Olha aí. O medicamento injetável lenacapavir foi eleito pela revista Science como a principal descoberta científica de 2024. Desenvolvido pela Gilead Sciences, o remédio atua como profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV, demonstrando eficácia de 100% em um ensaio clínico realizado com 5.300 mulheres na África. Elas receberam duas injeções anuais, com intervalo de seis meses, sem registrar novas infecções no período analisado.
A droga age bloqueando a replicação do vírus em múltiplos pontos e apresenta vantagens, como a aplicação semestral, especialmente para populações vulneráveis com menor adesão a tratamentos convencionais. A medicação ainda precisa ser aprovada pelas agências sanitárias (Anvisa no Brasil e FDA nos Estados Unidos), e só deve estar disponível a partir de 2026.
Apesar do alto custo inicial, de US$ 42.250 por paciente ao ano, a Gilead anunciou a transferência de tecnologia para produção de uma versão genérica em 120 países, mas o Brasil ficou de fora dessa lista. A expectativa é que o medicamento represente um marco no controle do HIV/Aids.
Atenção. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou autorização emergencial em caráter experimental de um medicamento para tratamento de pacientes com covid-19, o Sotrovimabe.
O remédio foi autorizado para uso em pacientes com quadros leve e moderado e com risco de evolução para uma situação grave. Ele é contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte ventilatório.
O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao público, mas terá uso ambulatorial, devendo ser prescrito por um médico para que seja ministrado. O prazo de validade do produto é de 12 meses, armazenado em temperaturas de 2º a 8º.
A autorização foi definida por unanimidade pelo colegiado. A diretora relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles satisfatórios.
“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma redução clínica com significância estatística na proporção dos voluntários com covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”, concluiu Freitas.
Mas ela ressaltou que é importante realizar o monitoramento da aplicação do remédio para mapear casos adversos. Atenção especial foi destacada pela área técnica para o uso em gestantes, para as quais deve ser avaliada com cuidado a relação custo-benefício.
A diretora também lembrou que a agência reguladora europeia para medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com covid-19.
Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A aplicação é de dose única, de 500 mg.
Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.
A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.
Fonte: Agência Brasil
Fotografia: Marcelo Camargo/Divulgação/Agência Brasil
Pai do céu. Uma mulher de 27 anos morreu, depois de ingerir um produto para emagrecer, em uma policlínica na Cidade de Feira de Santana, no interior da Bahia, segundo a Polícia.
Conforme familiares da vítima, a mulher fazia uso contínuo do medicamento. Ainda de acordo com a família, antes de ser encaminhada a unidade de saúde, ela passou mal e desmaiou, chegando a ficar roxa. O levantamento cadavérico foi realizado pelao Departamento de Polícia Técnica.