A pressão subiu. O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), voltou a se desentender com vereadores que integram a base do prefeito Bruno Reis (União Brasil).
“Você é insignificante. O povo dará a resposta das ruas a vossa excelência e a seu pai”, disse Geraldo, ao dirigir-se a Sanches, vice-presidente da Casa, e ao se referir também ao deputado estadual Alan Sanches (UB).
Dessa vez, o emedebista discutiu com os vereadores Duda Sanches (UB) e Teo Senna — vereador com mais mandatos atualmente no Legislativo.
A postura do presidente da Casa, segundo os governistas, fere o próprio regimento da Casa, pois entendem que Geraldo Jr deveria adotar tom arbitral durante as sessões ordinárias.
O entrevero se deu porque Geraldo Jr foi questionado sobre a composição da Comissão de Educação, que teve membros escolhidos e foi instalada nesta terça-feira 7/6.
A composição das comissões temáticas é alvo de contestação da base do prefeito, que também contestam as eleições para a Mesa Diretora da Casa que conferiu ao emedebista novo mandato a partir de 2023 – Geraldo Jr é também pré-candidato a vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT).
Em recentes manifestações, a Advocacia-Geral da União e o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, já afirmaram que a eleição da Mesa foi inconstitucional.
A base geraldista diz, por sua vez, se houver contestação da eleição isso pode incorrer sobre a escolha do emedebista para mais um mandato, mas não para o restante da chapa.
Segundo este pensamento, se a a eleição de Geraldo for impugnada pelo Supremo, não haveria problemas para que Carlos Muniz, que integra o novo bloco independente, assuma o mandato de presidente a partir de 2023.
O base do prefeito também tem reclamado das constantes agendas do presidente da Casa no interior, em encontros de pré-campanha Geraldo.
Em discussão recente com Duda Sanches, o emedebista disse que pensaria em se licenciar do cargo para disputa das eleições, mas que declinaria em virtude da ‘incompetência’ de Sanches.
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