A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Lanzarote, que apura fraudes relacionadas à gestão do Projeto Glaucoma, em Guanambi, município localizado no sudoeste baiano.
Segundo a PF, foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra o sócio-administrador do Instituto Oftalmológico da Bahia (Ioba) – as ordens judiciais são cumpridas em Guanambi e Brumado, na Bahia, e em Aracaju e Itabaiana, no estado de Sergipe.
O programa investigado foi instituído pelo governo federal e consiste no cadastramento e contratação de instituições de saúde para o tratamento oftalmológico de pacientes com glaucoma. A suspeita é de que os mutirões recebiam repasses do Ministério da Saúde em quantidade superior à capacidade física instalada para atendimentos.
De acordo com o órgão, também foi verificada a ocorrência de inúmeros casos de falsos diagnósticos de glaucoma, inclusive com a prescrição e utilização de colírios por pacientes, sem necessidade, por períodos de até dois anos.
A clínica investigada teria recebido, entre 2013 e 2017, a quantia total de quase R$ 9,5 milhões (R$ 9.418.632,99). Secom/PF
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