Os trens do Metrô de Salvador começaram a percorrer as quatro novas estações da linha 2: Pernambués, Imbuí, CAB (Centro Administrativo da Bahia) e Pituaçu. Com tudo pronto, tanto as estações quanto os trilhos, os carros estão em fase pré-operacional, em que os trens fazem o percurso parando nas estações para verificação de sistemas e dados de operação.
As atividades, que começaram no último sábado (22), são realizadas das 5h30 às 23h, com intervalos de seis minutos entre os trens nos horários de pico e de oito minutos nos demais horários. Em maio, com a inauguração oficial do trecho, os passageiros poderão conhecer e utilizar as estações para chegarem até Pituaçu.
Antes dos passageiros utilizarem o novo trecho, os funcionários da CCR Metrô Bahia, concessionária responsável pela administração, também se habituam ao percurso, de acordo com o gerente de operações da empresa, Hamilton Trindade. “Essa fase está sendo utilizada para que os colaboradores façam o reconhecimento desse novo trecho. São mais de 150 pessoas que trabalharão nessas novas estações, entre funcionários próprios e terceirizados. As estações estão prontas e os trens já foram testados. Em maio, o metrô chega a Pituaçu e, até o fim do ano, ao Aeroporto”, explica o gerente.
Para quem já se acostumou a fugir dos engarrafamentos utilizando o metrô, como a empregada doméstica Larissa de Assis, as inaugurações são motivo de comemoração. Moradora de São Cristóvão, ela não vê a hora do metrô chegar até Mussurunga. “Eu uso o metrô diariamente e é muito mais cômodo. Ele é mais rápido e adianta bastante. Eu ‘pulo’ o engarrafamento que me deixava tão estressada. Estou doida que chegue logo em Mussurunga”.
Se o metrô melhora muito a mobilidade para quem costumava pegar ônibus, não é diferente para quem tem carro, como a aposentada Maria da Glória Cerqueira, que atualmente tem deixado o veículo na garagem. “Para nós, é maravilhoso, não existe transporte melhor do que o metrô. A gente economiza em tudo, em tempo e também em dinheiro, porque a gasolina está muito cara. Parada em uma sinaleira, eu acabo gastando mais tempo do que o metrô leva para ir de uma estação a outra. Não tenho mais motivo para sair de carro”, conta a aposentada.
Foto: Elói Corrêa/Divulgação/GOVBA