Misericórdia. O predeito reeleito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), trouxe à tona um problema grave que está aterrorizando a Bahia e, em especial, a Capital baiana. A guerra das facções de drogas.
“Meus amigos, o cidadão sabe que o problema é a briga das facções. O governo perdeu autoridade e não consegue enfrentar as facções que estão dominando as áreas, tomando conta dos Bairros. Vocês sabiam que o tráfico impede as pessoas de se alimentarem nos restaurantes populares… a exemplo de São Cristóvão, que as pessoas não podem sair da área para se alimentarem nos restaurantes… acreditam nisso? Pois é, eu soube disso ontem, pelo meu secretário de promoção social. Nós oferecemos 300 refeições diárias, e não tá tendo gente pra comer, porque as pessoas não conseguem sair de uma área pra outra porque o tráfico não permite. É essa a Cidade que vocês querem? Eu não”, alinhavou Reis.
Rango junino. Um almoço especial de São João, com direito aos grandes clássicos da música nordestina, foi promovido nos restaurantes populares da Liberdade e do Comércio, em Salvador, na segunda-feira, dia 17/6. Administradas pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJDHDS), as unidades receberam decoração junina e o som da zabumba, sanfona e triângulo, para recepcionar as cinco mil pessoas que frequentam os locais diariamente.
Política pública consolidada do Governo do Estado, os restaurantes oferecem refeições completas, incluindo sucos e frutas, por apenas R$ 1 o prato. “É uma iniciativa muito boa. As unidades adquirem alimentos da agricultura familiar baiana, gerando emprego e renda. Também oferecem, a preço popular, mais de cinco mil refeições saudáveis a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Além disso, os refeitórios funcionam como ambiente de integração, como nessa festa aqui, que resgata a tradição junina e permite encontros e conversas”, destacou o titular da SJDHDS, Carlos Martins.
Boa parte do público dos restaurantes, os idosos estavam presentes em peso e não fizeram feio ao dançarem com os bailarinos profissionais, que também animaram a festa. Frequentador assíduo do restaurante da Liberdade, o aposentado Carlos Braz aprovou a comida e a música. “Estou aqui de segunda a sexta, o mês inteiro. O almoço de hoje estava uma delícia, dá pra ver que é feita com muito carinho e faz bem, principalmente para alguém na minha idade, 70 anos. Ainda aproveitei e dancei bastante”, contou.
Segurança alimentar
Uma das nutricionistas que atuam no equipamento, Samara Paixão explicou que “todos os dias, sejam ocasiões especiais ou não, os pratos são montados de modo a serem ricos em carboidratos, diferentes tipos de proteínas, frutas, legumes e grãos. A alimentação é diversificada e, ao longo de um mesmo mês, não há a repetição de cardápios”. Segundo a superintendente de Inclusão e Segurança Alimentar da SJDHDS, Rose Pondé, os restaurantes apresentam o real conceito de segurança alimentar. “Hoje e nos outros dias, as unidades primam por ofertar sensação de pertencimento e promoção de felicidade, inclusive com a realização de ações voltadas para a educação alimentar e a percepção dos alimentos. Tudo isso promovendo um direito básico humano, que é o da alimentação”, ressaltou.
Funcionamento
Nos dois restaurantes, trabalham cerca de 80 profissionais, em diferentes funções que vão do auxiliar de serviços gerais a nutricionistas. Ambos são abertos ao público, de segunda à sexta-feira, às 10h e encerram as atividades às 2 da tarde. Crianças de até 5 anos não pagam. Na Liberdade, o Restaurante Popular fica na Estrada da Liberdade, número 258. Já o Restaurante Popular do Comércio está localizado na Avenida da França, sem número.
Vixe. O coordenador da Vigilância Sanitária da Cidade de Itabuna, Antônio Carlos Carvalho, informou nesta quinta-feira, dia 30, que o acidente no Restaurante Popular do município, com a explosão de uma caldeira na última terça, dia 28, poderia ter sido evitado.
Durante entrevista, Carvalho desmentiu o secretário de assistencia social, Zé Trindade, e disse que restaurante funcionava sem alvará. Ele também apresentou documento da notificação feita à direção do estabelecimento sobre a necessidade de mantenção, mas as orientações não foram atendidas.