Clima estranho. O vice-governador e pré-candidato à Prefeitura de Salvador Geraldo Júnior (MDB) parece que perdeu de novo a oportunidade de exibir o apoio do Presidente Lula à sua campanha. Isso porque, na passagem do petista pela Bahia, na sexta-feira, dia 10/5, durante os cerca de 30 minutos de discurso, Lula não teria citado o “líder” em nenhum momento durante a solenidade de inauguração do Hospital Estadual Costa das Baleias, no município de Teixeira de Freitas, segundo integrantes da imprensa local.
Segundo informações da imprensa local, o presidente, sequer se aproximou de Geraldo Júnior durante o ato oficial, ao contrário do que ocorreu com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ministro Rui Costa (Casa Civil), deputados federais e estaduais e até mesmo lideranças locais. Todos eles foram citados ou cumprimentados pelo presidente em seu discurso.
Entre os citados sobrou até mesmo para o falecido ex-senador Antônio Carlos Magalhães, cujas administrações na Bahia foram comparadas com as gestões do hoje senador Jaques Wagner e de Rui no governo estadual. Geraldo também teria ficado mais deslocado em sua posição no palco. Apesar de estar na primeira fileira, ficou longe do centro da estrutura, perdendo espaço para ministros e para a primeira-dama do estado, Tatiana Velloso.
Mas, essa não foi a primeira vez que Lula “esqueceu” Geraldo Júnior em um discurso. Em janeiro deste ano, em Salvador, o presidente também não fez menção ao vice-governador durante o anúncio da implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia.
Vixe. O vice-governador e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, disse estar confiante em sua vitória nas eleições de 2024 para transformar a capital baiana em uma cidade com mais desenvolvimento e igualdade. A declaração foi dada em entrevista ao POD13, videocast do PT Bahia, exibido na segunda-feira, dia 26/2. “Salvador vai me fazer prefeito dessa cidade”, destacou, ao falar que sua gestão terá participação social e políticas inclusivas.
Na entrevista, conduzida pelo presidente do PT, Éden Valadares, e pelo escritor e jornalista Emiliano José, Geraldo disse que se aliar à esquerda foi a decisão mais acertada da sua vida e não poupou críticas à atual gestão de Bruno. O pré-candidato também reprovou a “especulação imobiliária”, a “deterioração” das áreas verdes e enfatizou que a capital é uma cidade “mal planejada” e constituída basicamente de concreto, além de reprovar o sistema de transporte público, que considera “caótico” e que tanto prejudica a população.
“Se a gente for falar de transporte público, Salvador tem uma das passagens mais caras do país e um péssimo serviço. Mobilidade urbana em Salvador o que não faz o poder municipal, faz o estadual”, disse, ao utilizar como exemplo o metrô. Sobre o modal BRT, Geraldo disse que as audiências públicas foram apenas para “constar” e que não houve um debate, de fato, com a população. “Salvador precisa deixar de ter um gerente para ter um prefeito, Salvador precisa de um prefeito que não precisa pedir licença para entrar na sala do governador ou do presidente da República”, disse Geraldo, ao falar sobre a importância de ter um gestor aliado ao governador Jerônimo Rodrigues e ao presidente Lula.
“A gente precisa de um prefeito que dê atenção às unidades básicas de saúde, que têm a pior cobertura do país. Salvador é a capital do desemprego. Nós precisamos de uma Salvador que cuide da educação infantil, que construa creches. São 72 mil crianças, 72 mil jovens da educação fundamental, que é de responsabilidade do prefeito, mas sabe quem toma conta? O Estado, o governador Jerônimo Rodrigues”, acrescentou o vice-governador.
Ao destacar que é um homem e um político que está sempre disposto a aprender, Geraldo afirmou: “Eu só fui entender o que é cuidar de gente depois da decisão de mudar de grupo político”. O vice-governador disse que vivia numa “bolha política”, liderada pelo ex-prefeito ACM Neto, e que se sentia “aprisionado”. Com a mudança, Geraldo frisou que teve um “sentimento de libertação, de alívio, liberdade”, que é e sempre foi acolhido, tem autonomia e é ouvido. “Qual vice-governador já assumiu tantas vezes o governo, com caneta, com autonomia, com independência?” questionou Geraldo, que afirmou: “Eu me redimensionei na minha vida pessoal e familiar. A minha vida familiar é outra, minha vida pessoal é outra. E falo isso com emoção”.
Geraldo ainda destacou que enquanto vereador e presidente da Câmara Municipal de Salvador, lutou por decisões que seguem o preceito constitucional, e que sua busca pela autonomia dos poderes foi um dos motivos que o levou a tomar a decisão de mudar de grupo.
O vice-governador falou sobre a importância do desenvolvimento econômico e da justiça social, sempre levando em conta o princípio da equidade. “84% da população de Salvador é negra e a média salarial do negro em Salvador é de um pouco mais de R$ 700, a do branco, um pouco mais de R$ 2.000,00. Isso é estatístico as disparidades que existem em Salvador. Vou trazer o prévio programa que já recebi do PT, o programa do PSB com inovações, com política da economia criativa”, disse Geraldo, que está cada vez mais disposto a trabalhar pela “justiça social e a igualdade para a população”, afirmou.
A pressão subiu. O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) endossou críticas do secretário de Cultura, Bruno Monteiro, ao prefeito Bruno Reis (União Brasil), com relação ao Carnaval do Pelourinho.
Coordenador da festa no âmbito da gestão estadual, Geraldo Júnior disse, em publicação nas redes sociais, reafirmar a atuação bem-sucedida do governo na promoção da folia no Pelourinho. O local reuniu grandes nomes da música baiana e do Brasil e atraiu 1 milhão de pessoas durante seis dias de programação.
“O prefeito tenta ‘surfar’ no sucesso do Carnaval promovido pelo governo do Estado no Pelourinho como uma tentativa de desviar o foco das falhas e limitações da gestão municipal no Carnaval, especialmente com a sua desorganização, que gerou problemas no circuito Barra-Ondina”, escreveu o vice-governador e pré-candidato a prefeito nas eleições de outubro.
Vixe. O vice-governador e pré-candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, não foi citado e nem teve direito a fala no discurso do presidente Lula (PT) na quinta-feira, dia 18/1, durante o anúncio da implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, na capital baiana. Porém, o emedebista não perdeu a oportunidade de aparecer ao lado do petista, em fotos publicadas nas redes sociais. Também divulgou um comunicado à imprensa, no qual afirmou que dialogou com Lula sobre projetos para a Cidade.
Geraldo Júnior publicou no Instagram uma foto segurando as mãos de Lula. Escreveu a palavra “parceria” na legenda. Uma outra imagem do vice-governador beijando a cabeça do presidente foi divulgada pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), que não acompanhou a agenda do petista na capital. “Feliz de ver o carinho e a amizade do presidente da República com o vice-governador da Bahia. Isso fortalece a defesa dos interesses do Estado e de Salvador”, postou.
Em nota enviada à imprensa, Geraldo Júnior, que se coloca como candidato de Lula na capital, disse que tem “uma relação de respeito, admiração e cordialidade com o presidente, que faz questão de demonstrar a reciprocidade sempre que possível”. Afirmou ainda que conversou com o líder petista sobre projetos de interesse da Bahia e de Salvador.
O vice-governador destacou o trecho do discurso de Lula em que o mandatário da Nação disse que 2024 será o “ano da colheita”.
“Assim como o presidente Lula plantou boas sementes e vai colher bons frutos no plano nacional, aqui na Bahia o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e eu seguimos o mesmo caminho. O plantio foi feito em áreas importantes como educação, saúde, segurança, geração de emprego e renda, cultura, esporte e, sobretudo, no social e no combate à fome. Não tenha dúvidas de que a colheita será proveitosa para todo o povo da Bahia e, sobretudo, para os soteropolitanos, já que a cidade recebeu inúmeras ações do governo da Bahia”, disse o vice-governador na nota.
As articulações. Os Comitês Estadual e Municipal do PCdoB se reuniram, na tarde de segunda-feira, dia 8/1, com o vice-governador Geraldo Jr., pré-candidato da base aliada do governador Jerônimo Rodrigues à prefeitura de Salvador, e reforçaram apoio à sua pré-candidatura na capital baiana. Os comunistas também destacaram a importância de contribuir com sugestões para o programa de governo de Geraldo, com foco no desenvolvimento social e econômico para Salvador. Participaram do encontro o presidente estadual do partido, Geraldo Galindo, a vice-presidente, Daniele Costa, o presidente municipal, Jurandir Silva.
Para Geraldo Galindo, o encontro foi positivo para mostrar a união dos partidos com o objetivo de ajudar Geraldo Jr a vencer Salvador nas eleições municipais de 2024 e da contribuição programática para melhorar as condições de vida dos moradores da cidade. “Foi uma conversa inicial produtiva, o pré-candidato demonstra abertura para ouvir as sugestões dos aliados e muita disposição e entusiasmo para a disputa este ano”, afirmou.
Geraldo Júnior agradeceu ao apoio do partido e se comprometeu em trabalhar lado a lado com os comunistas na busca por estratégias para atrair investimentos e, principalmente, criar empregos e renda para o povo. “Hoje tive o privilégio de me reunir com grandes companheiros do PCdoB. Juntos, debatemos pontos fundamentais para o futuro de Salvador. Estamos unidos e fortalecidos, trabalhando incansavelmente por uma Salvador que abraça a todos. Vamos juntos nessa jornada!”, afirmou o pré-candidato.
As articulações. O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), disse, nesta segunda-feira 11/12, que o grupo político dele ainda não tem candidato escolhido para a eleição municipal de 2024, e que o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), é o único pré-candidato, hoje, à prefeitura. “Ninguem aqui é principiante de achar que Bruno não vai pra uma reeleição. O prefeito é o único candidato que tem, hoje, pra 2024. Nosso grupo político ainda não tem um candidato escolhido”, afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole.
Antes, Geraldo reforçou que há condições impostas por ele para sair candidato a prefeito da capital baiana. “Queria deixar claro aos pesos que esse não é um projeto pessoal. Eu só entro num enfrentamento como esse se para um projeto político de grupo”, disse.