A pressão subiu. Em um protesto contra campanha de marketing do Bradesco divulgada no dia 23 de dezembro de 2021 (que logo acabou retirada das redes sociais) em que três influenciadoras sugeriam o não-consumo de carne nas segundas-feiras, sindicatos rurais e representantes de associações de criadores promoveram nesta segunda, dia 3/1, manifestações em várias Cidades do País com o título unificado “Segunda com Carne”. Os protestos foram convocados na semana anterior por grupos de WhatsApp e ocorreram na porta de agências do banco no Mato Grosso, São Paulo, Pará, Tocantins e Minas Gerais.
Na maioria dos protestos, como Cuiabá, Sinop, Água Boa, Rondonópolis, Barra do Garças, Porto Alegre do Norte (todas no MT), Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Birigui (em SP) e Uberaba (MG), foram distribuídos espetinhos de carne ou churrasco às pessoas que formaram fila. Em Xinguara, no Estado do Pará, entretanto, os pecuaristas resolveram doar seis toneladas de carne bovina para os beneficiários de programas sociais. A fila avançou por muitos quarteirões enquanto um carro de som anunciava que o movimento era um alerta à população para evitar a lacração de não comer carne. O termo “lacração” foi repetido em várias das manifestações.
A assessoria de imprensa divulgou esta nota: “O Bradesco reitera seu apoio e crença irrestrita ao setor agropecuário. Há décadas é o maior banco privado do agronegócio. Foram a Pecplan e a Fundação Bradesco, com o apoio de seus técnicos, que implantaram e capacitaram milhares de agropecuaristas a fazer inseminação artificial. Com isso, o banco contribuiu decisivamente para a pecuária alcançar o atual e reconhecido nível de excelência mundial”.
Fotografia: Divulgação