Moradores das imediações onde o estudante Leonardo Moura foi encontrado, na manhã do dia 9 de julho, afirmam que viram o jovem caindo da balaustrada da praia do Alto da Sereia, na Avenida Oceânica. As declarações coincidem com as informações passadas à central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para os socorristas que foram ao local.
Na manhã desta sexta-feira (15), uma equipe da 1ª DH/Atlântico, coordenada pela delegada Andrea Ribeiro, juntamente com o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e um dos socorristas do SAMU, que prestou os primeiros atendimentos ao estudante, estiveram no local para fazer a perícia. Enquanto levantavam informações buscando vestígios do ocorrido, o grupo foi abordado por moradores do local, que afirmaram ter visto Leonardo caindo da balaustrada.
As testemunhas foram encaminhadas a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ouvidas pela delegada Mariana Ouais, titular da 1ª DH/ Atlântico, responsável pelo caso. “Uma das testemunhas contou que viu Leonardo andando na calçada, cambaleando, sozinho, e, instantes depois, já estava caído de bruços na areia da praia, bem onde fica uma vala de esgoto”, narra a delegada.
Enquanto os peritos do DPT, que estavam no local, mediam a altura entre a balaustrada e o chão, calculada em 4,7 metros, testemunhas informavam também que uma viatura da polícia militar passou no local instantes depois do acidente e os policiais foram chamados para auxiliar no socorro. Eles ficaram com Leonardo até o SAMU chegar. De acordo com a delegada Mariana Ouais, os PMs já estão sendo identificados e serão chamados para depor no DHPP sobre o caso. Também estão sendo aguardadas imagens do local e os prontuários do Samu, do HGE e laudos do DPT.
SOCORRISTAS
Os socorristas também foram ouvidos nesta manhã pela delegada e relataram que foram chamados para atender um caso de queda, próximo ao Sukiaki, por volta das 6h10. Segundo o técnico Márcio Santiago, que foi o primeiro a chegar ao local, de motocicleta, Leonardo estava sentado na praia, na companhia dos policiais militares.
“Ele estava lúcido. Perguntei nome, idade, endereço e ele respondeu tudo”, conta Santiago, que depois de verificar os sinais vitais, passou a seguir o protocolo de trauma. A vítima foi imobilizada e levada, para a unidade móvel, na prancha rígida, contando com a ajuda dos policiais militares. Márcio disse que chegou a perguntar o que havia acontecido a Leonardo, mas ele disse se lembrar apenas que estava caminhando na calçada.
Santiago disse ainda, que não viu nenhum hematoma correspondente a uma agressão no corpo de Leonardo: “Se ele tinha escoriações, eram tão discretas, que não vimos. Ele não queria ser levado para o hospital, pedia para ir para casa”, explicou o socorrista. Conforme Ascom
Foto: Divulgação/Polícia Civil