Boiada livre. O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou a portaria 665, no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 25/3, na qual reconhece nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
A portaria, assinada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Favaro regulamenta, ainda, o armazenamento, a comercialização e o uso da vacina contra a febre aftosa e o trânsito de animais vacinados contra a doença.
Em boa hora. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) prorrogou o prazo para a vacinação contra a Febre Aftosa em todo o território baiano até o dia 31 de dezembro. A medida se deve à severa estiagem que afeta o Estado. A declaração da vacinação agora pode ser feita até o dia 15 de janeiro de 2024.
A Bahia, que abriga um rebanho bovino de cerca de 12 milhões de cabeças, enfatiza a importância da vacinação para prevenir a Febre Aftosa, uma das mais graves enfermidades que afetam bovinos e bubalinos. A Adab solicita a todos os criadores que declarem a vacinação o mais breve possível.
Imunizar os animais é crucial não apenas para a saúde do rebanho, mas também para a economia, pois a presença da doença pode afetar as exportações de carne. A Bahia está avançando para se tornar o primeiro estado do Nordeste a alcançar o status de Zona Livre da Aftosa sem Vacinação em 2024, o que vai permitir a abertura de novos mercados à carne baiana.
Tempo encerrando. Criadores de bovinos e bubalinos em todo o Estado têm até esta quarta-feira, dia 31/5, para adquirir as vacinas contra a Febre Aftosa, conforme calendário da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O prazo regulamentar para a declaração de vacinação dos animais de todas as idades é até 19 de Junho.
A Adab informa que nesta I Etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa não vai haver prorrogação e a partir do dia 1º de Junho a venda de vacinas só poderá ocorrer mediante autorização da Agência.
Na Bahia o rebanho está estimado em 12,5 milhões de cabeças e cerca de 10,5 milhões de doses já foram comercializadas até a terça-feira, dia 30/5. Ainda estão disponíveis aproximadamente 6,5 milhões de doses em estoque nas distribuidoras e revendas de todo Estado.
Cerca de 55% do rebanho consta como vacinado e já declarado no Sistema de Defesa da Adab. Os produtores que ainda não fizeram a declaração da vacinação – e a geolocalização de suas propriedades – devem procurar o escritório da Agência mais próximo à sua fazenda para finalizar os procedimentos desta I Etapa.
Não pode descuidar. De 1º a 31 de maio a Bahia inicia a 1ª etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa 2023. Neste período os rebanhos bovino e bubalino, de todas as idades, devem ser imunizados contra a doença. A meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) é atingir 100% de cobertura vacinal, alcançando as R$ 12,5 milhões de cabeças que compõem o plantel no Estado. Na última etapa, em novembro de 2022, o índice chegou a 91,6%. A instituição lembra ainda a importância de o produtor fazer a geolocalização, que já envolveu 80% das 290 mil propriedades rurais com criação na Bahia.
“O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 222 milhões de animais e é o maior exportador mundial de carne bovina. A Bahia tem o 7º maior rebanho nacional e sua inserção nos grandes mercados vai movimentar toda a cadeia produtiva, desde o pequeno agricultor familiar até os produtores do agronegócio. Mas, para isso, ainda é preciso imunizar todo o rebanho, declarar a vacinação e geolocalizar as propriedades”, enfatiza o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, destacando que os índices de imunização dos animais nas últimas décadas sempre ultrapassam os 90%, mínimo exigido pelo Ministério da Agricultura (MAPA).
Nas últimas décadas o Brasil tem se consolidado como uma das maiores potências agropecuárias mundiais, sendo superado apenas por Estados Unidos e União Européia na exportação de alimentos, conforme dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), os principais indicadores econômicos apontam que a atividade agropecuária no Brasil é responsável pela geração de 28% do Produto Interno Bruto (PIB), com participação maior que 30% nas exportações brasileiras e 24% na geração de postos de trabalho entre a população economicamente ativa no país. Na Bahia esse valor correspondeu, em 2022, a 25% do PIB. Desse modo a ocorrência de Febre Aftosa traz grave retração da economia ao país e ao estado, pois, a Bahia figura entre os principais produtores e exportadores de grãos e frutas do Brasil.
“A ocorrência da Febre Aftosa impede a comercialização interna e a exportações dos animais e sub produtos, desvaloriza preço da arroba, provoca desemprego no setor frigorífico, impede a comercialização de outros produtos, como o farelo de soja, frutas, carne de frango e suína, além de grande impacto social e econômico”, alerta o diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola.
Na avaliação do Coordenador do Programa Nacional de Controle e Vigilância para a Febre Aftosa na Bahia (PNEFA), José Neder, apesar de os produtores vacinarem seus rebanhos desde 1968, ainda é preciso avançar mais. “Temos que vacinar 100% dos bovinos e bubalinos para que, em breve, a obrigatoriedade da vacinação seja suprimida com segurança, como ocorreu em outras unidades da Federação. Este será um grande passo para o setor e um marco histórico para a Bahia”, avalia Neder, afirmando que com o status de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação haverá um ganho da ordem direta de R$ 54 milhões sem a compra de vacinas pelos produtores e a agropecuária baiana entrará em uma nova fase de desenvolvimento.
Muita atenção. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prorrogou a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em todas unidades da Federação. O novo prazo será até 17 de dezembro de 2022, podendo a declaração da vacinação pelo produtor ser realizada até dia 24 de dezembro. Esses prazos aplicam-se a todas as UFs, exceto aquelas que encaminharam solicitações individuais ao Mapa com pedidos de prazos diferentes. Ao todo, espera-se vacinar cerca de 161 milhões de animais.
A medida foi definida após solicitação de alguns estados, motivadas, em parte, pela a aprovação e liberação de lotes de partidas de vacina ao final da etapa. “A ampliação do prazo foi definida para evitar transtornos ao produtor e evitar prejuízos à cobertura vacinal”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
A vacinação ocorre em animais de até 24 meses em dez estados (AL, AM, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RR e RN), conforme o calendário nacional de vacinação.
Já nas 11 unidades da Federação (BA, ES, GO, MG, MS, MT, RJ, SE, SP, TO e DF), que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), a vacinação é para bovinos e bubalinos de todas as idades.
As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.
Além da vacinação, os produtores devem fazer a comprovação junto ao órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração da vacina pode ser entregue de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.
Atenção redobrada. A segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2021 tem início segunda-feira , dia 1º/11. Nesta etapa, devem ser vacinados cerca de 78 milhões de bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade. A vacinação ocorre na maioria dos Estados brasileiros, conforme o calendário nacional de vacinação.
Das 19 unidades da Federação que fazem a vacinação neste período, no Amazonas e em Mato Grosso participam apenas os municípios que ainda não têm reconhecimento de áreas livres de febre aftosa sem vacinação.
As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.
Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu Estado. A declaração de vacinação deve ser feita de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.
Em caso de dúvidas, a orientação é para que criador procure o órgão de defesa sanitária animal de seu estado.
Zonas livres de febre aftosa sem vacinação
Os Estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e parte do Amazonas e do Mato Grosso são reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação, sendo proibida a aplicação e comercialização da vacina nesses Estados.
Conforme o Plano Estratégico do Pnefa 2017-2026, o Brasil segue executando as ações para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
A meta é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Atualmente, em torno de 70 países têm esse reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O último foco da doença no Brasil ocorreu em 2006. Desde 2018, todo o território brasileiro é reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa (zonas com e sem vacinação) pela OIE.
Febre Aftosa
A doença afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e traz prejuízos e restrições na comercialização de produtos pecuários. A febre aftosa exige esforços constantes dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para evitar a sua reintrodução no País.
Avançou. O Rio Grande do Sul foi oficialmente reconhecido como Estado livre da febre aftosa. Dessa forma, reduz-se o custo que os produtores têm para vacinar os mais de 40 milhões de bovinos do Estado. O reconhecimento internacional já havia sido feito em maio, mas a entrega do certificado oficial da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) foi na sexta-feira, dia 10/9, pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante a cerimônia de abertura oficial da 44ª Expointer, em Esteio (RS).
“Mais de 40 milhões de cabeças deixam de ser vacinadas no Rio Grande do Sul [a partir desse reconhecimento]”, disse a ministra ao lembrar que o número corresponde a mais de 20% da população bovina brasileira, e a uma economia de R$ 90 milhões com a compra de 60 milhões de doses anuais de vacina.
Em maio, a OIE reconheceu como áreas livres de febre aftosa sem vacinação os estados do Acre, Paraná e Rondônia, além do Rio Grande do Sul. A certificação também foi concedida a 14 cidades do Amazonas e a cinco municípios do Mato Grosso. O Paraná foi distinguido como zona livre de peste suína clássica independente. A decisão foi anunciada durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE.
“Esse reconhecimento confirma o elevado padrão sanitário de nossa agropecuária e a possibilidade de busca de novos mercados e ampliação de produtos a serem exportados aos mercados que já temos acesso”, discursou a ministra hoje na Expointer.
A 44ª Expointer 2021 é um dos maiores eventos agropecuários do país. Mais de 400 eventos e atrações estão sendo realizados no Parque de Exposições Assis Brasil. Além de apresentar novidades tecnológicas aplicáveis ao setor agropecuário e agroindustrial, o evento expõe “as mais modernas máquinas, o melhor da genética e as raças de maior destaque criadas no Rio Grande do Sul”.
Evoluçõa. O Senado realizou, na segunda-feira, dia 30/8, sessão especial remota para homenagear os 70 anos de fundação do Centro Pan Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa), responsável por monitorar os programas de erradicação da febre aftosa na América do Sul e Panamá. A sessão foi presidida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que destacou a importância do Panaftosa para elevar o padrão sanitário da pecuária no Brasil, que hoje conta com um rebanho com mais de 215 milhões de bovinos.
— Desde 2006 não se registra no Brasil um foco de febre aftosa no Brasil, como resultado do Panaftosa na prevenção, na vigilância e na promoção da saúde animal. É uma história de sucesso que merece ser comemorada, homenageada, e é essa homenagem que o Senado presta hoje aos seus dirigentes, colaboradores, pesquisadores e todos aqueles que contribuíram para elevar cada vez mais o padrão sanitário da pecuária e ampliar o alcance dos mercados – afirmou.
Presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Josélio de Andrade Moura destacou a liderança continental do Panaftosa para o controle da doença.
— A aftosa é uma doença econômica. A organização do meio rural fez com que o Brasil superasse a fase de combate à doença. Agora estamos na fase final de erradicação sem vacinação e partindo para fase de vigilância permanente. Devemos estar com plano de contingência para que possamos sufocar, controlar de forma de forma imediata e manter status, que logo teremos, de livre de febre aftosa, sem vacinação. Nos anos 70 importávamos carne e leite. Hoje somos exportadores de carne, leite, aves, suínos e a cadeia produtiva devidamente organizada- afirmou.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) ressaltou que o trabalho do Panaftosa precisa ser realmente comemorado pelos produtores rurais, pecuaristas, indústria da carne e todas as pessoas envolvidas com a segurança sanitária animal.
— Este centro de excelência surgiu a partir de acordo da Opas [Organização Pan Americana de Saúde] e o governo do Brasil para apoiar os países no combate à febre aftosa, que estava presente em todo o continente americano. Nossa carne é hoje referência mundial de excelência. Ainda que a febre aftosa tenha sido a origem de sua criação, o Panaftosa foi expandindo o seu âmbito de atuação para a área de zoonoses e qualidade de alimentos. Muitos estados já obtiveram o status de livre da aftosa, como Rondônia – afirmou.
Representante da Organização Pan Americana de Saúde (Opas), Marcos Espinal saudou o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que requereu a homenagem mas não pôde comparecer à sessão especial.
— Estamos aqui para reconhecer conquistas e renovar parceria estratégica com setores públicos e privados do Brasil. O plano de ação do Panaftosa pretende que todo o continente sul americano esteja livre da doença até 2025. Hoje, com exceção da Venezuela, a região está livre da doença, e essa conquista mundial e histórica vem sendo possível graças à liderança do Brasil, e ainda há um longo caminho a percorrer – afirmou.
Diretor do Panaftosa, Otorrino Cosivi destacou o protagonismo do setor privado brasileiro na concretização dos projetos de interesse regional.
— As crises trazem a oportunidade de mudar o rumo e evoluir. Hoje, o continente americano é o primeiro exportador de proteína animal e, com certeza, será o primeiro a ser reconhecido livre de aftosa, após sanada a situação da Venezuela – afirmou.
Vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) Sindical, Ricardo Pinto Nascimento destacou que a atuação do Panaftosa é um ganho de toda a sociedade brasileira, com a participação de agentes públicos e privados que trabalham diariamente, inclusive no período da pandemia. Disse ainda que os vultosos recursos obtidos pelo Brasil na exportação de carne permitem ao país obter recursos para enfrentar a pandemia com maior capacidade de resposta aos desafios.
— Antes, a gente gastava em torno de trinta, sessenta dias no diagnóstico de aftosa. Hoje, temos um laboratório de nível quatro em Pedro Leopoldo [MG], com capacidade de em quatro a dez horas fazer diagnóstico da doença, liberar rebanhos quando eles forem negativos, adotar medidas de emergência sanitária, se elas forem necessárias, para que não se repita no país o que ocorreu em 2005, que foi o último surto – concluiu.
Dados parciais da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa em 2020 mostraram cobertura vacinal de 97,81% do rebanho de bovinos e bubalinos de todas as idades. No total, segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, entre estados que já enviaram informações foram imunizados 166 milhões de animais.
Até o momento, 18 dos 23 estados que precisam vacinar seus rebanhos entraram no balanço. Isso porque um está em análise e três ainda não enviaram o relatório com os dados finais dessa fase. A segunda etapa de campanha de vacinação contra aftosa começa em 22 estados em novembro.
Novo coronavírus
Em 2019, na campanha de maio, foram vacinados 196 milhões de bovinos e bubalinos, cobrindo 98,08% do total. Por causa da pandemia de covid-19, este ano a primeira etapa de vacinação foi prorrogada em 30 dias para que todos os estados tivessem 60 dias para a imunização.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Geraldo Moraes, a pequena redução da cobertura vacinal era esperada como reflexo direto da pandemia, que atrapalhou a logística da vacinação. “Apesar disso, foi uma campanha exitosa, dadas as proporções da emergência em saúde existente no país”, disse. A previsão para esta primeira etapa é de vacinar cerca de 183 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades.
Certificação
Os estados do Paraná, Acre e Rondônia, e regiões do sul do Amazonas e do noroeste de Mato Grosso tiveram a última vacinação contra a doença em 2019 e, no momento, estão cumprindo o prazo para reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal.
O Rio Grande do Sul, que teve a última vacinação em março deste ano, também está cumprindo prazo para o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Desde 2007, o estado de Santa Catarina é reconhecido internacionalmente nessa categoria.
Mais tempo. A prorrogação da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa em toda a Bahia foi confirmada nesta sexta-feira, dia 29/5, pelo diretor-geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar. “Embora os registros de venda da vacina tenham superado os 7,5 milhões de doses nas lojas de produtos agrícolas, o que é um indicativo bem positivo da conscientização dos produtores baianos para com a imunização de seus rebanhos, decidimos pela extensão do prazo que acabaria no próximo domingo, dia 31/5”, ressaltou.
A decisão da Adab foi anunciada após consulta ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). O prazo será um mês mais longo nessa primeira etapa da Campanha de Vacinação de 2020 também em todos os outros estados do Grupo 4 que integram o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA): Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Foram considerados alguns motivos para a extensão do prazo da vacinação. A começar pela difícil logística de distribuição das vacinas através das indústrias, em virtude da pandemia do novo coronavírus, a suspensão das atividades comerciais em diversas cidades baianas, o que dificultou o acesso dos produtores à vacina, a interrupção do transporte intermunicipal e a antecipação dos feriados estaduais e municipais. “No entanto, apesar do cenário de isolamento que vivemos hoje, podemos dizer que a venda foi bastante expressiva, pois a estimativa é imunizarmos 10 milhões de animais, entre bovinos e bubalinos de todas as idades, o que significa que, até aqui, as vacinas vendidas foram suficientes para imunizar 75% do rebanho”, reforçou Maurício.
Declaração obrigatória
As equipes da Adab estão em campo por toda a Bahia auxiliando no acompanhamento da vacinação, esclarecendo dúvidas dos produtores e trabalhadores rurais, orientando para o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais) e a adoção dos cuidados indispensáveis para o ato da vacinação, e prevenção ao coronavírus. “Estamos atentos para assegurar, em primeiro plano, a vida de todas as pessoas inseridas no processo evitando o contágio e, ao mesmo tempo, colaborando com a sanidade dos animais e para colocarmos a Bahia como Zona Livre da Aftosa sem Vacinação, em curto espaço de tempo, o que contribuirá efetivamente para valorização dos rebanhos do estado e acesso aos exigentes mercados internacionais”.
Já a declaração da vacina será estendida até o dia 15 de julho e os produtores poderão realizar o processo através do site www.adab.ba.gov.br, ou, se preferir, procurar os escritórios físicos da agência, sindicatos rurais e lojas de revenda de produtos agrícolas para efetivar a declaração obrigatória.
A maioria dos pecuaristas do país fez, mais uma vez, o dever de casa em relação à prevenção da febre aftosa no rebanho. No segundo semestre de 2019, 98,35% do rebanho bovino e bubalino com até 24 meses de idade foram imunizados, o equivalente a 84,13 milhões de animais.
Os dados finais dessa etapa (segundo semestre de 2019) podem ter alterações, pois ainda não foram considerados os dados da Bahia. O sistema do estado apresentou problemas técnicos e os dados consolidados serão enviados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até o próximo dia 31.
Em 24 estados e no Distrito Federal, todos os animais jovens (até 24 meses de idade) devem ser vacinados no segundo semestre de cada ano. No primeiro semestre, são vacinados os animais de todas as idades. Atualmente, o rebanho bovino e bubalino brasileiro é de 215,57 milhões de cabeças.
>> Os dados dessa etapa de vacinação específicos de cada estado pode ser visualizados aqui.
“Foi mantida, como em semestres anteriores, a alta cobertura vacinal contra a doença, mostrando que mesmo nesse momento de transição, onde alguns estados estão suspendendo a vacinação conforme previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), os criadores sabem de seu papel e executam a vacinação nos seus animais nos estados que permanecem com a vacinação obrigatória e sistemática”, afirmou o chefe da Divisão de Febre Aftosa (Difa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali dos Santos.
O sucesso do programa brasileiro de vacinação e erradicação da febre aftosa despertou o interesse da Índia, que tem o maior rebanho bovino e bubalino do mundo (mais de 400 milhões de animais).
Na última semana, técnicos brasileiros estiveram na Índia, que integraram a missão da ministra Tereza Cristina ao país asiático, iniciaram a elaboração de um acordo de cooperação técnica na área de febre aftosa, como forma de troca de experiências e conhecimento técnico entre dois países. Como primeiro passo desse trabalho, ficou agendado para maio deste ano, a vinda de autoridades da área sanitária indiana ao Brasil para conhecerem o PNEFA, o parque industrial brasileiro de produção de vacina, laboratórios federais de controle de vacina e diagnóstico de febre aftosa, além de atividades de vigilância. Conforme Ministério da Agricultura
A ADAB (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) divulgou o resultado da 2ª etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa no Estado, em 2019, e comemorou a ampliação do percentual de imunização de 95,42% do rebanho baiano. Outro grande resultado foi a ampliação do número de propriedades rurais cobertas pela vacina, saltando de 75%, em maio do ano passado, para os atuais 93%.
“Isso significa que conseguimos atingir os pequenos produtores que também receberam a orientação de nossos técnicos. A dedicação dos servidores e a interação com os produtores tem feito a diferença e modificado os números pra melhor”, enfatiza Maurício Bacelar, diretor-geral da ADAB.
A estimativa era imunizar quase 3 milhões e 100 mil bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade, entre 1º e 30 de novembro. A vacinação atingiu 2.945.142 animais, em dados coletados até sexta-feira, dia 24/1. “Chegamos a todas as regiões da Bahia e, cada vez mais, buscamos ampliar nossa parceria com a sociedade para ações de conscientização e prevenção da saúde pública e do patrimônio dos produtores, garantindo emprego e renda e fixação do homem no campo”, finalizou Maurício.
Chegou a hora. A segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa começou na Bahia na sexta-feira, dia 1º/11, e segue até o dia 30 de novembro. O estado possui um rebanho de 10 milhões de cabeças de gado e há 22 anos a Bahia é considerada zona livre de Febre Aftosa.
De acordo com o diretor-geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar, a expectativa é de que sejam vacinados 3,5 milhões de animais no estado. “Iremos vacinar todos os bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses. A nossa expectativa é vacinar 35% do rebanho baiano. Em 2021 a Bahia pode vir a ser zona livre de febre aftosa sem vacinação, portanto, as últimas campanhas são importantíssimas para que possamos alcançar um grande número de animais. A atenção neste momento é ainda mais especial porque iremos vacinar os animais mais jovens e que não passaram por outras campanhas”.
Em 2019, a novidade na campanha de vacinação fica por conta da redução da dose da vacina que passou de 5 para 2 mililitros e vem sendo aplicada desde a primeira etapa no mês maio. O coordenador do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa na Bahia, Antônio Maia, explica o motivo da mudança. “Esta foi uma demanda do setor produtivo para reduzir as ocorrências de reações vacinais nos animais. São reações que causavam desvalorização da carcaça, perda de carne, de cortes que afetavam inclusive a exportação da nossa carne. Além disso, uma substância chamada saponina foi retirada da vacina”.
Antônio Maia ainda lembra que os produtores devem adotar os cuidados de higiene necessários no momento da aplicação da vacina. “Após a vacinação de maio já tivermos resultados positivos que impactam no bem-estar dos animais que deixam de apresentar reações em função da vacina. Entretanto, ainda ocorre por exemplo a formação de abscessos em decorrência da falta de higiene e limpeza no momento da aplicação. A Adab vem fazendo esse trabalho de conscientização e informação junto aos produtores. No site da Agência o produtor também encontra as informações necessárias”.
A vacinação alcança animais de 0 a 24 meses e segundo a Adab, os bezerros mais jovens são os que melhor reagem a vacinação e não apresentam reações significativas. O produtor que não vacinar o seu rebanho fica sujeito ao pagamento de multa no valor de R$ 53 por animal. Informações detalhadas sobre a vacinação contra a febre aftosa estão disponíveis no site da Adab.
O superintendente do Ministério da Agricultura na Bahia, Paulo Emílio, pontua a importância da parceria para que se alcance resultados significativos. “A Bahia vem protagonizando junto com o produtor o combate da febre aftosa. É importante lembrar que o Brasil é um player na exportação mundial do mercado de carne e para a economia baiana e brasileira é importante a manutenção da qualidade e saúde do nosso rebanho. É um trabalho compartilhado e que tem sido exitoso e com a Bahia como referência para o resto do país”, afirma. Fonte: Secom