Impeachment: Waldir Maranhão volta atrás e decide revogar anulação 

DF - IMPEACHMENT/SUSPENSÃO/MARANHÃO - POLÍTICA - O exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), fez  pronunciamento na presidência da Casa, em Brasília, nesta segunda-feira.   Ele tentou justificar a anulação da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Nossa decisão foi com base na Constituição, com base   no nosso regimento, para que nós possamos corrigir em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro", afirmou. Em um discurso de   menos de três minutos, Maranhão disse estar ciente do momento delicado que o País vive e que existe o dever de salvar a democracia e o debate.     09/05/2016 - Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

Êta.  O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão,  voltou atrás e revogou a decisão de anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na noite desta segunda-feira, dia 9, o deputado comunicou a integrantes do PP sobre a decisão, que já está assinada e deve ser publicada nesta terça-feira para que ela passe a ter valor. O ato assinado já está em posse de um representante da Mesa da Câmara e um ofício foi enviado ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mais cedo, Maranhão se pronunciou sobre a decisão dele de anular o trâmite do processo de impeachment e afirmou que a medida era uma maneira de “corrigir vícios [do processo] que, certamente, seriam questionados no futuro”.

O político do PP-MA ainda chegou a rebater as críticas feitas por Renan Calheiros, de que ele estaria brincando com a democracia. “Não estamos e nem estaremos em momento algum brincando de fazer democracia”, afirmou, acrescentando que, ao contrário do que foi dito, ele tentava “salvar a democracia pelo debate”.

 

Processo de impeachment no Senado

Após rejeitar a anulação da decisão, o presidente do Senado deu seguimento ao processo com a leitura do relatório da Comissão Especial do Impeachment nesta segunda mesmo sob protestos de parlamentares da base governista. Na sequência, após prazo de 48 horas, os senadores votarão em plenário o relatório, aceitando ou não o processo de impeachment.
A votação deve acontecer na quarta-feira, dia 11, e, caso o pedido de afastamento seja acatado pela Casa, Dilma Rousseff é afastada do cargo por 180 dias até a conclusão do processo. Nesse interim, o vice-presidente Michel Temer assume a presidência.

 

 

 

 

 

Foto: Reprodução

*Com informações do Uol

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