A deputada estadual Luiza Maia (PT-BA), coletou apenas sete assinaturas desde a semana passada, quando começou a busca para conseguir a instalação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Metrô, após denúncias de superfaturamento nas obras de implantação do modal durante a gestão do atual deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) na prefeitura de Salvador. São necessárias 21 assinaturas, o triplo do que a parlamentar conseguira até agora – além dela, apoiaram a comissão Gika (PT), Zó (PCdoB), Bobô (PCdoB), Manassés (PSB), Adolfo Menezes (PSD) e Antônio Henrique (PP). “Quem está acusando ele não sou, nem sou o MPF [Ministério Público Federal], mas eu pedi que fizéssemos uma CPI para investigar. Só ele que pode investigar? Tem um relatório com as irregularidades no período dele como prefeito, fora que levar 14 anos para construir o metrô já é motivo para investigação”, argumenta Luiza. A petista não conseguiu o apoio dos colegas de bancada e afirma que o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Zé Neto (PT), tem orientado os correligionários a não assinar o requerimento. “Estranhamente, não sei o que está acontecendo, Zé Neto, o líder do PT [Rosemberg Pinto] e Josias Gomes [secretário de Relações Institucionais] estão me bloqueando”, afirma em menção a declaração de Josias, que disse não ver necessidade de uma CPI. O titular da Serin ainda pontuou que não conversou com o governador Rui Costa (PT) sobre o tema, mas aposta que Rui, “por ter sido deputado, não pense diferente”. A parlamentar afirmou ainda que cobrará a assinatura do deputado Adolfo Viana (PSDB), que criticou a iniciativa de se criar uma nova CPI. Viana acusou o próprio PT de “sepultar” a primeira CPI  e garantiu que seria ” o primeiro” a assinar, caso Luiza seguisse com suas intenções. Nem o tucano, nem outros integrantes da oposição aderiram ao pedido. Para o líder do bloco oposicionista, Sandro Régis (DEM), não há porque assinar o documento, “já que nem o líder do partido e do governo assinaram”. “A oposição não tem nenhum constrangimento de assinar isso aí. A deputada está jogando para imprensa e para constranger o bom trabalho que o deputado Imbassahy que está realizando, dando exemplo de moralidade”, justificou. 

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