Uma dúzia de ostras – ao natural -, um fio de azeite extravirgem, condimentos ao gosto do cliente e algumas gotas de limão. Se consumidos ainda de manhã, estes são os principais ingredientes para um dia feliz. Mas, não tem uma hora ideal para degustar a iguaria. Segundo os frequentadores da Associação Baiana de Aquicultura e Saúde (Abaq), cuja sede fica no box número um do Mercado Popular de Água de Meninos, localizado no sopé da Ladeira de Água Brusca, o importante é fazer uso constante do fruto do mar, de forma a aproveitar melhor seu sabor único e suas propriedades afrodisíacas e demais benefícios à saúde – em especial pela alta concentração de cálcio.
Gerido pelo empresário e fazendeiro marinho Reginaldo Leite de Jesus, o espaço também é conhecido como Academia Baiana da Ostra (ABO), conforme fora batizado pelos visitantes mais assíduos. O mercado foi recentemente reformado pela Prefeitura, que investiu R$ 800 mil na requalificação do equipamento. Com a reforma, a sede da Abaq ganhou novos frequentadores, sendo hoje uma referência no consumo do molusco na capital baiana. Hoje, o local, que funciona durante todos os dias da semana, reúne advogados, médicos, artistas, atletas e gente das mais diversas classes sociais, cujo interesse comum é a paixão pelo bivalve ainda in natura.
“A academia foi criada em forma de brincadeira por um grupo de amigos que frequenta o lugar – e já funcionava como sede da Abaq, que atua como suporte técnico dos criadores de ostra da cidade. As reuniões ocorrem, normalmente, aos sábados, há cerca de 7 anos. Aqui, sob a desculpa de degustar o animal, o pessoal vem jogar conversa fora, discutir a melhor forma de saborear a ostra e beber vinho, cachaça e cerveja”, informa Reginaldo Leite, que trabalha há 30 anos com a criação da iguaria, sendo que há 15 detém o box no mercado.
Ainda segundo Reginaldo, não há nada melhor para enfrentar a rotina diária do que essa experiência. “A ostra tem esse poder de recuperar a energia depois de uma semana de trabalho duro. Então, boa parte da clientela vem por recomendação médica, principalmente por conta do cálcio. Então, o pessoal come de quatro a cinco dúzias de ostras de uma só vez. O molusco só faz bem a saúde. Basta saber escolher um animal de boa procedência, sempre com a concha fechada e sem a presença de cheiro forte”, acrescenta.
Foto: Divulgação Secom Salvador