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Forças federais chegam ao Ceará

sábado, janeiro 5th, 2019

Forças federais de segurança começaram a se deslocar para o Ceará e devem iniciar a atuação neste sábado. Cerca de 70 integrantes da Força Nacional que estavam no Rio Grande do Norte e 30 em Sergipe já começaram a se dirigir para a capital cearense, informou hoje (4) o secretário nacional de Segurança Pública, Guilherme Teophilo. O emprego da Força Nacional foi autorizado hoje pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, por um período inicial de 30 dias.

“Às 15h nós estamos deslocando mais 88 homens num Hércules 630 da Força Aérea Brasileira e durante a madrugada um Boeing 767 vai levar o restante dos 300 homens que o nosso governador do estado do Ceará pediu. E mais 30 viaturas estão iniciando comboio para Fortaleza no dia de hoje. Acredito que em 48h elas estejam lá”, afirmou.

O envio das forças foi autorizado por Sergio Moro após pedido do governador do estado, Camilo Santana. Foram designados agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e homens da Força Nacional e das Forças Armadas. As forças atuarão em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social e as polícias locais. Segundo Guilherme Teophilo, o tempo de resposta foi de 24 horas, período necessário para o planejamento da ação e organização dos integrantes.

O secretário disse que equipes de inteligência têm acompanhado a situação do estado desde a morte de um líder criminoso, GG do Mangue, no ano passado. O estudo, acrescentou ele, indicou a necessidade do emprego dos 300 integrantes das forças, inclusive de militares.

Ataques

Desde quarta-feira (2), ataques vêm sendo registrados na região metropolitana de Fortaleza e no interior do estado. Segundo último balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, foram registrados incêndios, crimes e episódios de depredação de estruturas públicas em diversos bairros de Fortaleza. Também foram identificados ataques com veículos em três cidades da região metropolitana (Guaiuba, Pindoterama e Horizonte).

No interior, as forças de segurança estaduais foram informadas de crime contra estruturas públicas em nove cidades: Pacatuba, Acaraú, Aracoiaba, Jaguaruana, Morada Nova, Morrinhos, Massapê, Piquet Carneiro e Tianguá. Entre as ocorrências foram registrados ataques contra agências bancárias, prédios públicos e veículos.

De acordo com o governo do estado, até o momento, 45 pessoas foram presas ou apreendidas por participação nos atos. Hoje, após reunião entre órgãos do Executivo e de outros poderes, como o Ministério Público estadual, a administração anunciou medidas de reação à ofensiva, como a nomeação de 220 agentes penitenciários e de 373 policiais do último concurso realizado.

Em entrevista à Agência Brasil, o defensor público Carlos Castelo Branco afirmou que as causas da ofensiva precisam ser apuradas, mas lembrou que os ataques começaram após o novo secretário estadual de administração penitenciária, Luís Mauro de Albuquerque, ter anunciado endurecimento contra presos e ter dito não reconhecer facções criminosas.

Na entrevista coletiva hoje, o secretário nacional de Segurança Pública não foi assertivo sobre as causas, mas apontou relação com a disputa entre grupos criminosos.

“Para quem trabalha com segurança pública, só tem mais violência ou aumento da taxa de homicídio onde tem uma disputa entre as facções no território. Como no estado do Ceará nós temos Comando Vermelho, PCC [Primeiro Comando da Capital], GDE [Guardiões do Estado], Família do Norte e tantas outras, há ainda uma disputa muito grande por territórios. E é isso o que eles fazem”, disse.

Bolsonaro

No Twitter, o presidente Bolsonaro comentou sobre a ida das forças federais para o Ceará. “Apesar do Governo do estado do Ceará ser do PT e realizar forte oposição a nós, jamais abandonaríamos o povo cearense neste momento de caos”, disse em post na rede social. Agência Brasil

 

 

 

Foto: Divulgação/Agência Brasil

Tropas do Exército encerram operação na Bahia após greve da PM

sábado, abril 26th, 2014

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Deixando a Bahia. As tropas do Exército convocadas para reforçar a segurança durante a greve de policiais militares, e que continuaram em cidades baianas mesmo com fim da paralisação, encerraram suas operações nesta sexta-feira, dia 25. O governador Jaques Wagner pediu à Presidência a retirada do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A greve durou dois dias e, no período, 59 homicídiosforam registrados na capital e na região metropolitana, além de 156 carros levados pela bandidagem.
Eles atuaram durante nove dias sob comando do general Racine Bezerra Lima, da 6ª Regiã Militar. “O Exército manteve-se comprometido com a missão de proteger e garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio”, diz a nota.
De acordo com o tenente coronel Costa Neto, responsável pelo setor de comunicação, foram 15 ocorrências, em média, atendidas pelos militares, entre elas, autos de prisão por saques e assaltos. Segundo o oficial, nesse período, as equipes também encontraram corpos em alguns locais da capital baiana. Em todos os casos, foi acionada a Polícia Civil. A Justiça Federal estipulou multa em 1 milhão e 400 mil e bloqueou bens das associações grevistas para manter os custos das tropas no Estado.
O líder da ação, vereador Marco Prisco, continua preso em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF), a partir do ministro Ricardo Lewandowski, rejeitou pedido de liberdade. Ele é diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra). A defesa do vereador informou que entraria com recurso.
A defesa de Marco Prisco argumentou que a prisão é ilegal porque a greve terminou. Na avaliação do ministro, dois dias de greve foram “alarmantes” e o fim da paralisação não restabeleceu a ordem pública no estado.

Foto: Divulgação