O governador da Bahia Rui Costa (PT), apelou à população para evitar aglomerações durante os festejos juninos.
“Quero aqui fazer um apelo não só ao povo de Amargosa, mas a toda à região e a todos baianos. Estamos insistindo nessa tecla, pela preocupação com o aumento dos casos de Covid-19. Não queremos impedir a tradição, mas precisamos nos cuidar agora e evitar o pior depois”, disse Rui, no sábado 19/6, durante visita à cidade de Amargosa.
O gestor suspendeu o transporte coletivo intermunicipal rodoviário e hidroviário no estado entre os dias 21 ao dia 28 de junho para evitar a disseminação do vírus.
Apenas os serviços tidos como essenciais devem funcionar em Guanambi e Cidades vizinhas a partir deste sábado 19/6. Fica determinada também a restrição de locomoção noturna das 20h às 5h. As medidas, que têm o objetivo de conter a disseminação da Covid-19 na região, serão publicadas em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado, dia 19/6.
As restrições valem até o dia 1º de julho, nos municípios de Botuporã, Caculé, Caetité, Candiba, Carinhanha, Feira da Mata, Guanambi, Ibiassucê, Igaporã, Iuiu, Jacaraci, Lagoa Real, Licínio de Almeida, Malhada, Matina, Mortugaba, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Riacho de Santana, Rio do Antônio, Sebastião Laranjeiras, Tanque Novo e Urandi.
Também fica proibida, nessas 23 Cidades, a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery) ou em depósitos e distribuidoras, até as 5h de 1º de julho. Os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres poderão operar apenas de portas fechadas, na modalidade de entrega em domicílio (delivery), até as 24h.
Já os estabelecimentos que funcionem como mercados devem comercializar somente gêneros alimentícios, bebidas não alcoólicas e produtos de limpeza e higiene, sendo vedada a venda de bebidas alcoólicas. Esses estabelecimentos devem isolar seções, corredores e prateleiras nos quais estejam expostos os produtos não enquadrados como gêneros alimentícios ou produtos de limpeza e higiene.
A lotação máxima permitida em cada estabelecimento comercial, de serviços e financeiro, como mercados e afins, bancos e lotéricas, cujo funcionamento esteja autorizado, deverá ser definida em ato editado por cada Município, considerado o tamanho do espaço físico, com o objetivo de evitar aglomerações.
Academias e eventos
O decreto proíbe ainda, nos 23 municípios, o funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas, até 1º de julho, exceto os espaços voltados ao atendimento de fisioterapia, observados os protocolos sanitários estabelecidos.
Também ficam suspensos eventos e atividades, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas, a exemplo de atos religiosos litúrgicos, cerimônias de casamento, solenidades de formatura, passeatas, eventos desportivos coletivos e amadores e eventos recreativos em logradouros públicos ou privados. As festas e os shows permanecem proibidos em toda a Bahia.
Outras medidas
Ficam suspensos ainda, de 19 de junho a 1º de julho, os atendimentos presenciais do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), nos 23 municípios. O decreto suspende também as atividades presenciais nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual não enquadrados como serviços públicos essenciais, devendo ser adotado o regime de trabalho remoto.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, apoiará as medidas necessárias adotadas nos municípios, em conjunto com Guardas Municipais. Os infratores podem ser autuados nos artigos 268 e 330 do Código Penal.
Ficou complicado. Na Bahia, 1.476.600 pessoas devem deixar de viajar para Cidades do interior baiano no período dos festejos juninos esse ano, devido ao cancelamento das festas de São João por causa da pandemia da Covid-19. A estimativa é da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com as secretarias de Turismo (Setur) e Cultura (Secult) e a Bahiatursa.
O estudo também revela que a redução de arrecadação de ICMS nos setores com atividades aquecidas pelo São João, impactados pela pandemia, deverá ser da ordem de R$ 79 milhões. Este volume não pode ser atribuído exclusivamente ao cancelamento do São João, mas influenciado também por este fato.
O cancelamento dos festejos juninos, de acordo com a SEI, foi uma decisão acertada e pautada na necessidade de preservar vidas humanas, uma vez que o mundo enfrenta uma pandemia de uma doença altamente contagiosa e o isolamento social é peça chave para conter a propagação da pandemia.
Com base no último ano comemorativo dos festejos juninos, estima-se que ao menos R$ 64,7 milhões provenientes do setor público deixarão de impulsionar os festejos, em especial o mercado da música. Destes, R$ 50,9 milhões são recursos aportados por 311 municípios e R$ 13,8 milhões pelo Governo do Estado.
Deixarão de entrar na Bahia R$ 107 milhões decorrentes de gastos de turistas nacionais e estrangeiro. Devido a pandemia, 24,2 mil empregos formais e informais deixarão de serem gerados nos setores com atividades correlacionadas com o festejo junino, sofrendo impacto também pelo cancelamento do São João, mas não somente. O estudo completo está disponível no site da SEI.
Muito cuidado. Com alto potencial de transmissão e risco aumentado para internações, a variante da Covid-19 denominada P1, originária de Manaus (AM), atualmente é responsável por 80% das infecções na Bahia. As vésperas do São João, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emite um alerta para os 417 municípios sobre os riscos de festas e aglomerações neste período. Os dados sobre a disseminação da variante estão no boletim do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-BA) divulgado nesta sexta-feira 18/6.
O Lacen-BA já realizou o sequenciamento de 257 amostras provenientes de pacientes de 98 municípios dos nove Núcleos Regionais de Saúde da Bahia desde setembro de 2020 até 21 de maio de 2021. Até o momento não foi identificada nenhuma amostra com a variante indiana.
Os resultados dos sequenciamentos mostram que o número de linhagens circulantes mudou com o tempo, sendo a variante B.1.1.7, conhecida como variante do Reino Unido, a mais comum no início da pandemia. “No comparativo mês a mês, vemos o crescimento da diversidade de cepas detectadas no estado, sendo oito agora. Entretanto, nos meses de fevereiro a maio deste ano, a variante P1 se tornou predominante, sendo a responsável pela aceleração do número de internações e elevação do número de óbitos em todo o Brasil, inclusive, na Bahia”, explica o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas.
O titular da pasta estadual da Saúde ressalta ainda que menos de 40% dos baianos tomaram a primeira dose, o que significa que o uso de máscara, a higiene frequente das mãos e o distanciamento social ainda são as atitudes mais eficientes para evitar a contaminação pela Covid-19. “A tradição junina em nosso estado é forte, mas para salvar vidas se faz necessário alguns sacrifícios e evitar aglomerações é o principal deles”, afirma Vilas-Boas.
O espalhamento do vírus
A escolha das amostras para o sequenciamento foi baseada na representatividade de todas as regiões geográficas da Bahia, casos suspeitos de reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos, como dificuldade de respirar, muito cansaço, SRAG e/ou pneumonia.
Se ligue. O Ministério Público estadual expediu recomendação aos Municípios de Coaraci, Almadina e Itapitanga para que coíbam a realização de festejos juninos nas cidades e proíbam a população de acender fogueiras assim como soltar fogos de artifício. Além disso, os Municípios devem adotar medidas para conscientização da população a respeito das medidas para evitar a propagação do coronavírus. As recomendações foram acatadas pelos Municípios.
“Os fogos de artifício podem agravar ainda mais a necessidade do uso das emergências hospitalares com a intensificação da demanda na unidade de queimados. Já a fumaça das fogueiras pode agravar a situação causada pelo vírus Sars-Cov-2 causador da Covid-19”, destacou o promotor de Justiça Inocêncio de Carvalho Santana, autor das recomendações. Os Municípios também deverão suspender a concessão de alvará para barracas de venda de fogos, bem como de sua comercialização, e aumentar a fiscalização com o objetivo de evitar aglomerações adotando as medidas legais, na eventualidade, da prática dos crimes previstos nos tipos penais do art. 267 (pandemia), art. 268 (infração de medida sanitária preventiva) e art. 269 (omissão de notificação de doença). As recomendações também foram expedidas para a Guarda Municipal e para a Polícia Militar de Coaraci, Almadina e Itapitanga.
Abra o olho. O transporte coletivo intermunicipal rodoviário e hidroviário será suspenso, em toda a Bahia, no período junino. A medida, que tem o objetivo de evitar a disseminação da covid-19, será publicada em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira 15/6.
O decreto prevê que ficam suspensas, a partir da meia-noite do dia 21 de junho, a circulação e a saída, e, a partir das 9h de 21 de junho, a chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal rodoviário, público e privado, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans. A restrição vale até as 5h de 28 de junho.
A circulação, a saída e a chegada de ferry boats, catamarãs, lanchinhas e balsas também ficam proibidas das 20h do dia 21 de junho até as 5h de 28 de junho, em todo território baiano.
Já desta terça-feira (15) até domingo (20) e de 28 de junho a 4 de julho, a circulação, a saída e a chegada dos transportes serão permitidas desde que a ocupação seja limitada a 70% da capacidade. Não haverá disponibilização de transportes extras.
A fiscalização do decreto é de responsabilidade da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações (Agerba).
Se ligue. A venda de bebida alcoólica segue proibida no próximo fim de semana e no período junino em toda a Bahia. O Governo do Estado decidiu suspender a comercialização de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por delivery, das 18h de 18 de junho até as 5h de 21 de junho e também das 18h de 23 de junho até as 5h de 28 de junho. A medida, que tem o objetivo de evitar a propagação da covid-19, será publicada em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira 15/6.
Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a proibição da venda de bebida alcoólica será das 20h de 18 de junho até as 5h de 21 de junho, bem como das 20h de 23 de junho até as 5h de 28 de junho. A determinação envolve os municípios de Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.
A comercialização de bebida alcoólica no fim de semana será liberada somente em municípios integrantes de regiões de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos.
O decreto desta terça-feira (14) também prorroga a restrição da locomoção de pessoas das 21h às 5h, em todo território baiano, até 29 de junho. Nos municípios localizados nas regiões da Chapada Diamantina, Oeste, Irecê, Jacobina, Sudoeste e Extremo-Sul, o toque de recolher vale das 20h às 5h.
Na RMS, a restrição de locomoção noturna será das 20h às 5h, no período de 18 a 20 de junho e também entre os dias 23 e 28 de junho. Nos demais dias, o toque de recolher permanece das 22h às 5h.
Nos municípios integrantes das regiões de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos, a restrição na locomoção noturna será válida das 22h às 5h.
Transporte
A circulação dos meios de transporte metropolitanos será suspensa das 20h30 às 5h, de 18 a 20 de junho e de 23 a 27 de junho. Nos demais dias, os meios de transporte metropolitanos não circulam das 22h às 5h, até 29 de junho.
Os ferry boats não vão circular nos dias 19, 20, 26 e 27 de junho. Já nos dias 18, 23, 24, 25, a circulação ficará suspensa das 20h30 às 5h. Nos dias 15, 16, 17, 28 e 29, os ferry boats não funcionam das 22h30 às 5h.
As lanchinhas não circulam das 20h30 às 5h, nos dias 18, 19, 20, 23, 24, 25, 26 e 27. Já nos dias 15, 16, 17, 28 e 29, as lanchinhas não funcionam das 22h30 às 5h. A ocupação deve ser limitada ao máximo de 50% da capacidade da embarcação nos dias 19, 20, 26 e 27 de junho.
Aulas
As unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde.
Além disso, as atividades letivas devem ficar condicionadas à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos.
Eventos e shows
Os eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas continuam proibidos até 29 de junho, em todo o território baiano, independentemente do número de participantes. Segue suspensa ainda, até 29 de junho, a realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, além de atividades esportivas amadoras.
Os eventos exclusivamente científicos e profissionais podem ocorrer com público limitado a 50 pessoas. Já os atos religiosos litúrgicos ficam permitidos mediante a ocupação máxima de 25% da capacidade do local. O funcionamento das academias também permanece autorizado mediante a ocupação máxima de 50%.
Continua vedada, em todo o território baiano, a prática de quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras até 29 de junho, sendo permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações.
Boa notícia. São João é, tradicionalmente, a festa da agricultura familiar. É tempo de colheita do milho, do amendoim e da laranja, e de se deliciar com canjica, bolo e licor. Uma diversidade de sabores e aromas que encantam e fazem parte da memória afetiva da maioria das baianas e dos baianos e também de todo povo nordestino, em especial. Quem não lembra daquele bolo gostoso da mamãe, ou do doce da vovó? As mulheres sempre tiveram presença marcante nessa festa, que neste ano será realizada mais uma vez em casa, com a família e com todos os cuidados que o momento ainda exige.
Na Bahia, produtos típicos dos festejos juninos, como milho e amendoim, estão com a produção garantida. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (LSPA/IBGE), a estimativa para 2021 é de uma produção 3,8 mil toneladas de amendoim, de 2,4 milhões de toneladas de milho e 861,5 mil toneladas de mandioca.
É nessa perspectiva, de abastecer as festas e preservar a tradição, com os deliciosos produtos juninos, que famílias agricultoras continuam trabalhando. E esse é o exemplo de grupos de mulheres do Recôncavo Baiano, como o Grupo de Mulheres Frutos da Terra, da Comunidade Quilombola Baixa Grande, em Muritiba e a Associação de Mulheres Regional Empreendedoras da Agricultura Familiar (AME), da comunidade Engenho de São João, município de Cruz das Almas.
Maria Dionísia de Souza do Vale, presidente do Grupo de Mulheres Frutos da Terra, diz que o grupo começou quando as mulheres decidiram fazer o aproveitamento integral dos produtos da própria comunidade, para gerar renda e também integrar a juventude. Ela ressalta a importância de manter viva as tradições da comunidade, também na produção voltada para os festejos juninos, com produtos como os bolos de aipim, de puba e o bolo na palha da bananeira: “A valorização e a importância vão muito além de recordar os saberes ancestrais da nossa comunidade. Consideramos importante trabalhar com base nisso, no que nossos mais velhos sempre faziam, essas comidas e bebidas típicas”.
O Grupo Frutos da Terra, que para as festas juninas tem o milho, o amendoim e a laranja, segue produzindo durante todo o ano diversos tipos de bolos e também mingaus, doce de jenipapo, banana e goiaba, cocadas e licores de jenipapo, amendoim, goiaba, tamarindo, maracujá e gengibre, além de salgados, pizzas e sorvete com derivados de aipim e trufas com frutos da terra, como a jaca. Atualmente, o grupo comercializa seus produtos por meio do Centro Público de Economia Solidária (Cesol), em municípios do Recôncavo e também em Salvador.
Já Almerinda Queiroz de Santana, mais conhecida como Mel, atual tesoureira da AME, explica que a associação trabalha ao longo do ano com o cultivo de produtos como aipim, inhame, batata doce, mamão e banana, dentre outros, mas que, neste período das festas juninas, como é tradição, não deixa faltar também o milho e o amendoim. Ela ressalta que as mulheres produzem também biscoitos, beijus, bolo de puba e de aipim e o bolo tradicional e uma diversidade de salgados à base de aipim e que estão se organizando para obter uma renda extra durante os festejos juninos, além de atender encomendas: “Estamos nos reunindo para neste período de festas juninas fazer vendas com entregas de bolos tradicionais e salgados diversos, aqui na região”.
A tesoureira da AME destaca a importância de políticas públicas, a exemplo da assistência técnica e extensão rural (Ater) e da parceria com o Cesol/Setre, entre outras, para a geração de renda e de conhecimento. A associação é também uma das selecionadas pelo projeto do Governo do Estado, Bahia Produtiva, que prevê a implantação de uma cozinha industrial comunitária. A comercialização da produção é feita também por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em períodos em que as aulas na rede pública de ensino acontecem de forma regular, a AME fornece, para os municípios de Cruz das Almas e Santo Estêvão, produtos como chips de aipim, aipim palito e biscoitos, além de produtos in natura, como aipim, inhame, banana e mamão.
Se ligue. O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), realiza, entre os dias 13 e 30 de junho, a segunda edição do Festival de Economia Solidária São João da Minha Terra. O evento integra uma rede de agentes que atuam na economia solidária e agricultura familiar em 15 Territórios de Identidade da Bahia.
Realizado em formato virtual, o festival agrega a diversidade de produtos de empreendimentos atendidos regionalmente pelas 13 unidades de Centros Públicos de Economia Solidária (Cesols), além de música, cultura, gastronomia e formações gratuitas em lives realizadas nas redes socais. O evento é executado pela Associação Beneficente Josué de Castro e será exibido ao vivo nas redes sociais @economiasolidariaba.
O festival é uma alternativa de escoamento da produção dos empreendimentos econômicos solidários em meio à pandemia de Covid-19 que há mais de um ano afeta a população mundial. A iniciativa mostra a pujança desse importante setor produtivo na Bahia, que conta com o fomento da Setre, através de programas de capacitação, adoção de novas tecnologias e apoio à comercialização. Entre os convidados, já estão confirmados os artistas Del Feliz e Zelito Miranda e as chefs de cozinha Cida Pescadora e Rosa Gonçalves.
A circulação de ônibus do transporte intermunicipal será suspensa três dias antes e três dias depois do São João, para evitar que as pessoas viajem no período e aumentem as taxas de transmissão do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo governador Rui Costa, na noite desta terça-feira 25/5, durante o programa Papo Correria.
“Eu me reuni hoje com o secretário de Infraestrutura [Marcus Cavalcanti] e ele irá publicar a portaria com os detalhes nos próximos dias. Alguns dias antes do São João, vamos proibir a colocação de horários extras e estipular a lotação máxima dos ônibus de 70%. Nos dias mais próximos ao São João, três dias antes e depois, nós vamos suspender totalmente o transporte. Então, funcionará dessa forma para não prejudicar quem precisa fazer uma viagem por necessidade de saúde ou de trabalho, sem estimular que as pessoas se locomovam com a intenção de se aglomerarem em festas e reuniões vinculadas ao período das festas juninas”, afirmou o governador.
Rui também fez um apelo aos comerciantes em decorrência do aumento das taxas de contaminação na Bahia. “Nos ajudem a reduzir os casos de covid-19. Não deixem entrar nas suas lojas quem estiver sem máscara, higienize a mão das pessoas ao entrarem e mantenha a higienização e o álcool gel acessível a todos. Vamos fazer um mutirão pela vida, um mutirão pela saúde, um mutirão pela redução dos casos. Com a sua participação, a gente chega lá, com fé em Deus”, disse.
De novo. O transporte intermunicipal será suspenso no período do São João para conter a disseminação do coronavírus na Bahia, segundo argumento do Governo do Estado. A medida foi anunciada nesta segunda-feira 17/5 pelo governador da Bahia. Ele também criticou as aglomerações registradas no final de semana em Salvador.
Sem festa junina. O governador da Bahia Rui Costa (PT) afirmou, mais uma vez, nesta segunda-feira 17/5, em coletiva, que está proibida a realização do São João na Bahia em 2021. “Fazer festa e aglomeração nesse momento é desrespeitar a vida humana”, disse.
“Temos que ter consciência. Não consigo ver uma pessoa que se diz cristã e não tenha essa sensibilidade”, opinou o petista.
O cancelamento das festas juninas para reduzir a circulação de pessoas no interior do estado e evitar a disseminação do coronavírus causará um impacto de cerca de R$ 500 milhões para a economia das cidades baianas. A informação foi dada pelo governador Rui Costa, em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira 24/6.
De acordo com Rui, o dado consta em uma análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Não corre ninguém. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) coordenou, na noite de terça-feira 23/6 e madrugada desta quarta-feira 24/6, uma força-tarefa especial em diversos bairros da cidade para coibir festejos juninos e aglomerações nas ruas. A ação teve o intuito de fiscalizar o cumprimento dos decretos municipais que determinam medidas de isolamento social e de enfrentamento à pandemia do coronavírus.
A operação contou com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar e de fiscais da Coordenadoria de Fiscalização e Combate à Poluição Sonora, vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). Foram feitas 32 dispersões de aglomeração e 39 desmontagens de fogueiras em Macaúbas, Barbalho, Santo Antônio, Liberdade, Largo do Tamarineiro, Pau Miúdo, Marechal Rondon, Dom Avelar, Pau da Lima, Águas Claras, Uruguai, Saboeiro, Narandiba, Cabula, Mussurunga, Itapuã, São Cristóvão, Boca do Rio, Massaranduba, Ribeira, Bonfim, Calçada, Jardim Cruzeiro, Vila Rui Barbosa, Uruguai e Paripe.
Vale lembrar o feriado de São João foi antecipado no mês passado pelo governo estadual como forma de ampliar o isolamento social e, consequentemente, reduzir a taxa de transmissão da Covid-19 na capital baiana, bem como em outros municípios do interior. Uma das principais metas da Prefeitura e do governo neste momento é reduzir a demanda dos leitos de UTI da rede pública .
De acordo com o coordenador de fiscalização da Sedur, Everaldo Freitas, cinco equipes do órgão participaram da força-tarefa, que teve início às 19h de ontem e foi até as 3h da madrugada desta quarta (24). Os fiscais atenderam a denúncias feitas pela população através do Disque Coronavírus 160 e também levaram em conta o histórico das localidades.
“A preocupação do poder público municipal e estadual é diminuir a taxa de contaminação do coronavírus. Então, é importante a participação da sociedade para que a gente saia dessa pandemia em breve. É preciso que todos tenham consciência de que, infelizmente, no mundo todo, não é momento de festa”, frisou Freitas.
Com a proximidade da data oficial do São João, o Ministério Público (MP) recomendou às prefeituras de Santo Antônio de Jesus, Varzedo, Dom Macedo Costa e Mutuípe que proíbam o acendimento de fogueiras e queimas de fogos de artifício, em locais públicos ou privados, em razão da pandemia da Covid-19. O MP indica que os gestores municipais editem ato normativo determinando a proibição.
Recomenda ainda que seja feito o uso do poder de polícia, caso necessário, para o cumprimento da determinação, indicando também medidas administrativas para coibir a desobediência ao ato, a exemplo de suspensão concessão e renovação de autorizações para estabelecimento de venda de fogos de artifício, cassação das autorizações já concedidas, fiscalização para impedir acendimento de fogueiras e queima de fogos e aplicação de sanções, como multa e apreensão de material.
O promotor Thiago Cerqueira Fonseca argumenta que a tradição junina de acender fogueiras e queimar fogos de artifício, apesar do forte caráter cultural, não pode prevalecer sobre o direito à saúde e à vida. Na recomendação, o promotor lembra ainda que essa tradição, naturalmente, provoca aglomerações, comprometendo a eficácia do isolamento social com medida para contenção da pandemia.
Além disso, eleva os riscos de doenças e problemas respiratórias, bem como queimadura e acidentes, podendo impactar na procura das unidades de saúde e, com isso, agravando a superlotação da rede hospitalar. “A superlotação das instituições hospitalares, públicas e privadas, poderá inviabilizar o atendimento de todos os que necessitarem de atendimento médico, inclusive os intoxicados pela fumaça das fogueiras e os queimados pelo manejo de fogos de artifício, para além das complicações decorrentes da Covid-19″, reforça o promotor.
Jogou duro. O movimento de forrozeiros baianos em defesa do verdadeiro São João, na Bahia, começou quando o vocalista da Banda Estakazero fez críticas pelo fato de Léo Santana ter sido escolhido para representar a Bahia na live da TV Globo, em homenagem ao São João, no sábado, dia 20/6.
O sanfoneiro e forrozeiro “de verdade”, Targino Gondim também utilizou seu perfil oficial no Instagram para repudiar a escolha de um cantor de pagode para o programa, que vai abrigar vários nomes do forró dos nove Estados Nordestinos. “Tem Forrozeiros na Bahia!!! Tem Forrozeiros na Bahia! E como tem!! Em todos os municípios baianos temos forrozeiros maravilhosos!”, retou!
A tradicional “Feira de São João”, que ocorre durante todo o mês de junho no Centro de Abastecimento do Estado (Ceasa), este ano, devido à pandemia da Covid-19, nutre nos permissionários a esperança de maior aquecimento nas vendas. A comercialização exclusiva de produtos típicos, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), deve render R$ 3,2 milhões na comercialização de amendoim e milho verde. Só nos 10 primeiros dias deste mês, já foram comercializadas 254 toneladas de milho e 72 toneladas de amendoim. A expectativa é de vender 400 toneladas de amendoim e 1,2 mil toneladas de milho até o final do mês.
“Mesmo vivendo um momento desafiador na economia mundial, esperamos que a Feira de São João potencialize a economia local por todo o período junho. Mesmo com o distanciamento social, os festejos dentro de casa vão acontecer e a população baiana procura por alimentos típicos de boa qualidade e mais em conta, por isso o Ceasa é melhor opção de compra destes itens”, destaca o vice-governador João Leão, titular da SDE.
Ainda de acordo com a SDE, a feira junina ocorre no mesmo horário de funcionamento das feiras cotidianas do Ceasa, mas numa área reservada. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, os portões abrem às 3h para permissionários e funcionários e às 4h para clientes. O fechamento é às 15h. Já nas terças, quintas e sábados, a abertura dos portões é às 5h, para todos, e o encerramento às 13h.
“A procura por estes produtos no período junino é enorme e as vendas crescem na semana do São João. Nessa época de pandemia esta feira é muito importante, pois ela ajuda a diminuir a aglomeração no mercado, sendo mais específica para esse tipo de cliente. Nós temos intensificado a fiscalização dessa área para o uso de máscara e o distanciamento social. A nossa expectativa, apesar de ter sido antecipado os feriados do São João, é de que a produção e venda desses alimentos aumente ainda mais”, afirma Cristiane Dada, gerente Operacional do Ceasa.
O permissionário Carlinhos Barbosa, que está comercializando amendoim, declara que medidas de segurança estão sendo tomadas para receber bem os clientes. Já Márcio Ribeiro, presidente da Associação dos Permissionários do Ceasa (Aspec), reforça que tanto quem trabalha quanto quem compra no centro de abastecimento tem aderido aos atos de prevenção ao coronavírus, como lavar as mãos e usar máscara. “O trabalho de conscientização, orientação e prevenção ao coronavírus aqui tem sido positivo e surtido efeito”, afirma.
Fotografia/ Fonte: Ascom/Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE)
Cada pessoa pode transportar uma mala de mão com até 5 quilos no interior do ônibus. Aquelas transportadas no bagageiro podem ter até 20 kg. Nesta época do ano é proibido o transporte de substâncias inflamáveis de qualquer espécie, incluindo os fogos de artifício.
Chegue ao terminal de embarque com 30 minutos de antecedência do horário de partida do ônibus. Crianças e adolescentes até 16 anos desacompanhadas dos pais ou responsável precisam de autorização judicial para embarcar.
Crianças e adolescentes até 16 anos acompanhados de avós, bisavós, tios e irmãos maiores de 18 anos precisam da Certidão de Nascimento para comprovação de parentesco, juntamente com a identidade do acompanhante. ⠀ ⠀
Segurança. A Secretaria de Segurança da Bahia (SSP-BA), anunciou que os festejos juninos conta com 25 mil profissionais distribuídos em todo o Estado. Dentre eles, estão policiais militares, policiais civis e bombeiros, em todo o esquema de segurança.
Ainda conforme a SSP, 21.484 PMs estarão monitorando os locais de festa e principais vias de acesso da capital e Cidades do Interior. Já a Polícia Civil, conta com 1.077 profissionais como: Delegados, investigadores, escrivães e servidores administrativos.
Cramunhões soltos. Pelo menos 20 marginais tentaram promover um arrastão na BR-324, no trecho do Bairro de Águas das Claras, em Salvador, na noite da quinta-feira, dia 20/6.
Um congestionamento se formou no trecho após um capotamento. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um motorista embriagado perdeu o controle do carro e bateu em outro, que capotou.
Outras informações dão conta de que uma mulher que estava no veículo que capotou, ficou ferida. Ela foi atendida no local e liberada. Já o condutor que provocou a colisão foi detido.
Na confusão, a pista ficou parcialmente bloqueada, gerando o congestionamento que atraiu os assaltantes. Segundo a PRF, os bandidos tentaram atacar os motoristas que estavam parados no local, mas foram impedidos por policiais rodoviários e militares e fugiram.