Agro baiano. O mais recente levantamento da safra 2023/2024 no Estado da Bahia, conduzido pela Companhia Nacional de Abastecimento através da Superintendência Regional, revela projeções encorajadoras, porém desafiadoras, para os agricultores baianos. Segundo os dados divulgados em janeiro, a área cultivada deve atingir 3,77 milhões de hectares, um ligeiro aumento de 0,4% em relação ao período anterior.
As estimativas para safra atual apontam para a produção de 12,1 milhões de toneladas de grãos e fibras, sendo que esta produção dividida em 59,9% de soja, 20,5% de milho, 12,7% de algodão em caroço, 3,1% de sorgo e 2,6% de feijão, 0,8% de mamona e 0,5% de trigo.
Além disso, os dados revelam mudanças substanciais nas culturas prioritárias, com um aumento de 17% na área destinada ao cultivo do sorgo e de 10% na cultura da mamona, em detrimento do milho e da soja. Essa adaptação reflete a necessidade dos agricultores em lidar com as condições climáticas adversas.
Durante a avaliação da safra em janeiro, que abrangeu diversas Cidades e Regiões do Estado, como o Extremo Oeste, Centro Norte, Centro Sul, Nordeste e Vale do São Francisco, observou-se um quadro positivo de chuva, com variação entre 150 mm e 400 mm em diferentes áreas produtoras de grãos. Essas precipitações impulsionaram o andamento do plantio e do replantio, além de contribuir para a recuperação das áreas anteriormente afetadas pelo estresse hídrico.
Em boa hora. A safra de cereais, oleaginosas e leguminosas na Bahia pode alcançar 10,4 milhões de toneladas em 2021. O resultado representa um aumento de 4,1% na comparação com a safra 2020, que foi o melhor resultado da série histórica da pesquisa. Os dados foram revelados na quinta-feira, dia 10/6, pelo quinto Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), referente ao último mês de maio, realizado pelo IBGE e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).
Para o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, a agricultura baiana, mais uma vez, mostra sua força e por que tem uma participação tão efetiva na economia do estado. “Para quem conhece o potencial da agricultura no nosso estado, este resultado não é uma surpresa. Com o nível de profissionalismo que atingimos na produção de grãos na Bahia, que adota o que há de mais moderno no que se refere à técnica e ferramentas de produção, o segmento ainda contribuirá muito com o crescimento econômico deste estado”.
Em relação ao levantamento do mês anterior, o resultado apresentou uma variação positiva de 4,1 pontos percentuais. Destaque positivo para a lavoura da soja, cuja produção deve alcançar a máxima histórica. Por outro lado, as demais lavouras dos principais grãos deverão ter níveis de produção inferiores aos de 2020, em razão de fatores climáticos assim como de mercado.
As áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 3,18 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 2,2% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média estimada para a safra de grãos, no estado, foi de 3,28 t./ha, 1,9% inferior à do ano passado.
A soja, cuja fase de colheita está em fase de conclusão, teve a estimativa revisada para 6,8 milhões de toneladas – a maior da série histórica do levantamento –, alta de 12,6% em relação a 2020. A estimativa da área plantada soma 1,7 milhão ha., que supera em 4,9% a de 2020, e o rendimento médio esperado da lavoura é de 4,0 t./ha.
A produção de algodão (caroço e pluma), em 2021, manteve-se projetada em torno de 1,2 milhão de t., que representa retração de 16,5% na comparação anual. A previsão de área plantada está em 266 mil ha, recuo de 15,6% na mesma base de comparação.
A expectativa para as duas safras anuais de milho totalizou 2,5 milhões de toneladas em 2021, o que corresponde ainda a uma retração de 3,1% na comparação anual. Com relação à área plantada (670 mil ha), o IBGE indica uma expansão de 7,5% sobre 2020.
Na atual temporada, a produção total de feijão deve somar 202 mil t., o que implica um recuo 30,3% em relação a 2020. Apesar disso, o levantamento revela uma área plantada (417 mil ha.) 1,7% inferior à verificada no ano passado. A má distribuição de chuvas é possivelmente o principal determinante do resultado da lavoura, cuja produção é predominantemente em área não irrigada.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima 5,4 milhões de t., alta de 5,8% em relação à safra anterior. A estimativa de cacau ficou projetada em 110 mil t., queda de 6,8% na comparação com 2020.
A estimativa deste ano para o café ficou em 218,2 mil t., 11,3% abaixo da produção verificada no ano passado. A safra do tipo arábica ficou projetada em 92 mil t., variação negativa anual de 23,7%, e a da canéfora, em 126,2 mil t., correspondendo a um ligeiro aumento de 0,5%, na mesma base de comparação.
As estimativas para as lavouras de banana (878,5 mil t.), laranja (634,3 mil t.) e uva (52,3 mil t.) registraram, respectivamente, variações positivas de 3,4%, 0,2% e 15,3%, em relação à safra anterior.
As projeções ainda indicam uma produção de 861,5 mil t. de mandioca, 10,5% inferior à de 2020. A batata-inglesa teve sua produção estimada em 327 mil toneladas, crescimento interanual de 4,1%. O tomate teve queda nas projeções (13,7%), que ficaram estimadas em 208,2 mil toneladas.
Agro é vida. O total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzido no país este ano deve atingir 263,1 milhões de toneladas. A safra nacional de grãos para 2021 deve ficar 9 milhões de toneladas acima da safra de 2020, com crescimento de 3,5% em relação ao ano passado, que já havia sido recorde na série histórica da pesquisa que teve início na década de 70.
As informações constam do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira, dia 11/3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação à estimativa de janeiro, a soja teve ligeiro aumento (0,1%) e continua batendo recordes, devendo alcançar 130,4 milhões de toneladas. O milho caiu um pouco (-0,2%), mas continua em patamares recordes em relação aos anos anteriores, devendo chegar a 103,5 milhões de toneladas.
Em relação a 2020, a produção de soja deve ser 7,3% maior, com aumento de 3,1% na área a ser colhida; e a de milho 0,3% maior, com aumento de 3,4% na área a ser colhida.
“Embora o plantio da soja tenha atrasado este ano em função da estiagem, a partir de dezembro, com a volta das chuvas as lavouras se recuperaram na maior parte do país e a produtividade da leguminosa deve ser elevada. Os preços estão bastante favoráveis no mercado internacional e a demanda continua alta, por isso os produtores continuam ampliando as áreas de plantio dessa commodity pelo país”, disse, em nota, o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.
Segundo ele, os produtores estão preocupados com as condições climáticas, pois estão previstos grandes volumes de chuvas em importantes regiões produtoras, o que pode atrasar ainda mais a colheita e comprometer a qualidade dos grãos.
“As reduções nas estimativas do milho estão associadas à menor produtividade estimada para a cultura, devido à falta de chuvas no decorrer do ciclo da 1ª safra. A produção do milho vem, a cada ano, dependendo mais da produção de 2ª safra, mas essa vem crescendo à medida que a tecnologia de produção avança no campo. Atualmente, em alguns estabelecimentos agropecuários, já é comum o plantio do cereal concomitante à colheita, otimizando, assim, a janela de plantio da safra e possibilitando maior segurança climática durante o ciclo da cultura”, disse Barradas.
Em relação a janeiro, houve aumentos ainda nas estimativas da produção do trigo (16,8% ou 965,8 mil toneladas), do café canephora (12,1% ou 98,1 mil toneladas), da cevada (9,0% ou 32,9 mil toneladas), da aveia (2,2% ou 21,3 mil toneladas), do café arábica (1,6% ou 30,6 mil toneladas), do milho de 2ª safra (0,3% ou 262,8 mil toneladas) e da soja (0,1% ou 117,2 mil toneladas).
Segundo o IBGE, são esperadas quedas na produção do arroz (-0,1% ou 8,8 mil toneladas), do feijão 3ª safra (-0,1% ou 810 toneladas), do feijão 2ª safra (-0,7% ou 8,6 mil toneladas), do tomate (-1,2% ou 46,0 mil toneladas), do milho 1ª safra (-1,7% ou 441,3 mil toneladas) e do feijão 1ª safra (-3,6% ou 46,8 mil toneladas).
As regiões Sul e Nordeste tiveram acréscimos em suas estimativas de 14,1% e 0,9%, respectivamente. A primeira deve produzir 31,7% do total de grãos do país e a segunda, 8,7% do total. Já o Centro-Oeste, maior região produtora do país, que responde por 45,8% da safra nacional, teve decréscimo em sua estimativa (-0,9%), bem como o Sudeste (-0,6%) e o Norte (-2,2%)”, afirmou o IBGE. Fonte: Agência Brasil