Muito prejuízo. O Estado de Goiás tem intensificado o monitoramento de incêndios em áreas agrícolas e as ações de combate ao fogo nas Cidades atingidas.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que o prejuízo nas colheitas é de R$ 181 milhões e 711 mil, entre o final de julho e setembro de 2024, considerando sete culturas plantadas no período (feijão, cana-de-açúcar, milho, tomate, sorgo, batata inglesa e algodão).
O documento apresenta um panorama que auxilia nas análises, apontando caminhos para atuação das autoridades. “A situação está mais controlada em Goiás, apesar das adversidades climáticas, graças a ações como o monitoramento em tempo real e a pronta resposta da Defesa Civil”, disse o governador Ronaldo Caiado em evento recente em Brasília (DF), para tratar do assunto com a União. O chefe do Executivo afirma ainda que, na economia como um todo, o impacto pode chegar a R$ 1 bilhão e 500 milhões até o final do ano.
Conforme o Governo do Estados, os dados do acumulado do ano até agosto de 2024 mostram que a área produtiva queimada é de quase 102 mil hectares no Estado. Na produção agrícola, os Municípios mais atingidos são Itumbiara, Quirinópolis, Gouvelândia, Água Fria de Goiás e Padre Bernardo.
Pegando fogo. O Brasil lidera o ranking global de focos de incêndio no mês de setembro. Segundo dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre 1º e 25 de setembro, foram registrados 77 mil e 300 incêndios em todo o Território Nacional, o que representa 31% do total mundial. Isso significa uma média de 3 mil incêndios por dia no país. Diante da crise de queimadas, o governo informa que articula medidas para combater e prevenir os incêndios.
Dados do INPE mostram que os números do Brasil são mais que o dobro do segundo colocado no ranking de queimadas, Angola, que contabilizou 34 mil focos de incêndio, correspondendo a 13% do total. Em seguida, estão a Bolívia, com 28 mil focos (11%), e a República Democrática do Congo, com 20 mil focos (8%). Setembro já superou o número de focos de incêndio registrados em agosto e se tornou, até o momento, o mês com o maior número de queimadas deste ano.
No Brasil, a Região Amazônia é a mais afetada, concentrando 50% das áreas atingidas pelo fogo no País. Entre os Estados, Mato Grosso lidera o ranking de focos de incêndio no mês, com 18 mil E 800 registros, seguido pelo Pará, com 16 mil E 600, e Tocantins, com 6 mil E 500. O município com maior número de queimadas no período é São Félix do Xingu, no Pará, localizado a 1.050 quilômetros de Belém, que registrou 39 mil E 300 focos de incêndio.
Tristeza nacional. O segundo maior bioma brasileiro também ocupa essa posição (segundo) quando o assunto é ameaça à biodiversidade e aos serviços ecossistemáticos. Segundo estudo realizado pela Mapbiomas, o Cerrado perdeu 27% da vegetação nativa nos últimos 39 anos, o que representa 38 milhões de hectares.
Em toda a cobertura natural do País que sofreu transformação no uso do solo, o bioma, proporcionalmente, só foi menos afetado que o Pampa, que perdeu 28% de vegetação nativa ao longo desses anos.
Também conhecido como savana brasileira, o Cerrado ocupa 25% do território nacional, em 11 Estados que se estendem do Nordeste à maior parte do Centro-Oeste, e mantém áreas de transição com praticamente todos os biomas, exceto os Pampas. Pelas características adquiridas no contato com mais quatro ecossistemas (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga), é considerada a savana mais biodiversa do planeta.
Ao longo desse período, o bioma teve 88 milhões de hectares atingidos pelo fogo, o que causou a perda de 9,5 milhões de hectares. Embora seja mais resiliente aos incêndios, pesquisadores apontam que as mudanças climáticas associadas ao uso indiscriminado do fogo têm ameaçado a integridade de sua cobertura natural. “É essencial implementar políticas públicas que promovam a conscientização, reforcem sistemas de monitoramento e apliquem leis rigorosamente contra queimadas ilegais”, reforça a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Vera Arruda.
Junto com a cobertura natural do solo, a perda do Cerrado significa perder também a sua enorme capacidade de reter gás carbônico na biomassa de suas longas raízes, de recarregar a água subterrânea e de manter o ciclo hídrico que equilibra o planeta. “Temos observado que as áreas úmidas no Cerrado estão secando. Além disso, a expansão da agricultura sobre essas áreas vêm ocorrendo em algumas regiões no bioma, o que pode afetar o abastecimento hídrico e resultar em escassez de água para a população e para a agricultura, aumentando também a vulnerabilidade a desastres climáticos e à perda de biodiversidade”, alerta Joaquim Raposo, pesquisador do Ipam.
Para se ter uma ideia, de toda a área perdida ao longo dos 39 anos estudados, 500 mil hectares foram de áreas úmidas substituídas principalmente por pastagem. São áreas naturais consideradas fundamentais na manutenção dos recursos hídricos, presentes em 6 milhões de hectares do bioma onde nascem oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras.
Neste 11 de setembro, em que é celebrado o Dia do Cerrado, organizações da sociedade civil como os institutos Cerrados, Sociedade População e Natureza, Ipam e WWF Brasil lançaram uma campanha de sensibilização sobre a relevância do bioma e os desafios a serem enfrentados para a sua preservação.
Chamada Cerrado, Coração das Águas, a campanha foi lançada em um site que reúne informações relevantes sobre o bioma, suas características, biodiversidade, povos, turismo e caminhos para a preservação, além de reunir boas histórias dessa “floresta invertida”.
Cadeia. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, informou que subiu para sete o número de presos por envolvimento em incêndios de vegetação no Estado desde a semana passada. Um homem, de 32 anos, foi preso suspeito de tocar fogo em uma mata perto da Rodovia Engenheiro Ermênio de Oliveira Penteado, na Cidade de Salto, na terça-feira, dia 27/8, após ser encontrado pela Guarda Civil do Município com um isqueiro, próximo aos focos de queimadas.
Segundo a imprensa local, o sujeito confessou o crime. O caso foi registrado na Delegacia de Itu, onde o homem permanece preso.
Vixe. No período de 1º a 26 de agosto, a Bahia teve 785 focos de queimadas registrados. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a situação em todo o Brasil. O Inpe aponta a região oeste do estado como a mais preocupante, com 506 ocorrências do total de acidentes ambientais.
De janeiro para cá, a Bahia somou 3.265 focos de queimadas. Com isso, o estado é o segundo da região Nordeste com o maior registro de ocorrências, através apenas do Maranhão (6.658 queimadas). Em comparação com todo o país, o território baiano fica na 11ª posição. Os estados do Mato Grosso (21.694), Pará (14.794) e Amazonas (12.696) lideram o índice geral.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) até emitiu alerta de baixa umidade para Cidades do oeste baiano na terça-feira, dia 27/8. Outras regiões, como o centro norte e o centro sul baiano, também receberam o aviso.
Queimadas chegaram mais cedo na Bahia – Os incêndios florestais podem ser favorecidos por um fator natural: a combinação entre falta de chuva, ventos fortes e altas temperaturas. Na Bahia, esse fenômeno é esperado entre os meses de julho e outubro, mas, em 2024, os problemas chegaram mais cedo.
Somente no mês de junho, os bombeiros registraram 40 ocorrências no município de Luís Eduardo Magalhães. Naquele mês, pelo menos 305 focos de incêndio foram detectados pelo Inpe em todo o estado — número 10% maior do que a média histórica do mês.
À época, o comandante da 2ª Companhia de Bombeiros da Cidade, o aspirante Denison Amaro, disse que o aumento na ocorrência de queimadas se deve especialmente ao calor. Isso porque as altas temperaturas causam ressecamento da vegetação e, por consequência, a queda de material orgânico no solo.
Pai do céu. Mais de um milhão de hectares foram consumidos pelo fogo no Brasil em janeiro, segundo dados divulgados na terça-feira, dia 27/2, em São Paulo, pelo Monitor do Fogo, plataforma do MapBiomas, que monitora a extensão territorial afetada por queimadas. Em termos comparativos, é como se dez Estados como Sergipe tivessem sido queimados em um mês.
Enquanto janeiro de 2023 representou um recuo das queimadas em relação a 2022, o primeiro mês de 2024 exibe aumento de 248% em relação a janeiro de 2023. Foram 287 mil hectares queimados em janeiro de 2023 contra 1,03 milhão de hectares em janeiro de 2024.
Desse total, 941 hectares (91%) ficam na Amazônia, que foi o bioma mais afetado pelo fogo no período, principalmente em decorrência das queimadas que afetam o extremo norte da região nesse período. Foi um aumento de 266% em relação ao mês anterior. O segundo bioma mais atingido foi o Pantanal, com 40.626 hectares.
Os três Estados com maior área queimada em janeiro ficam na Amazônia: Roraima – 413.170 hectares atingidos pelo fogo – expansão de 250% em relação a janeiro de 2023; Pará – 314.601 hectares queimados; e o Amazonas – 95.356 hectares. Roraima representou 40% do total queimado no país em janeiro e o Pará, 30%.
Se ligue. Brigadistas e pesquisadores do Cerrado apontam que o uso consciente do fogo vem ajudando a reduzir os incêndios florestais na Chapada dos Veadeiros (GO) nos últimos anos. Prática adotada por parte dos brigadistas da região desde o ano de 2014, ela se expandiu, principalmente, depois dos grandes incêndios de 2017 e 2020 que consumiram, respectivamente, 22% e 31% do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
O chamado Manejo Integrado do Fogo (MIF) é o conjunto de técnicas que usam o fogo como ferramenta para prevenir os incêndios florestais, como a queima do excesso de vegetação seca que é propícia a se tornar combustível de incêndios de grandes proporções.
Na cachoeira de Santa Bárbara, por exemplo, localizada no Quilombo Kalunga (GO), a brigada formada por quilombolas põe fogo no espaço em torno das nascentes e das veredas que protegem o curso do rio para evitar que, no período da seca, incêndios alcancem a mata que protege as águas.
Entre abril e julho de 2023, os brigadistas do Prevfogo realizaram queimas conscientes em mais de 2 mil hectares dentro do quilombo. O Prevfogo é a unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama) que atua no combate e prevenção de incêndios florestais.
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Fonte: Agência Brasil
Fotografia: Joédson Alves/Divulgação/Agência Brasil
A Polícia Civil do Pará identificou três suspeitos de provocar queimadas em área de floresta nativa no sudeste do estado. Nesta quinta-feira, dia 29/8, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos. Dois são irmãos e proprietários da fazenda Ouro Verde, em São Félix do Xingu, e o terceiro é gerente da propriedade. A fazenda fica localizada dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu.
Segundo a polícia, foi encontrado no local um grupo de trabalhadores em condições análogas à escravidão. A operação está ainda em andamento.
Durante a operação, um dos suspeitos foi preso em flagrante com um revólver calibre 38, sem porte legal, durante cumprimento de busca e apreensão, na sede da fazenda em São Félix do Xingu. Os três vão responder por danos em área de proteção ambiental, poluição, queimadas e associação criminosa. De acordo com a Polícia, equipes fazem buscas na fazenda e em outras propriedades dos investigados, localizadas no estado de Goiás.
Segundo o diretor de Polícia do Interior da Polícia Civil do Pará, delegado José Humberto Melo, as investigações mostram que o grupo já derrubou e tocou fogo em mais de 5 mil quilômetros de mata. As investigações indicam que um dos suspeitos pode ter contratado mais de 50 homens para derrubar 20 mil hectares na fazenda Ouro Verde, que dica em área de proteção ambiental. Fonte: Agência Brasil
Uma advogada de 29 anos, residente na Cidade de Valente, perdeu o controle do carro e capotou no trecho da BA-120 que liga as Cidades de Santaluz e Queimadas. O acidente aconteceu na quinta-feira, dia 19/10. As circunstâncias são desconhecidas. Conforme testemunhas, a advogada seguia para Queimadas quando houve o acidente. Ela foi socorrida em uma ambulância e levada para o hospital de Santaluz. A mulher reclamava de dores nas pernas. O estado de saúde dela é estável. Uma guarnição da Polícia Militar esteve no local do acidente para registrar a ocorrência.
Agilidade. O governador Rui Costa seguiu para a Cidade de Queimadas, na Região Sisaleira da Bahia, por volta das 8h desta sexta-feira, dia 24/2, para vistoria de obras de abastecimento de água realizada. “Sigo a correria para sobrevoar áreas atingidas pela seca na região de Queimadas e as obras emergenciais de abastecimento de água que estamos fazendo por lá”, comunicou Rui em sua página oficial no Facebook.
Cerca de 50 mil moradores das Cidade de Queimadas e Santa Luz, na mesma Região Sisaleira, serão beneficiados com as obras emergenciais para reduzir o impacto da estiagem que comprometeu, nos últimos meses, o abastecimento de água das duas Cidades. As obras, cujo investimento é da ordem de R$ 3,4 milhões, seguem em ritmo acelerado.
Fatal. Um grave acidente com um ônibus de turismo deixou três pessoas feridas e uma morta, no inicio da madrugada desta quinta- feira, dia 1, nas proximidades do povoado de Ponto Novo, a cerca 12Km de Queimadas.
De acordo com o site Calila Notícias, o veiculo de placa policial (KDX 2366) licença de Vianópolis-Go, conduzido por um homem identificado como Genivaldo Brito da Silva, em companhia de seus dois filhos Jadson e Yan Lucas, além de um amigo da família conhecido como Zébedeu. Todos os envolvidos são do município de Valente e seguia sentido Cansanção.
Populares que passavam pelo local de imediato entraram em contato com a equipe do Hospital Dr. Edson Silva em Queimadas, que encaminhou duas ambulâncias para prestar os primeiros socorros. Deram entrada na emergência todos ocupantes, menos Yan Lucas Lima, de 15 anos, que infelizmente não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local.
Segundo relato do condutor do veiculo, ele ao avistar na curva um caminhão que viajava no sentido contrário e vinha em sua direção, quando tentou evitar a colisão perdeu o controle e desceu uma ribanceira, colidindo em uma árvore e em seguida tombou.
O corpo de Yan Lucas foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Senhor do Bonfim.