Vixe. O pedido de arquivamento da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Metrô de Salvador, feito pelo próprio propositor da CEI, Henrique Carballal (sem partido), só foi possível em função de uma manobra dos líderes do governo na Câmara Municipal de Salvador – de acordo com o líder da oposição, Luiz Carlos Suíca (PT). De acordo com petista, o líder do DEM, Léo Prates, e Carballal queriam abrir a sessão na casa com 12 vereadores (quando são necessários 14 vereadores para o início), mas a chegada de dois colegas deu lastro legal para a sessão – antes disso, houve um embate entre Prates e assessores de vereadores, que foram “convidados” a sair do plenário pelo democrata. Durante o pinga-fogo, Arnando Lessa (PT) foi o primeiro a discursar e, logo em seguida, Carballal, que pediu a retirada do instrumento de investigação. Após o discurso do ex-petista, Prates deixou o plenário da Casa derrubando o quórum regimental – impossibilitando que outros vereadores se posicionassem. “Eles abriram a sessão somente para derrubar o requerimento”, acusou Suíca. A tentativa, ainda de acordo com o líder da minoria, não surtirá efeito. De acordo com o petista, o regimento prevê que, uma vez na Ordem do Dia da Casa, o projeto deixa de ser do proponente e passa a ser do plenário – não podendo, desta forma, ser retirado de forma deliberada da pauta. “A CEI do metrô ainda está na ordem do dia e vamos fazer de tudo para que ela seja votada e aprovada. É um absurdo que, nesta onda que o Brasil está contra a corrupção, não se investigue um possível superfaturamento de, ao menos R$ 166 milhões”, protestou.
Foto: Reprodução/Ascom/Suíca