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Irmão de Mário Negromonte deixa carceragem da Polícia Federal

sábado, novembro 29th, 2014

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Deixou a prisão. Adarico Negromonte Filho, que teve a prisão revogada pela Justiça nesta sexta-feira, dia 28, deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, por volta das 7 da noite, horário de Brasília. Adarico estava acompanhado do seu advogados e saiu sem falar com a imprensa. Ele é suspeito de transportar o dinheiro da propina que seria entregue aos agentes políticos.
o juiz Sérgio Moro revogou a prisão no mesmo dia em que venceria a prisão temporária. Na decisão, Moro cita um parecer do Ministério Público Federal e recomendou a soltura dele, mas com restrições. Adarico terá cinco dias para entregar o passaporte e está proibido de deixar o Brasil. Adarico também não pode mudar de endereço sem autorização da Justiça e terá que comparecer em todas as fases do processo.
A decisão de Moro foi baseada em informações colhidas pela investigação de que Negromonte seria um emissário de Youssef, com papel de “caráter subordinado”.
O prazo da prisão temporária de Adarico Negromonte Filho venceria à meia-noite desta sexta-feira, dia 28. Ele é um dos 25 investigados da sétima fase da operação e se entregou à Polícia Federal onze dias após ter a prisão decretada. Negromonte é irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e é suspeito de ligação com o doleiro Alberto Youssef, considerado o líder de um esquema de lavagem e desvio de dinheiro.

Foto: Reprodução/RPCTV

Lava Jato: “Operações vão continuar, doa a quem doer”, diz ministro

domingo, novembro 16th, 2014

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Largou a joça. Um dia depois da deflagração da sétima fase da Operação Lava Jato, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse neste sábado, dia 15, em entrevista na sede da Presidência da República em São Paulo, que a Petrobras “não pode e não vai parar”, apesar do escândalo de corrupção que envolve a empresa. “Se por um lado as investigações tem que prosseguir, de outro lado, a Petrobras não pode parar”, disse o ministro.
Ele ressaltou que conversará com a presidenta da empresa, Graça Foster, para que “se tenha clareza” sobre a forma como o governo atuará com relação aos contratos firmados entre a Petrobras e as demais empresas envolvidas na investigação de corrupção. “A Petrobras não parará, continuará atuando e a lei será respeitada. A melhor defesa que precisamos fazer da Petrobras, que é uma empresa vital para o país, é investigar os fatos, apurar as ocorrências e punir pessoas”.
Sobre os contratos investigados na Petrobras, Cardozo falou que eles “serão analisados caso a caso para ver que medidas serão tomadas”. Acrescentou, ainda, que “a Petrobras não pode parar mesmo que alguma irregularidade seja constatada em qualquer contrato”. Segundo o ministro “tudo será analisado cuidadosamente”, acrescentou o ministro.
Eduardo Cardozo disse que informou a presidenta Dilma Rousseff, que está na Austrália, sobre a operação. “Passei os dados à presidenta Dilma. Ela está ciente das investigações. No momento em que pude ter acesso, por força do sigilo, aos dados, eu repassei a ela e ela transmitiu o que estou dizendo: peça à Polícia Federal que prossiga com firmeza na apuração das irregularidades e que proceda com lisura e imparcialidade nas investigações e zele para que tudo seja esclarecido'”, esclareceu.
Cardozo ressaltou que a Polícia Federal está cumprindo o seu papel e que o governo não aceitará, em qualquer momento, “insinuações de que se criaram obstáculos” para a investigação. Ele frisou que o governo federal quer que todos os atos ilícitos sejam apurados e o responsáveis punidos. Sem citar nomes, o ministro criticou parlamentares e partidos que fazem uso político da operação. “Há aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral, mas, talvez, não tenham percebido que o resultado das urnas já foi dado e que há vencedores”.
“Repilo veementemente a tentativa de se politizar essa operação”, reagiu o titular do Ministério da Justiça. Indagado se estava se referindo a algum político em particular, o ministro respondeu que se referia “a qualquer pessoa que esteja tentando transformar isso em palanque, tentando manter o clima eleitoral”. “Talvez Freud explique”, acrescentou.
Cardozo disse que a investigação atinge, também, políticos de partidos de oposição ao governo e que, independentemente do partido, todos serão investigados. “Essa acusação contra políticos sejam da base aliada ou da oposição tem que ser apurada. Se as pessoas estão envolvidas, precisam ser punidas”.
De acordo com ele, as investigações da Lava Jato “vão continuar doa a quem doer”, sendo o político do governo ou da oposição. “Tudo precisa ser investigado pouco importando cor político- partidária”, acrescentou.
Durante a entrevista, o ministro atualizou as informações sobre a Operação Lava Jato. Segundo ele, 49 mandados de busca e apreensão, determinados pela Justiça, foram executados sem nenhum incidente. Das nove conduções coercitivas determinadas pela Justiça, seis foram cumpridas e outras três estão pendentes de cumprimento.
O balanço apresentando informa, ainda, que dos seis mandados de prisão preventiva, quatro foram cumpridos e, dos 19 mandados de prisão temporária, 15 foram executados, ou seja, 19 pessoas ao foram presas durante a operação. “Os que ainda não foram localizados para a execução dos mandados de prisão são foragidos”, disse o ministro.
Durante a operação foram bloqueados 720 milhões de reais proporcional ao valor dos contratos firmados pelas empresas. “Salvo situação de excepcionalidade em três empresas em que, por suas características, tudo foi bloqueado”.

Foto: Reprodução/EBC