Misericórdia, senhor. O Rio Grande do Sul conta com, aproximadamente, 12 milhões de cabeças de gado. Por conta do clima úmido e perfil genético do rebanho, majoritariamente composto por taurinos, as infestações de carrapatos são mais frequentes.
Segundo a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), o impacto é significativo, visto que animais livres de parasitas podem ganhar até 40 quilos a mais em 26 semanas de pastejo.
A entidade aponta que, extrapolando esses dados para o rebanho nacional, estima-se uma perda de 1 milhão e 700 mil toneladas de carne bovina por ano, o que representa cerca de 15% da produção nacional.
Se ligue. A Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA) comunicou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a aprovação da atualização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação de carnes frescas desossadas e produtos cárneos processados crus, derivados de bovinos, de origem Brasileira, para o Canadá.
Com a aprovação, podem exportar os produtos os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia, além de 14 Municípios nos Estados do Mato Grosso e cinco no Amazonas que são reconhecidos, desde 2021, como livres de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Nesses locais, atualmente há onze estabelecimentos habilitados a exportar produtos cárneos de bovinos. Já Santa Catarina, único estado reconhecido pelo Canadá como livre de febre aftosa sem vacinação, possui apenas um frigorífico habilitado.
“A retomada deste mercado já era aguardada pelo setor de proteína animal do Brasil, principalmente para esses estados, que desde a abertura do mercado canadense, em março de 2022, não estavam autorizados a exportar carne bovina crua para o Canadá em razão da não vacinação de seus rebanhos”, ressalta o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Já em relação a carne cozida, foi retirada a exigência de vacinação. Desta forma, qualquer estabelecimento habilitado, independentemente do estado de origem, pode exportar o produto ao Canadá.
“Além dessa conquista para o setor, estamos junto da Embaixada do Brasil no Canadá buscando a retirada dessa exigência da vacinação também para a carne crua”, informa o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.
Em 2023, o Brasil exportou carne bovina no valor de mais de 10 bilhões 541 milhões de dólares, correspondendo a 2,28 milhões de toneladas. O Canadá importou US$ 39 milhões em carne bovina brasileira (8.192.380 kg), registrando um aumento de 18% em comparação com 2022.
Em boa hora. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu, nesta quarta-feira, dia 15/12, a informação sobre a liberação das exportações de carne bovina para a China. Com isso, a certificação e o embarque da proteína animal para a China serão normalizados e podem ser retomados.
“Retomamos o fluxo normal de exportações para a China. Tivemos uma negociação bastante técnica com uma série de trocas de informações e reuniões com a equipe da autoridade sanitária chinesa. Nós já tínhamos concluído o envio das últimas informações pelo nosso canal via embaixada em Pequim há cerca de um mês, então já esperávamos que houvesse uma solução desta solução. Desta forma, o país asiático passa a aceitar novamente os lotes de carnes brasileiras certificadas a partir desta quarta-feira. É uma boa notícia para o setor, já que se trata do principal destino de importação de carne bovina brasileira”, explicou o secretário Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal.
Os embarques para o país asiático estavam suspensos desde o dia 4 de setembro, quando o Brasil identificou e comunicou dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG).
A suspensão foi feita pelo Brasil em respeito ao protocolo firmado entre os dois países, que determina esse curso de ação no caso de EEB, mesmo que de forma atípica. O que significa que esses animais desenvolveram a doença de maneira espontânea e esporádica, não estando relacionada à ingestão de alimentos contaminados e que não há transmissão da doença entre os animais.
A OIE, que é a organização internacional que acompanha a saúde animal, analisou as informações prestadas em decorrência dos dois casos de EEB atípica e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro, o Brasil forneceu todas as informações solicitadas pelas autoridades chinesas. “Eles ficaram satisfeitos com o nível de informações fornecidas pelo Mapa. Nossa equipe aqui teve contato com as autoridades chinesas quase que diariamente. Quando as informações técnicas satisfizeram as autoridades chinesas, eles reabriram o mercado”, explicou.
Em novembro, a China já havia liberado alguns lotes de carne bovina brasileira que receberam a certificação sanitária nacional até o dia 3 de setembro de 2021.
Carga errada. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 1.000 kg de carne sem procedência de origem e controle sanitário. A ação foi registrada perto das 7 da manhã de quarta-feira, dia 11/3, no KM 429 da BR 116, trecho da Cidade de Feira de Santana.
Na fiscalização rodoviária, os agentes federais abordaram o veículo e, no seu interior encontraram a carne bovina embalada em pacotes plásticos. Além de não apresentar refrigeração adequada, a mercadoria não possuía documentação de origem animal e nem de inspeção sanitária.
O condutor e o passageiro do veículo relataram que foram solicitados pelo proprietário da carga a realizar o transporte do material, uma vez que o caminhão frigorífico que trazia a mercadoria do município de Poções(BA) para Salvador (BA) havia apresentado defeito mecânico em Jequié(BA).
A PRF ressalta seu compromisso em atuar nas ações ilegais praticadas no comércio, bem como no combate ao contrabando e descaminho, nas grandes apreensões de mercadorias falsificadas ou sem nota fiscal no estado da Bahia.
A autoridade sanitária saudita – SFDA (Daudi Food and Drug Authority) – habilitou oito novos estabelecimentos para a exportação de carne bovina brasileira e seus produtos para a Arábia Saudita. Em setembro deste ano, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, esteve naquele país negociando a abertura de mercado para produtos agropecuários brasileiros.
Foram habilitados: Frigorífico Fortefrigo (Paragominas, Pará), Frigorífico Better Beef (Rancharia, São Paulo), Rio Grande Comércio de Carnes Ltda (Imperatriz, Maranhão), Plena Alimentos (Pará de Minas, Minas Gerais), Indústria e Comércio de Alimentos Supremo (Ibirité, Minas Gerais), Frigol (São Félix do Xingu, Pará), Maxi Beef Alimentos do Brasil (Carlos Chagas, Minas Gerais) e Distriboi – Indústria, Comércio e Transporte de Carne Bovina (Ji-Paraná, Rondônia).
Segundo a ministra, a habilitação de novos frigoríficos é resultado da recente viagem do presidente Jair Bolsonaro à Arábia Saudita. “Isso faz parte de toda a abertura que o Ministério da Agricultura vem fazendo juntamente com o governo federal”, disse Tereza Cristina, acrescentando que “essa é uma ótima notícia para começar bem a semana”.
Em 2018, as exportações de produtos agropecuários brasileiros para a Arábia Saudita renderam US$ 1,7 bilhão. Foram mais de 2,9 milhões de toneladas. A carne de frango representou 47,4% do valor vendido (US$ 804 milhões e 486 mil toneladas). Os principais produtos exportados para os sauditas são carne de frango (in natura), açúcar de cana (bruto), carne bovina (in natura), soja (grão e farelo), milho, açúcar refinado e café (solúvel e verde).
Tá vendo aí? Cerca de 700kg de carne foram apreendidos no início da noite de quarta-feira 9/1. A abordagem ocorreu no KM 677 da BR-1116, em frente a unidade da Polícia Rodoviária Federal de Jequié, no interior da Bahia.
De acordo com a PRF, agentes deram ordem de parada a um veículo. Durante a abordagem os policiais localizaram caixas de papelão na caçamba do automóvel. Nas embalagens continham diversos tipos de carnes e seus derivados. Em sua defesa, o condutor informou que foi para a Cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, para buscar a carne e revender em Jaguaquara, também no interior da Bahia.
Além do transporte indevido do alimento, o veículo do suspeito foi detido no pátio da PRF, por possuir mais de R$ 10 mil em infrações de trânsito e ter licenciamento atrasado.
O condutor foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil por praticar crime contra as relações de consumo.