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Assembleia promove debate sobre a Refinaria Landulfo Alves

segunda-feira, junho 28th, 2021

Assembleia ligada. A saída definitiva da Petrobras da Bahia, a privatização da Refinaria Landulpho Alves, a falta de informações no processo de venda, a perda de ICMS para os municípios e a queda na geração de empregos foram assuntos em pauta na audiência pública, realizada nesta terça-feira, dia 22/6, pela Assembleia Legislativa, que discutiu “Os passivos ambientais relacionados à operação da Rlam”.

Ao abrir os trabalhos da reunião semipresencial, direto do Auditório Jornalista Jorge Calmon, o deputado Rosemberg Pinto (PT) lembrou que a refinaria é um marco para a exploração e o refino do petróleo no Brasil, estando presente na Bahia há mais de 50 anos. O líder do Governo e da Maioria na ALBA destacou que o objetivo da sessão era debater as negociações sobre a venda da refinaria, envolvendo interesses públicos e privados, com repercussão econômica, social e ambiental, além dos reflexos incidentes sobre a infraestrutura, finanças e passivos ambientais com multiformes prejuízos à saúde e qualidade de vida das populações locais.

“Nestes tempos de pandemia, a venda da Rlam, por parte da Petrobras, não tem qualquer necessidade, até porque a estatal brasileira distribuiu, no ano passado, R$ 11 bilhões de dividendos para os seus acionistas, evidenciando que a iniciativa não é por problemas financeiros da empresa”, explicou o parlamentar, afirmando ainda que, no mercado internacional, o valor de negociação seria três vezes maior do que está sendo divulgado pela compra do Grupo Mubadala, dos Emirados Árabes, estimada em US$ 1,65 bilhão.

A refinaria Landulpho Alves foi criada em setembro de 1950. Com 26 unidades de processamento e 201 tanques de armazenamento, a Rlam refina mais de 30 tipos de produtos, entre eles, gasolina, lubrificantes e querosene de aviação, além de produzir combustíveis de alto valor agregado, como o óleo bunker de baixo enxofre para navios. É a única refinaria do país a produzir um produto usado na fabricação de chocolates. O contrato de compra e venda da Rlam foi assinado pela Petrobras no dia 8 de fevereiro de 2021.

Na sequência da audiência, o deputado Rosemberg concedeu a palavra ao diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, Radiovaldo Costa, que começou seu pronunciamento lamentando o aceleramento do processo de venda, que – segundo ele – aumentou muito nos últimos meses. “Hoje a Petrobras confirmou, em uma live interna, que a companhia está saindo de vez da exploração de campos terrestres no país, deixando de atuar em qualquer atividade de exploração de petróleo e gás natural na Bahia”, anunciou. Conhecido como Radiola, o líder sindical disse que o Sindipetro-BA vem lutando muito para enfrentar a atual realidade, através de ações políticas que envolveram deputados estaduais, a bancada federal, os senadores da República e até o governador Rui Costa. 

Radiovaldo citou ainda que a entidade procurou mobilizar a sociedade organizada e fez campanhas de mídia para alertar a comunidade sobre os prejuízos para a população baiana, “que vai  pagar a conta desta privatização, entregando uma empresa de mais de 70 anos para uma multinacional”. Ele enalteceu a participação da categoria durante os quase 30 dias de greve na Refinaria Landulpho Alves, criticou a total falta de informações sobre o que vai acontecer com os trabalhadores e demonstrou preocupação sobre as perdas econômicas dos municípios de Madre de Deus, Candeias e São Francisco do Conde, “que certamente terão seus níveis de emprego reduzidos significativamente em decorrência da privatização”.

Fotografia/fonte: Assembleia Legislativa

Atenção: Petrobras aumenta preço do diesel nas refinarias

quarta-feira, abril 17th, 2019

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, anunciou aumento de R$ 0,10 por litro de diesel nas refinarias. Segundo ele, a política de preços da estatal acompanhará a variação do combustível no mercado internacional, mas a periodicidade dos reajustes não será imediata. O valor do diesel subirá dos atuais R$ 2,14 para R$ 2,24, em média, nos 25 pontos de distribuição no país.

Castello Branco anunciou o reajuste em entrevista à imprensa às 18h50 desta quarta-feira (17), na sede da companhia, no centro do Rio. Ele afirmou que nem o presidente Jair Bolsonaro sabia com antecedência do reajuste.

“Eu confio muito no presidente Bolsonaro. Não houve interferência, por mínima que seja. Não sofri interferência nenhuma, zero”, garantiu Castello Branco.

Ele reiterou não ter havido qualquer ingerência do Executivo no adiamento do reajuste do diesel, que chegou a ser anunciado na semana passada, mas depois a companhia adiou o aumento.

“O presidente Bolsonaro não pediu nada. Apenas me alertou sobre os riscos que representava uma greve dos caminhoneiros. Fiz uma reunião com os diretores para suspender o reajuste de preços para uma reavaliação. Todos nós sofremos com a greve dos caminhoneiros. Fui favorável a sustar o reajuste dos preços”, contou o presidente da estatal.

Castello Branco disse que o reajuste em R$ 0,10 nas refinarias não significa que o valor será automaticamente acrescido nas bombas, pois o preço do diesel vendido pela Petrobras representa apenas 54% do valor final do produto, ao qual é acrescido margens de lucro das distribuidoras, das revendas, dos impostos e da mão-de-obra.

“A expectativa é que a variação na bomba seja menor que R$ 0,10”, disse, que considerou baixo o risco de haver uma greve de caminhoneiros no país: “Não existe eliminação de risco [de greve]. Sempre existe o risco. Acho que o risco de uma greve é baixo”. Agência Brasil

 

 

Fotos: Reprodução