Deus é mais. Uma investigação sobre caixões enterrados vazios nas covas para garantir o enterro, fez com que o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) investigasse coveiros da Cidade de Formiga, distante 200 KM de Belo Horizonte, por cobrar até R$ 3.000 de famílias para “reservar” uma vaga em sepulturas no cemitério municipal da Cidade.
De acordo com as investigações, os suspeitos enterravam caixões vazios nas covas para garantir o espaço e, quando as famílias perdiam um ente querido, retivaram o caixão vazio para que o morto fosse enterrado, conforme explica o promotor de Justiça Ângelo Ansanelli Júnior.
Conforme as investigações, que duraram cerca de sete meses e tiveram início em virtude de uma denúncia feita por servidor público, foram coletadas provas de que os coveiros recebiam propina de famílias para assegurar lugares no cemitério, e, para tanto, enterravam caixões vazios. Quando o ente da família morria, os coveiros retiravam o caixão vazio e colocavam o corpo.
Também foi apurado que os coveiros mantinham esquema de recebimento de horas extras que não eram devidamente cumpridas. Além disso, para o MPMG há fortes suspeitas de que os coveiros abasteciam veículo particular de uma funerária com valores oriundos do erário. Ainda segundo as investigações, existem indícios do desvio de urnas funerárias do município para uma funerária particular.
Fotografia/fonte: MPMG
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