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Vila Moisés: Traficantes trocam tiros com policiais e levam a pior

terça-feira, junho 19th, 2018

A pressão subiu. Policiais das Rondas Especiais (Rondesp) Central e da Operação Gemeos desmontaram uma quadrilha de tráfico de drogas, na Vila Moisés, bairro do Cabula, na segunda-feira, dia 18/6. Com quatro criminosos os militares apreenderam pistola, revólver, drogas e celulares. O flagrante ocorreu após moradores denunciarem a presença de homens armados, na localidade.

Os militares fizeram um cerco, na comunidade que fica às margens da Estrada das Barreiras, contando com apoio também da 48ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Sussuarana). O quarteto recebeu a voz de prisão e reagiu atirando. Tiago e Luís  acabaram presos e outros dois criminosos, ainda não identificados, foram atingidos. Eles chegaram a ser socorridos para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiram aos ferimentos.

Com o bando os PMs apreenderam uma pistola calibre 40, um revólver calibre 38, 73 pedras de crack, 26 papelotes de cocaína, R$ 109 e celulares. “Boa resposta conjunta, em uma localidade onde traficantes permanecem atuando. Agradecemos a população pela denúncia, que resultou na retirada de armas e drogas das ruas”, declarou o comandante do Policiamento na Região Integrada de Segurança Pública (Risp) Central, coronel Anildo Rocha.

Foto/fonte: SSP-BA

Nove policiais militares envolvidos nas mortes do Cabula são absolvidos pela justiça, diz El País

domingo, julho 26th, 2015

Reconstituição Vila Moisés

Olha aí. Os nove policiais militares envolvidos na ação na Vila Moisés, no bairro do Cabula, no dia 06 de fevereiro, foram absolvidos na sexta-feira, dia 24. A informação foi veiculada pela jornalista Flávia Marreiro, e publicada na versão digital do EL País no Brasil. Segundo o texto, a decisão foi tomada pela juíza Marivalda Almeida Moutinho, que substitui o responsável pela ação, juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, que está em seu período de férias.

Vilebaldo aceitou a denúncia da comissão de promotores do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que afirma haver indícios de execução no caso, que deixou 12 vítimas fatais. Segundo o texto da jornalista, “a sentença da juíza se fundamenta em um artigo do Código de Processo Civil, apesar de se tratar de uma ação penal, o que chamou a atenção dos que a leram. Cabe recurso no Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA)”.

A sentença dá um novo capítulo controverso para o caso que mobilizou parentes, ativistas nacionais e internacionais e jogou holofotes sobre episódios de violência policial na Bahia. É também um problema para o governador Rui Costa (PT), hostilizado por militantes de seu próprio partido em junho por respaldar a cúpula da segurança e da Polícia Militar no episódio.

A volumosa denúncia do Ministério Público da Bahia sobre as mortes de Cabula contesta cabalmente a versão do inquérito da Polícia Civil sobre confronto e descreve padrões de execução sumária — por exemplo, a quantidade de tiros e a posição dos disparos que atingiram os rapazes entre 16 e 27 anos. Ela foi aceita em junho pelo juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, que deu início ao processo, mas por causa das férias, o caso foi assumido pela juíza Moutinho.

A reportagem apurou que a sentença da juíza se fundamenta num artigo do Código de Processo Civil, apesar de se tratar de uma ação penal, o que chamou a atenção dos que a leram. Cabe recurso no Tribunal da Justiça da Bahia.

“Se essa decisão se confirma, será a segunda morte dos meninos. Não existe absolver em tempo recorde, isso é rito sumário. A juíza teria condições de colher depoimentos, ouvir mais provas, ouvir testemunhas que só falaram acuadas”, diz Hamilton Borges, da campanha Reaja ou Será Morto, Reja ou Será Morta, que milita em favor do direito dos negros e tem feito mobilizações pelo esclarecimento do que chamam de “chacina do Cabula”.

Os envolvidos no caso relatam sofrer constrangimentos e ameaças veladas e diretas. Entre os alvos da pressão estão os ativistas de movimentos como o Reaja e até mesmo o promotor Davi Gallo, que lidera o quarteto do Ministério Público da Bahia responsável pela denúncia.

“Esse caso envergonha a Bahia, com exceção do Ministério Público”, havia dito, dias atrás, o promotor Gallo. “Nós cumprimos nosso trabalho e vamos continuar cumprindo.”

A repercussão do caso, que mobilizou a Anistia Internacional, a Justiça Global e deputados da CPI que investigou casos de violência contra jovens negros e pobres no Brasil, chamou a atenção do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo a reportagem apurou, Janot fez o pedido para ter acesso aos autos do processo, o que sinaliza que o procurador deve pedir ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) para o que o caso de Cabula passe a instâncias federais.

O procedimento acontece quando a Procuradoria avalia que há violações de direitos humanos e constrangimentos para o devido processo no âmbito estadual. Contactado na noite de sexta-feira, a assessoria de Janot não havia respondido ao questionamento do EL PAÍS até a publicação desta reportagem.

A incômodo político provocado pelo caso e o embate entre Ministério Público e a cúpula de segurança baiana só cresce. Os policiais envolvidos, chamados de “artilheiros” pelo governador Rui Costa horas após as mortes, estão sendo respaldados pela Secretaria de Segurança da Bahia. No começo do mês, a secretaria divulgou áudios que mostram traficantes da zona de Cabula lamentando as mortes dos rapazes em 6 de fevereiro.

O suposto vínculo entre as vítimas e os criminosos reforçaria a conclusão do inquérito do inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que afirma que os policiais agiram “em legítima defesa”.

“Essa decisão da Justiça serve como blindagem política para o Governo e e para os policiais que atuam em Cabula e em outras partes da Bahia. É muito duro. É uma licença para matar “, lamenta Borges, da Reaja.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 11.197 pessoas foram mortas pela polícia brasileira, nos últimos cinco anos. A PM da Bahia ocupa o terceiro lugar neste ranking (com ao menos 234 mortes causadas em “confronto” em 2013, segundo o Anuário, embora a Secretaria de Segurança fale em apenas 13).
 

 

 

 

Foto: Agência A Tarde

Mortes no Cabula: Soldado da Rondesp desabafa e escreve carta ao promotor Davi Gallo

terça-feira, maio 19th, 2015

Vixe. A decisão do Ministério Público da Bahia em abrir processo criminal contra os nove policiais da Rondesp envolvidos na operação que deixou 12 mortos na comunidade Vila Moisés, no Cabula, em fevereiro de 2015, repercutiu bastante entre policiais de toda a Bahia.
Revoltado, o soldado Isac, escreveu uma carta ao promotor Davi Gallo, onde defende a tropa e critica o parecer do MP.
Leia abaixo o desabafo do militar:
Poderia estar agora Sr. Davi Galo lamentando, com peso na consciência, apreensivo, envergonhado. Mas não, sabe por que Sr. Davi Galo?? Porque eu já esperava isso, eu esperava um desfecho diferente daquele que pessoas sérias costumam dar, pessoas comprometidas em fazer justiça, ao invés de querer agradar as ONGs ou entidades que têm como papel fundamental, defender os que andam à margem da lei.
O Sr. Davi Galo não tendo como fundamentar sua denúncia diz para justificar sua decisão que fomos ali vingar um tiro que o tenente havia levado, praticando homicídios contra pessoas acuadas. Nós policiais sérios não trabalhamos assim, ao sairmos de nossas casas não saímos com espírito de vingadores, somos a malha protetora da sociedade e temos a vida como o bem tutelado pelo Estado.
Me indigno porque em nenhum momento o Sr. Davi Galo, mesmo sabendo, falou na entrevista que os meliantes que ali estavam, tinham em sua posse pistolas de uso restrito como . 45, glocks 9mm, revólveres, escopeta, estavam trajando uniforme de forças armadas, drogas em mochila, mais de 20 aparelhos celulares, explosivos, e uma série de objetos que são usados na prática de diversos crimes, sem falar no horário que foi às 2h da manha, quando pessoas bem intencionadas, ao invés de estar em uma boca de fumo, estão dormindo. 
O Sr. Davi Galo mesmo disse em uma visita que teve no local, que constatara que ali era um lugar dominado pelo tráfico de drogas, e que até um desmanche de motos o Sr. tinha encontrado. O Sr. Davi Galo disse que pede a nossa preventiva porque ameaçamos as vitimas, quando na verdade, éramos nós policiais que desde o dia do fato andamos de colete 24h, pois foi oferecido pela nossas cabeças dinheiro, e não foi pouco dinheiro. 
E o que dizer do Sgt. que foi baleado??? Será que ele se atingiu?? Será que ele escolheu alguém para atingi-lo na cabeça?? O Sr. Davi Galo defendia a ação, porém na última semana mudou o discurso juntamente com o Sr. Cassio por que será?? Perguntar não ofende, o art 5 da Constituição Federal me dá o direito de livre expressão.
A verdade virá à tona, as pessoas que não se conformam com coisas erradas saberão a veracidade dos fatos. A justiça humana pode falhar, porém a Divina JAMAIS. Deus é o justo juiz e julga com justiça. Mesmo assim acredito nos senhores juízes, sobre estes pesa a responsabilidade de julgar sem interferências externas.
Aos meus irmãos policiais da situação FORÇA!!!! Deus SEMPRE esteve do nosso lado, pois as autoridades foram instituídas por ELE, Romanos 13. E é nesses momentos difíceis que o Senhor envia anjos do CÉU para nos consolar, guardar e proteger. Termino minhas palavras com o versículo bíblico que me toca muito. O choro dura uma noite, mas a alegria virá ao amanhecer. Sem luta não há vitória. SELVA SEMPRE SELVA!!!
Foto: Reprodução