Agro em ação. Tão importante quanto produzir, é fazer o produto chegar à etapa da comercialização, onde dará retorno financeiro aos produtores rurais, permitindo o reinício do ciclo produtivo. Para o bom funcionamento desse mecanismo, alguns fatores são fundamentais, a exemplo de boas condições de infraestrutura e logística. A Bahia é o maior produtor de grãos do Norte/Nordeste e o segundo na produção nacional de algodão. No Oeste baiano, o agronegócio pulsa desenvolvimento e corresponde a 25% do PIB do Estado. A redução das distâncias e disponibilidade de vias de qualidade para o transporte de suprimentos e da produção agropecuária sempre foram desafios na Região Oeste.
Para garantir melhores condições das estradas utilizadas, os produtores rurais representados pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), investem recursos próprios e do Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro), contam também com o apoio da Patrulha Mecanizada da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e a parceria com o Governo do Estado.
“Pensando no bem comum, os produtores rurais da Região Oeste da Bahia, representados pela Aiba e Abapa, têm investido recursos próprios, contado com o apoio do Prodeagro e firmado muitas parcerias com o Governo do Estado e Prefeituras. O resultado desse empenho tem reflexos em benfeitorias para a região, como pavimentação asfáltica, recuperação e manutenção da malha vicinal, construção e reformas de pontes e o melhoramento do acesso às fazendas para entrada e saída de insumos, e escoamento seguro da produção agrícola da região a outros centros”, afirma o presidente da Aiba, Odacil Ranzi.
A extensão territorial do Oeste Baiano e a ampla malha vicinal influenciam para uma constante necessidade da manutenção das vias, frente ao fluxo de escoamento da produção e a velocidade com que a região se desenvolve. Nos últimos três anos, foram realizados 265 km de pavimentação asfáltica. “Essas iniciativas de melhorias do transporte de cargas com a execução de pavimentação asfáltica, tem reduzido o custo do frete, valorizado mais o produto e deixando a região Oeste mais competitiva”, comenta o gerente de Infraestrutura da Aiba, Luiz Stahlke.
Mandou recado. O pré-candidato a governador, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), defendeu a paz no campo na visita que fez no sábado, dia 9/7, às Cidades de Itamaraju e a Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia. Em encontro com empresários do agronegócio de Itamaraju, Roma salientou a necessidade de que seja respeitado o direito de propriedade de quem produz na região do Extremo Sul e garantiu que, se for eleito governador, terá atuação mais firme contra atos de invasão de terras.
“Essa paz no campo que pregamos necessita também da participação firme do Governo do Estado, que tem deixado correr solta a violência em todos os locais. Quem produz precisa ter a tranquilidade de que suas terras serão preservadas, que não perderão nem a produção nem seu maquinário por conta da ação de vândalos”, disse Roma. Em Itamaraju, Roma foi acompanhado pela pré-candidata ao Senado, Dra. Raíssa (PL). No domingo, dia 10/7, o pré-candidato a governador visita a Cidade de Rafael Jambeiro, pela manhã e, à tarde, a agenda será na Cidade de Várzea da Roça.
“O estado da Bahia, sem dúvida nenhuma, terá alguém que está conectado, que tem inspiração e vocação para o agro”, declarou o pré-candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Já em Teixeira de Freitas, Roma visitou clube de atiradores e teve encontro com a Frente de Mulheres de Teixeira de Freitas.
“A participação feminina na política é fundamental, é uma bandeira nossa. Um exemplo disso é a atuação da nossa pré-candidata a senadora, a Doutora Raíssa, que tem deixado muito marmanjo tremendo, já vendo o que vai acontecer em 2 de outubro”, disse o ex-ministro da Cidadania. Em Teixeira, o pré-candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) também se reuniu com produtores rurais.
Sonho realizado. O produtor rural e prefeito Adair Henriques da Silva (DEM) conseguiu bombar nas redes sociais depois de presentar 15 netos com carros zero quilômetro, na Cidade de Bom Jesus de Goiás, no Sul de Goiás. Um das netas, a engenharia agrônoma Adriana Desidério Maggioni, de 30 anos, disse que não é a primeira vez que o avô dela presenteia a família.
À imprensa local, a jovem disse: “Além de prefeito, meu avô é produtor rural, e ele sempre presentou a família. Assim que um filho dele se casava, ele presenteava com uma casa”, conta a neta.
A entrega dos carros aconteceu no domingo, dia 7/2, durante um almoço. Um carro do modelo que cada neto ganhou custa, em média, R$ 150 mil. Sendo assim, os presentes, somados, podem ter custado mais de R$ 2 milhões.
Animação total. Os produtores de café devem colher a terceira maior safra do grão em 2022. A produção esperada é de 55 milhões e 700 mil sacas de 60 quilos, de acordo com o levantamento divulgado em janeiro de 2022, pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
A estimativa, caso confirmada, representa um acréscimo de quase 17%, em comparação ao ano de 2021. O resultado só não será melhor que os desempenhos registrados nos anos de 2020 e 2018.
Produção abençoada. Com uma produção anual de quatro a cinco mil sacas de café e atentos à potencialidade da produção de cafés da Chapada Diamantina, a Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã) celebraram o Dia Nacional do Café, na segunda-feira, 24/5, com avanços nas vendas e valorização do produto. O café da Coopiatã, produzido por famílias agricultoras de Piatã e Ibicoara, é um dos destaques da Bahia no cenário nacional e internacional.
A excelência na produção de cafés de alta qualidade, garantiu à cooperativa, em 2020, um faturamento de aproximadamente R$ 1.400,00, gerando, somente com a venda do café, uma renda média mensal para cada cooperado e cooperada de R$ 2.500,00.
Entre os diferencias que permitem obter esses resultados estão a localização das lavouras, em áreas que chegam a altitudes entre 1.260 a 1.400 metros, temperaturas amenas, ideais para o cultivo, e solo favorável. As condições climáticas somadas às melhorias do processo de produção e o apoio do Governo do Estado, geram excelentes resultados na produção de grãos de cafés 100% arábica, especiais e gourmets, de alta qualidade e valor agregado.
Os cafés, classificados como tradicional, gourmet, especial e superior, são comercializadas pela cooperativa, em grãos ou moídos, no Brasil e também por meio de exportação para a Austrália e Estados Unidos, nas marcas: Coopiatã, Rigno, Rarefeito, Taperinha, Café da Lucineia, Café do João, Entrevales, Cafundó e Reserva da Chapada.
O reconhecimento dos elevados níveis de classificação de café da Coopiatã já rendeu mais de 50 premiações em concursos nacionais e internacionais, entre elas a da Associação Brasileira da Indústria de Torrefação e Moagem de Café (ABIC), do Coffee of The Year, e a do Cup Off Excellence, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Com as classificações no Cup of Excellence 2020, foi possível participar de um disputado leilão internacional, via internet, alcançando preços que vão muito além dos praticados no mercado convencional.
Renato Rodrigues, um dos 47 cooperados da Coopiatã, com café premiado, destaca que a boa colocação do café em concursos mostra a força da produção dos agricultores familiares baianos: “Ganhar esse prêmio traz uma conquista para todos nós, produtores de café de Piatã, da Bahia. É resultado de muita dedicação, trabalho e paixão por esse fruto que nos enche de orgulho. O nosso café está entre os melhores do Brasil e é da agricultura familiar”.
De acordo com o presidente da Coopiatã, Rodolfo Moreno, a saca de 60 kg do café arábica convencional sai hoje, em média, por R$ 500,00. O preço de um especial é comercializado, em média, a R$ 1.750,00, a saca, no mercado. Já a saca de um café classificado como especial, bem colocado em um concurso como esse, pode chegar a mais de R$ 50 mil.
Diferenciais que atraem novos consumidores
O conhecimento sobre a procedência e a qualidade do café da Coopiatã conquistaram a coordenadora pedagógica Ingrid Pedrett, de Salvador: “Eu gosto muito de consumir um produto do qual eu sei a origem e como funciona toda a cadeia produtiva. Saber quem faz e como e onde é feito. O café da Coopiatã tem esses requisitos. É feito por produtor rural, tem um sabor único e é daqui da nossa terra, da Bahia. É um caminho sem volta, quando a gente consome um café de qualidade, não aceita outro qualquer, virei fã”.
Investimentos
Alguns desses resultados alcançados pela Coopiatã se devem aos investimentos do Governo do Estado, via projeto Bahia Produtiva, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial. São cerca de R$ 1,8 milhão, destinado a ações como a de implantação de uma agroindústria de torrefação, visando à redução dos custos na produção e no beneficiamento de cafés especiais.
A cooperativa conta ainda com o serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater), para a melhoria da qualidade na produção dos grãos e com a assistência técnica em gestão (Ateg), para atuar na melhoria da gestão e nas estratégias para viabilizar o acesso aos mercados para o café. Está prevista também a aquisição de um veículo utilitário, para o apoio à logística.
Para Rodolfo Moreno, o Bahia Produtiva trouxe um olhar diferenciado sobre a sua atuação comercial da Coopiatã, com suporte técnico adequado, que possibilitou a inserção em novos mercados e a implementação de estratégias para que a cooperativa consiga se posicionar no mercado de forma mais adequada: “A gente tem uma gestora que trabalha firme nos nossos protocolos e operações e um engenheiro agrônomo que roda o campo, então, estamos constatando melhoria na produtividade e na qualidade. A gente tem potencial e nosso café é reconhecido mundialmente”.
Onde encontrar os produtos da Coopiatã
Os cafés da Coopiatã são comercializados em lojas especializadas e também por meio de plataformas digitais como o site: coophub.com.br e a startup Escoaf, além das redes sociais (@coopiata).
O produtor rural brasileiro tem buscado informações para encarar o novo coronavírus, de forma a evitar que o prejuízo já esperado fique ainda maior. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), pequenos e médios produtores têm sido os que mais buscam informações junto à entidade.
A guerra é contra o vírus, e em defesa do negócio, dos entes queridos e das equipes que trabalham no campo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que mais de 15 milhões de pessoas trabalham nos estabelecimentos agropecuários do país.
De acordo com CNA e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como o setor agropecuário brasileiro já tem uma rotina de cuidados constantes em relação a procedimentos sanitários, poucas mudanças de rotina serão implementadas. Boa parte delas, similares aos cuidados sugeridos pelo Ministério da Saúde à população como um todo.
Mesmos assim, alguns pontos da rotina foram alterados em função das medidas preventivas de contaminação. Em especial, no sentido de manter as distâncias recomendadas entre as pessoas; de fazer higienização; e cuidados a mais com suas equipes. Entre eles o aumento do número de carros e ônibus usados para o transporte de trabalhadores. “São medidas que já foram repassadas e adotadas pelos produtores”, disse à Agência Brasil a superintendente técnica adjunta da CNA Natália Fernandes.
Boas práticas
Diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas, da Secretaria de Inovação do Mapa, Orlando Melo de Castro diz que as “boas práticas já rotineiras” evitam a propagação deste e de qualquer vírus.
Procedimentos como a limpeza constante de equipamentos e a não entrada de pessoas estranhas nos locais são cuidados já adotados na rotina do produtor, explica Castro. “Vale ter mais cuidados com a propriedade, em especial com a limpeza sanitária dos veículos que nela entrarem. E, claro, os cuidados de higiene pessoal, que têm de ser redobrados a exemplo do que deve ser feito na cidade: lavar as mãos com frequência, evitar circulação e ambientes com aglomeração. Há também o cuidado de evitar que os animais de uma propriedade tenham contato com os de outra”, disse ele à Agência Brasil.
“Os produtores estão engajados e se consideram responsáveis pela manutenção do abastecimento de alimentos. Principalmente os pequenos e médios produtores, porque os grandes têm melhores estruturas e capacidade de adaptação dessas estruturas por, em alguns casos, envolverem menor uso de mão de obra, o que diminui o fluxo de pessoas”, acrescentou a superintendente da CNA.
Transporte
Entre as recomendações do Mapa estão algumas relativas à circulação de mercadorias e cuidados pessoais na logística. “Estamos tendo um cuidado maior com a limpeza dos equipamentos. A limpeza é diária, e o compartilhamento deve ser evitado”, informa a superintendente da CNA.
De forma geral, a distribuição de alimentos está fluindo bem tanto nas rodovias como nos portos, segundo a CNA. “Relatos de produtores apontaram empecilhos, mas por meio de canais criados pela CNA com autoridades públicas temos repassado os problemas pontualmente ao Ministério da Infraestrutura, que tem atuado com as secretarias municipais de forma rápida, a desfazer esses pontos”, disse Natália referindo-se a medidas municipais que, em algumas localidades, criaram barreiras para o fluxo de pessoas e cargas.
Alimentos
Natália Fernandes explica que a primeira preocupação da CNA foi a de garantir que a produção e a distribuição dos alimentos fosse classificada como atividade essencial, o que já foi com o Decreto 10.282, de 20 de março de 2020, que inclui, além da cadeia produtiva de alimentos, a bebida como essencial.
Dessa forma, tanto CNA como Mapa dizem não haver riscos de desabastecimento no país, em função do novo coronavírus. “Mas essa é uma questão que precisa e está sendo avaliada e reavaliada constantemente pelas autoridades para evitar surpresas”, explica o diretor do Ministério da Agricultura.
Impacto financeiro
A CNA não tem, até o momento, uma avaliação precisa do impacto da covid-19 para o agronegócio. Mas já sabe que, setorialmente, alguns produtores têm sido mais afetados. É o caso dos produtores de flores e plantas ornamentais, que são comercializadas principalmente em supermercado, feiras e eventos.
“Nesse caso, a redução do faturamento chegou a 90% na comparação com o ano anterior. Este foi o primeiro setor a sentir uma queda drástica de consumo. Em um primeiro momento, pela queda nas compras e, depois, pelo cancelamento de novas compras pelos estabelecimentos que tiveram de fechar as portas. Essa tendência deve permanecer pelos próximos meses, por conta dos eventos cancelados”.
O Dia das Mães é a principal data deste setor. “Se continuar assim até maio, o setor provavelmente não venderá o que vendia antes, e a expectativa é de que as perdas superem R$ 1 bilhão”, acrescenta.
Um outro setor que já sente os efeitos da pandemia de covid-19 é o de hortaliças, que tem apresentado uma variação bastante grande tanto de demanda como de preços. “No começo da quarentena, a população fez compras iniciais bem grandes. Depois notamos um recuo nas vendas de tomates, frutas e, principalmente, hortaliças. Isso se explica também pelo fechamento de bares e restaurantes”, explica Natália.
Animais
O diretor do Ministério da Agricultura faz um alerta: os animais criados pelos produtores rurais podem passar a doença adiante mesmo não tendo o vírus circulando em seu organismo. Basta que ele o tenha em algum ponto da parte externa, após ser manuseado por alguém contaminado.
“O vírus é como uma chave que procura uma fechadura. Cada animal tem uma fechadura, que o vírus pode ou não se encaixar. Em geral, vírus que contamina o animal não contamina o homem porque são fechaduras diferentes. No entanto, apesar de não serem vetores da covid-19, eles podem passar a doença adiante através da pelagem, por exemplo se alguém contaminado tossir ou espirrar próximo”, disse Castro ao explicar que o procedimento preventivo, nesse caso, é similar ao de qualquer superfície que possa estar infectada. “Basta limpar”.
Castro tranquiliza os consumidores quanto a carnes e lácteos certificados, já que são grandes os cuidados adotados por frigoríficos.
Ajuda do governo
O Ministério da Agricultura informa que está ouvindo produtores de diferentes cadeias para, a partir de análises de situação, ver o que está, de fato, acontecendo e, então, implementar políticas públicas de ajuda aos produtores brasileiros.
Do ponto de vista econômico, ele sugere que os produtores busquem novos canais, além de mercados e das Ceasas, que estão fechados por conta da quarentena. “Pensem alternativas de entrega, de forma a minimizar suas perdas”, sugere.
Propostas da CNA
A CNA tem apresentado sugestões de medidas para garantir a logística e a manutenção da distribuição. Entre as propostas apresentadas está a garantia de compra dos produtos contratados para as escolas públicas, que, diante da quarentena, foram fechadas. “A ideia é a de, garantida a compra pelo governo, direcionar esses alimentos às famílias dos estudantes”.
A entidade defende também a ampliação das compras que o governo faz junto a agricultores familiares, destinadas a famílias carentes; e o estabelecimento de medidas e requisitos que orientem o funcionamento de feiras livres, fechadas como estratégia de evitar aglomerações.
“São orientações, procedimentos e cuidados para que essas feiras funcionem respeitando distâncias mínimas entre barracas e pessoas, prevendo controle de entrada, e que os alimentos já estejam pesados para evitar manipulação. Geralmente essas feiras já funcionam em ambientes abertos e com circulação de ar”, detalhou a superintendente da CNA.
Em parcerias com o poder público e com empresas de e-commerce, a CNA está implementando medidas visando viabilizar comércio online e plataformas integradas, para fazer a conexões diretas entre produtores, consumidor final e comerciantes, de forma a facilitar escoamento e vendas regionais.
Uma das medidas já adotadas é a criação de um grupo de Whatsapp para tirar dúvidas e ajudar os produtores rurais. O canal está aberto a todos, no número 61-9 3300 7278. Fonte: Agência Brasil