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Bahia economiza R$ 100 milhões e mira mercados com o fim da vacinação contra a febre aftosa

terça-feira, maio 7th, 2024

Avanço. A Bahia, um dos Estados que mais se destaca na pecuária nacional, figurando entre os dez maiores rebanhos do Brasil, celebra a conquista histórica da suspensão da vacinação contra a febre aftosa, que tem o potencial de abrir portas para novos mercados. Com a última campanha de vacinação contra a febre aftosa realizada em abril, o estado conclui uma jornada de 146 ciclos de imunização, protegendo um rebanho estimado em 13 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos.

Os produtores terão até o dia 17 de maio para declarar a vacinação e informar a geolocalização das propriedades pelo site www.adab.ba.gov.br ou em um dos 376 escritórios da Agência nos 27 Territórios de Identidade.

Desde 1968, os produtores baianos têm mantido um compromisso com a saúde animal, alcançando índices vacinais superiores a 90% nos últimos 20 anos. Este esforço colaborativo entre a cadeia produtiva e o governo, por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), culminou na suspensão da vacinação a partir de maio de 2024, após receber a nota 9,3 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) – a mais alta entre 17 estados da Federação.

Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, Wallison Tum, este é “um momento histórico para a Bahia e para toda a nossa comunidade agropecuária. O fim da vacinação contra a febre aftosa não é apenas o término de um ciclo de imunizações, mas o início de uma nova era para a pecuária em nosso estado. Com a suspensão da vacinação, celebramos o resultado de décadas de trabalho árduo, dedicação e colaboração entre os produtores e o governo estadual”.

“A economia de cerca de 100 milhões de reais por ano em custos de vacinação e manejo do rebanho é uma vitória significativa. Mas mais do que isso, é a abertura de novos mercados para a carne da Bahia que nos enche de orgulho e expectativa. Estamos prontos para mostrar ao mundo a qualidade e a sustentabilidade da nossa produção”, declarou o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz.

Impacto Econômico e Expansão de Mercados

A certificação como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação representa uma economia direta significativa para o estado e os produtores, estimada em cerca de 100 milhões de reais por ano. Essa economia advém da redução de custos com a aquisição de vacinas e manejo do rebanho. Além disso, a nova classificação sanitária permite a abertura de novos mercados e adiciona valor às exportações de carne da Bahia, fortalecendo o parque agroindustrial do estado.

Preparação e Vigilância

A Adab, com uma equipe de 172 médicos veterinários e 376 escritórios municipais, tem sido uma presença constante em quase todas as cidades baianas, garantindo a execução do Serviço Veterinário Oficial. A agência já iniciou a vigilância sorológica para demonstrar a ausência do vírus da febre aftosa, alinhando-se com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) e do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa).

Futuro Promissor

Com a obtenção do Certificado Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, a Bahia se posiciona para fortalecer sua produção de proteína animal, garantindo mais desenvolvimento e um futuro próspero para a população. Este é um passo significativo não apenas para o estado, mas para todo o Brasil, que avança no reconhecimento internacional como um país livre da doença sem vacinação.

Fonte: Ascom/Seagri

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Fotografia/fonte: ADAB

A publicacão da portaria com Estados livres de aftosa sem vacinação; Bahia tá livre

segunda-feira, março 25th, 2024

Boiada livre. O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou a portaria 665, no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 25/3, na qual reconhece nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

A portaria, assinada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Favaro regulamenta, ainda, o armazenamento, a comercialização e o uso da vacina contra a febre aftosa e o trânsito de animais vacinados contra a doença.

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Fotografia: Divulgação Ministério da Agricultura

A vacinação contra Febre Aftosa em Maio

sexta-feira, maio 12th, 2023

Não pode descuidar. De 1º a 31 de maio a Bahia inicia a 1ª etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa 2023. Neste período os rebanhos bovino e bubalino, de todas as idades, devem ser imunizados contra a doença. A meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) é atingir 100% de cobertura vacinal, alcançando as R$ 12,5 milhões de cabeças que compõem o plantel no Estado. Na última etapa, em novembro de 2022, o índice chegou a 91,6%. A instituição lembra ainda a importância de o produtor fazer a geolocalização, que já envolveu 80% das 290 mil propriedades rurais com criação na Bahia.

“O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 222 milhões de animais e é o maior exportador mundial de carne bovina. A Bahia tem o 7º maior rebanho nacional e sua inserção nos grandes mercados vai movimentar toda a cadeia produtiva, desde o pequeno agricultor familiar até os produtores do agronegócio. Mas, para isso, ainda é preciso imunizar todo o rebanho, declarar a vacinação e geolocalizar as propriedades”, enfatiza o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, destacando que os índices de imunização dos animais nas últimas décadas sempre ultrapassam os 90%, mínimo exigido pelo Ministério da Agricultura (MAPA).

Nas últimas décadas o Brasil tem se consolidado como uma das maiores potências agropecuárias mundiais, sendo superado apenas por Estados Unidos e União Européia na exportação de alimentos, conforme dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), os principais indicadores econômicos apontam que a atividade agropecuária no Brasil é responsável pela geração de 28% do Produto Interno Bruto (PIB), com participação maior que 30% nas exportações brasileiras e 24% na geração de postos de trabalho entre a população economicamente ativa no país. Na Bahia esse valor correspondeu, em 2022, a 25% do PIB. Desse modo a ocorrência de Febre Aftosa traz grave retração da economia ao país e ao estado, pois, a Bahia figura entre os principais produtores e exportadores de grãos e frutas do Brasil.

“A ocorrência da Febre Aftosa impede a comercialização interna e a exportações dos animais e sub produtos,  desvaloriza preço da arroba, provoca desemprego no setor frigorífico, impede a comercialização de  outros produtos, como o farelo de soja, frutas, carne de frango e suína, além de grande impacto social e econômico”, alerta o diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola. 

Na avaliação do Coordenador do Programa Nacional de Controle e Vigilância para a Febre Aftosa na Bahia (PNEFA), José Neder, apesar de os produtores vacinarem seus rebanhos desde 1968, ainda é preciso avançar mais. “Temos que vacinar 100% dos bovinos e bubalinos para que, em breve, a obrigatoriedade da vacinação seja suprimida com segurança, como ocorreu em outras unidades da Federação. Este será um grande passo para o setor e um marco histórico para a Bahia”, avalia Neder, afirmando que com o status de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação haverá um ganho da ordem direta de R$ 54 milhões sem a compra de vacinas pelos produtores e a agropecuária baiana entrará em uma nova fase de desenvolvimento.

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Fotografia/fonte: ADAB