A força tarefa que culminou na Operação Lava Jato, responsável pela investigação da corrupção na Petrobras, acredita já ter indícios para tentar comprovar que o esquema de desvios em contratos de construção de refinarias atingiu o mercado do pré-sal. Segundo o site Diário do Poder, são obras de plataformas, construção e locação de navios e sondas de perfuração para exploração de petróleo que envolvem volume de investimentos público e privado superior aos projetos até agora sob escopo da operação.
No foco atual dos procuradores e delegados da Polícia Federal estão contratos da Sete Brasil – empresa criada pela Petrobrás em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos – com cinco estaleiros para a construção, no país, de 29 sondas de exploração no fundo do mar. Esses contratos somam US$ 25,5 bilhões. As empresas que compõem esses estaleiros são, em boa parte, as mesmas já suspeitas de formar um cartel e pagar propinas nos contratos das refinarias.
O empresário Milton Pascowitch, preso na semana passada sob suspeita de operar propinas para o PT – ele fez pagamentos à consultoria do ex-ministro da Casa Civil condenado no mensalão, José Dirceu -, atuava para o estaleiro Rio Grande, da Engevix. Sua prisão já é resultado do aprofundamento das investigações em relação aos contratos do pré-sal.
Nos contratos do pré-sal, os procuradores e delegados da Polícia Federal suspeitam de que as empresas que compõem os estaleiros da estatal se acertaram em cartel, pagaram propina de 0,9% a 1% do valor dos contratos por meio de operadores que detêm consultorias de fachada e, no fim, o dinheiro foi parar nas mãos de políticos. Em razão de o setor do pré-sal estar ligado às Diretorias de Internacional, Serviços e de Exploração e Produção, as suspeitas recaem novamente sobre PT e PMDB, que apadrinhavam os diretores dessas três áreas. Fonte: Diário do Poder.
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