Largou a joça. O deputado federal e vice-presidente da CPI da Petrobras, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), diz que numa manobra clássica, visando mudar o foco das investigações sobre a corrupção na estatal, o deputado federal Afonso Florence (PT), tenta evocar denúncias infundadas, que em nada lhe envolvem.
Na opinião de Imbassahy a bancada petista ficou contrariada com a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para depor na Comissão, no próximo dia 9. A convocação foi feita pelo próprio Imbassahy, tendo em vista o fato de Vaccari ser apontado por delatores na Operação Lava Jato, como o responsável pelo recolhimento de propina de contratos da Petrobras para abastecer campanhas do PT.
“Já era esperada uma reação desse tipo. Em lugar de estar interessado em elucidar fatos tão graves quanto a corrupção na Petrobras, o deputado Florence tenta criar factóides, que nada tem a ver comigo”, diz o tucano. E aproveita para indagar: “Se havia algo de errado com as empreiteiras que iniciaram as obras do metrô, na minha administração, então por que o ex-governador Jaques Wagner, ao assumir o projeto, manteve as mesmas empresas, fato que tem continuidade, agora, na gestão do governador Rui Costa, ambos do PT?”, pergunta Imbassahy.
Para o deputado tucano, além da má fé, existe também uma ponta de dor de cotovelo: “Fui reiteradas vezes escolhido o mais bem avaliado prefeito do Brasil e agora, como deputado federal indicado entre todos do país como o melhor parlamentar da Câmara dos Deputados, além de ter sido o mais votado em Salvador e ocupar posições de destaque, sei que isso incomoda”, comenta.
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