Não deu. O nadador brasileiro Thiago Pereira foi desclassificado na final dos 400m medley dos Jogos Pan-Americanos, nesta quinta-feira, edia 16, em Toronto, e perdeu o título que faria dele o maior medalhista da história do evento, igualando a marca de 22 medalhas do esgrimista cubano Erick López.
Com a punição de Thiago, que chegou em primeiro lugar da prova, a medalha de ouro foi para outro brasileiro, Brandonn Almeida.
Brandonn, de apenas 18 anos, completou a prova em 4m14s47, quebrando o novo recorde mundial júnior, na frente do canadense Luke Reilly (4m16s16) e do americano Max Williamson (4m16s91).
A delegação brasileira protestou contra a punição de Thiago, com a esperança de reverter a decisão, mas a comissão do Pan manteve a desclassificação.
Imagens da transmissão oficial mostram que Thiago pode não ter tocado a borda com as duas mãos ao mesmo tempo no nado de peito, o que é passível de eliminação.
“Dizem que fui desclassificado por não ter tocado simultaneamente, mas faço isso assim desde que tenho 15 anos”, disse o brasileiro.
Outra desclassificação dá bronze a Joanna
O Mister Pan já havia conquistado três medalhas nesta edição, com ouro nos revezamentos 4x100m e 4x200m, e bronze nos 200m peito, chegando a 21 medalhas.
Desta forma, tornou-se o maior medalhista da história do Brasil em Jogos Pan-Americanos, superando a marca do também nadador Gustavo Borges.
O nadador de 29 anos ainda terá duas oportunidades de alcançar o feito, no sábado, nos 200m medley, sua prova mais forte, e no revezamento 4x100m medley.
Ele também estava inscrito nas provas dos 100m costas e 100m borboleta, mas desistiu de disputá-las por conta do desgaste acumulado ao longo da competição.
Pouco antes de Thiago ser punido, por incrível que pareça, a vencedora da mesma prova no feminino, a canadense Emily Overholt, também foi desclassificada.
A desclassificação da nadadora da casa acabou beneficiando a brasileira Joanna Maranhão, que chegou em quarto, mas acabou levando a medalha de bronze, sua segunda neste Pan, depois dos 200m borboleta.
O título acabou indo para a americana Caitlin Leverenz (4m35s46), que disputou a liderança braçada a braçada com Overholt.
Quem levou a prata foi outra nadadora do Canadá, Sydney Pickrem, apenas quatro centésimos mais rápida que a brasileira.
Como o Brasil no caso de Thiago, o Canadá também protestou contra a decisão dos juízes.
Joanna soma sete medalhas em Jogos Pan-Americanos, cinco de bronze (duas em Toronto, e outras em Santo Domingo-2003, Rio de Janeiro-2007 e Guadalajara-2011) e duas de prata (ambas em Guadalajara).
Prata no revezamento
A equipe feminina brasileira – formada por Jéssica Cavalheiro, Larissa Martins, Manuella Lyrio e Joanna Maranhão – conquistou a medalha de prata no revezamento 4x200m livre ao terminar a prova em 7m52s36, ficando atrás apenas das americanas, com 7m54s32. O Canadá completou o pódio.
Nos 100m borboleta, as brasileiras Daynara de Paula e Daiene Dias ficaram na beira do pódio, terminando em quarto e quinto lugar, respectivamente, da prova vencida pela americana Kelsi Worrell. Na final da prova masculina, Arthur Mendes terminou em quatro.
Foto/Fonte:AFP