Êta. O presidente do PMDB na Bahia e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima, teria atuado no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS, de acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo. Em outra frente, Geddel fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia do Ministério da Integração Nacional — que havia sido demitido três meses antes.
Ainda de acordo com a publicação, numa intensa troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, Geddel fez referências como “a solução nos contempla” (a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos). A dobradinha de Geddel e Pinheiro aparece com detalhes em relatório da Polícia Federal que relata as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca. O documento detalha torpedos e menções a 29 políticos.
A reportagem revela que as mensagens trocadas entre Geddel e o empreiteiro são as mais explícitas dentre as transcritas no relatório da PF. Só se comparam às conversas envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Geddel é presidente do PMDB na Bahia e um dos principais defensores no partido do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi ministro no governo Lula entre 2007 e 2010 e vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013.
No relatório, a PF afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”.
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