Olha aí. Fiscais da Vigilância Sanitária de Salvador inspecionaram, nesta terça-feira, dia 21/3, um açougue localizado na Travessa Marquês de Leão, na Barra, com a finalidade de verificar e coletar parte da carne bovina vendida ao consumidor. O órgão, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), recolheu 500 gramas de carne a vácuo e 300 gramas de carne moída na hora. Todo o material foi embalado e identificado, antes de ser armazenado em um recipiente térmico e enviado para análise, seguindo assim todo o procedimento de coleta de alimentos proposto pela legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a chefe da Vigilância Sanitária do Distrito Barra/Rio Vermelho, Sara Stolter, a ação é rotineira. Desde o início do ano, aproximadamente 50 açougues foram vistoriados em Salvador. No caso do açougue inspecionado, o estabelecimento passou pelo procedimento anual para manutenção do alvará sanitário e, no primeiro parecer, toda a carne comercializada no local tinha procedência confiável. “Nenhuma irregularidade aparente foi encontrada aqui. A carne vem de frigorífico baiano”, revelou Sara.
O material recolhido foi encaminhado para análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que emitirá laudo num prazo de 15 a 30 dias. No entanto, quando os fiscais fazem esse tipo de ação nos comércios varejistas de carne, os olhos ficam atentos para observar as condições do alimento comercializado. “Constatamos as características organolépticas dos alimentos, se estão alteradas. Ou seja, vemos a olho nu o aspecto, a textura. Também averiguamos as condições de origem e temperatura. Se encontramos irregularidades, encaminhamos o alimento à apreensão e o estabelecimento pode ser interditado”, revela Sara.
O consumo de carnes estragadas, contaminadas ou mal cozida pode trazer uma série de riscos à saúde. “Existem várias zoonoses transmitidas dos animais para o seres humanos. Uma carne pode estar contaminada pelo protozoário toxoplasma gondii, nocivo à saúde. Se for ingerido por uma gestante, a criança pode nascer cega, entre outros problemas”, destaca a fiscal e nutricionista Maria das Graças Cacim, que também acompanhou a inspeção realizada nesta terça-feira.
No ano passado, segundo a SMS, cerca de 300 açougues passaram por inspeção na capital baiana. As principais inconformidades encontradas em alguns comércios foram: armazenamento de carne em temperatura inadequada, inexistência de alvará de saúde, falta de equipamento de proteção individual de açougueiros e carne previamente moída. As denúncias para inspeção de comércio de alimentos podem ser feitas através do telefone 156.
Foto: Divulgação Secom Salvador