Vixe. Um garimpo ilegal, instalada para extração clandestina de quartzito, foi identificado e desarticulado por equipes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa) Lençóis, na Cidade de Oliveira dos Brejinhos, Oeste da Bahia.
Os policiais militares receberam denúncias anônimas relatando a extração clandestina. Durante a operação, realizada na quarta-feira, dia 29/5, os policiais identificaram o proprietário do garimpo, que admitiu extrair o minério ilegalmente.
No local, foram encontrados um caminhão, duas retroescavadeiras, cinco contêineres e cerca de 45 toneladas de quartzito já beneficiado. “O minério pode ser utilizado na siderurgia e no revestimento de projetos arquitetônicos e agora poderá ser leiloado ou doado pela justiça”, revela o major George Porto, comandante da Cippa Lençóis
O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a delegacia que atende à região, onde a ocorrência foi registrada.
Misericórdia. O cantor Alexandre Pires é suspeito de integrar um esquema de garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami (TIY), e foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã de segunda-feira, dia 4/12. De acordo com o inquérito, as investigações apontam que o artista teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora. Ao todo, a organização criminosa teria movimentado R$ 250 milhões.
Chamada Operação Disco de Ouro, a força-tarefa da PF cumpriu mandado de busca e apreensão no cruzeiro do cantor, em Santos, São Paulo. A operação tem o objetivo de desarticular um esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal. As informações foram noticiadas pelo jornal O Globo.
Ainda segundo as investigações, como resultado da operação, a polícia cumpriu dois mandados de prisão, seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). A Justiça também determinou o sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos.
A assessoria do cantor foi procurada pelo jornal, mas não respondeu os questionamentos da reportagem até a publicação desta matéria.
Força. A Polícia Federal, em conjunto com o Ibama, deflagrou, nos dias 9 e 10/10, a Operação Metal Líquido, a fim de combater a extração ilegal de minério de ouro no leito do Rio Madeira na Capital rondoniense.
A ação, que contou com a participação de 60 policiais federais, quatro servidores do Ibama e teve o suporte da aeronave tática da PF, consistiu na inutilização de 144 dragas utilizadas por garimpeiros na área.
O artigo 101, V, do Decreto 6.514/2008, traz a medida administrativa cabível em caso de infração ambiental, prevendo a destruição ou inutilização dos produtos, subprodutos e instrumentos da prática ilegal, a fim de prevenir a ocorrência de novas infrações, resguardar a recuperação ambiental e garantir o resultado prático do processo administrativo.
Além de coibir uma prática ilegal, a medida visa resguardar o meio ambiente e a saúde da população, pois o mercúrio, um dos elementos utilizados no garimpo para concentrar o ouro do sedimento dragado, é um metal pesado muito tóxico que se acumula nos organismos vivos causando danos irreversíveis ao sistema nervoso, podendo levar à morte.
O Superintendente Regional do Ibama, Cesár Guimarães, ressalta que cada balsa em atividade de garimpo emite cerca de quatro toneladas de poluentes pela queima de 1000L de combustíveis semanais. Além de uma contaminação de cerca de 1/2 quilo de mercúrio por semana.
Estudos feitos pela equipe de perícia técnica da Polícia Federal demonstraram a contaminação de ribeirinhos e populações originárias que vivem ou consomem água e peixes provenientes de regiões com alta densidade de dragas de garimpo de ouro. Os índices encontrados foram três vezes superiores ao limite indicado pela Organização Mundial da Saúde. Não é somente o contato direto como mercúrio que é tóxico, o vapor pode se depositar na água do rio e no solo de suas margens.
“Conseguimos atingir o objetivo de minimizar a atividade de mineração nos rios do estado, que só causa prejuízos à população. Temos uma equipe altamente capacitada e apta para esse tipo de intervenção. Em 2021 foram destruídas 121 dragas, evitando a liberação de cerca de 450kg de mercúrio na natureza”, frisou a Superintendente Regional da Polícia Federal em Rondônia, Delegada Larissa Magalhães Nascimento
O nome da Operação – Metal Líquido, é referência ao mercúrio, único metal que se encontra no estado líquido em temperatura ambiente e é amplamente utilizado na extração ilegal de minério no Rio Madeira. Esse metal é altamente tóxico e expõe o ser humano a contaminação, com diversos prejuízos à saúde. A utilização também afeta a fauna e todo o meio ambiente, com malefícios já comprovados cientificamente.
Polícia neles. A Polícia Federal deflagrou operação nesta terça-feira, dia 30/8, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada na extração ilegal de ouro. Segundo informações da PF, o grupo vem atuando há vários anos nas Cidades de Cansação e Monte Santo, na Bahia.
No total, 70 agentes da PF, com apoio de fiscais da Agência Nacional de Mineração (ANM), cumprem 12 mandados de busca. Durante as investigações foi identificado que um grupo de garimpeiros se utiliza de explosivos e substância altamente tóxica (mercúrio) para extrair ouro nos garimpos ilegais localizados nas zonas rurais dos municípios mencionados.
Ainda de acordo com a PF, os garimpeiros compram, arrendam ou simplesmente invadem a terra onde foi descoberto indício de ouro e passam a extrair ilegalmente o minério, fazendo acordos entre si, permitindo a atividade de extração na “sua terra” mediante o pagamento de “royalties”, ou contratam garimpeiros para trabalharem mediante pagamento de “diárias”.
Os mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal de Campo Formoso/BA que também determinou, diante da análise do caso concreto, a destruição dos instrumentos e equipamentos empregados na atuação criminosa ora investigada.
Os investigados responderão pelos crimes previstos no art. 288, do Código Penal, art. 55, e art. 56, ambos da Leis dos Crimes Ambientais, art. 2, § 1º, da Lei 8.176/91 e art. 16, § 1º, Lei 10.826/03. Se forem condenados, as penas podem chegar a 24 anos de reclusão. Além dos crimes apurados, Peritos Federais e técnicos da ANM estão realizando exames no local visando identificar a extensão dos danos ambientais.
Vixe. Uma investigação da Polícia Federal (PF) aponta que um grupo suspeito de operar a logística aérea para explorar garimpos ilegais na terra indígena yanomami, a maior do Brasil, movimentou mais de R$ 200 milhões em dois anos. A apuração do crime resultou numa nova operação nesta quinta-feira 19/5.
O grupo, diz a PF, é integrado pelo empresário Rodrigo Martins de Mello, pré-candidato a deputado federal pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Mello passou a coordenar um movimento de garimpeiros em Roraima que tenta legitimar a atividade criminosa no território yanomami.
Ainda segundo a PF, aeronaves em nome de empresas do grupo são utilizadas para transportar pessoas, combustível e equipamentos a áreas de garimpo na terra yanomami, como forma de concretizar a extração ilegal de minérios.
De acordo com a Folha de São Paulo, Mello é dono de empreendimentos que receberam recursos do governo federal, principalmente para o transporte aéreo relacionado à saúde indígena, como o jornal revelou em setembro de 2021.
Duas empresas de Mello, a Cataratas Poços Artesianos e a Icaraí Turismo Táxi Aéreo, receberam R$ 39,5 milhões da União desde 2014, sendo a maior fatia –R$ 23,5 milhões à Icaraí– no governo Bolsonaro.
A sede da Cataratas em Boa Vista já foi alvo de ação de apreensão de helicópteros, feita em conjunto por PF, Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Mello é suspeito de comandar operação logística que garante a exploração ilegal de minérios na terra yanomami, principalmente ouro e cassiterita. Em outubro, ele já havia sido alvo da primeira fase da operação Urihi Wapopë, que investiga o garimpo ilegal no território indígena.