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PF deflagra operação contra desvio de verbas da Saúde em cidade baiana

quinta-feira, novembro 18th, 2021

Não corre ninguém. A Polícia Federal (PF) deflagrou na quarta-feira 17/11, a Operação “Mesa Farta”, para combater o desvio de recursos públicos federais noa Cidade de Riachão das Neves, no interior da Bahia.

Segundo as investigações, agentes púbicos da cidade do oeste baiano agiam numa organização criminosa para desviar o dinheiro público. Os dados apontam que aproximadamente R$ 1,4 mi, oriundos de dois fundos públicos e da Saúde, foram apropriados de maneira dolosa, ou seja, com intenção dos agentes.

As verbas provieram do FNAS (Fundo Nacional de Assistência Social), FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e do SUS (Sistema Único de Saúde).

A Polícia Federal identificou que a organização criminosa contratou uma empresa de fachada para operar as ações, através de licitações. Caso sejam condenados, os suspeitos podem ficar presos por até 10 anos.

Ao todo, PF cumpriu em Riachão das Neves quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1a Região. Além de fraudes na licitação, as investigações apontam os crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva.

Fotografia: PF

Polícia investiga desvio de verba no bloco Filhos de Gandhy

domingo, novembro 30th, 2014

Gandhy-2

Êta joça. A Polícia Civil investiga uma denúncia de supostas irregularidades na prestação de contas e desvio de verbas pública e privada doadas ao bloco carnavalesco Afoxé Filhos de Gandhy.
Fundada há 65 anos, a entidade é alvo de uma investigação da 1ª Delegacia Territorial (Barris) provocada pelo ex-membro do conselho fiscal da entidade, Raimundo Guerreiro, que identificou supostas inconsistências nas finanças entre 2012 e 2014.

Associado à entidade há cerca de 30 anos, Guerreiro apresentou para o A Tarde um relatório elaborado por um técnico em contabilidade dos Filhos de Gandhy com base em documentos do bloco. O material aponta distorções de valores nas contas apresentadas pelo conselho fiscal.
O documento se refere à prestação de contas do ano de 2012, que deveria ter ocorrido em maio de 2013, conforme o estatuto do bloco, mas só veio a ocorrer em março deste ano. “Mesmo com ressalvas, as contas foram aprovadas pelo conselho atual”, destacou.
O presidente em exercício do Filhos de Gandhy, José Francisco Ferreira Lima, disse que não vai prestar “nenhuma declaração” sobre as acusações feitas por Guerreiro.

Representação
De acordo com o delegado Artur Ferreira, que investiga o caso, a advogada Ana Carolina Landeiro, que representa Guerreiro e Gilsoney de Oliveira, outro membro do afoxé, entrou com uma representação criminal no dia 8 de agosto. “A representação narra uma série de desvios de verba do Gandhy, com farta documentação. As prestações de conta não dizem a destinação das verbas. Só informam que o dinheiro entrou e não onde foi investido”.
Segundo Ferreira, a investigação mostrou que há indícios de crimes como peculato, apropriação indébita, falsidade de documento público e particular e falsificação de assinatura de associados. “Estou investigando com tranquilidade porque a instituição não deve pagar por causa de quatro ou cinco dirigentes. Se eu for entrar com uma medida cautelar, o Gandhy nem sai no Carnaval, mas não queremos que isso aconteça”, ressaltou.
“Há provas suficientes de que houve algo errado e agora vamos verificar de quem é a responsabilidade”, disse. Dentre as irregularidades apontadas, está o pagamento de R$ 30 mil em 2012 à empresa Xequerer, que só assinou contrato com a associação em 2013, sem firma reconhecida.
“Foi um contrato de gaveta, sem reconhecer firma. A direção do Gandhy disse que era para intermediar com outros artistas, mas a Xequerer até vendia carnê para os associados. A empresa funcionava na própria sede do Gandhy. O que está soando é que botaram uma empresa dentro para lavar dinheiro, mas estamos investigando”, frisou.
Segundo Guerreiro, o financiamento público não declarado pela entidade, em 2012 e 2013, chega a cerca de R$ 277 mil, somadas verbas da Secretaria de Turismo do Estado e Bahiatursa. Ainda, a entidade teria recebido, entre 2010 e 2012, R$ 220 mil de financiamento da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).
“A gente não tem ideia do rombo nas contas porque os documentos não foram apresentados nas últimas assembleias, o que é garantido pelo estatuto do bloco”, frisou Guerreiro. Por conta das suspeitas levantadas por ele na última assembleia do bloco, em março passado, os membros da diretoria decidiram processá-lo por calúnia e
difamação.

“Mina de ouro”
O delegado contou que ouviu membros da direção da entidade. “Vieram e se prontificaram a trazer as prestações de conta, o contrato da Xequerer e a destinação das verbas, mas não trouxeram”.
Ontem, venceu o prazo que Ferreira deu aos diretores para apresentar prestação de contas das verbas públicas e privadas doadas ao Gandhy. “Intimei todos eles novamente para serem ouvidos a partir da próxima segunda-feira. O Gandhy é uma associação, mas tem que prestar as contas das verbas que recebe”.
Ferreira acrescentou que vai verificar a evolução patrimonial dos membros da direção e a destinação das verbas. Ele disse que vai instaurar um inquérito e requerer perícias. “O Gandhy é uma mina de ouro. Recebe verba pública e privada. Vou oficiar a Embasa, prefeitura e governo do estado, além de outras entidades, para saber a quantia efetiva doada. Temos que ver também por que os dissidentes estavam calados e agora resolveram denunciar o caso”, finalizou.

 

 
Foto: Reprodução
Fonte: A Tarde