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Parque Nacional do Iguaçu é concedido por R$ 375 milhões

quarta-feira, março 23rd, 2022

Obra da natureza. O Parque Nacional do Iguaçu foi concedido terça-feira 22/3, à iniciativa privada por R$ 375 milhões. A melhor proposta ofertada foi a do Consórcio Novo PNI e representou ágio de 349,45% em relação ao previsto no edital. O leilão foi realizado na tarde de hoje pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e aconteceu na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com o ministério, esse é um dos maiores projetos de concessão no setor.

Duas empresas fizeram propostas para a concessão do Parque Nacional do Iguaçu: além do Consórcio PNI, concorreu o Consórcio Reserva Iguaçu. Após a apresentação das propostas em papel, o leilão promoveu propostas por viva voz. Foram apresentadas dez propostas em viva voz. O vencedor do certame, o Consórcio Novo PNI, é formado pelo Grupo Cataratas [atual gestor do parque] e pela Construcap [empresa que é concessionária do parque Ibirapuera, em São Paulo].

Segundo Martha Seillier, secretária especial da secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, a concessão vai permitir o desenvolvimento de novas atividades no parque. “Isso vai permitir que tenhamos novos polos sendo visitados na região. Hoje só conhecemos basicamente o polo onde estão as quedas d’água. Temos três novos polos que serão desenvolvidos, novas trilhas, teleféricos e o trem que vai conectar os passageiros de forma mais sustentável”, disse, após o resultado do leilão.

O leilão foi acompanhado pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, e pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. “A conexão entre os parques e o turismo de natureza é uma grande oportunidade de geração de renda, de geração de emprego verde, aliada à proteção ambiental, como essa concessão exige”, disse o ministro.

Segundo ele, parte dos recursos obtidos nessa concessão serão direcionados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O percentual destinado à fiscalização, no entanto, não foi divulgado pelo governo. “Esse novo modelo [de concessão] é desenhado para que o ICMBio tenha mais capacidade de proteção e fiscalização”, respondeu a jornalistas que questionaram sobre o valor a ser destinado ao instituto.

O projeto de concessão prevê investimentos de R$ 500 milhões em novas infraestruturas e outros R$ 3,6 bilhões em operação do parque durante o período de concessão, previsto para 30 anos. Pelo edital, o concessionário não poderá cobrar pelo ingresso um valor acima do estabelecido em contrato. Também está previsto desconto no ingresso para moradores dos 13 municípios do entorno do parque. O edital determina ainda aspectos ligados à preservação ambiental e preocupação com as comunidades do entorno.

Atualmente, o preço do ingresso do parque cobrado de brasileiros é de R$ 63 para pessoas acima dos 12 anos, contando-se com a taxa para conservação e transporte. Para visitantes de países do Mercosul, esse mesmo ingresso é vendido a R$ 85 e para visitantes dos demais países, R$ 107.

Mata Atlântica

O Parque Nacional do Iguaçu, situado na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, tem uma área de quase 200 mil hectares e foi criado em 1939. Sua principal atração são as Cataratas do Iguaçu, eleita uma das sete maravilhas da natureza, em 2011. O parque é também a maior reserva remanescente de Mata Atlântica da região e conquistou o título de Patrimônio Natural da Humanidade. De acordo com o ministério, ele costuma receber 2 milhões de turistas por ano. A expectativa é que, com a concessão, o número de visitantes seja duplicado.

Todo o processo da concessão foi conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e contou com a estruturação pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do Instituto Semeia e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Fabíola Sinimbú/Agência Brasil

“Entre Amoedo e Bolsonaro, fico com Bolsonaro !”, escreve ministro expulso do partido

quinta-feira, maio 7th, 2020

Expulso do partido. O ministro do Meio Ambiente do Governo Bolsonaro, Ricardo Salles, afirmou nesta quinta-feira, dia 7/5, através das redes sociais, que foi expulso do Partido Novo. 

Segundo Salles, o motivo da medida foi pelo fato de ele ter assumido o cargo no Governo Federal. O ministro do Meio Ambiente tomou posse no dia 1º de janeiro de 2019, no Governo do presidente Jair Bolsonaro. 

“Fui comunicado da minha expulsão por ter assumido ‘sem qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao partido Novo, o cargo de ministro de Estado do Meio Ambiente no governo do atual presidente Sr. Jair Messias Bolsonaro’. Entre [João] Amoedo e Bolsonaro, fico com Bolsonaro!”, relatou o ministro.

Fotografia: Fabio Rodrigues Pozzebom/Divulgação/Agência Brasil