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Êta. Uma estudante X., de 17 anos, que milita no Movimento Brasil Livre, fez um registro de ocorrência contra o deputado federal João Carlos Bacelar, do PR da Bahia. Segundo X., o deputado a assediou sexualmente pelo WhatsApp enquanto ela tentava convencê-lo de votar a favor do impeachment da presidente Dilma Roussef. O deputado não quis falar sobre o episódio e, por meio de sua assessoria, disse que “o celular com o qual a adolescente se comunicou fica no gabinete em Brasília e quem conversou foi um assessor parlamentar”.
De acordo com a matéria publicada pelo Extra, a jovem disse que participou de uma “blitz” que o movimento Brasil Livre organizou, com os deputados com celular e whatsapp recebendo mensagens de eleitores de todo o país pedindo para que votem a favor do impeachment.
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– Falei com deputados de diversos estados, inclusive aqui de Santa Catarina, mas apenas com ele tive este problema. Falei com alguns que disseram que iam votar contra o impeachment e ficou tudo bem. Mas ele teve uma atitude ímpar.
A adolescente, com a mãe, procurou a Delegacia de Proteção à Mulher, ao Menor e ao Adolescente em Florianópolis. X. entregou uma impressão do celular mostrando a hora em que houve uma tentativa do interlocutor de telefonar, em vez de falar no WhatsApp.
– Depois daquilo tudo, eu preferi não atender. Na delegacia, me aconselharam a, depois do registro, fazer um outro registro em um cartório – disse X..
– Minha filha tem 17 anos, já pode votar, e merece o respeito dos representantes do povo na Câmara, ele não teve respeito – lamentou a mãe da adolescente, depois de fazer o registro na delegacia.
A assessoria do deputado chegou a informar a um site local, que o deputado não iria comentar “uma conversa fake” e que “a chance de ele falar sobre isso era zero”. Na tarde de hoje, a assessoria negou que tivesse informado este posicionamento. Quase ao mesmo tempo, o perfil de Neide Rebello, supostamente personal trainer, dizia no post de X. que era ela quem estava escrevendo – Neide, de 52 anos, tem endereço em Salvador mas pertence a um grupo de “skatistas de Niterói”.
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Por fim, a assessoria do deputado informou que o funcionário “levou uma bronca” mas terá seu nome preservado – e possivelmente não será exonerado, apenas “afastado”.
Fotos: Reprodução
Fonte: Extra