Deixando a Bahia. As tropas do Exército convocadas para reforçar a segurança durante a greve de policiais militares, e que continuaram em cidades baianas mesmo com fim da paralisação, encerraram suas operações nesta sexta-feira, dia 25. O governador Jaques Wagner pediu à Presidência a retirada do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A greve durou dois dias e, no período, 59 homicídiosforam registrados na capital e na região metropolitana, além de 156 carros levados pela bandidagem.
Eles atuaram durante nove dias sob comando do general Racine Bezerra Lima, da 6ª Regiã Militar. “O Exército manteve-se comprometido com a missão de proteger e garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio”, diz a nota.
De acordo com o tenente coronel Costa Neto, responsável pelo setor de comunicação, foram 15 ocorrências, em média, atendidas pelos militares, entre elas, autos de prisão por saques e assaltos. Segundo o oficial, nesse período, as equipes também encontraram corpos em alguns locais da capital baiana. Em todos os casos, foi acionada a Polícia Civil. A Justiça Federal estipulou multa em 1 milhão e 400 mil e bloqueou bens das associações grevistas para manter os custos das tropas no Estado.
O líder da ação, vereador Marco Prisco, continua preso em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF), a partir do ministro Ricardo Lewandowski, rejeitou pedido de liberdade. Ele é diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra). A defesa do vereador informou que entraria com recurso.
A defesa de Marco Prisco argumentou que a prisão é ilegal porque a greve terminou. Na avaliação do ministro, dois dias de greve foram “alarmantes” e o fim da paralisação não restabeleceu a ordem pública no estado.
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