Não corre ninguém. A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira, dia 20, mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em um inquérito que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por suspeita de tráfico de influência envolvendo contratos de empreiteiras.
A operação foi batizada de Janus, o deus romano de duas faces. A ação não faz parte da Lava Jato e todas as medidas são cumpridas em Santos, no litoral paulista: 4 mandados de busca e apreensão, 2 de condução coercitiva e 5 intimações.
O ex-presidente pelo PT não é alvo de nenhuma medida, mas pessoas ligadas a ele são investigadas.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, um dos alvos da operação seria o sobrinho de Lula, que é filho do irmão da primeira mulher do petista.
No foco da apuração estão contratos da Odebrecht firmados entre 2012 e 2015 com uma pequena empresa da construção civil de Santos, contratada para executar obras em Angola, com suspeita de tráfico de influência de Lula.
Uma outra empresa, de um ex-agente público, teria sido usada para pagar propina nesta operação.
A Operação Janus também analisa a possibilidade da Odebrecht ter pago propina para obter empréstimo do BNDES, entre 2011 e 2014.
De acordo com a PF, o nome Janus foi escolhido para simbolizar que o trabalho policial está atento ao passado e também ao futuro, cobrindo todos os lados das investigações. São investigados hoje os crimes de tráfico de influência, corrupção e lavagem de dinheiro.
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