POLÍTICA
Motta adia votação da PL Antifacção
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Êta. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu adiar para a próxima terça-feira (18/11) a votação do substitutivo ao Projeto de Lei Antifacção, que será pauta única da sessão. A decisão atendeu ao pedido do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que afirmou precisar de mais tempo para realizar “ajustes finais” e “correções redacionais” no texto, chamado na Câmara de Marco Legal de Combate ao Crime Organizado.
Derrite destacou que o projeto do governo federal traz “boas iniciativas” e que seu parecer incorpora sugestões de diferentes bancadas e espectros ideológicos. O adiamento, segundo Motta, busca garantir um debate mais aprofundado e evitar precipitação na votação de uma pauta considerada sensível e estratégica para a segurança pública.
A decisão ocorre após críticas do governo federal ao terceiro parecer apresentado por Derrite. Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que o relatório poderia gerar “um verdadeiro caos jurídico” e criar um “tumulto normativo” que beneficiaria criminosos já investigados. O governo classificou o texto como um retrocesso jurídico e institucional e manifestou preocupação com o que considerou uma tentativa de “debilitar financeiramente a Polícia Federal” e outras forças de segurança da União.
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Fotografia / Fonte: Agência Brasil
Vereador diz que prefeitura tem que pagar gelo e direito de imagem para os ambulantes no Carnaval
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Olha aí. Os impactos causados pelo excesso de eventos no bairro da Barra foram destaque na 76ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Salvador, realizada na tarde desta quarta-feira (12). O vereador Maurício Trindade (PP) afirmou, em discurso, que “a Barra está morrendo” e que é necessária uma operação urgente para rediscutir e buscar soluções para o atual cenário.
“Afinal, os impactos negativos do grande número de festas e eventos na Barra têm gerado aumento da violência, prostituição infantil, elevação do índice de roubos, flanelinhas que cobram abusivamente, pessoas em situação de rua se abrigando em portas de prédios, fechamento do acesso ao bairro para moradores, entre outros problemas. Isso deixa clara a necessidade de delimitar o número de festas, transferindo parte delas para outros locais da cidade”, frisou Maurício Trindade, que propõe através de Projeto de Lei a proíbe o uso de equipamentos de som, como carros de som, trios elétricos, mini trios e caixas de som móveis, em festas e manifestações realizadas na área.
A proposta apresentada pelo vereador ainda proíbe a instalação de palcos, arquibancadas e estruturas semelhantes em espaços públicos, além de apresentações musicais e uso de som nas áreas externas de bares e restaurantes, com exceções para eventos tradicionais do calendário da cidade, como o Carnaval, Furdunço e o Fuzuê, por exemplo. Corroborando, a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), afirmou que os moradores não podem pagar um preço tão alto, “que já atinge, inclusive, o comércio da região e o mercado imobiliário”, reforçou.
A parlamentar chamou atenção ainda para a previsão de entrega do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) à Casa, que, segundo ela, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, deverá ocorrer apenas em 2027.
O presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB) informou que as comissões de Constituição e Justiça e Redação Final, Finanças, Orçamento e Fiscalização e Transporte Trânsito e Serviços Públicos Municipais, se reúnem nesta quinta-feira (13), enquanto o Colégio de Líderes voltará a se encontrar na próxima terça-feira (18), para discutir o andamento das votações.
Outros vereadores também destacaram sanções recentes de leis municipais pelo Executivo. O vereador Randerson Leal (Podemos) citou a sensibilidade do prefeito Bruno Reis ao sancionar a Lei nº 9.883/2025, de sua autoria, que assegura o direito à informação clara e o respeito ao tempo do cidadão, evitando que o público espere longos minutos até o início do filme principal por causa de trailers e propagandas exibidos antes das sessões de cinema.
O vereador Marcelo Guimarães Neto (União) ressaltou a importância da Lei nº 9.884/2025, também sancionada pelo prefeito, que garante aos professores que atuam em mais de uma instituição de ensino o direito de justificar ausência em reuniões pedagógicas, administrativas ou de formação continuada, sem prejuízos financeiros ou funcionais.
Já o vereador Cezar Leite (PL) comemorou a sanção da lei que restringe a circulação de materiais visuais ou informativos, como cartazes, murais, banners, vídeos e folders, que contenham mensagens, imagens ou referências capazes de induzir crianças à mudança de sexo ou identidade de gênero.
Por fim, o vereador Sílvio Humberto (PSB) cobrou que, durante o Carnaval de 2026, a Prefeitura de Salvador e os patrocinadores da festa custeiem o gelo e paguem o direito de imagem dos ambulantes.
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Fonte: CMS
Fotografia: Lucas Moura/ Secom PMS
Deputado questiona destino de R$ 25 bilhões após novo pedido de empréstimo feito por Jerônimo
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Êta. O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da bancada de oposição na Câmara, criticou na terça-feira (11/11) a nova solicitação de empréstimo feita pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) no valor de R$ 2 bilhões.
Esse é o 20º pedido de crédito do petista em 35 meses de gestão, somando cerca de R$ 25 bilhões já aprovados ou em tramitação.
Diante da quantidade expressiva de solicitações, Alden cobrou transparência na aplicação dos recursos e questionou a falta de prestação de contas dos valores anteriormente liberados.
“Assim como em todos os empréstimos anteriores, Jerônimo pediu que o projeto fosse votado em regime de urgência. Mas os R$ 25 bilhões aprovados até então foram direcionados para onde? O povo precisa saber. É muito conveniente pedir pressa para aprovar um novo empréstimo, mas não vejo a mesma energia em prestar contas aos baianos”, criticou o parlamentar.
O Projeto de Lei nº 26.015/2025, enviado por Jerônimo à Assembleia Legislativa, pede autorização para a contratação de um novo empréstimo de até R$ 2 bilhões junto ao Banco do Brasil, com garantia da União.
Os recursos, de acordo com o texto, serão destinados a ações de mobilidade urbana e interurbana, infraestrutura hídrica, viária, urbana e edificações públicas previstas no Plano Plurianual.
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Fotografia: Divulgação
Os projetos sobre segurança pública e combate ao crime organizado que devem passar por votação na Câmara
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Se ligue. Na semana de 11 a 13 de novembro, o Plenário da Câmara dos Deputados pode votar o projeto de lei do Executivo que aumenta as penas pela participação em organização criminosa ou milícia, prevê apreensão prévia de bens do investigado em certas circunstâncias e aperfeiçoa o acesso a dados de investigados na internet.
O Projeto de Lei 5582/25 conta com parecer preliminar do relator, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), que usa a lei de crimes de terrorismo para enquadrar diversas ações praticáveis por milícias e organizações criminosas com penas semelhantes, independentemente das razões ou motivações.
Assim, segundo o substitutivo do relator, poderá ter pena de reclusão de 12 a 30 anos quem praticar controle de território ou utilizar ou ameaçar empregar explosivos ou dificultar a livre circulação de pessoas, bens e serviços (barricadas).
Obstrução de Justiça
Outro projeto pautado é o PL 4503/25, da deputada Delegada Ione (Avante-MG), que cria o crime de obstrução de Justiça de qualquer tipo de delito investigado.
Atualmente, esse tipo de crime está tipificado apenas na lei sobre organizações criminosas (Lei 12.850/13), com pena de 3 a 8 anos para quem impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Segundo o texto, a pena de reclusão de 2 a 6 anos será para quem impedir, embaraçar ou retardar, de qualquer forma, o andamento de inquérito policial ou processo criminal.
Prisão temporária
Também poderá ser votado o Projeto de Lei 4333/25, do deputado Yury do Paredão (MDB-CE), que aumenta de 5 para 15 dias o tempo da prisão temporária e prevê mais dois casos de aplicação da prisão em flagrante.
O substitutivo preliminar, do deputado Delegado Fabio Costa (PP-AL), muda o prazo para concluir o inquérito se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou preventivamente. O prazo atual de 10 dias passa para 15 dias.
Quanto aos casos em que será considerada prisão em flagrante, o texto passa a considerar assim aquela realizada quando a pessoa se apresenta espontaneamente na delegacia para se declarar autor do crime.
Recursos de apostas
Já o Projeto de Lei 4331/25, também de Yury do Paredão, aumenta os recursos arrecadados com as bets destinados à área de segurança pública.
De acordo com o parecer preliminar do relator, deputado Capitão Augusto (PL-SP), a área passará de 13,6% para 31,6% da parte que cabe ao setor público.
Os recursos são retirados do esporte, que perde 11 pontos percentuais, e do turismo, que perde 8,5 pontos percentuais. Desse total de 19,5, os fundos estaduais e distrital de segurança pública ficam com 12 pontos percentuais, e os fundos estaduais penais com 6 pontos percentuais.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) passa a contar com 1,5 ponto percentual do arrecadado.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Fotografia: Kayo Magalhães/Divulgação/Câmara dos Deputados
Nelson Leal rompe com Jerônimo, abre mão da reeleição e vai coordenar campanha de ACM Neto
domingo, 9 de novembro de 2025
Mudou agora. O deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal (PP), anunciou na sexta-feira, dia 7/11, rompimento com o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e declarou apoio ao ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto. Além do apoio, Leal vai ser coordenador da campanha de ACM Neto na Bahia e disse que abriu mão de disputar a reeleição para se dedicar totalmente à campanha.
“Neto me convidou para coordenar a campanha, e acho que esse é o melhor caminho para a Bahia. Neto fez uma administração primorosa e extraordinária em Salvador, e vai promover a mesma transformação que o nosso estado está precisando”, alinhavou Nelson Leal.
O parlamentar disse que a decisão foi tomada após reflexão sobre o futuro do Estado. “Estou abrindo mão da minha candidatura, seria a oitava vez que eu disputaria uma eleição. Sou decano, mas preferi deixar de lado o projeto pessoal para coordenar a campanha de Neto. Acredito que essa é a forma mais concreta de ajudar a Bahia a mudar de verdade”.
“Nelson Leal é um político com vasta experiência, respeitado em toda a Bahia pela sua liderança. Eu o conheço há vários anos e sei de sua enorme capacidade de trabalhar pelo desenvolvimento do nosso Estado. Agradeço muito ao deputado pelo apoio e sei que sua participação nesse processo será fundamental em nossa caminhada”, cravou ACM Neto.
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Fotografia: Divulgação
Brasil projeta exportar 600 mil toneladas de carne de frango pra China em 2026
sábado, 8 de novembro de 2025
Olha aí. O governo brasileiro estima que as exportações de carne de frango para a China alcancem cerca de 600 mil toneladas em 2026, após Pequim revogar o embargo que bloqueava a compra do produto há quase seis meses. A retomada das vendas é vista como um impulso significativo para o setor, que tem na China um de seus principais mercados consumidores.
A informação foi confirmada por fontes do Ministério da Agricultura. Segundo elas, a liberação anunciada na sexta-feira (7/11) pela administração alfandegária chinesa já tem efeito imediato, permitindo que todos os estados brasileiros habilitados voltem a exportar.
No comunicado oficial, as autoridades chinesas afirmaram que a decisão foi tomada “com base na análise de risco”, restaurando o fluxo comercial com o Brasil.
Antes da suspensão, a China respondia por aproximadamente 12% de todas as exportações brasileiras de carne de frango, com forte demanda especialmente por cortes como asa, sobrecoxa e pés, itens considerados de baixo consumo interno, mas altamente valorizados no mercado asiático.
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Fotografia: Agência Brasil
Vídeo: ACM Neto detona o PT durante encontro no Interior da Bahia “se aproveita da pobreza”
sexta-feira, 7 de novembro de 2025
Vixe. O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, voltou a criticar a gestão estadual comandada pelo PT há quase vinte anos, durante um encontro com produtores rurais em Itamaraju, no Interior da Bahia, na quinta-feira (6/11). Diante de agricultores e lideranças locais, ele acusou o partido de “se aproveitar da pobreza” e destacou indicadores sociais que, segundo afirmou, evidenciam deficiências na administração.
Neto mencionou dados relacionados à violência, educação, saúde e emprego para embasar suas críticas. “A Bahia tem o maior número de homicídios do país, enfrenta dificuldades na área educacional e sofre com falhas no atendimento médico”, declarou.
ASSISTA:
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Fotografia: Reprodução
Vídeo: Jerônimo se irrita em discurso do Presidente da França
quinta-feira, 6 de novembro de 2025
Climão. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se irritou e quebrou o protocolo durante o discurso do Presidente da França, Emmanuel Macron, na abertura do Festival Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com a África, realizada na quarta-feira (5/11) no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador. Chateado com a falta de tradução simultânea para parte dos presentes no palco, Jerônimo interrompeu o evento e cobrou uma solução da organização do evento.
ASSISTA:
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Fotografia: Reprodução
Comissão do Senado aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; saiba o que acontece
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
Olha aí. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou, nesta quarta-feira (5/11), por unanimidade o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil e reduz gradualmente a cobrança para quem ganha até R$ 7.350. A proposta, enviada pelo Executivo, segue para votação no plenário e, se sancionada até o fim do ano, entrará em vigor em janeiro de 2026.
Atualmente, estão isentos do IR os que recebem até dois salários mínimos. O governo estima que cerca de 25 milhões de brasileiros serão beneficiados e que outros 200 mil terão aumento na tributação. O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), rejeitou as emendas apresentadas, afirmando que mudanças poderiam atrasar a sanção e adiar os efeitos da lei.
Para equilibrar a arrecadação, o texto cria uma alíquota extra de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano e taxa lucros e dividendos enviados ao exterior. A oposição criticou a decisão de não revisar o texto, alegando perda da função revisora do Senado e impacto sobre profissionais liberais com pessoa jurídica.
O relator defendeu que o impacto sobre esse grupo será mínimo e destacou que o projeto busca justiça fiscal, ampliando o benefício a quem mais precisa. A proposta prevê também mecanismos de compensação para estados e municípios diante da possível queda na arrecadação do imposto.
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Fotografia: Agência Brasil
Senadores baianos integram comissão da CPI do Crime Organizado
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
Olha aí. A CPI do Crime Organizado foi oficialmente instalada no Senado Federal na terça-feira (4/11). A comissão será composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, com o objetivo de investigar a estrutura, a expansão e a atuação de facções criminosas e milícias em todo o país, além de possíveis conexões com o poder público.
A presidência da CPI ficará a cargo do senador Fabiano Contarato (PT-ES), enquanto a relatoria será conduzida por Alessandro Vieira (MDB-SE). Entre os titulares estão Otto Alencar (PSD-BA) e Angelo Coronel (PSD-BA), além de Márcio Bittar (PL-AC), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Marcos do Val (Podemos-ES), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Como suplentes, participam Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Sergio Moro (União-PR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Esperidião Amin (PP-SC). O bloco Resistência Democrática, formado por PSD e PSB, ainda deve indicar o último suplente.
A CPI terá prazo inicial de 120 dias de funcionamento para coletar depoimentos, analisar documentos e propor medidas legislativas voltadas ao enfrentamento do crime organizado.
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Fotografia: Manu Dias/Gov BA
Câmara aprova ampliação gradual da licença-paternidade
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
Olha aí. A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (4/11), o projeto de Lei (PL) 3935/2008 que aumenta de maneira gradual a licença paternidade até 20 dias.

A proposta, aprovada de maneira simbólica com o voto contrário do Novo, aumenta a licença de forma escalonada de 10 dias do primeiro ao segundo ano de vigência da lei até 20 dias a partir do quarto ano. A licença ainda poderá ser dividida em dois períodos a partir da requisição do empregado. O texto agora retorna para análise no Senado.
Inicialmente, o projeto previa que a licença seria de 10 dias no 1º ano de aplicação da lei, de 15 dias no segundo ano, com acréscimo de 5 dias/ano até 30 dias no 5º ano, mantido daí em diante. Porém, o relator, deputado Pedro Campos (PSB-PE), teve que fazer ajustes no texto para conseguir a aprovação. Além disso, o projeto determina que a licença de 120 dias será concedida apenas em caso de falecimento materno.
Com as alterações, o prazo máximo estabelecido para a licença-paternidade será de 10 dias, do primeiro ao segundo ano; 15 dias, do segundo ao terceiro ano; e 20 dias, a partir do quarto ano. Além disso, a proposta determina que a licença de 20 dias só será concedida se o governo conseguir cumprir as metas fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente ao segundo ano de aplicação da lei.
Caso a meta não seja verificada, a licença de 20 dias só entrará em vigor a partir do segundo exercício financeiro seguinte àquele em que se verificar o cumprimento da meta.
O texto diz ainda que a licença-paternidade e o salário-paternidade nos casos de nascimento, adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente com deficiência, passarão de 30 para 60 dias, com vigência escalonada até o quinto ano de vigência da lei.
A licença-paternidade é concedida ao empregado, com remuneração integral, em razão de nascimento de filho, de adoção ou de guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente, sem prejuízo do emprego e do salário.
Ao argumentar pela defesa da proposta, o relator afirmou que nenhum direito é mais fundamental do que o de nascer cercado de cuidado. Campos apontou ainda que o tema era alvo de debates desde a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988, que reconhece a família como base da sociedade e impõe ao Estado o dever de lhe assegurar especial proteção.
“Durante décadas, o Direito do Trabalho brasileiro reconheceu essa necessidade apenas pela perspectiva materna. A licença-maternidade representou um avanço civilizatório, mas a paternidade permaneceu à margem, como se o cuidado fosse uma atribuição exclusiva da mulher. Essa assimetria repercute não apenas na sobrecarga das mães, mas também na ausência paterna em um dos períodos mais decisivos da vida da criança”, observou.
Os recursos para o pagamento da licença virão do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Caso o texto seja aprovado, a estimativa apresentada pelo relator diz que a previsão é de que o impacto fiscal líquido (despesas e perda de receita) será de cerca de R$ 2,61 bilhões, em 2026; de R$ 3,3 bilhões, em 2027; de R$ 4,35 bilhões, em 2028; de R$ 5,44 bilhões em 2029.
Pedro Campos apontou que os recursos para a nova política podem vir do Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), que prevê a atualização do valor e a regularização de veículos, imóveis, valores, títulos e ações no Imposto de Renda, caso sejam lícitos e não tenham sido declarados.
Poderá ser considerada, como fonte de custeio complementar, a receita prevista no Projeto de Lei Complementar apresentado pelo Governo na Câmara dos Deputados, que visa elevar a arrecadação federal em R$ 19,76 bilhões em 2026.
O projeto promove alterações diretas na Consolidação das Leis do Trabalho. A licença-paternidade passa a figurar, ao lado da licença-maternidade, como direito social de mesma hierarquia e abrangência. Para tanto, cria um novo benefício denominado salário-paternidade, de idêntica duração ao da licença-maternidade.
O texto diz ainda que o salário-paternidade será destinado às mesmas categorias de segurados atualmente contempladas pelo salário-maternidade, e, ressalvados os empregados em geral, será pago diretamente pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a quem também caberá o pagamento ao empregado do microempreendedor individual.
Conforme o texto, está prevista a concessão de incentivos fiscais para as empresas aderirem à licença. Além disso, o projeto diz que a licença pode ser suspensa pela Justiça quando houver elementos que indiquem a prática, pelo pai, de violência doméstica ou abandono material em relação a criança.
O projeto diz ainda que será permitida a manutenção simultânea de salário-paternidade e salário-maternidade, em relação a nascimento ou adoção, ou guarda judicial para fins de adoção, de uma mesma criança ou adolescente. Porém, o primeiro estará condicionado ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.
“A medida harmoniza, assim, o dever constitucional de proteção com a racionalidade econômica, pois o envolvimento paterno fortalece vínculos familiares, reduz desigualdades e favorece ambientes de trabalho mais equilibrados e produtivos”, pontuou Campos.
Deputados do Novo se posicionaram contra a matéria. O líder Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o projeto com o argumento de que estabelecer uma licença-paternidade ampliada vai prejudicar a atividade econômica, especialmente as micro e pequenas empresas.
Segundo o parlamentar, a iniciativa traz “preocupação para o mercado de trabalho”.
“Haverá uma ampliação de licenças obrigatórias, reduzindo margens de compensação, afetando as pequenas e microempresas que menos condições de arcar com essa mudança abrupta na legislação. O novo tem se colocado contrariamente a matéria. Manifestamos a posição contrário do partido”, afirmou.
O argumento foi rebatido pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que lembrou que o projeto foi apresentado em 2008. A deputada esclareceu que os recursos virão da Seguridade Social.
“O problema é que o argumento sempre é de quem paga. Mas quem a paga a licença-maternidade e a paternidade é o trabalhador na assistência social”, afirmou.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) comemorou a aprovação. “Hoje foi uma vitória de toda a bancada feminina, mas também do Parlamento brasileiro que hoje está ouvindo os pais, ouvindo as mães e ouvindo as famílias”, disse.
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Fotografia / Fonte: Agência Brasil
CPMI do INSS: presidente de entidade de pescadores é preso em flagrante
terça-feira, 4 de novembro de 2025
Vixe. O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira, foi preso por falso testemunho ao fim de seu depoimento à CPMI do INSS na segunda-feira (3/11).
Depois das arguições dos parlamentares, o relator da CPMI, Alfredo Gaspar, requereu a prisão em flagrante do depoente. Segundo o relator, Lincoln mentiu sobre o motivo de sua saída da direção da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) — ele declarara que tinha renunciado ao cargo, quando na verdade tinha sido afastado como medida cautelar — e “negou por meio do silêncio” conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, mas admitiu o vínculo ao responder a outras perguntas.
Lincoln também teria mentido sobre a natureza de sua relação com Gabriel Negreiros, tesoureiro da CBPA, e sobre o alcance da procuração passada a Adelino Rodrigues Junior.
— Adelino tinha amplos poderes para movimentar recursos da CBPA, e, com esses amplos poderes, enviou R$ 59 mil para a esposa do procurador geral do INSS de então, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil para João Victor Fernandes em espécie.
Antes de concordar com o pedido, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lembrou que “o silêncio também fala” e manifestou sua esperança com os rumos da comissão parlamentar mista de inquérito.
— Encerramos um ciclo de impunidade e começamos o tempo da verdade, em nome dos aposentados, das viúvas, dos órfãos e da esperança que ainda vive no coração do Brasil.
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Fotografia / Fonte: Agência Senado
Governo anuncia secretário da ponte
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
Se ligue. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou que Mateus Dias vai comandar a Secretaria Extraordinária do Sistema Viário Oeste da Ponte Salvador-Itaparica (Seponte). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3/11) durante coletiva de imprensa.
O anúncio foi feito 10 dias após a criação da pasta. Mateus da Cunha Dias atua como superintendente de Planejamento em Logística de Transportes e Intermodalismo na Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
A obra da construção da Ponte Salvador-Itaparica tem previsão de início em junho de 2026. O sistema promoverá a integração entre a capital e o interior, por meio da ligação com as rodovias BR-101, BR-116 e BR-242. O investimento estimado é de aproximadamente R$ 12 bilhões, entre recursos privados e contrapartida do Estado.
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Fotografia: Divulgação / GOVBA
Senado analisa isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil nesta terça-feira (4)
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pautou para a próxima terça-feira (4/11) a análise do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil.
Presidente da comissão e relator da proposta, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ainda não apresentou o parecer. Ele estuda ajustes no texto, mas tenta evitar que o projeto volte para a Câmara dos Deputados, onde foi aprovado no início de outubro.
Para garantir a aprovação sem retorno à Câmara, Renan apresentou um segundo projeto voltado à compensação financeira da renúncia fiscal. A proposta também será votada na terça-feira e tem como relator o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que divulgou parecer favorável nesta sexta-feira (31/10).
O novo texto eleva a taxação das apostas online e aumenta a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, incluindo fintechs. As duas medidas devem gerar R$ 4,9 bilhões em arrecadação adicional em 2026, compensando o impacto da isenção.
A alíquota da CSLL para fintechs passará de 15% para 20%, enquanto para instituições de pagamento, administradoras de mercado de balcão e bolsas de valores o percentual subirá de 9% para 15%. Já a taxação sobre apostas e jogos online dobrará, passando de 12% para 24% da receita bruta.
Caso o projeto seja aprovado na comissão, a expectativa é que o plenário do Senado vote o mérito no mesmo dia ou até quarta-feira (5/11). O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que pretende dar celeridade à tramitação.
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Fotografia / Fonte: Agência Senado
Câmara aprova proposta que permite acumular cargo de professor no serviço público
sábado, 1 de novembro de 2025
Olha aí. A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 169/19, que autoriza a acumulação remunerada, no serviço público, de um cargo de professor com outro de qualquer natureza. O texto segue para o Senado.
A Constituição brasileira proíbe servidores de acumularem cargos na administração pública, mas faz algumas exceções. Permite, por exemplo, que professores tenham dois cargos em escolas diferentes. Também assegura à categoria o direito a ter outro emprego público, desde que seja de caráter técnico ou científico.
Profissionais de saúde com atividade regulamentada também podem ter dois cargos ou empregos no serviço público.
A PEC elimina a restrição imposta aos professores (cargo de caráter técnico ou científico), permitindo a acumulação com outro cargo de qualquer natureza.
Reivindicação antiga
“Cumprimento todos professores do Brasil que mobilizaram as bancadas e defenderam a aprovação dessa PEC que traz uma flexibilização dos vínculos para possibilitar que eles exerçam outras funções”, declarou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O deputado Allan Garcês (PP-MA) disse que a PEC traz uma reivindicação antiga de professores. “Os professores fazem parte da educação e merecem ser reconhecidos na sua dignidade.”
O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), também defendeu a aprovação da medida. “Tive agora com o ministro da Educação, Camilo [Santana], que teve um diálogo sobre essa PEC”, disse.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Fotografia: Kayo Magalhães/Divulgação/Câmara dos Deputados
Congresso aprova isenção do Imposto de Renda por tempo indeterminado
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Olha aí. O Congresso Nacional aprovou na quinta-feira (30/10) projeto de lei (PLN 1/2025) que permite que as mudanças propostas no Imposto de Renda tenham duração por tempo indeterminado, e não apenas por cinco anos.

A principal alteração, proposta pelo governo federal, é a isenção para quem ganha até R$ 5 mil a partir de janeiro de 2026.
Na prática, o projeto dá continuidade a uma eventual isenção, que ainda está em análise no Congresso. O benefício tributário está previsto no Projeto de Lei (PL) 1.087/2025, já aprovado na Câmara dos Deputados e que aguarda votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Sem a mudança, a isenção para quem ganha até R$ 5 mil valeria por apenas cinco anos, como prevê a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto aprovado pelos parlamentares encerra essa limitação.
“A proposta traz segurança jurídica ao contribuinte, pois garante a confiabilidade e a previsibilidade de que a eventual alteração na legislação do Imposto de Renda da Pessoa Física [IRPF], seja qual for o desfecho da proposição no Parlamento, não será obrigatoriamente rediscutida a cada cinco anos”, argumentou a relatora, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO).
O projeto será enviado para a sanção do presidente da República.
* Com informações da agências Câmara e Senado
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Fonte: Agência Brasil
Fotografia: Agência Senado
Comissão da Câmara pede prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Vixe. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHMIR) enviou um ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, pedindo a abertura imediata de investigação criminal contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por causa da Operação Contenção, que deixou 119 mortos e se tornou a mais letal da história do país. As informações são da Folha de S. Paulo.
O documento solicita também a avaliação da prisão preventiva de Castro “dado o risco concreto à ordem pública, ao processo investigatório e pela gravidade do ocorrido, além da possibilidade de repetição de mais chacinas em um futuro próximo, já que essa forma de utilização deturpada do aparato estatal de segurança pública tem ocorrido reiteradamente em seu governo”.
O ofício é assinado pelo presidente da comissão, deputado Reimont (PT-RJ), e pelos parlamentares Talíria Petrone (PSOL-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Tadeu Veneri (PT-PR), Luiz Couto (PT-PB), Glauber Braga (PSOL-RJ), Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Segundo o texto, há fortes indícios de que a operação extrapolou os limites da legalidade e resultou em graves violações ao direito à vida e à integridade física de moradores das comunidades afetadas. Os deputados afirmam ter recebido denúncias de execuções sumárias, com relatos de vítimas mortas com facadas e tiros pelas costas.
A CDHMIR também alega que a ação teve motivação político-eleitoral e que o governo do Rio não utilizou integralmente os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), gerido pelo Ministério da Justiça. O grupo pede perícia técnica independente, rastreamento das armas apreendidas e criação de um mecanismo de acompanhamento das vítimas.
Cláudio Castro, por sua vez, defendeu a operação, classificada por ele como “um sucesso”. “De vítima, ontem, lá, só tivemos os policiais”, afirmou em entrevista coletiva. O governador também tentou responsabilizar o governo federal, dizendo que o Rio “está sozinho na guerra” e que pedidos de envio de blindados foram negados pelo Ministério da Defesa.
O governo Lula rebateu a declaração e disse que o envio de militares só seria possível mediante pedido formal de decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que não foi feito. “Quem quiser somar com o Rio de Janeiro no combate à criminalidade é bem-vindo. Os outros, que querem fazer politicagem, nosso recado é: suma. Ou soma ou suma”, declarou Castro.
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Fotografia: Governo do Rio de Janeiro/Divulgação
Deputado diz que Jerônimo insiste em minimizar crise da violência na Bahia
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Êta. O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) contestou a declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que ao comentar as operações policiais realizadas no Rio de Janeiro, disse que a situação da segurança pública na Bahia está “sob controle”. Para o parlamentar, o governador insiste em minimizar a gravidade do cenário de violência no estado, uma vez que realidade enfrentada pela população baiana desmente a fala do chefe do Executivo.
“Nós temos um estado que tem cinco das dez cidades mais violentas do Brasil, a Bahia é líder em número de homicídios e temos pelo menos 17 facções criminosas atuando no nosso estado. Você acha realmente que a violência está sob controle na Bahia?”, questionou Régis, em um vídeo publicado na quarta-feira (29/1), nas redes sociais.
O deputado afirmou ainda que o problema não está nas forças policiais, mas na condução da segurança pelo governo estadual. “Governador, não faça pouco caso da inteligência do povo baiano. O problema não é a Polícia Militar e nem a Polícia Civil, que fazem seu papel, o que nós temos que fazer é, em 2026, trocar o governador”, projetou Régis.
“Precisamos escolher um governador que assuma a segurança como prioridade. É hora de fazer a mudança que a Bahia precisa”, reiterou.
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Fotografia: Sandra Travassos/ALBA
Boulos toma posse na Secretaria-Geral e promete “governo na rua”
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Olha aí. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Guilherme Boulos (PSOL) tomou posse como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, na quarta-feira (29/10). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente, mas não discursou.
Boulos pediu um minuto de silêncio pelas 119 mortes na operação policial no Rio de Janeiro e afirmou que sua missão será “colocar o governo na rua”, dialogando com diferentes setores da sociedade.
Ele destacou que pretende ouvir críticas e conversar com trabalhadores, população de rua, motoristas e entregadores de aplicativo, além de representantes religiosos. O ministro também defendeu o projeto que busca acabar com a escala de trabalho 6×1.
Ao final, afirmou que não haverá diálogo com “inimigos da democracia” e repetiu o coro de “sem anistia” puxado por apoiadores presentes.
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Fotografia: Cadu Gomes / Vice-Presidência da República
Câmara aprova despacho gratuito de bagagem de até 23 kg em voos
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que garante o despacho gratuito de bagagem de até 23 kg em voos nacionais ou internacionais operados no país. O texto será enviado ao Senado.
A volta do despacho de bagagem sem custo consta de emenda do deputado Alex Manente (Cidadania-SP) incluída pelo Plenário no Projeto de Lei 5041/25, do deputado Da Vitoria (PP-ES). A emenda contou com o apoio de 361 parlamentares contra 77.
O autor da emenda destacou que, desde 2017, quando a cobrança começou, as empresas faturaram cerca de R$ 5 bilhões até 2024, mas isso, segundo ele, não gerou diminuição do preço da passagem.
Inicialmente, o projeto previa a gratuidade inclusive em voos internacionais de uma mala de bordo, mas o relator, deputado Neto Carletto (Avante-BA), manteve a possibilidade de cobrança nesses trechos internacionais em razão da competitividade das companhias de baixo custo.
Com o substitutivo aprovado, o passageiro poderá levar, sem custo adicional, uma mala de bordo de até 12 kg em voos domésticos e uma bolsa ou mochila debaixo do assento. As mudanças serão no Código Brasileiro de Aeronáutica. “Diante de manifestações recentes de empresas aéreas sobre eventual cobrança por esse tipo de bagagem, impõe-se a necessidade de elevar essa proteção ao nível legal, a fim de conferir segurança jurídica e impedir práticas abusivas”, disse Neto Carletto.
O regulamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prevê franquia de 10 kg para a bagagem de mão, considerada assim aquela levada na cabine da aeronave, sem diferenciar entre mala e mochila, por exemplo. O contrato de transporte é que define as dimensões e a quantidade de peças.
Outro procedimento comum adotado pelas companhias também passará a figurar no código. É o caso da bagagem de bordo que não puder ser acomodada no bagageiro da cabine por restrição de segurança ou de capacidade. Nessa situação, o despacho será gratuito.
O texto determina que as regras sobre o transporte de volumes de bagagem de mão devem ser apresentadas nos canais de venda mantidos pelo transportador, de forma que sejam facilmente compreendidas pelo público.
Cancelamentos
Com a aprovação de outra emenda, da deputada Renata Abreu (Pode-SP), será proibido o cancelamento do trecho de volta previsto na compra se o passageiro não comparecer ao embarque para o trecho de ida (conhecido como “no show”), exceto se houver autorização expressa dele.
Essa emenda obteve apoio de 445 deputados e rejeição por 10.
O deputado Tiago Dimas (Pode-TO) afirmou que o cancelamento é uma prática abusiva das companhias aéreas. “Isso vai pacificar um entendimento já adotado pelo Judiciário”, declarou.
Para a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), a lógica do cancelamento é um “capitalismo selvagem” em que a companhia aérea não perde nunca, e o consumidor sempre fica penalizado.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) afirmou que é justo que quem pagou por ida e volta, mesmo sem a ida tenha a volta.
Marcação de assento
O projeto também proíbe as empresas de cobrarem adicional pela marcação de assento padrão em voos domésticos e internacionais operados em território nacional. Essa medida consta de emenda do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), aprovada por 426 votos a 17.
O assento padrão é aquele que não faz parte de espaços reservados para poltronas com maior conforto para as pernas (saída de emergência, por exemplo) ou em cabines premium. A marcação gratuita do assento padrão poderá ocorrer no momento do check-in ou antes.
Para a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), é um absurdo pagar pela marcação do assento, que já faz parte do direito do consumidor ao comprar a passagem aérea. “Daqui a pouco vamos chegar no avião e teremos de pagar pela água ou pelo banheiro”, criticou.
Assistência especial
Para passageiros que precisarem de assistência especial, a companhia aérea deve respeitar sua dignidade e autonomia de acordo com as normas técnicas e operacionais da Anac.
Quando necessária assistência especial, nos termos do regulamento, a companhia deve ceder, sem custos ao passageiro, até dois assentos adicionais se indispensáveis à sua acomodação, de suas ajudas técnicas ou de equipamentos médicos necessários ao seu transporte aéreo.
Indisciplina a bordo
Quanto às medidas que podem ser adotadas a título de penalidade contra o passageiro que cometer atos gravíssimos de indisciplina a bordo das aeronaves, ainda pendente de regulamentação, o texto aprovado pela Câmara muda trecho do Código Brasileiro de Aeronáutica para especificar que a companhia poderá deixar de transportar, por 12 meses, o passageiro penalizado.
Atualmente, a restrição se refere à venda de passagens, por esse período, para quem tiver praticado esses atos.
Outra mudança estabelece que passará a ser obrigatório o compartilhamento entre as companhias de dados de identificação do passageiro que tenha praticado ato gravíssimo de indisciplina.
Debate em Plenário
Durante o debate sobre o projeto, o líder da Maioria, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que as companhias aéreas mentiram que iriam reduzir valores de passagens com a cobrança de despacho de bagagem. “Essa história de que a crise [das companhias aéreas] é continuada não é, necessariamente, uma verdade permanente”, declarou.
O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) citou outras ações das companhias aéreas que foram divulgadas como meios para baratear passagens, como cobrança de alimentação e marcação de assentos. “O pior de tudo isso é que se passa por um serviço de péssima qualidade”, criticou.
Já os deputados do Novo foram contrários à proposta. “Vai acabar com mais um perfil de tarifa oferecido pelas companhias aéreas. Vamos limitar a opção do consumidor e prejudicar o setor aéreo”, afirmou o líder do Novo, deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
Para a deputada Adriana Ventura, há uma lógica de precificação ignorada pelos deputados em seus votos: se todos os consumidores puderem despachar bagagem ou escolher o assento, o preço médio das passagens vai aumentar. “Esses projetos vendem um faz de conta populista. O que vai acontecer? Vai encarecer”, avaliou.
Ela defendeu a redução dos tributos sobre combustível de aviação para reduzir os preços das passagens.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Fotografia: Reprodução/Redes Sociais

