Êta. O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, voltou atrás e revogou a decisão de anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na noite desta segunda-feira, dia 9, o deputado comunicou a integrantes do PP sobre a decisão, que já está assinada e deve ser publicada nesta terça-feira para que ela passe a ter valor. O ato assinado já está em posse de um representante da Mesa da Câmara e um ofício foi enviado ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Mais cedo, Maranhão se pronunciou sobre a decisão dele de anular o trâmite do processo de impeachment e afirmou que a medida era uma maneira de “corrigir vícios [do processo] que, certamente, seriam questionados no futuro”.
O político do PP-MA ainda chegou a rebater as críticas feitas por Renan Calheiros, de que ele estaria brincando com a democracia. “Não estamos e nem estaremos em momento algum brincando de fazer democracia”, afirmou, acrescentando que, ao contrário do que foi dito, ele tentava “salvar a democracia pelo debate”.
Processo de impeachment no Senado
Após rejeitar a anulação da decisão, o presidente do Senado deu seguimento ao processo com a leitura do relatório da Comissão Especial do Impeachment nesta segunda mesmo sob protestos de parlamentares da base governista. Na sequência, após prazo de 48 horas, os senadores votarão em plenário o relatório, aceitando ou não o processo de impeachment.
A votação deve acontecer na quarta-feira, dia 11, e, caso o pedido de afastamento seja acatado pela Casa, Dilma Rousseff é afastada do cargo por 180 dias até a conclusão do processo. Nesse interim, o vice-presidente Michel Temer assume a presidência.
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*Com informações do Uol