“Salvador precisa deixar de ter um gerente para ter um prefeito”, diz Geraldo Júnior

Vixe. O vice-governador e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, disse estar confiante em sua vitória nas eleições de 2024 para transformar a capital baiana em uma cidade com mais desenvolvimento e igualdade. A declaração foi dada em entrevista ao POD13, videocast do PT Bahia, exibido na segunda-feira, dia 26/2. “Salvador vai me fazer prefeito dessa cidade”, destacou, ao falar que sua gestão terá participação social e políticas inclusivas. 

Na entrevista, conduzida pelo presidente do PT, Éden Valadares, e pelo escritor e jornalista Emiliano José, Geraldo disse que se aliar à esquerda foi a decisão mais acertada da sua vida e não poupou críticas à atual gestão de Bruno. O pré-candidato também reprovou a “especulação imobiliária”, a “deterioração” das áreas verdes e enfatizou que a capital é uma cidade “mal planejada” e constituída basicamente de concreto, além de reprovar o sistema de transporte público, que considera “caótico” e que tanto prejudica a população. 

“Se a gente for falar de transporte público, Salvador tem uma das passagens mais caras do país e um péssimo serviço. Mobilidade urbana em Salvador o que não faz o poder municipal, faz o estadual”, disse, ao utilizar como exemplo o metrô. Sobre o modal BRT, Geraldo disse que as audiências públicas foram apenas para “constar” e que não houve um debate, de fato, com a população. “Salvador precisa deixar de ter um gerente para ter um prefeito, Salvador precisa de um prefeito que não precisa pedir licença para entrar na sala do governador ou do presidente da República”, disse Geraldo, ao falar sobre a importância de ter um gestor aliado ao governador Jerônimo Rodrigues e ao presidente Lula. 

“A gente precisa de um prefeito que dê atenção às unidades básicas de saúde, que têm a pior cobertura do país. Salvador é a capital do desemprego. Nós precisamos de uma Salvador que cuide da educação infantil, que construa creches. São 72 mil crianças, 72 mil jovens da educação fundamental, que é de responsabilidade do prefeito, mas sabe quem toma conta? O Estado, o governador Jerônimo Rodrigues”, acrescentou o vice-governador. 

Ao destacar que é um homem e um político que está sempre disposto a aprender, Geraldo afirmou: “Eu só fui entender o que é cuidar de gente depois da decisão de mudar de grupo político”. O vice-governador disse que vivia numa “bolha política”, liderada pelo ex-prefeito ACM Neto, e que se sentia “aprisionado”. Com a mudança, Geraldo frisou que teve um “sentimento de libertação, de alívio, liberdade”, que é e sempre foi acolhido, tem autonomia e é ouvido. “Qual vice-governador já assumiu tantas vezes o governo, com caneta, com autonomia, com independência?” questionou Geraldo, que afirmou: “Eu me redimensionei na minha vida pessoal e familiar. A minha vida familiar é outra, minha vida pessoal é outra. E falo isso com emoção”. 

Geraldo ainda destacou que enquanto vereador e presidente da Câmara Municipal de Salvador, lutou por decisões que seguem o preceito constitucional, e que sua busca pela autonomia dos poderes foi um dos motivos que o levou a tomar a decisão de mudar de grupo. 

O vice-governador falou sobre a importância do desenvolvimento econômico e da justiça social, sempre levando em conta o princípio da equidade. “84% da população de Salvador é negra e a média salarial do negro em Salvador é de um pouco mais de R$ 700, a do branco, um pouco mais de R$ 2.000,00. Isso é estatístico as disparidades que existem em Salvador. Vou trazer o prévio programa que já recebi do PT, o programa do PSB com inovações, com política da economia criativa”, disse Geraldo, que está cada vez mais disposto a trabalhar pela “justiça social e a igualdade para a população”, afirmou.

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Fotografia: Divulgação 

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