Posts Tagged ‘Operação Lava Jato’

Lúcio Vieira ensaia discurso para defender Cunha; ”denúncia não significa condenação”

terça-feira, julho 28th, 2015

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Olha aí. Os peemedebistas já ensaiam o discurso para dar sustentação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando acontecer sua esperada denúncia na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O deputado baiano Lúcio Vieira Lima afirmou que “denúncia não significa condenação” e exemplificou. ”Veja só o caso de Adarico Negromonte, denunciado e absolvido”, disse, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo. Ao menos cinco processos contra autoridades estão praticamente prontos para ser apresentados pelos investigadores ao Supremo Tribunal Federal. Além de Cunha, também está o nome do senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL).

Foto: Divulgação

Lava Jato: Procurador da República nega que tenha havido escuta na cela de Yousseff

terça-feira, julho 28th, 2015

Procurador da República negou ter utilizado informação baseada em escuta ilegal / José Cruz / Agência Brasil

O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava Jato, negou nesta segunda-feira que tenha havido escuta na cela onde estava o doleiro Alberto Youssef, na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O fato, denunciado pelo próprio Youssef, em abril do ano passado, foi refutado por uma sindicância concluída pela PF em setembro de 2014.

Perguntado se a suposta escuta na cela do doleiro poderia inviabilizar futuramente as investigações da Lava Jato, pois nesse caso a escuta seria ilegal, Dallagnol disse não temer que o fato repercuta negativamente sobre a operação e negou que tenha sido utilizada informação baseada em escuta ilegal.

“Jamais apareceram quaisquer escutas e muito menos indicativos de influência delas nas investigações. É um caso sob investigação. Mas jamais identificamos qualquer escuta que tenha sido instalada. O que existiu é um aparelho que, em princípio, não estava funcionando. Esta é uma situação sob apuração”, sustentou o procurador.
Dois policiais federais admitiram, durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no dia 2 de julho, que as escutas existiram. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, também em depoimento à CPI da Petrobras, no último dia 15, classificou de gravíssimo o fato, se for comprovado.
Dallagnol veio ao Rio participar do lançamento do projeto Dez Medidas contra a Corrupção, que pretendo recolher 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso um projeto de iniciativa popular com ações anticorrupção. Ele apresentou o projeto a lideranças comunitárias e religiosas, reunidas no Seminário Teológico Batista do Sul, a quem pediu apoio à iniciativa.
O procurador criticou a corrupção no país e disse que, baseado em dados das Nações Unidas, o Brasil gasta R$ 200 bilhões em propinas todos os anos.

“Esse valor permitiria triplicarmos no Brasil o investimento federal em saúde ou educação e que melhorássemos tudo o que é gasto, em todo o país, por todos os entes da Federação, em segurança pública”.

Ele disse acreditar na punição de todos os envolvidos nos casos de corrupção envolvendo empreiteiras, agentes públicos e políticos que superfaturaram contratos com a Petrobras, recebendo propinas milionárias em dinheiro público.

“Nós vamos fazer o nosso melhor, tudo o que está em nosso alcance, para que todos sejam punidos, por todos os crimes, na medida de sua responsabilidade. Nós acreditamos que, neste caso, existe uma série de fatores que vai permitir que a punição seja alcançada de modo efetivo”.

Os dez temas da campanha contra a corrupção são os seguintes: Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação; Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos; Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores; Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal; Celeridade nas ações de improbidade administrativa; Reforma no sistema de prescrição penal; Ajustes nas nulidades penais; Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2; Prisão preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado; Recuperação do lucro derivado do crime.

Para participar da campanha e baixar os formulários para recolher assinaturas, basta acessar o endereço eletrônico www.combateacorrupcao.mpf.mp.br.

Foto/Fonte: Agência Brasil

Presidente da Odebrecht e mais sete presos da Operação Lava Jato são transferidos

sábado, julho 25th, 2015

Presos da operação Lava Jato são transferidos da sede da Polícia Federal / Félix R./Futura Press/Folhapress

Vixe. Oito presos da 14ª fase da Operação Lava Jato foram transferidos da carceragem da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Entre os detidos estão o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.

Também foram transferidos Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, César Ramos Rocha, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo, ex-diretores da Odebrecht, o ex-funcionário da empreiteira João Antônio Bernardi Filho, e o executivo da Andrade Gutierrez, Elton Negrão de Azevedo Júnior.

O juiz Sérgio Moro afirma que a carceragem da PF não comporta a manutenção de um grande número de presos e que a ala específica do Complexo Médico-Penal disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná é local adequado para acomodação deles.

Ainda segundo o despacho, mesmo com a transferência o transporte dos presos vai permanecer sendo realizado pela Polícia Federal.

Foto= Folhapress

Lava Jato: Presidente da Odebrecht e mais sete são indiciados pela PF

terça-feira, julho 21st, 2015

Marcelo Odebrecht foi preso na 14ª fase da Operação Lava Jato / Rodolfo Burher / Reuters

E agora? O presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais sete pessoas foram indiciados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

O grupo é suspeito de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, formação de cartel e fraude à licitação.

Segundo o relatório da PF, há indícios de que a empresa tenha fechado seis contratos de forma indevida com a Petrobras.

A partir do indiciamento, o Ministério Público Federal analisa as informações e tem um prazo de cinco dias para apresentar ou não denúncia contra os suspeitos.

A assessoria de imprensa da Odebrecht disse que vai se manifestar em breve sobre os indiciamentos.

Foto: Reprodução/Reuters

 

Cardozo garante que Lava Jato não chega a Dilma

quarta-feira, julho 15th, 2015

Ministro disse ainda que nunca recebeu qualquer tipo de orientação de Dilma para intervir nas investigações conduzidas pela Polícia Federal  / Elza Fiúza/Agência Brasi

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira, dia 15, que a Operação Lava Jato não chegará à presidente Dilma Rousseff.

A afirmação de Cardozo foi feita durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, ao ser perguntado sobre o assunto por integrantes da comissão.

“Conheço a presidente há muitos anos. Tenho orgulho de conhecê-la. É uma pessoa de honestidade inatacável. Todas as pessoas têm defeitos, virtudes. Não está entre os defeitos da presidente Dilma Rousseff a desonestidade”, disse. “Eu tenho absoluta certeza de que nenhum fato relacionado a desvio de dinheiro público, corrupção e improbidade chegará próximo da presidente Dilma Rousseff,” completou.

 

O ministro disse ainda que nunca recebeu qualquer tipo de orientação da presidente para intervir nas investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF). “Tenho muito orgulho de jamais ter recebido da presidente da República, jamais, qualquer orientação para obstasse, prejudicasse, desviasse as investigações que estão sob o meu departamento sendo conduzidas”.

 

Sobre a Operação Politeia, que apreendeu documentos, carros de luxo e mais de R$ 4 milhões dos investigados, entre eles parlamentares, Cardozo explicou que a operação não foi conduzida pela Polícia Federal. “Quando temos investigações de pessoas com foro privilegiado [como parlamentares] não é a PF quem conduz, ela é apenas executora, quem conduz é o poder Judiciário”.

De acordo com o ministro, a Politeia foi conduzida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e pelas decisões do ministro Teori Zavaski, do STF [Supremo Tribunal Federal]. Segundo Cardozo, a “polícia apenas cumpriu os mandatos”.

Cardozo foi convocado pela CPI da Petrobras para prestar esclarecimentos a respeito de uma escuta clandestina encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef, na Polícia Federal (PF), em Curitiba.

 

 

 

Foto/Fonte: Agencia Brasil

Lava Jato: Dirceu volta a pedir para não ir à cadeia e se diz angustiado

quarta-feira, julho 15th, 2015

José Dirceu é suspeito de ter recebido propinas de empreiteiras / Joel Rodrigues/Folhapress

Agora veja. O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, voltou  a pedir ao juiz Sérgio Moro para não ser preso durante as investigações da Operação Lava Jato, após ter dois pedidos de habeas corpus preventivo negados.

O petista é suspeito de receber propinas de empreiteiras e já cumpre prisão domiciliar por ter sido condenado no julgamento do mensalão.

Na requisição, José Dirceu se diz em idade avançada, aflito e angustiado.

Os advogados dele afirmam que até agora o ex-ministro não conseguiu se explicar.

Foto: Reprodução/Folhapress

Operação Lava Jato cumpre mandado na casa do filho de Collor

terça-feira, julho 14th, 2015

Em mais uma fase, operação Lava Jato cumpre mandado na casa do filho de Collor

Viu aí?A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira, dia 14, um mandado de busca e apreensão na casa do filho do senador Fernando Collor de Mello (PTB- AL), Arnon de Mello, em Maceió. A ação faz parte de mais uma fase da Operação Lava Jato, batizada de “Politéia”. Collor é um dos políticos investigados. Um dos locais onde agentes estão presentes é a Organização Arnon de Mello (OAM), localizada no bairro do Farol, em Maceió, além do delegado André Costa e um procurador da República.

A polícia cumpriu mandado também no prédio da TV Gazeta, emissora afiliada da TV Globo, que tem Collor como um dos principais acionistas.

Segundo informações da polícia, a Politeia tem 53 mandados de busca e apreensão para cumprir, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dentro de seis processos instaurados a partir de provas obtidas na operação Lava Jato.

Foto: Reprodução

Lava Jato: Suíça transfere para o Brasil documentos contra Nestor Cerveró

sábado, julho 11th, 2015

Nestor Cerveró foi condenado a cinco anos de prisão em regime fechado / Wilson Dias / Agência Brasil

E agora? O Ministério Público da Suíça transferiu para os procuradores brasileiros documentos das investigações contra o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato.

Esta é a primeira vez que documentos de uma apuração conduzida no exterior são transferidos para a operação, segundo a Procuradoria Geral da República.

Cerveró teria recebido trinta milhões de dólares de propina em bancos suíços para intermediar o fornecimento de navios-sonda para a Petrobras e era investigado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, os mesmos crimes pelos quais ele foi denunciado no Brasil.

Foto: Reprodução

Advogados de Dirceu dizem que Lula também ‘está temeroso’

quinta-feira, julho 9th, 2015

Olha aí. O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil governo Lula), alegando que está sob ‘iminente ameaça’ de prisão na Operação Lava Jato, insiste no pedido de habeas corpus preventivo. Em recurso – agravo regimental – ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), seus advogados sustentam que a imprensa, constantemente, noticia a possibilidade de a Justiça Federal em Curitiba, base da Lava Jato, mandar prendê-lo na investigação sobre corrupção e propinas na Petrobrás.

A suspeita de que a prisão ronda o ex-ministro aumentou a partir da delação premiada do lobista Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da estatal petrolífera, cota do PT. Pascowitch cravou em seus relatos à força-tarefa da Lava Jato que Dirceu recebeu propinas por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, já desativada. Ele falou muito sobre Dirceu, passou muitos detalhes, situações. Em troca, já conquistou um primeiro benefício, a prisão domiciliar – monitorado por tornozeleira eletrônica.

A defesa do ex-ministro afirma que ele não recebeu propinas, mas por serviços de consultoria efetivamente realizados.

Os advogados avaliam que a Lava Jato criou um clima de insegurança e citam até o ex-presidente Lula no recurso ao TRF4. “Tamanho o receio que as pessoas se encontram, haja vista os métodos investigatórios ultimamente empregados pela Operação Lava Jato, que até mesmo o sr. ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva disse estar temeroso de que será, também, provavelmente, o próximo alvo da referida operação, não obstante sequer seja um dos investigados nos procedimentos.”

O recurso de Dirceu é subscrito por seis advogados conceituados de São Paulo, sob coordenação dos criminalistas Paula Moreira Indalécio Gambôa e Roberto Podval.

A petição é endereçada ao juiz federal convocado do TRF4 Nivaldo Brunoni, que, na quinta-feira, 2, rejeitou liminarmente o habeas para Dirceu sob o argumento de que não haveria iminente ameaça de cerceamento à liberdade de locomoção do ex-ministro.

Os advogados de Dirceu ilustraram o recurso com uma tabela em que ligam nove delações já ocorridas no âmbito da Lava Jato com a deflagração de sucessivas fases da operação – desde a colaboração do primeiro delator, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, e do doleiro Alberto Youssef.

Embora não admitam a suspeita de recebimento de propinas por parte de Dirceu, para os advogados a delação de Pascowitch é o principal indicativo de que o ex-ministro poderá ter contra si uma ordem de prisão da lavra do juiz federal Sérgio Moro – algoz de empresários, lobistas, doleiros e políticos citados na grande investigação.

Os advogados argumentam que a decisão monocrática do juiz Nivaldo Brunoni, relator da Lava Jato no TRF4 no período de recesso, violou o princípio de todos os Tribunais, ‘o da Colegialidade’. Por isso, eles pedem ao juiz que acaso não reconsidere sua decisão do dia 2, que submeta o pedido de habeas a seus pares na Corte.

“O que se tem no caso é a situação de um homem público, José Dirceu, o qual teve o seu nome indevidamente citado em acordo de delação premiada realizado por Milton Pascowitch, conforme os fatos noticiados pela imprensa”, anotam os defensores.

Os advogados afirmam que ainda não tiveram acesso aos termos da delação do lobista. “O fato é que ele (Dirceu) tem razões concretas para estar temeroso quanto à privação de sua liberdade, dada a grande possibilidade de decretação de medida constritiva.”

Roberto Podval e seus colegas de banca são taxativos. “Diversas pessoas têm sido presas após realização de delações premiadas por corréus ou outros investigados, e, sobretudo, após o indevido vazamento para a imprensa; tudo sob a escusa de haver suposto ‘clamor social’, não obstante, no caso, a opinião pública se confunda, em realidade, com a opinião publicada, ou melhor, opinião delatada.”

Os criminalistas que compõem o núcleo jurídico de Dirceu anotam que o juiz do TRF4 não solicitou ao juiz Moro informações sobre o caso, “decidindo-se por indeferir, liminarmente, o habeas corpus, sem que fosse tomada tal cautela”. (AE)

Foto: Reprodução

Fonte: Diário do Poder

Substituto de Cerveró na Petrobras é preso pela PF na 15ª fase da Lava Jato

quinta-feira, julho 2nd, 2015

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Vixe. A Polícia Federal (PF) deflagra, na manhã desta quinta-feira, dia 2,  a 15ª Fase da Operação Lava Jato e cumpre um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Niterói.

Segundo a PF, o preso é o ex-diretor da área internacional Jorge Luiz Zelada, que substituiu Nestor Cerveró na Petrobras.

A 15ª Fase foi batizada de Conexão Mônaco e o detido será levado ainda nesta quinta-feira para Curitiba.

Mais informações serão divulgadas em breve pela PF.

Foto: Reprodução

Lava Jato: Odebrecht diz que prisões de executivos são afronta ao Estado

segunda-feira, junho 22nd, 2015

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A construtora Odebrecht divulgou nesta segunda-feira, dia 22, nota em que considera “ilegal” as prisões de executivos da empresa, entre eles o dono e presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, e o cumprimento de  mandados de busca e apreensão em sedes da companhia ocorridos na última sexta-feira, dia 19, em meio à décima quarta fase da Operação Lava Jato.

No documento, a construtora contesta elementos da investigação, como a troca de e-mails entre a cúpula da organização e uma transação bancária no exterior que, no entendimento da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, justificam as ações adotadas na 14ª fase da Lava Jato.

“A sustentação de prisão para evitar a reiteração criminosa, por não terem as autoridades competentes proibido a Construtora Norberto Odebrecht de contratar com a Administração Pública, principalmente no que concerne o último pacote de concessões – que no momento é apenas um conjunto anunciado de intenções – é uma afronta aos princípios mais básicos do Estado de Direito”, diz nota da Odebrecht.

“Outra afronta ao Estado de Direito é a presunção do conhecimento de fatos supostamente ilegais pela alta administração das companhias como medida suficiente para justificar o encarceramento de pessoas”, argumentou a construtora em outro trecho do documento divulgado hoje.

No comunicado à imprensa, a construtora voltou a negar participação em cartel de construtoras para fraudar contratos da Petrobras e disse que “nunca colocou qualquer tipo de obstáculo às investigações”.

“Seus executivos sempre se colocaram à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. De fato, quatro dos cinco executivos presos já compareceram à sede da Polícia Federal em Brasília e prestaram depoimentos nos inquéritos da Lava Jato”, acrescentou a Odebrecht em nota.

A 14ª fase da Operação Lava Jato prendeu de forma preventiva, além de Marcelo Odebrecht, o ex-diretor da empresa João Antônio Bernardi, Márcio Faria da Silva Jorge, César Ramos Rocha, Paulo Roberto Dalmazzo e Rogério Santos de Araújo. Também foram presos Alexandrino de Salles e a consultora Cristiana Maria da Silva Jorge, os dois de forma temporária.

O nome da operação Erga Omnes, remete a uma expressão latina usada no meio jurídico para indicar que os efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos e é uma referência ao fato de as investigações atingirem, agora, as duas maiores empreiteiras do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez que, até então, não haviam sido alvos da Lava Jato.

 

Deflagrada em março do ano passado, a operação Lava Jato desbaratou um esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras para pagamento de propina a agentes públicos e privados. Com o desenrolar das investigações, também formam identificadas práticas ilícitas semelhantes em contratos de publicidades do Ministério da Saúde e da caixa Econômica Federal.

 

 

 

 

Foto/Fonte: Agência Brasil

Operação Lava Jato: presidente da Odebrecth é preso

sexta-feira, junho 19th, 2015
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A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na sede da construtora Odebrecht em São Paulo, na manhã desta sexta-feira, dia 19. Os policiais buscam documentos e mídias que possam auxiliar nas investigações da Operação Lava-Jato. Esta é a 14ª etapa da operação que in. Também é alvo da operação, batizada de Erga Omnes, a empreiteira Andrade Gutierrez. Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisões preventivas e temporárias e 38 buscas e apreensões em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Entre os alvos dos mandados estão os executivos Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira, Márcio Farias e Rogério Araújo, da Odebrecht, todos eles já estão presos. Também são alvos os executivos Paulo Dalmaso e Elton Negrão, da Andrade Gutierrez. A pedido do Ministéiro Público Federal e da Polícia Federal o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, expediu mandados de prisão preventiva e temporária dos executivos.
A Odebrecht é investigada no processo e é citada em diversos depoimentos em delações premiadas. Mas nenhum dirigente ainda foi interrogado. As duas construtoras, segundo a PF, são suspeitas de corrupção, formação de cartel, fraude a licitações, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro. Desde as 6h, agentes estão fazendo buscas em vários andares da Odebrecht, que fica no Butantã, na Zona Oeste.
Fonte: O Globo

Instituto Lula recebeu R$ 3 milhões de empreiteira da Lava Jato

quarta-feira, junho 10th, 2015

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Vixe. A Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013. É a primeira vez que os negócios do ex-presidente aparecem nas investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de cartel e corrupção na Petrobrás com prejuízo de R$ 6 bilhões já reconhecidos pela estatal.

São três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como “Contribuições e Doações” e “Bônus Eleitoral” para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a Presidência da República, em 2011. A revelação sobre o elo da empreiteira – uma das líderes do cartel alvo da Lava Jato – com Lula consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal, anexado nesta terça-feira, 9, nos autos da investigação.

O laudo tem 66 páginas e é subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto . A perícia foi realizada na contabilidade da Camargo Corrêa de 2008 a 2013, período em que a empreiteira recebeu R$ 2 bilhões da Petrobrás. O documento mostra que a construtora repassou R$ 183 milhões em “doações de cunho político” – destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição.

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No caso dos pagamentos ao Instituto Lula e à LILS eles foram feitos nos mesmos anos: 2011, 2012 e 2013 – em meses distintos. Para o Instituto, dos três pagamentos, dois são registrados como “Doações e Contribuições”: 2 de dezembro de 2011 e 11 de dezembro de 2013. O que chamou a atenção dos investigadores foi o lançamento de 2 de julho de 2012, sob a rubrica “Bônus Eleitoral”.

Para o LILS, cujo endereço declarado é na própria residência de Lula, em São Bernardo do Campos, a empreiteira depositou em conta corrente: R$ 337,5 mil, em 26 setembro de 2011, R$ 815 mil em 17 de dezembro de 2012 e R$ 375,4 mil em 26 de julho de 2013.

Dois executivos da empreiteira, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, confessaram em acordo de delação premiada que foram feitas doações eleitorais ao PT após pedido do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto – preso, em Curitiba, pela Lava Jato.

O doleiro Alberto Youssef – peça central da Lava Jato – também citou o nome de Lula ao afirmar em delação à Procuradoria, no dia 4 de outubro de 2014, que “tinham conhecimento” do esquema de corrupção na estatal “o Palácio do Planalto” e “a presidência da Petrobrás”. Em seguida ele citou nominalmente o ex-presidente.

Lula não é alvo de investigação da Lava Jato. Recentemente, o ex-presidente atacou publicamente o que chamou de “insinuações” envolvendo seu nome na operação. “Eu não ia dizer isso aqui, mas estou notando todo santo dia insinuações. ‘Lá na Lava Jato vão citar o nome do Lula’. ‘Querem que empresários citem meu nome’. ‘O objetivo é pegar o Lula’.”, desabafou no ato de 1º de Maio, em São Paulo.

Na ocasião, ele disse que “é bom de briga”.

Dirceu. No mesmo documento pericial, constam os pagamentos da Camargo Corrêa para a JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), do governo Lula. Ele é investigado por suposto uso das consultorias para empresas do cartel como forma de ocultar propina para o PT.

O laudo pericial aponta que foram lançados como pagamentos entre 2010 e 2011 o valor total de R$ 900 mil, por meio de 10 depósitos bancários.

COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA.

O Instituto Lula informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os valores registrados na contabilidade da Camargo Corrêa foram doados legalmente e que não existe relação entre a entidade e questões eleitorais.

“O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto deve ser algum equívoco.”

Segundo a assessoria do Instituto, “os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimentos de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo”.

Quanto aos valores para a empresa do ex-presidente a assessoria informou que “os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos”.

“Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos.”

A nota informa ainda que “as doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não tem nenhuma relação com contratos da Petrobrás”.

COM A PALAVRA, A CAMARGO CORRÊA.

“A Construtora Camargo Corrêa esclarece que as contribuições ao Instituto Lula referem-se a apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior.”

 

 

 

 

 

Fonte; Estadão

Lava Jato avança sobre contratos milionários do pré-sal

segunda-feira, maio 25th, 2015
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A força tarefa que culminou na Operação Lava Jato, responsável pela investigação da corrupção na Petrobras, acredita já ter indícios para tentar comprovar que o esquema de desvios em contratos de construção de refinarias atingiu o mercado do pré-sal. Segundo o site Diário do Poder, são obras de plataformas, construção e locação de navios e sondas de perfuração para exploração de petróleo que envolvem volume de investimentos público e privado superior aos projetos até agora sob escopo da operação.
No foco atual dos procuradores e delegados da Polícia Federal estão contratos da Sete Brasil – empresa criada pela Petrobrás em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos – com cinco estaleiros para a construção, no país, de 29 sondas de exploração no fundo do mar. Esses contratos somam US$ 25,5 bilhões. As empresas que compõem esses estaleiros são, em boa parte, as mesmas já suspeitas de formar um cartel e pagar propinas nos contratos das refinarias.
O empresário Milton Pascowitch, preso na semana passada sob suspeita de operar propinas para o PT – ele fez pagamentos à consultoria do ex-ministro da Casa Civil condenado no mensalão, José Dirceu -, atuava para o estaleiro Rio Grande, da Engevix. Sua prisão já é resultado do aprofundamento das investigações em relação aos contratos do pré-sal.
Nos contratos do pré-sal, os procuradores e delegados da Polícia Federal suspeitam de que as empresas que compõem os estaleiros da estatal se acertaram em cartel, pagaram propina de 0,9% a 1% do valor dos contratos por meio de operadores que detêm consultorias de fachada e, no fim, o dinheiro foi parar nas mãos de políticos. Em razão de o setor do pré-sal estar ligado às Diretorias de Internacional, Serviços e de Exploração e Produção, as suspeitas recaem novamente sobre PT e PMDB, que apadrinhavam os diretores dessas três áreas. Fonte: Diário do Poder.
Foto: Reprodução

Polícia Federal deflagra 13ª etapa da Operação Lava Jato

quinta-feira, maio 21st, 2015

A Polícia Federal (PF) deflagra, desde a madrugada desta quinta-feira, dia 21, a 13ª fase da Operação Lava-Jato. Agentes federais cumprem mandados judiciais, sendo quatro de busca e apreensão, um de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento, e um de prisão preventiva em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O alvo, segundo a PF, está relacionado a dois operadores financeiros que atuavam junto a contratos firmados por empreiteiras com a Petrobras. O mandado de prisão preventiva é contra o empresário Milton Pascowitch, que mora no Morumbi, bairro nobre da capital paulista. Ele deve ser levado para a Superintendência da PF em Curitiba, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.
O mandado de condução coercitiva, também de São Paulo, é contra José Adolfo, irmão de Pascowitch. Dos quatro mandados de busca, um será cumprido em Itanhandu (MG), outro no Rio de Janeiro e dois em São Paulo. A PF atua nesta fase com 16 policiais.
Pascowitch, dono da Jamp Engenheiros Associados Ltda, é considerado na investigação como um dos 11 operadores de propinas que atuavam na Diretoria de Serviços da Petrobras, comandada na época pelo engenheiro Renato Duque, que atualmente cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.
O empresário prestava serviços à Ecovix, empresa de engenharia consultiva e gerenciamento de obras nas áreas de indústria naval e offshore.
De acordo com o jornal O Globo, em depoimento prestado em março, o empresário Gerson Almada, da Engevix, declarou que, a pedido de Pascowitch, repassou dinheiro para o PT, “para Vaccari” (João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT, que está preso em Curitiba).
“Como ele (Pascowitch) tinha relacionamento com o pessoal do PT trazia pedidos não vinculados a obras, mas a doações para o partido nas épocas das eleições ou em dificuldades de caixa do partido”, disse Almada.
Pascowitch já havia prestado depoimento na sede da Polícia Federal de São Paulo na nona etapa da Operação Lava-Jato, realizada em fevereiro deste ano.
A Operação Lava-Jato foi deflagrada em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras que envolve lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Foto: Divulgação

Graça Foster se reta ao ser comparada a Gabrielli

quinta-feira, maio 21st, 2015

Pegou ar. A ex-presidente da Petrobras Graça Foster  não gostou nada de ser comparada ao ex-gestor da estatal, José Sérgio Gabrielli. De acordo com o site Diário do Poder, Foster bateu-boca com a ex-ministra do Planejamento e atual presidente da Caixa Mirian Belchior durante reunião conselho de administração em 27 de janeiro deste ano, cujos embates levaram a executiva a renunciar.

A reunião foi gravada, cujo áudio foi obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, e discutia uma forma de estimar as perdas com a corrupção e o superfaturamento de obras, descobertos na Operação Lava Jato, para publicação do balanço contábil do terceiro trimestre.

Divergindo de outros conselheiros, Graça defendeu a publicação de notas explicativas que indicavam, naquele momento, a necessidade de baixar R$ 88 bilhões dos ativos da companhia. Dias depois, contrariada com a divulgação do valor, a presidente Dilma Rousseff acertou com a executiva a renúncia dela e de mais cinco diretores.

Foster bateu boca com Miriam Belchior, à época conselheira, por ter comparado seus atos aos da diretoria às que deliberou sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, durante gestão de Gabrielli. A aquisição foi aprovada em 2006 pelo conselho de administração e, segundo o TCU, gerou prejuízo de US$ 792 milhões.

Na reunião, Graça afirmou que, quando assumiu a função, pôs em curso um programa para resolver “uma série” de falhas “que a empresa tinha, de coisas malfeitas”, que ela não aceitava. “Já tenho um monte de problemas decorrentes de gestão temerária de outros colegas”, disse, sem citar nomes.

 

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Dono da UTC pode assinar acordo de delação premiada nesta quarta (13)

quarta-feira, maio 13th, 2015
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Após obter habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e da Constran, pode assinar nesta quarta-feira, dia 13, em Brasília, um acordo de delação na Operação Lava Jato.
O acerto é o mais aguardado até o momento, já que trata-se do primeiro dono de empreiteira a aceitar a negociação com a Procuradoria-Geral da República por uma pena menor. Ele também deve pagar uma multa de R$ 55 milhões.
Em rascunho do suposto acordo com os procuradores, que foi deliberadamente vazado pelo Ministério Público Federal ao jornal Folha de S. Paulo para constranger as figuras petistas, Pessoa teria dito que sentiu-se coagido a doar R$ 7,5 milhões à campanha à reeleição de Dilma temendo “prejuízos” em seus negócios na Petrobras, mesmo já fazendo parte do cartel de empresas investigadas pela força tarefa.
Segundo ele, a contribuição da empresa foi acertada com o tesoureiro da campanha, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva. O próprio MPF, no entanto, reconhece que Pessoa descreve de forma vaga sua conversa com Edinho.

Lava Jato: Luiz Argôlo depõe nesta terça-feira (12)

terça-feira, maio 12th, 2015

Vixe. O ex-deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), tem depoimento marcado na CPI da Petrobras nesta terça-feira, dia 12. Além dele, também depõem a doleira Nelma Kodama, o operador René Luiz Pereira, os ex-deputados e André Vargas (sem partido-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) e, por fim, o doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto de gasolina em Brasília que deu nome à operação da Polícia Federal.
A CPI da Petrobras começou, na segunda, dia 11, uma maratona para ouvir os 13 investigados pela Operação Lava Jato que estão presos no Paraná, incluindo o doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Soares (conhecido como Fernando Baiano), apontados como operadores do esquema de corrupção na estatal.
Os depoimentos acontecerão no auditório do prédio da Justiça Federal na capital paranaense, a partir das 9h, e serão abertos à imprensa. Os presos serão escoltados por policiais federais até as dependências do Judiciário.

 

 

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CPI da Petrobras: Youssef, Baiano e Cerveró deverão ser ouvidos nesta segunda (11)

segunda-feira, maio 11th, 2015
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A CPI da Petrobras começa a partir desta segunda-feira, dia 11, uma maratona para ouvir os 13 investigados pela Operação Lava Jato que estão presos no Paraná, incluindo o doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Soares (conhecido como Fernando Baiano), apontados como operadores do esquema de corrupção na estatal.
Os deputados pretendem colher o depoimento de sete investigados nesta segunda e de outros seis na terça, dia 12. Os depoimentos acontecerão no auditório do prédio da Justiça Federal na capital paranaense, a partir das 9h, e serão abertos à imprensa. Os presos serão escoltados por policiais federais até as dependências do Judiciário.
Além de Youssef e Baiano, deverão ser ouvidos nesta segunda o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, os operadores Mário Góes e Guilherme Esteves, a doleira Iara Galdino e o empresário Adir Assad. Também deverá prestar depoimento o delegado da Polícia Federal Gerson Machado, chamado para “colaborar com as investigações” da CPI.
Na terça-feira, estão marcados os depoimentos da doleira Nelma Kodama, do operador René Luiz Pereira, dos ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA), André Vargas (sem partido-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) e, por fim, do doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto de gasolina em Brasília que deu nome à operação da Polícia Federal.
Também nesta segunda-feira, Moro deve conduzir novas audiências de um dos processos da Lava Jato. Às 9h, serão ouvidos cinco réus no processo que apura irregularidades em contratos da construtora Mendes Jr. com a Petrobras. Entre as pessoas que serão ouvidas estão o diretor da empresa Sérgio Cunha Mendes e pessoas que respondem a este e a outros processos, como o ex-deputado Luiz Argôlo e o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, apontado como organizador do cartel que combinava preços para os contratos de obras com a Petrobras.
As audiências deste processo estão marcadas em dois horários, um às 9h e outro a partir das 2 da tarde. Esta será a primeira vez que alguns dos acusados, como Argôlo e Mendes, dão as suas próprias versões sobre os crimes dos quais são acusados.
Outros réus que respondem a mais ações no âmbito da Lava Jato, como Ricardo Pessoa e Carlos Alberto Pereira da Costa, já falaram em outras ocasiões na Justiça Federal.
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Dono da UTC diz que doou R$ 7,5 milhões a Dilma por medo de represália

sábado, maio 9th, 2015

Misericórdia. O dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, deu novas declarações aos procuradores da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Desta vez, o empresário afirmou que doou R$ 7,5 milhões à campanha da presidente Dilma Rousseff e o fez por temer represálias caso não ajudasse o PT.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a doação teria sido tratada diretamente com o tesoureiro da campanha da petista, Edinho Silva, atual secretário de Comunicação Social da Presidência. Pessoa descreveu de forma vaga a conversa que teve com o tesoureiro, mas garantiu disse que havia vinculação entre as doações eleitorais e os negócios na Petrobras.

O empreiteiro contou que se reuniu com Edinho a pedido do então tesoureiro, João Vaccari Neto, suspeito de ser o principal operador do partido no esquema da Petrobras.

No entanto, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as doações à campanha da presidente foram feitas legalmente. Duas foram feitas em agosto e outra em outubro de 2014.

Pessoa está disposto a fechar acordo de delação premiada com os procuradores e revelar ainda mais. Porém, terá que fornecer provas e detalhar as denúncias em depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal.

 

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