MP pede indisponibilidade dos bens e quebra de sigilo de Gabrielli

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E agora? O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) ajuizou, nesta terça-feira, dia 16, uma ação contra a Petrobras e a Construtora Andrade Gutierrez por improbidade administrativa em contratos supostamente superfaturados entre 2005 e 2010. No documento, o órgão pede a indisponibilidade de bens e quebra de sigilo bancário e fiscal dos suspeitos, entre os quais está o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. De acordo com o MP, foram identificados sobrepreços de até 11.000% a mais nas obras da ampliação e modernização do Centro de Pesquisas (Cenpes) e implantação do Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) da Petrobras. “As obras eram orçadas com sobrepreços. Havia jogo de planilha para que houvesse sobras e elas depois eram discutidas pelos envolvidos”, disse a promotora de Justiça e Cidadania, Glaucia Santana ao G1. O Ministério Público aponta que a Andrade Gutierrez foi beneficiada em mais de três contratos com a companhia, com valor total de 133 milhões de reais, que seria cinco vezes maior do que o planejado. Segundo a promotoria, a demora da descoberta do superfaturamento ocorreu por causa da sonegação de informações ao Tribunal de Contas da União por parte do então presidente, Gabrielli. A Andrade Gutierrez nega, em nota, as irregularidades e diz que está à disposição para quaisquer esclarecimentos. Já a assessoria de Gabrielli informou que ele só irá se pronunciar após ser notificado sobre o pedido do MP.

Foto: adelsoncarvalho.com.br

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