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Polícia Federal conclui inquérito do acidente que matou Eduardo Campos

terça-feira, agosto 7th, 2018

A uma semana de completar quatro anos do acidente aéreo que vitimou o então candidato à Presidência da República Eduardo Campos, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre a morte do político pernambucano.

O relatório final sobre o caso foi apresentado pela PF na segunda-feira 6/8 à família de Campos e será apresentado nesta terça 7/8, à família do piloto Marcos Martins, que comandava a aeronave no momento do acidente.

Somente após a apresentação do relatório à família do piloto, as informações sobre o relatório serão divulgadas publicamente, informou a assessoria de imprensa da PF.

Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014 na queda de um jatinho na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo. A aeronave em que estava o ex-governador de Pernambuco, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP).

Quando se preparava para pouso, o piloto arremeteu o avião devido à falta de visibilidade provocada pelo mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Ao lado da ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva, Campos tentava chegar à Presidência da República pela coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, PHS, PRP, PPS, PPL, PSL).

Depois de ser deputado estadual, três vezes deputado federal, secretário estadual de Governo e de Fazenda, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos, o economista pernambucano concorria pela primeira vez ao cargo mais importante da política brasileira. Nas pesquisas eleitorais, Campos aparecia como terceiro colocado.

Eduardo Campos, que é neto do político Miguel Arres, morreu na mesma data que seu avô, falecido em 2005. Campos era filho de Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e do poeta e cronista Maximiano Campos.

O então candidato do PSB à Presidência da República tinha acabado de fazer 49 anos, no dia 10 agosto daquele ano. Além de Campos e do piloto Marcos Martins, morreram no acidente o copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha e quatro integrantes da equipe que assessorava o ex-governador de Pernambuco, formada pelo assessor de imprensa Carlos Augusto Percol, o fotógrafo Alexandre Severo o cinegrafista Marcelo Lyra e o advogado Pedro Valadares.

 

 

 

Foto: Reprodução

*Agencia Brasil

Um ano após a morte de Eduardo Campos, PSB busca liderança nacional

quinta-feira, agosto 13th, 2015

Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014 / Evaristo Sá/AFP

Olha aí. No dia 13 de agosto de 2014, o acidente aéreo que matou Eduardo Campos balançou a corrida eleitoral e causou comoção no meio político. Um ano depois da morte do ex-governador de Pernambuco, a tragédia permanece sem explicação, já que a caixa preta não registrou os últimos minutos de voo da aeronave, que caiu em Santos, no litoral de São Paulo.

Com o slogan de que seria o portador de uma “nova política”, Campos, candidato pelo PSB, ganhou projeção como uma alternativa ao cenário político polarizado entre PT e PSBD, que se alternaram na disputa presidencial desde 1992. A morte do pernambucano legou a posição de destaque a Marina Silva, mas a ex-ministra acabou derrotada logo no primeiro turno, após uma arrancada de popularidade.

“A entrada de Eduardo Campos (na eleição) e posteriormente da Marina deu a esperança de que haveria uma terceira forma, uma terceira possibilidade de mudar o ciclo da eleição”, afirma a cientista política Maria Teresa Kerbauy, da Unesp.

“A ideia da ‘nova política’ proposta pelas candidaturas de Eduardo Campos e Marina acho que se perdeu diante da avalanche de acontecimentos políticos, econômicos e éticos que ocorreram a partir de janeiro de 2015”, analisa a especialista. “Ela poderá voltar, mas deverá ser repensada tendo em vista os acontecimentos de 2015.”

Segundo Maria Teresa, o grande vácuo deixado pela morte de Campos é justamente esse, a falta de uma liderança que se apresente como uma “terceira via”.

Nascido em 10 de agosto de 1965, Eduardo Campos completaria 50 anos em 2015. Longe de ser um novato que se fez sozinho na política, ele vinha de uma família influente – seu avô Miguel de Arraes foi governador de Pernambuco por três vezes, e sua mãe, Ana Arraes, é ministra do Tribunal de Contas da União.

O ex-governador era casado com Renata Campos, com quem teve cinco filhos. O segundo mais velho deles, João Campos, de 21 anos, já segue os passos do pai na política, discursando bastante desde o acidente, e deve se candidatar a deputado federal em 2018.

Para Maria Teresa Kerbauy, João Campos tem todas as condições para conseguir engrenar uma carreira na política e se eleger. “A tradição política de sua família é um fator importante para o seu sucesso eleitoral”, pontua.

 

 

 

 

Foto: Reprodução

Com informações do Portal da Band