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Câmara cassa mandato de Flordelis

quarta-feira, agosto 11th, 2021

O Plenário da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, dia 11/8, cassar o mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). Foram 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções.

Para cassar o mandato, são necessários os votos de pelo menos 257 deputados (maioria absoluta) em votação aberta e nominal. Além de perder o cargo, a deputada ficará inelegível por determinação da Lei da Ficha Limpa. O suplente que assume o mandato de Flordelis é Jones Moura (PSD).

A cassação foi aprovada por meio do Projeto de Resolução 57/21, já promulgado.

O relator do processo no Conselho de Ética, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), afirmou que Flordelis usou o mandato para coagir testemunhas e ocultar provas. Ele ressaltou que a análise se limitou a fatos considerados antiéticos, sem entrar no mérito de quem é o culpado da morte do pastor Anderson do Carmo.

O relatório, segundo ele, comprova o uso indevido do mandato pela deputada. “O que se extrai desse processo no âmbito de Conselho de Ética são os fatos antiéticos, como o uso do mandato para coação de testemunha e para ocultação de provas”, disse Alexandre Leite.

Defesa
A deputada Flordelis foi pessoalmente ao Plenário se defender. Ela reafirmou a inocência. “Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente, todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada”, declarou.

Flordelis afirmou que os deputados se arrependerão do resultado. “Quando o tribunal do júri me absolver, vocês vão se arrepender de ter cassado uma pessoa que não foi julgada”, disse Flordelis.

Mudança de rito
Antes da votação, foi anunciada a mudança do rito de votação em Plenário de processos do Conselho de Ética. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu que não será mais votado o relatório do conselho, mas um projeto de resolução sobre o caso em análise.

Isso permite que sejam feitas emendas em Plenário para alterar a punição definida pelo colegiado. “Quem pode mais, pode menos. Ou seja, quem pode cassar pode suspender mandato e também pode absolver”, afirmou Lira.

Segundo a nova regra, as emendas só poderão ser apresentadas com a assinatura de 103 deputados ou líderes partidários que somem essa representação. Se houver emendas, haverá um novo relator em Plenário, que poderá acatar as emendas e propor um novo projeto de resolução alterando a pena definida pelo Conselho de Ética. Também será permita a apresentação de destaques.

Entretanto, não foram apresentadas emendas para este caso.

Críticas à defesa
Os advogados de defesa tentaram emplacar a tese de que a deputada é alvo de perseguição. O advogado Rodrigo Faucz disse que a parlamentar sofre discriminação racial. “A história da Flordelis foi massacrada e reconstruída pelo prisma daqueles que são seus inimigos, com acusações levianas de adversários políticos e religiosos”, declarou.

O advogado Jader Marques afirmou ter certeza de que Flordelis será inocentada pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. “Se cassarem Flordelis, estarão fazendo uma injustiça com uma pessoa que será inocentada [no tribunal]”, disse. Ele afirmou ainda que a deputada era vítima de violência psicológica promovida pelo pastor Anderson do Carmo.

A estratégia de defesa foi criticada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e pelos parlamentares que discutiram o caso. Lira destacou que os deputados não são juízes e que não decidem se a deputada é culpada de homicídio, mas se abusou de suas prerrogativas parlamentares. “Nós não somos juízes de Direito. Nós, aqui, vamos fazer a penosa missão de discutir se cometeu falta de decoro ou não cometeu falta de decoro”, disse Lira.

O deputado Leo Motta (PSL-MG) afirmou que o processo do Conselho de Ética não é discriminatório, machista ou misógino, como afirmaram os advogados de defesa de Flordelis. “De forma acintosa na estratégia de defesa, nos sentimos constrangidos com a abordagem feita a esta Casa. Houve, sim, quebra de decoro parlamentar. Nós temos que acreditar nas instituições”, disse.

Leo Motta reafirmou que não houve perseguição à parlamentar e que o Conselho de Ética deu à deputada todas as possibilidades de defesa. “Não apresentaram provas que inocentassem a deputada em toda essa trama”, afirmou.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) também criticou a atuação dos advogados de defesa na tribuna da Câmara dos Deputados. “Não há necessidade de gritar nem esbravejar. Várias teses e informações trazidas aqui foram trazidas unicamente pela defesa: religião, cor de pele, se fazia swing. Todas essas informações são irrelevantes”, declarou.

O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) disse que cogitou apresentar uma emenda para que a pena fosse convertida em suspensão do mandato, mas recuou após ler o relatório. “Todas as provas do processo de investigação apontam que houve sim a quebra de decoro parlamentar da deputada Flordelis.”

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Fotografia: Cleia Viana/Divulgação/Câmara dos Deputados

Por unanimidade, TSE cassa mandato do deputado Marcell Moraes

terça-feira, outubro 27th, 2020

Vixe. O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta terça-feira, dia 27/10, cassar, por unanimidade, o mandato do deputado estadual Marcell Moraes (PSDB) e ainda torná-lo inelegível por oito anos por abuso de poder econômico, além de determinar que os mais de 64.219 votos obtidos por Marcell sejam anulados.

De acordo com o relator do caso, ministro Sérgio Banhos, Marcell utilizou campanhas de castração e vacinação de animais gratuitas para fins eleitorais. Os valores, de acordo com a acusação, quando cobrados, eram abaixo do praticado pelo mercado. Ainda segundo o relator, a “massiva exposição da imagem dele associada aos serviços prestados” caracterizou que atos não tinham motivação filantrópica.

Fotografia: Reprodução

Depois de cassado, Targino Machado detona: “Em breve, irei nominar os interessados nisto!”

quarta-feira, outubro 7th, 2020

Cassado. Depois de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agora ex-deputado estadual Targino Machado (DEM), fez críticas às decisão da Alta Corte. Ele disse que sai de “cabeça erguida”, pois sempre combateu a corrupção com provas.

Em postagem no Twitter, o agora ex-deputado comentou: “Combati o bom combate contra corruptos, contra traficantes que se tornaram poderosos com a força do dinheiro público e do crime. Hoje o TSE derrubou um político 100% limpo. É a vitória dos corruptos contra os honestos. É muito triste. Em breve, irei nominar os interessados nisto!”.


Fotografia: Reprodução/Redes Sociais

Dúvidas: Tucanos não se entendem sobre expulsão de Aécio Neves do PSDB

segunda-feira, dezembro 24th, 2018

Confusão formada. Não há uma definição tomada sobre o futuro do senador e deputado federal eleito por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB), dentro do partido. Uma ala favorável à saída do parlamentar defende que a legenda precisa dar uma resposta imediata aos eleitores.

Políticos ligados de Geraldo Alckmin, presidente do PSDB, dizem que não há motivo para essa pressa. O argumento é que chegando o fim de ano e o recesso parlamentar, a pressão em cima de Aécio, envolvido em casos de corrupção, deve diminuir.

 

Conselho de Ética vota pela cassação de Eduardo Cunha

terça-feira, junho 14th, 2016

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Fora. Depois de exaustivos sete meses em tramitação, o processo que mais levou tempo no Conselho de Ética na Câmara Federal teve o seu resultado proclamado na tarde desta terça-feira, dia 14/6, pela cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O placar, foi apertado: 11 a favor e 9 contra. Os membros seguiram a recomendação do relator deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

A deputada Tia Eron (PRB) teve o voto decisivo contra Cunha. O deputado Wladmir Costa (SD-PA) que era tido como voto certo para Cunha, votou a favor da cassação.

O processo no conselho se baseou na denúncia de que Cunha teria mentido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre a existência de contas no exterior, o que também pode levar à perda do mandato. Cunha alega que não mentiu à CPI porque não se tratava de uma conta no exterior e sim de um truste, do qual ele é usufrutuário. Ele argumenta que, pela legislação à época, não precisaria declarar à Receita Federal.

 

Foto: Reprodução/EBC

Aprovada cassação de Delcídio pelo Conselho de Ética do Senado

quarta-feira, maio 4th, 2016

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Caindo. Depois de um mês paralisado na mesma fase do processo, o Conselho de Ética do Senado aprovou por unanimidade nesta terça-feira, dia 3, a cassação do senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). O processo vai agora para análise na Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, para o plenário do Senado, que pode afastar definitivamente o senador nos próximos dias.

Caso o Senado aprove a perda de mandato de Delcídio, o ex-líder do governo será o terceiro senador da história a ser cassado. O primeiro foi Luiz Estevão (PMDB-DF), em 2000, e o segundo, Demóstenes Torres (DEM-GO), em 2012.

 

Foto: Divulgação

Porto Seguro: TRE nega pedido de cassação da prefeita Claudia Oliveira

quinta-feira, julho 17th, 2014

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Êta. O colegiado do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) reiterou, na tarde desta quarta-feira, dia 16, o entendimento do Juiz da 122ª Zona Eleitoral e manteve a decisão de não cassar o diploma da Prefeita de Porto Seguro, Claudia Silvia Santos Oliveira (PSD). Em representação da coligação Para Mudar Porto Seguro Agora, da oposição, a gestora é acusada de abuso de poder econômico e político, além de uso indevido de meio de comunicação social nas eleições 2012. Segundo a chapa, a prefeita, então Deputada Estadual, e seu marido, Robério Oliveira, na época, Prefeito de Eunápolis, teriam se valido da condição política e econômica para ganhar as eleições. Ao votarem no caso, sob a relatoria do Juiz Claúdio Césare Braga Pereira, os membros da Corte entenderam que não seria possível interpretar que a série de acusações feitas à prefeita – entre elas a de distribuição de jornal e de uso de shows em sua propaganda eleitoral – teriam condições de impactar na escolha do eleitor. A decisão ainda pode ser contestada por meio de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foto: Divulgação
Fonte: TRE-BA

 

Vereador pede a cassação da prefeita de Jequié

quinta-feira, abril 24th, 2014

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Meu Deus. A prefeita de Jequié sofre, desde o início da gestão, com bombardeios e desgaste. Na Câmara Municipal, em sessão ordinária realizada na última terça-feira, dia 22, um dos vereadores ligados à administração de Tânia Brito (PP), Soldado Gilvan (PTdoB), sugeriu na tribuna da Casa a cassação da líder do Executivo Municipal. A informação é do site Jequié Repórter. Já o líder da prefeita na Câmara, vereador Manoel Gomes (PDT), reclamou em função da ausência total de respostas aos requerimentos e indicações dos colegas, por parte da administração, citando inclusive o fato do não encaminhamento até o presente momento, à Câmara, das pastas com os demonstrativos das prestações de contas.  Disse o vereador que fará ainda no decorrer desta semana mais uma tentativa de melhorar a relação do  executivo com o legislativo e, admitiu, que se não houver um posicionamento satisfatório por parte da gestora municipal, não lhe restará outro caminho que não seja pedir afastamento da função de líder. “Não está dando para continuar sendo alvo de críticas por não ter respostas às reivindicações dos vereadores”, justificou Manoel Gomes. Mas, o que repercutiu mesmo foi à sugestão do Soldado Gilvan, optando pela cassação de Tânia. O assunto passou a ser discutido na mídia local e ganhou repercussão também nas redes sociais. Curioso é que o parlamentar que pede pra cassar Tânia é da base governista e não sugere de forma oficial, é só de boca mesmo.

 

Foto: Reprodução