Viu aí? A Polícia Federal acredita que empresas ligadas à empreiteira Odebrecht, com sede no exterior, fizeram transferências de três milhões de dólares, (11,9 milhões de reais) ao publicitário João Santana.
Marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, ele teve a prisão decretada na 23 fase da Operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, que foi deflagrada nesta segunda-feira, dia 22.
Santana, porém, não foi encontrado no imóvel de luxo onde mora, no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador (BA) – até domingo, dia 21, o publicitário estava na República Dominicana, onde comanda a tentativa de reeleição do atual presidente, Danilo Medina.
De acordo com investigações da PF, com parte do dinheiro que recebeu da construtora, Santana comprou um apartamento avaliado em R$ 3 milhões em São Paulo.
Em entrevista coletiva sobre a 23ª fase da operação na manhã desta segunda-feira, doia 22, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse que há indícios de que a Odebrecht também pagava propina no exterior. Por isso, autoridades de outros países, entre eles a Argentina, estão sendo contatados.
O procurador ainda afirmou que o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi levado à Superintendência da PF em Curitiba para prestar esclarecimentos sobre o que foi descoberto nesta fase da Lava Jato.