crédito, disponibilidades e mercado interno e externo no painel “Produtos Agrícolas”.
As bases de dados espaciais de solos, atualmente disponíveis no Brasil, podem ser vistas em escala 1:250.000, permitindo a visualização estatística do percentual de área ocupada no Brasil e em cada Unidade da Federação, conforme o Programa Nacional de Solos do Brasil (PronaSolos).
O painel temático do Zarc reúne informações consolidadas de todas as portarias do zoneamento para cada cultura, grupo, período do ano e tipo de solo. Também oferece ferramentas integradas com o intuito de promover maior usabilidade e intuitividade na interpretação da informação, centralizando a tábua de risco, a relação de cultivares e mapas de visualização dos dados por município, estado e região.
Uma biblioteca ainda reúne publicações dos diversos temas e setores como relatórios, informativos, revistas, planejamentos, boletins e cartilhas.
Até julho, outros temas estarão disponíveis: assistência técnica, assuntos fundiários, agricultura familiar, pecuária de corte e comércio exterior.
Tecnologia a favor do agro
A implantação do Observatório é considerada ferramenta de business intelligence (BI). Assim, permite a análise das bases de dados, bem como proporciona consolidar resultados imprescindíveis para tomada de decisão de produtores rurais, gestores públicos, empresários, e público em geral.
Segundo o coordenador-Geral de Informações Estratégicas do Mapa, Raimundo Deusdará Filho, a infraestrutura física do Observatório conta com recursos tecnológicos de última geração como base para a construção, acesso e gestão de painéis dinâmicos de dados e informações da agropecuária brasileira. “O Observatório prevê a disponibilização de soluções inovadoras de tecnologia da informação e comunicação, permitindo a disponibilização e a visualização simultânea de um robusto conjunto de fontes de dados e informações atualizadas e consolidadas, que complementam o entendimento das cadeias produtivas do setor”.
A partir do lançamento da ferramenta, a expectativa é de que cerca de 1 milhão de consultas sejam realizadas no período de uma semana. A ferramenta suporta 500 acessos simultâneos a suas bases de dados.
As informações do Observatório são oriundas do Mapa e suas vinculadas como Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Ainda compõem o banco de dados registros do Banco Central do Brasil (Bacen), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Também participaram da live de lançamento do portal o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes; o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Sérgio de Almeida; o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Paes de Andrade; secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza; o presidente da CNA, João Martins, e o reitor da UFLA, João Chrysóstomo de Resende Júnior.
Agro é vida. O total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzido no país este ano deve atingir 263,1 milhões de toneladas. A safra nacional de grãos para 2021 deve ficar 9 milhões de toneladas acima da safra de 2020, com crescimento de 3,5% em relação ao ano passado, que já havia sido recorde na série histórica da pesquisa que teve início na década de 70.
As informações constam do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira, dia 11/3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação à estimativa de janeiro, a soja teve ligeiro aumento (0,1%) e continua batendo recordes, devendo alcançar 130,4 milhões de toneladas. O milho caiu um pouco (-0,2%), mas continua em patamares recordes em relação aos anos anteriores, devendo chegar a 103,5 milhões de toneladas.
Em relação a 2020, a produção de soja deve ser 7,3% maior, com aumento de 3,1% na área a ser colhida; e a de milho 0,3% maior, com aumento de 3,4% na área a ser colhida.
“Embora o plantio da soja tenha atrasado este ano em função da estiagem, a partir de dezembro, com a volta das chuvas as lavouras se recuperaram na maior parte do país e a produtividade da leguminosa deve ser elevada. Os preços estão bastante favoráveis no mercado internacional e a demanda continua alta, por isso os produtores continuam ampliando as áreas de plantio dessa commodity pelo país”, disse, em nota, o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.
Segundo ele, os produtores estão preocupados com as condições climáticas, pois estão previstos grandes volumes de chuvas em importantes regiões produtoras, o que pode atrasar ainda mais a colheita e comprometer a qualidade dos grãos.
“As reduções nas estimativas do milho estão associadas à menor produtividade estimada para a cultura, devido à falta de chuvas no decorrer do ciclo da 1ª safra. A produção do milho vem, a cada ano, dependendo mais da produção de 2ª safra, mas essa vem crescendo à medida que a tecnologia de produção avança no campo. Atualmente, em alguns estabelecimentos agropecuários, já é comum o plantio do cereal concomitante à colheita, otimizando, assim, a janela de plantio da safra e possibilitando maior segurança climática durante o ciclo da cultura”, disse Barradas.
Em relação a janeiro, houve aumentos ainda nas estimativas da produção do trigo (16,8% ou 965,8 mil toneladas), do café canephora (12,1% ou 98,1 mil toneladas), da cevada (9,0% ou 32,9 mil toneladas), da aveia (2,2% ou 21,3 mil toneladas), do café arábica (1,6% ou 30,6 mil toneladas), do milho de 2ª safra (0,3% ou 262,8 mil toneladas) e da soja (0,1% ou 117,2 mil toneladas).
Segundo o IBGE, são esperadas quedas na produção do arroz (-0,1% ou 8,8 mil toneladas), do feijão 3ª safra (-0,1% ou 810 toneladas), do feijão 2ª safra (-0,7% ou 8,6 mil toneladas), do tomate (-1,2% ou 46,0 mil toneladas), do milho 1ª safra (-1,7% ou 441,3 mil toneladas) e do feijão 1ª safra (-3,6% ou 46,8 mil toneladas).
As regiões Sul e Nordeste tiveram acréscimos em suas estimativas de 14,1% e 0,9%, respectivamente. A primeira deve produzir 31,7% do total de grãos do país e a segunda, 8,7% do total. Já o Centro-Oeste, maior região produtora do país, que responde por 45,8% da safra nacional, teve decréscimo em sua estimativa (-0,9%), bem como o Sudeste (-0,6%) e o Norte (-2,2%)”, afirmou o IBGE. Fonte: Agência Brasil
O décimo primeiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativo a novembro, revisou a produção baiana de cereais, oleaginosas e leguminosas para 10 milhões de toneladas em 2020, o que representa uma expansão de 21,5% na comparação com 2019 – o melhor resultado da série histórica da pesquisa. O LSPA, divulgado nesta sexta-feira (11), é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizado e analisado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento. As áreas plantada e colhida ficaram projetadas em 3,1 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma ligeira retração de 0,4% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média dos grãos estimada é de 3,2 toneladas por hectare, cerca de 21,9% superior à do ano passado.
“Este é um resultado animador, ainda mais se tratando de um ano em que enfrentamos esta terrível pandemia do coronavírus, com este setor contribuindo para o abastecimento das famílias e para o aquecimento da nossa economia. Portanto é a maior expansão da nossa produção agrícola desde o início da série histórica do IBGE, o que notadamente comprova a eficiência das políticas públicas do Governo do Estado de estímulo à produção agrícola”, destaca o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.
A soja ficou estimada em cerca 6,1 milhões de toneladas, a segunda maior da série histórica do levantamento – inferior apenas à de 2018 (6,2 milhões de ton.). Com isso, houve expansão de 14,3% em relação ao volume produzido em 2019, com área colhida de 1,6 milhão de ha (2,6% acima da safra anterior) e rendimento médio de 3,8 ton./ha (11,5% maior que 2019).
A safra de milho foi revisada mais uma vez, projetada em 2,6 milhões de ton., alta de 49,3% em relação a 2019, em 624 mil ha plantados. A primeira safra do cereal foi responsável por 1,8 milhão de ton. (31,8% acima de 2019) em 363,5 mil ha. Por sua vez, a estimativa da segunda safra foi ampliada de 650 mil para 800 mil ton. com expressiva alta interanual (135,5%) em 260 mil hectares colhidos.
A produção de algodão (caroço e pluma) ficou mantida em torno de 1,48 milhão de ton., um patamar próximo ao da safra anterior (1,5 milhão de ton.). A área colhida de 315 mil ha teve recuo de 5,1% na mesma base de comparação.
A produção total de feijão ficou mantida em 290 mil ton., mesmo patamar de 2019. A área colhida totalizou 424 mil ha (8,8% inferior a 2019). A primeira safra de 135,9 mil ton. teve recuo de 21,4% em relação ao ano anterior. A contribuição da segunda safra foi mantida em 154,2 mil ton., alta de 31,1% na comparação anual.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE manteve projeção de 5,1 milhões de ton., alta de 22,4% em relação à safra anterior. A estimativa de cacau ficou mantida em 118 mil ton., alta de 12,4% na comparação com 2019.
A produção total de café ficou estimada em 246 mil ton. este ano, um crescimento de 36,3% na comparação anual. A safra do tipo arábica ficou projetada em 120,5 mil ton., variação anual de 66,4%; e a do canéfora, em 125,5 mil ton., correspondendo a uma expansão de 16,1% na comparação com 2019. Por sua vez, as lavouras de banana, laranja e uva mantiveram, respectivamente, recuo de 18,3%, 0,7% e 38,8% em relação à safra anterior.
As projeções ainda indicam uma produção de 963 mil ton. de mandioca, mantendo-se estável em relação à safra anterior. A previsão para cebola é de alta de 3,9% em relação à colheita anterior, totalizando 302,4 mil toneladas. A estimativa para o tomate, no entanto, ficou em 241,2 mil ton., que corresponde a uma retração de 12,5% sobre a safra 2019.
As exportações do agronegócio brasileiro de abril atingiram valor recorde para os meses de abril, suplantando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões. O recorde anterior das vendas externas para os meses de abril ocorreu em abril de 2013, quando as exportações foram de US$ 9,65 bilhões. O valor de abril deste ano (US$ 10,22 bilhões) foi 25% superior aos de abril de 2019 (US$ 8,18 bilhões).
O recorde foi obtido em função, principalmente, do incremento dos embarques da soja em grão que cresceram 73,4%, com 16,3 milhões de toneladas, ou quase 7 milhões de toneladas a mais nesse mês em relação ao do ano anterior. A China foi o principal mercado importador do produto brasileiro, com a compra de 11,79 milhões de toneladas ou 72,3% da quantidade total exportada.
A receita das vendas da soja em grão, em abril deste ano, saltou de US$ 3,30 bilhões (abril/2019) para US$ 5,46 bilhões (abril/2020), crescimento de US$ 2,16 bilhões.
No contexto de crise internacional do Covid-19, houve forte crescimento da demanda por soja brasileira, com antecipação das exportações do produto, explica a nota da Balança Comercial do Agronegócio, elaborada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Essa elevação aliada à redução da demanda pelos demais produtos da balança comercial (-27,1%) ajudou a aumentar a participação dos produtos do agronegócio no total exportado pelo Brasil. A participação do agronegócio nas exportações brasileiras no mês estudado atingiu o patamar recorde de 55,8%. Em abril de 2019, a participação foi de 42,2%.
Por outro lado, as importações de produtos do agronegócio caíram de US$ 1,21 bilhão (abril/2019) para US$ 1,01 bilhão (abril/2020), recuo de 16,7%.
Acumulado do ano
No primeiro quadrimestre deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 31,40 bilhões, alta de 5,9% em relação ao mesmo período no ano anterior. O crescimento das exportações do setor resultou no aumento da quantidade embarcada, com alta de 11,1%, enquanto o índice de preço sofreu redução de 4,7%.
De acordo com a nota da SCRI, as vendas externas representaram o melhor resultado do acumulado entre janeiro e abril na série histórica e foram responsáveis por quase metade das exportações totais brasileiras (46,6%).
As importações, por sua vez, alcançaram US$ 4,57 bilhões (- 4,5%). Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio foi superavitário em US$ 26,83 bilhões no período.
Soja em grão e carne bovina
As exportações de soja em grãos alcançaram recorde para a série histórica no quadrimestre tanto em valor (US$ 11,50 bilhões), quanto em quantidade (33,66 milhões de toneladas), apesar da queda de 4,2% no preço médio do produto.
A China foi responsável por 73,4% das aquisições do grão brasileiro no primeiro quadrimestre de 2020, com aumento de 26,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A carne bovina foi o principal produto entre as carnes no quadrimestre, sendo responsável por 45,3% do valor exportado. As vendas de carne bovina in natura registraram recorde histórico para o quadrimestre em valor (US$ 2,13 bilhões) e quantidade (469,76 mil toneladas). A China representou quase metade das exportações brasileiras do produto no período (49,6%), sendo o mercado que mais contribuiu para o crescimento de 26,5% em relação a 2019. Fonte: Ministério da Agricultura
A publicação Produção Agrícola Municipal 2018 (PAM 2018), divulgada nesta quinta-feira, dia 5/9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o município que mais se destacou no país no ano de 2018 em termos de valor de produção foi São Desidério, na Bahia, beneficiado pelas condições climáticas favoráveis da Região Oeste.
De acordo com o IBGE, o valor de produção é o mesmo que valor bruto de produção. Eles pegam o chamado “preço de porteira”, que é o preço livre de fretes e impostos, e multiplicam pelo total produzido. O resultado é o valor de produção.
A cidade baiana teve R$ 3,6 bilhões em valor de produção, aumento de 54,4% em comparação com 2017. A principal cultura local é a soja, com 1,6 milhão de toneladas e valor de produção de R$ 1,8 bilhão.
O gerente de Agricultura do IBGE, engenheiro agrônomo Carlos Alfredo, destacou em entrevista à Agência Brasil que São Desidério também é grande produtor de milho e de algodão herbáceo, tendo produzido 513,3 mil toneladas de algodão herbáceo (+75,4%), com valor de produção de R$ 1,5 bilhão; e 558,1 mil toneladas de milho (+45%), com valor de produção de R$ 281,7 milhões. Alfredo lembrou que o algodão é um produto que tem alto valor agregado. Isso fez com que o município, somando todas as culturas, se destacasse como o primeiro do Brasil.
A cidade não sofreu os efeitos das condições climáticas desfavoráveis para a produção de milho, como ocorreu em outras regiões. “Em São Desidério, eles não tiveram problemas com seca”.
São Desidério desbancou o município mato-grossense de Sorriso, que caiu da primeira colocação para a terceira no ‘ranking’ das maiores economias agrícolas brasileiras, com valor de produção de R$ 3,3 bilhões (alta de 0,7% sobre 2017). O principal produto também é a soja, com 2,2 milhões de toneladas e valor de produção de R$ 2 bilhões.
O segundo posto como maior produtor nacional foi mantido pelo município de Sapezal, também em Mato Grosso, com valor de produção de R$ 3,3 bilhões, expansão de 28% em relação a 2017. O principal produto local é o algodão herbáceo, com quantidade de 756,9 mil toneladas e valor de produção de R$ 1,8 bilhão, em 2018. “O preço alto fez com que Sapezal se mantivesse no segundo lugar”, comentou o gerente do IBGE.
Estados
Com relação aos estados, a pesquisa mostra que São Paulo se manteve na liderança do país em termos de valor da produção, com 15,5% de participação nacional (contra 16,8% em 2017), seguido do Mato Grosso, que subiu de 13,7% para 14,6% o percentual de participação. São Paulo se destaca na produção de cana e laranja, que têm alto valor agregado. “É o estado que detém 55% da produção de cana-de-açúcar, com mais de 80% da produção de laranja. Tem muitas culturas que são muito concentradas no estado de São Paulo”, disse Alfredo.
Já em Mato Grosso, o principal produto é a soja, seguida do milho e do algodão. O estado é o maior produtor dessas três culturas.
Grandes regiões
A análise por grandes regiões nacionais mostra predomínio da soja em todo o país, à exceção da Região Sudeste, onde a relação dos principais produtos é liderada pela cana-de-açúcar, seguida pelo café arábica, soja, laranja e milho. O valor de produção da região atingiu no ano passado R$ 95,8 bilhões. A unidade com maior valor de produção é São Paulo (R$ 53,1 bilhões), enquanto o município de Itapeva (SP) apresentou o maior valor de produção (R$ 977,5 milhões).
Já na Região Centro-Oeste, a soja liderou, seguida de milho, cana-de-açúcar, algodão herbáceo e feijão. O valor de produção somou R$ 95,9 bilhões em 2018, com destaque para Mato Grosso, com R$ 50,2 bilhões. Sapezal é o município com maior valor de produção regional (R$ 3,3 bilhões).
No Sul brasileiro, os principais produtos são soja, milho, arroz, fumo e trigo. O valor de produção em 2018 atingiu R$ 90,3 bilhões. O Paraná se destaca com valor de produção de R$ 41,3 bilhões. O município de Guarapuava (PR), com R$ 794 milhões, teve o maior valor de produção.
O Nordeste mostrou valor de produção de R$ 41,2 bilhões, destacando a Bahia, com R$ 19,6 bilhões. Entre os municípios nordestinos, São Desidério (BA) mostra o maior valor de produção (R$ 3,6 bilhões). As principais culturas foram soja, cana-de-açúcar, algodão herbáceo, milho e banana. Alfredo disse que na região de Matopiba, que envolve os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, áreas de fronteira agrícola, houve substancial aumento na produção de soja. “Então, passou a ser o principal produto da Região Nordeste”.
No Norte, o valor de produção foi R$ 20,3 bilhões. O Pará liderou com R$ 10,4 bilhões e também com o município de Igarapé-Miri, cujo valor de produção foi R$ 890,6 milhões. A lista dos principais produtos é encabeçada pela soja, seguida da mandioca, açaí, milho e banana.
Carlos Alfredo informou que dos 50 maiores municípios pelo valor de produção, dezoito estão em Minas Gerais, sete em Goiás, seis no Mato Grosso e cinco na Bahia. “São estados que possuem os maiores municípios produtores, somando todos os produtos”. Fonte: Agência Brasil