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Salvador tem primeira blitz educativa sobre uso de patinetes elétricos após novo decreto

domingo, julho 13th, 2025

Olha aí. A Prefeitura de Salvador realizou na manhã de sábado, dia 12/7, uma blitz de conscientização e fiscalização sobre o uso correto dos patinetes elétricos compartilhados. A ação, realizada na orla da Barra, foi coordenada pela Secretaria de Mobilidade (Semob) em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM) e contou também com o apoio da JET, empresa responsável pela operação do serviço na capital baiana.

A ação foi realizada poucos dias após a publicação do Decreto Municipal nº 40.301/2025, que regulamenta o uso dos chamados Equipamentos de Mobilidade Individual Autopropelidos (EMIA), como patinetes, bicicletas, monociclos e motos elétricas — tanto compartilhados quanto de uso particular. De acordo com o documento, os patinetes podem circular em ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas, parques, praças e ruas com limite de velocidade de até 40 km/h.

O limite máximo de velocidade também varia conforme o local. Em vias normais, a velocidade pode chegar a 25 km/h; em áreas com grande presença de pedestres, como praças, o limite cai para 12 km/h; e em calçadas, não pode passar de 6 km/h.  A norma também exige, entre outros itens, sinalização noturna, campainha, sistema de freios e limitador de velocidade para todos os equipamentos elétricos.

Durante a blitz, agentes verificaram se os usuários estavam respeitando normas como: uso individual do equipamento, proibição para menores de 18 anos e veto à condução sob efeito de álcool. Casais, pais com crianças ou qualquer tipo de transporte duplo estão proibidos, conforme o decreto.

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Fotografia: Jefferson Peixoto / Secom PMS

Sem regras, patinetes elétricos viram febre

quinta-feira, maio 9th, 2019

Quem anda pelo centro de grandes Cidades, certamente, já esbarrou em patinetes elétricos, verdes ou amarelos, aparentemente largados pelas esquinas ou calçadas. A alternativa de transporte surgiu de forma discreta, levantando a curiosidade do brasileiro e, aos poucos, começou a cair no gosto popular, transformando-se em “febre”. Desde a chegada do serviço de aluguel desses equipamentos, é comum ver pessoas circulando rapidamente entre os pedestres ou mesmo entre os carros em pequenos patinetes elétricos.

Na avaliação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a nova opção traz vantagens para a mobilidade de grandes cidades. Entretanto, é necessário que o Poder Público regulamente o uso do equipamento para que haja regras que garantam a segurança de usuários, motoristas e pedestres.

Professor do Programa de Engenharia de Transporte do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ronaldo Balassiano defende o aumento no número de opções de transporte, sobretudo nos locais onde os carros são os grandes poluidores.

“Do ponto de vista de se locomover em distâncias pequenas, entre 5 km ou 6 km, nas redondezas de casa ou do trabalho, o patinete traz uma contribuição boa para a mobilidade urbana. O grande problema é que as nossas autoridades, responsáveis por regular esses modos, continuam na idade da pedra. O patinete já vem sendo usado nos Estados Unidos e na Europa há alguns anos. Por que nós não nos preparamos para um mínimo de regulamentação?”, questionou.

Os equipamentos, alimentados por uma bateria, podem chegar a uma velocidade máxima de 20 km por hora, tornando difícil frear ou mesmo desviar de um obstáculo a tempo de evitar uma queda ou colisão.

Especialista em mobilidade, Balassiano destacou que a regulamentação do Poder Público trará mais segurança.

Segundo ele, não se trata de “engessar” o modo de transporte, mas evitar acidentes, uma vez que os patinetes alcançam velocidades muito altas para serem usados nas calçadas. “Se atropelar um idoso, uma criança ou uma gestante, a chance de acontecer um acidente grave é muito alta. Por outro lado, nas ruas, a gente sabe que os carros e os ônibus não respeitam nem as bicicletas, o que dirá os patinetes”, advertiu Balassiano.

Na avaliação dele, o ideal é que os patinetes trafeguem em ciclovias ou ciclofaixas, juntamente com as bicicletas. Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Valter Campanato/Reprodução/Agência Brasil