Não corre ninguém. A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira 29/9, uma operação (S.O.S.) que investiga supostos desvios de recursos da saúde. Foram expedidos 76 mandados de prisão, 12 deles pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e 64 pelas Varas de Birigui e Penápolis (SP), e 278 de buscas no Pará, Goiás, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e em Mato Grosso do Sul.
Dois secretários do governo do Pará foram presos (secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, e Secretário de Transportes), além do assessor do governador. Houve buscas no gabinete do governador, mas ele não é alvo de mandado, porque o pedido contra o governador não foi autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em nota, o governo do Pará informou que apoia qualquer investigação que busque proteger o dinheiro público. Em São Paulo, há buscas na Câmara Municipal da capital, contra o funcionário do gabinete de um vereador, e na Secretaria Estadual de Saúde.
De acordo com a PF, a investigação mira 12 contratos firmados entre o governo do Pará e organizações sociais para administração de hospitais públicos do Pará, inclusive os hospitais de campanha criados por causa da pandemia da Covid-19 (novo coronavírus). Os contratos somam R$ 1,2 bilhão. Além da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e o Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo participam da operação.
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