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Uma das piores doenças da banana precisa de vazio sanitário de 2 anos, diz Embrapa

segunda-feira, outubro 14th, 2024

Enfrentamento à doença. Com base em resultados de pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental (AM) em parceria com Embrapa Roraima, cientistas recomendam o período de 24 meses para o vazio sanitário de bananeiras para a recomposição de áreas de terra firme afetadas pela murcha-bacteriana ou moko da bananeira. A doença é causada pela bactéria Ralstonia solanacearum raça 2, uma praga quarentenária presente sob controle oficial, que se encontra disseminada nos Estados do Amapá, Amazonas, Roraima, Pará, Pernambuco, Rondônia e Sergipe.

O moko é uma das doenças mais destrutivas das bananeiras cultivadas em áreas de várzea da Região Amazônica, onde as inundações anuais são o ponto crucial para disseminação da bactéria, pois as águas das enchentes disseminam o patógeno ao longo dos rios, contaminando todos os plantios à jusante do bananal afetado.

Nos Municípios de Tabatinga e Manicoré, no Amazonas, por exemplo, os plantios são afetados pela doença, pois estão estabelecidos nas áreas de várzea da calha do Alto Solimões e do Rio Madeira, respectivamente. Nesse caso, a erradicação do mal é praticamente impossível, pois, todos os anos, as áreas são inundadas e as águas das enchentes disseminam a bactéria.

Nas áreas de terra firme, a bactéria se comporta como um patógeno transeunte do solo, pois sobrevive nesse ambiente por tempo limitado. Ela não resiste na ausência de resíduos da planta hospedeira e tampouco produz endósporos, que são estruturas de resistência que garantem a sua sobrevivência sob condições de estresse ambiental. Após o vazio sanitário de dois anos, pode-se plantar novamente bananeiras de mudas sadias no local.

Não há cultivares resistentes, e o controle químico também não funciona, porque a doença é vascular, informa os pesquisadores da Embrapa Luadir GasparottoMirza Carla Normando e Daniel Schurt, no Comunicado Técnico 168 “Sobrevivência da bactéria Ralstonia solanacearum raça 2,” lançado este ano.

“Em áreas de terra firme, a doença só ocorre quando os produtores utilizam, no plantio, mudas contaminadas oriundas das várzeas. A bactéria é disseminada por contato das raízes entre as plantas e, em poucos meses, causa a morte de todo o plantio”, explica Gasparotto.

Como a disseminação de R. solanacearum raça 2 para as áreas de terra firme é antrópica (causada por ação humana), ela pode ser evitada com medidas de exclusão, ou seja, plantio de mudas sadias, desinfestação de máquinas e implementos utilizados no bananal doente e proibição do trânsito desordenado de veículos, de pessoas e de caixas usadas para transporte das bananas entre os plantios.

Segundo a pesquisa, as medidas de erradicação apresentam bons resultados em plantios de banana em terra firme, mas, para recomendar a erradicação, foi importante definir o período de sobrevivência da bactéria no solo. Por isso, foi realizado um experimento por dois anos, na Embrapa, quando foi avaliada a sobrevivência de mudas de bananeira das cultivares Prata Anã e PV03-44, em solos infestados com a bactéria.

Fonte: Embrapa

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 Fotografia: Luadir Gasparotto/Divulgação/Embrapa

Novas nectarinas garantem oferta de fruta por mais tempo ao consumidor

sábado, janeiro 27th, 2024

Que delícia. Três novas cultivares de nectarineiras foram lançadas em conjunto para proporcionar aos produtores disponibilidade de frutas nos pomares por mais tempo. Desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético de Frutas de Caroço, liderado pela Embrapa Clima Temperado (RS), as variedades BRS CathyBRS Dani e BRS Janita possuem períodos de maturação que se complementam, garantindo produção do fim de outubro ao fim de dezembro. “Em geral, lançamos uma cultivar de cada vez, porque leva em média cinco anos para serem adotadas e chegarem realmente ao mercado. Mas essas foram lançadas em conjunto porque têm as características comuns de serem doces, com baixa acidez e com uma sequência na maturação”, explica a pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira, uma das responsáveis pelo desenvolvimento dos materiais.

Considerando a região de Pelotas (RS), onde ocorreram as principais avaliações a campo, a maturação e consequente colheita é precoce e tem início no final de outubro ou no início de novembro no caso da BRS Cathy. Na sequência, a BRS Dani pode ser colhida a partir da segunda quinzena de novembro e a BRS Janita a partir da segunda semana de dezembro. O foco das frutas é para o mercado in natura.

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Fotografia/fonte: EMBRAPA

Brasil produz mais de 150 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23

segunda-feira, julho 31st, 2023

Brasil do agro. O Brasil produziu mais de 150 milhões de toneladas de soja, na safra 2022/23, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), número que mantém o País na liderança mundial da produção desse grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. O sucesso da sojicultura brasileira é resultado de amplos investimentos em pesquisa, a partir da década de 1970, associado ao empreendedorismo dos  agricultores. 

Como integrante de uma cadeia produtiva bastante robusta e organizada, a Embrapa Soja vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da soja, reduzir os custos de produção, aumentar a renda dos produtores e colaborar com práticas que favoreçam a agricultura de baixo carbono. “Entendemos que nossa contribuição ao agronegócio da soja coloca a Embrapa como referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a cultura em regiões tropicais”, avalia o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. “Todo o esforço em tropicalizar esta cultura permitiu ao Brasil deixar de ser importador do grão, na década de 1970, para se tornar o maior produtor e exportador de soja no mundo. Isso tudo respaldado em ciência e inovação”, comemora Nepomuceno.

Levantamento da Embrapa Soja indica que a cultura da soja foi a que mais cresceu no Brasil nas últimas cinco décadas, tanto que de 1973 até 2023, a produção aumentou mais de 1000% sendo que a área em pouco mais de 400%, demonstrando o aumento de produtividade. “Podemos afirmar que o incremento contínuo da produtividade da soja por hectare é baseado em ciência e tecnologia, permitindo que os produtores adotem as melhores tecnologias na produção agrícola brasileira. O Brasil consegue, assim, produzir mais em menos espaço e com bastante eficiência”, destaca Nepomuceno. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal e os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. Grande parte da produção brasileira é exportada para a Ásia (com destaque para a China) e Europa, entre outras regiões do planeta.   

Tropicalização da soja
Fundada em 16 de abril de 1975, em Londrina (PR), a Embrapa Soja tem por missão desenvolver tecnologias sustentáveis para a produção de soja no Brasil. Até a década de 1980, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se a regiões de climas temperados e subtropicais, cujas latitudes estavam próximas ou superiores aos 30º. “O produtor brasileiro tinha que usar as cultivares importadas dos Estados Unidos que eram adaptadas apenas para a região Sul do Brasil”, explica o pesquisador Carlos Arrabal Arias. “Com as pesquisas da Embrapa Soja, conseguimos romper essa barreira, desenvolvendo variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, permitindo o cultivo da oleaginosa em todo o território brasileiro”, conta Arias.

Segundo o pesquisador, a primeira cultivar genuinamente brasileira foi a Doko, lançada em 1980, para o Brasil Central. “Depois desse lançamento, o programa de melhoramento genético de soja continuou gerando novas cultivares com alto rendimento, com sanidade elevada e adaptadas às regiões do Brasil”, explica Arias. A Embrapa é uma das únicas instituições que desenvolve diferentes plataformas tecnológicas em paralelo: tanto soja convencional com resistência a várias pragas e doenças, quanto soja geneticamente modificada resistente a insetos e herbicidas. Desde 1976, a Embrapa Soja colocou no mercado aproximadamente 440 cultivares de soja. As cultivares da Embrapa Soja disponiveis no mercado podem ser acessadas aqui. Atualmente, a Embrapa Soja faz a curadoria de um dos maiores Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) de soja do mundo. O BAG brasileiro tem mais de 65 mil acessos (tipos) de soja que guardam a variabilidade genética do grão, garantindo assim uma fonte para a busca de soluções para problemas que afetam a cultura.

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Fotografia/fonte: Embrapa

Novas cultivares de sorgo e de milho com elevado potencial produtivo chegam ao mercado

sexta-feira, maio 12th, 2023

Evolução. Duas novas cultivares de milho desenvolvidas pela Embrapa estão disponíveis para a próxima safra e têm em comum o bom potencial produtivo em condições de baixo e médio investimento, com sementes a preços mais acessíveis. O híbrido BRS 2107, indicado para produção de grãos em lavouras de baixo e médio investimento e a BRS 4107, uma variedade de polinização aberta, para lavouras de baixo investimento. Ambas são de ciclo precoce-normal, com elevada resistência ao acamamento e quebramento de colmo, apresentam ampla adaptabilidade e estabilidade, sendo recomendadas para todas as regiões do Brasil, tanto na safra como na safrinha.

Outra novidade é o híbrido de sorgo granífero BRS 3318 (foto acima), desenvolvido a partir de demanda de mercado por um sorgo mais produtivo com alta sanidade foliar e baixo fator de reprodução de nematoides. “Esse híbrido foi selecionado pelo seu excelente desempenho nas áreas de Cerrado, Triângulo Mineiro e Oeste Baiano, com produção de grãos acima de 5 toneladas por hectare”, relata o pesquisador Cícero Beserra de Menezes, da Embrapa.

O objetivo, segundo ele, é ofertar uma semente de custo e qualidade mais acessível ao produtor, ajudando a balizar o mercado de sementes. “O número de cultivares de sorgo disponíveis no mercado nacional é bastante limitado, quando se compara com outros cereais, de forma que é preponderante o lançamento de mais cultivares para dar ao produtor mais opções de assertividade de plantio, uma vez que a segunda safra é muito afetada por variações climáticas de seca e frio”, diz Menezes.

O novo sorgo BRS 3318 apresenta uniformidade e é um híbrido simples, para a produção de grãos. A cultivar já está registrada para as regiões brasileiras Centro-Oeste e Sudeste, e deverá ter sua extensão de uso finalizada nesta safra para outras regiões. Com alto potencial produtivo, é estável e resistente ao acamamento. Uma de suas principais características é apresentar baixo fator de reprodução/multiplicação para o nematoide Pratylenchus brachyurus. Possui tolerância à seca e ao alumínio no solo. Todas essas características fazem dessa cultivar uma alternativa importante para sucessão de soja, especialmente para plantios na safrinha.

Tanto as cultivares de milho como a de sorgo foram desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (MG). Testadas em várias regiões brasileiras, elas têm em comum o elevado potencial produtivo dentro das suas categorias, para atender a necessidades significativas do setor de grãos, incluindo pequenos, médios e grandes produtores.

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Fotografia/fonte: Embrapa

Pesquisa desenvolve filé de pirarucu em conserva

sábado, janeiro 28th, 2023

Maravilha. Pesquisadores da Embrapa desenvolveram o filé de pirarucu (Arapaima gigas) em conserva, tecnologia agroindustrial que agrega valor ao pescado e desponta como potencial ativo de bioeconomia e desenvolvimento na Amazônia. O pirarucu está entre os maiores peixes de água doce do Brasil e do mundo e tem despertado a atenção de consumidores, manejadores e produtores em todo País, em especial, na Amazônia, de onde é originário. Entre as características atraentes ao mercado destacam-se o rápido ganho de peso desse peixe e o aproveitamento de carne, superior ao encontrado no gado.

A tecnologia está disponível a empresas interessadas em dar continuidade à pesquisa e levá-la ao mercado consumidor. Ela foi desenvolvida por meio de parceria entre a Embrapa Amazônia Oriental (PA) e Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e resultou em um comunicado técnico detalhando todo processo e que pode ser acessado gratuitamente no portal da instituição

A pesquisadora Alessandra Ferraiolo, uma das autoras do trabalho, defende que é necessário diversificar os produtos de peixes enlatados existentes no mercado, e com isso, possibilitar agregação de valor, assim como aumentar a vida útil do pescado fresco.

O pirarucu é um peixe carnívoro que pode atingir, em condições de natureza, até três metros de comprimento e ultrapassar os 200 quilos. No caso da criação comercial, em cativeiro, os números também são animadores, pois o animal chega a 12 quilos em apenas um ano, tamanho apreciado pelo mercado.

Em termos de rendimento econômico, pesquisas da Embrapa indicam que o pirarucu suplanta ao dobro o tambaqui (CoIossoma macropomum) e em até 40 vezes aos bubalinos, bovinos e ovinos. Considerando-se os elevados rendimentos de carne, o que indica a espécie com elevado potencial para a piscicultura industrial.

Segundo Ferraiolo, o trabalho têm o intuito de agregar valor e incentivar o consumo da espécie, além de diversificar os produtos de peixes enlatados. “O objetivo do trabalho foi desenvolver conservas de pirarucu da pesca e da piscicultura e avaliar os produtos quanto às suas características físico-químicas, sensoriais e qualidade microbiológica”, detalha.

Ela explica que as vantagens da espécie para esse tipo de processo agroindustrial estão no rendimento muscular e qualidade da carne. “A carne do pirarucu possui coloração clara, textura firme, sabor suave, o que agrada aos consumidores. A ausência de espinhas intramusculares e baixo teor de gordura são outros pontos importantes”, conta a cientista.

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Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Ronaldo Rosa/Divulgação/Embrapa

Farinha de sorgo reduz a gordura do fígado em ratos

segunda-feira, agosto 29th, 2022
A farinha feita com sorgo BRS 305, desenvolvida pela Embrapa, gerou redução da esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) em animais de laboratório. O produto também melhorou o metabolismo da glicose. A pesquisa foi realizada em parceria entre a Embrapa e a Universidade Federal de Viçosa O estudo também registrou redução na formação de gordura (lipogênese), formação de triglicerídeos e formação de ácido úrico nos animais após consumirem a farinha. O consumo de farinha aumentou a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose. Os animais que consumiram a farinha também apresentaram menor inflamação do fígado e menor inflamação do plasma sanguíneo. O sorgo híbrido BRS 305, da Embrapa, foi identificado entre centenas de genótipos como material superior nessas atividades funcionais, o que também foi comprovado em outros estudos

Pesquisa da  Embrapa  e da Universidade Federal de Viçosa ( UFV ) mostrou que a farinha integral feita com sorgo BRS 305, cultivar desenvolvida pela Embrapa, reduziu o acúmulo de gordura no fígado de ratos, uma condição médica conhecida como esteatose hepática. Os cientistas também registraram vários outros efeitos causados ​​pela farinha, como ajudar a controlar o excesso de gordura no corpo (adiposidade) e reduzir os triglicerídeos e o ácido úrico. O sorgo também melhorou a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose. Os animais analisados ​​receberam uma dieta rica em gordura e frutose (HFHF).

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Fonte: Embrapa

Fotografia: Cícero/DivulgaçãoEmbrapa

Morango em produção integrada promove desenvolvimento sustentável e é diferencial de produtores certificados

domingo, abril 24th, 2022

Notícia deliciosa. Morangos vermelhos, suculentos e nutricionalmente equilibrados atraem os consumidores nas prateleiras de hortifrúti. Mas não são apenas as características físicas do produto que importam. Saber de onde o produto veio, de que forma foi cultivado, por quem foi colhido e embalado e como chegou até os estabelecimentos comerciais também são critérios preponderantes na escolha dos consumidores mais atentos.   

Elevar os padrões de qualidade de morangos com agregação de valor, permitindo a rastreabilidade de todas as etapas de produção, é apenas uma das vantagens de uma produção integrada, já que os benefícios também se apresentam para os produtores. No campo, a produção integrada ao ambiente específico do cultivo reduz custos de produção; permite a conservação ambiental; traz segurança para o trabalhador rural, rentabilidade da lavoura e maior desenvolvimento regional.   

A produção de morangos neste sistema comprovado de pesquisa e inovação a partir de boas práticas agrícolas permite a integração sócio-econômica e ambiental da região. Assim, se o produtor optar por seguir rigorosamente os critérios técnicos desenvolvidos a partir de aplicação em unidades-piloto, terá um mercado diferenciado para sua produção estando apto a receber o selo Brasil Certificado: Agricultura de Qualidade.

Foi assim que, em maio de 2019, a produtora paranaense Ingrid Souza certificou sua produção integrada de morangos se tornando a primeira mulher produtora a receber a certificação PIMO. Sua fazenda também foi a pioneira no estado a receber o selo para a produção de morangos.

Seja no campo ou no mercado consumidor, ela comprovou as vantagens da produção em sistema integrado. A marca de Pinhalão comercializa morangos frescos in natura, desidratados ou liofilizados. Nesse último processo, a água é retirada do morango in natura preservando os nutrientes do alimento e deixando os morangos crocantes. Para uma porção de 10 gramas de morango liofilizado passam por esse processo 130 gramas de morango in natura.

“Sei que inspiramos muitos produtores. Os produtores sabem que todo cuidado no manejo impacta muito no produto final, já que o morango é muito sensível. A PIMO dá mais qualidade e rentabilidade para o produtor e principalmente para o consumidor, pois a gente que produz alimentos tem, sim, a responsabilidade de produzir um alimento seguro porque nós também somos, eu e minha família, os maiores consumidores”, defendeu Souza que estuda expandir os produtos à base de morango.

Foi para atender a esses outros produtos a partir do morango in natura que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento atualizou recentemente o normativo técnico de forma a atender a Portaria 443/2011 do Inmetro, que traz os requisitos de avaliação da conformidade para a PI Brasil.

“A IN nº 17 foi criada no fim de 2021 e começou a valer neste ano de forma a atender a certificação de mais de 2 milhões de kg de morangos por ano”, explicou a agrônoma da Embrapa Fagoni Calegario, pesquisadora frente às pesquisas da tecnologia da produção integrada. 

Além do Paraná, outros dois produtores do Rio Grande do Sul e um grupo de produtores em São Paulo têm a produção de morangos integrada ao meio regional local de forma ambiental, econômica e social. A PI organiza a atividade do sistema produtivo de acordo com a região, respeitando suas funções ecológicas de forma a promover o desenvolvimento sustentável.

Para a coordenadora de Produção Integrada Agrícola do Ministério, Rosilene Souto, esse sistema de produção se destaca como ferramenta de adaptação frente economia de recursos naturais e insumos como fertilizantes.

“A PI consegue reunir muitos conhecimentos e profissionais altamente qualificados chegando diretamente no produtor principalmente em épocas como as atuais com a racionalização de insumos, de água, de energia, de adubos. A gente nunca esteve tão atuante como hoje ao longo desses 20 anos que estamos qualificando e adequando os produtores a essa tecnologia”, frisou.

Como funciona a produção integrada (PI)?

As normas técnicas de produção são testadas e validadas a partir da aplicação em unidades-piloto. Neste processo, são utilizadas as mais adequadas tecnologias, buscando a racionalização de produtos agroquímicos, o monitoramento da água, do solo, da cultura, da pós-colheita e a implantação de registros em todas as fases de produção para obtenção da rastreabilidade.

Ao final do trabalho, estarão disponíveis para os produtores todas as orientações estabelecidas para o sistema de Produção Integrada: normas técnicas específicas, grade de agroquímicos, listas de verificação, cadernos de campo, cadernos de pós-colheita e cadernos de agroindustrialização, todos aprovados e homologados pelo Ministério da Agricultura.

A adesão ao do produtor é voluntária, mas quem optar por seguir o modelo de produção integrada deverá seguir todos os critérios estabelecidos nas normas técnicas assim como o Tiago Andreazza , de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

“Atendemos o varejo, distribuidores e indústria e temos como objetivo com a certificação da PIMo, além de garantir a segurança do alimento, garantir um bom posicionamento no mercado com condições de agregar valor ao produto e também servir de referência para outros produtores adotarem e acreditarem na certificação como ferramenta importante de diferencial num mercado atualmente tão competitivo”, comentou ele.

Nas gôndolas dos mercados, os produtos do Tiago e da Ingrid são reconhecidos pelo consumidor a partir do selo Brasil Certificado: Agricultura de Qualidade. A certificação faz parte do Programa de Avaliação da Conformidade da Produção Integrada para todos os produtos do setor agropecuário no Brasil e é emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) após acreditação por empresa de terceira parte habilitada.

Fonte: Embrapa

Fotografia: Cristina Tordin/Divulgação/Embrapa

Mulheres do campo são foco de cursos oferecidos pela Embrapa

domingo, abril 17th, 2022

Iniciativa louvável. A produção de Plantas Alimentícias Não Convencionais, ou simplesmente PANCs, é um dos sete cursos gratuitos voltados para mulheres do campo. As capacitações são oferecidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Embrapa) e têm carga horária entre 8 horas e 30 horas.

Entre as capacitações constam conteúdos sobre hortas em pequenos espaços, produção de hortaliças, plantas aromáticas e condimentares, cultivo de batata-doce e criação de abelhas sem ferrão ministrados por profissionais da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) e Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP). O participante terá 30 dias para conclusão do curso, a contar a partir da data da sua inscrição.

A iniciativa integra o projeto Qualifica Mulher, do MMFDH, que visa à capacitação profissional. Os cursos fazem parte de uma parceria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Programa

Criado em 2020, o Qualifica Mulher beneficiou mais de 105 mil mulheres pelo país. O programa tem a proposta de formar uma rede de parcerias com o Poder Público e instituições privadas. O intuito é fomentar ações de qualificação profissional, trabalho e empreendedorismo para geração de emprego e renda para as mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Os eixos de atuação do projeto contemplam o “Qualifica Capacita – qualificação e capacitação profissional”, “Qualifica Empreende – capacitação para o empreendedorismo” e “Qualifica Concretiza – caminho à empregabilidade e incentivo ao microcrédito para empreendedoras”.

Fotografia: Divulgação/Embrapa

Laboratórios da Embrapa e da Fiocruz passam a diagnosticar a covid-19

quarta-feira, maio 13th, 2020

Enfrentamento ao coronavírus. Os laboratórios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foram incluídos na rede de análise para o diagnóstico do novo coronavírus (covid-19).  A decisão é da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a Agência, o objetivo da medida é ampliar a capacidade laboratorial pública nacional para o diagnóstico da doença, diante da atual emergência em saúde pública provocada pela covid-19. “Os laboratórios da Embrapa e da Fiocruz reúnem alta capacidade analítica e proficiência em diversos métodos e diagnósticos”, destaca a Anvisa.

De acordo com o diretor-presidente substituto e relator da proposta, Antonio Barra Torres, a inclusão dos laboratórios “contribui favoravelmente para a ampliação da capacidade analítica de diagnóstico da covid-19”.

A resolução está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, dia 13/5, e fica vigente enquanto o Ministério da Saúde mantiver a emergência relacionada à pandemia do novo coronavírus. Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Fabio Rodrigues Pozzebom/Divulgação/Agência Brasil

China abre mercado para lácteos brasileiros

quarta-feira, julho 24th, 2019

A China abriu mercado para os produtos lácteos brasileiros. Os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. O anúncio foi feito pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) na terça-feira, dia 23/7.

A ministra destacou que a abertura do mercado irá impulsionar a cadeia produtiva do leite. “Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança. E isso traz esperança para a indústria de leite”, comemorou. 

Atualmente, há 1,2 milhão de pequenos produtores de leite no Brasil. “Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva. É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil”. 

Tereza Cristina destacou que “o Brasil sempre quis ter acesso ao mercado chinês, para poder tirar o produto do Brasil, melhorando, inclusive o preço dos produtores brasileiros”.

A certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a exportar. Na viagem que fez ao país em maio, o assunto foi uma das prioridades da ministra. O Brasil produz 600 mil toneladas de leite em pó. Os chineses, maiores importadores de lácteos do mundo, compram 800 mil de toneladas do produto. 

Antes, em abril deste ano, o ministério havia encaminhado a lista dos 24 estabelecimentos ao país asiático. Entre os produtos que poderão ser exportados estão não fluidos, como leite em pó, queijos e leite condensado. “Queijos brasileiros poderão ser exportados e, com isso, regulamentar o mercado de leite brasileiro”, ressaltou Tereza Cristina. Fonte: Ministério sa Agricultura

Exportações

Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa do setor é exportar US$ 4,5 milhões em produtos lácteos, como queijos e leite em pó, estima a Viva Lácteos – Associação Brasileira de Laticínios.

Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas em queijos, com um crescimento médio anual de 13% nos últimos cinco anos. 

O setor lácteo brasileiro exportou, em 2018, para mais de 50 destinos. Antes da abertura do mercado chinês, o setor já vinha investindo no ingresso dos produtos na China, por meio da participação em feiras. 

Foto: Divulgação/Embrapa