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Bahia registra seis mortes por meningite em 2025

quinta-feira, abril 24th, 2025

Olha aí. Doença grave que provoca inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, a meningite já causou a internação de 49 pessoas na Bahia este ano, sendo que seis pacientes morreram, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A morte mais recente foi de um professor de 33 anos, na cidade de Feira de Santana, neste mês de abril, vítima do tipo mais grave da doença: a meningite bacteriana.

O médico infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, alerta que a meningite, que tem o dia mundial de combate lembrado no dia 24 de abril, é causada, principalmente, por vírus e bactérias, mas que pode ser prevenida por meio da vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde e na rede privada. “A imunização contra a meningite é recomendada para crianças, adolescentes e adultos. O que vai diferenciar é o esquema vacinal, que é feito de acordo com a idade e o tipo de imunizante”, explica.

A vacina meningocócica C, por exemplo, é aplicada em três doses na infância (aos 3 meses, 5 meses e um reforço com 1 ano). Para crianças, a dose é oferecida entre os 11 e 12 anos. Já a vacina meningocócica B é recomendada para crianças e jovens saudáveis entre 10 e 25 anos, sendo duas doses com intervalo mínimo de seis meses. Há ainda a vacina meningocócica ACWY, que é aplicada no primeiro ano de vida, iniciando aos 3 meses do bebê. Já a segunda dose deve ser tomada aos 5 meses, com reforço a partir de 1 ano de idade

O especialista ainda destaca que as vacinas conjugadas pneumocócicas 10, 13 e 23 também são usadas para prevenir doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, como a meningite. Elas estão disponíveis nas redes pública e privada. Os imunizantes 10 e 13, além da meningite, ajudam a prevenir contra otite e pneumonia. A 23, por sua vez, protege contra pneumonia, meningite, bacteremia e septicemia.

A rede particular ainda dispõe de mais duas vacinas exclusivas, a pneumo 15, que é um imunizante conjugado que oferece proteção contra 15 diferentes sorotipos da bactéria Streptococcus pneumoniae, e a nova pneumo 20, que amplia a cobertura de maior número de sorotipos, incluindo aqueles associados a casos graves e resistentes a antibióticos. Assim como as vacinas conjugadas anteriores, a pneumo 20 é indicada para crianças, idosos e portadores de condições de risco para doença pneumocócica grave. Os imunizantes contra a meningite estão disponíveis nas unidades do Sabin em Salvador, Lauro de Freitas e Barreiras.

Fique de olhos nos sintomas

O infectologista destaca que os pacientes e pessoas próximas devem ficar atentos aos sintomas da meningite para que o diagnóstico e o tratamento sejam iniciados o mais rápido possível, evitando, desta forma, complicações graves, que podem levar a um coma ou até mesmo a óbito.

“Os sinais clássicos da meningite são febre, dor de cabeça, vômito, irritabilidade, sonolência, fotofobia, falta de apetite e, em alguns casos, rigidez no pescoço. Já a bacteriana, apresenta confusão mental, convulsões, tremores e uma dor de cabeça muito forte, que a pessoa nunca teve na vida”, informa Bastos, pontuando que, ao aparecer esses sintomas, o paciente deve ser levado imediatamente ao hospital.

“O diagnóstico definitivo da meningite pode ser feito com a coleta do líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano (LCR). Ele é um fluido que protege o sistema nervoso central e é produzido no cérebro. Esse fluido circula no espaço que envolve o cérebro e a medula espinhal. Por isso, a punção deve ser feita por um médico especializado em uma unidade de saúde”, afirma.

Diferença entre as meningites

Bastos explica que a principal diferença entre a meningite asséptica – que é causada, principalmente, pelos enterovírus, herpesvírus, dentre outros – e a bacteriana é o tipo de microrganismo agente da doença. No caso da viral, ela é menos grave e tem um prognóstico mais favorável. Ela acomete, mais frequentemente, crianças, no primeiro ano de vida.

Já a forma mais grave, a bacteriana, pode ser fatal. Essa doença pode ser causada por diversas bactérias, como a Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Neisseria meningitidis (meningococo), _Haemophilus influenzae_tipo b, Escherichia coli e Listeria monocytogenes.

Há ainda a meningite fúngica, que pode ser causada por diferentes tipos de fungos, sendo os mais comuns da espécie Cryptococcus. Apesar de menos comum e a única não contagiosa, ela pode ser fatal, principalmente para pessoas com o sistema imunológico mais debilitado.

“Além da gravidade da meningite bacteriana, que pode danificar seriamente o cérebro e causar infecção generalizada, a doença pode ser muito contagiosa, transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas, quando alguém tosse, espirra ou fala”, esclarece Bastos, dizendo que o tratamento é realizado com antibióticos por via venosa e monitoramento hospitalar. “Pessoas que tiveram contatos com o paciente também precisam ser monitoradas e tratadas para prevenir o contágio”, conclui.

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Fotografia: Divulgação/GOVBA

Vacinação contra meningite busca menores de 11 anos com dose em atraso

domingo, setembro 5th, 2021

Aviso importante. Os pais de crianças menores de 11 anos que não levaram seus filhos para se vacinar contra a doença meningogócica na idade recomendada têm nova chance para colocar a imunização em dia até dezembro de 2021. O Ministério da Saúde distribuiu 900 mil doses da vacina meningocócica C (conjugada) em agosto e ampliou a idade do público-alvo para alcançar quem deixou de ir aos postos nos últimos anos.

A vacina protege contra a bactéria meningococo C, que causa quadros graves como a meningite (inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central) e a meningococemia (infecção generalizada pelo meningococo). O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza esse imunizante na rotina de vacinação, em um esquema de duas doses, aos 3 e 5 meses de vida, com uma dose de reforço aos 12 meses de idade.

Para os responsáveis que, por algum motivo, perderam a oportunidade de levar as crianças aos postos na idade indicada, o PNI previa a administração de uma dose até os 4 anos, 11 meses e 29 dias. Para ampliar a cobertura, desde julho, os postos de vacinação estão autorizados a vacinar também crianças menores de 11 anos que estejam em atraso com essa vacina. Segundo o Ministério da Saúde, o número de não vacinados menores de 10 anos pode chegar a 1,8 milhão.

No comunicado aos coordenadores estaduais de imunizações, a Coordenação-Geral do PNI afirma que a medida foi tomada “diante do cenário de baixas coberturas vacinais, observadas a partir de 2016, situação que se agravou a partir de 2020 com a pandemia da covid-19, possivelmente em virtude do receio da população em buscar os serviços de saúde para a atualização do Calendário de Vacinação”.

Segundo o texto, o objetivo da ampliação é aumentar a proteção contra a doença meningocócica, evitando a ocorrência de surtos pelo sorogrupo C, hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos, em especial quando do retorno das aulas presenciais. Além disso, a medida busca otimizar o uso das doses da vacina, acrescenta o comunicado, “em virtude do baixo consumo desta vacina nos últimos anos, e da existência de quantitativo de doses”.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, ressalta que o Brasil teve uma queda expressiva no número de casos da doença desde que adotou a vacina no Sistema Único da Saúde (SUS), em 2010. A queda da cobertura nos últimos anos, porém, traz um alerta, porque a doença não parou de circular.

“Isso significa que temos um contingente de muitas crianças que não foram vacinadas e são suscetíveis a uma doença que é endêmica no país. Essa bactéria, há muitos anos, está presente no nosso meio, já causou surtos epidêmicos em outros momentos, e o risco de não termos essa cobertura adequada é termos novos casos dessas doenças, que são graves”, afirmou.

Como a transmissão dessa bactéria é respiratória, Cunha avalia que as medidas de prevenção contra o vírus SARS-CoV-2 também têm contido o número de casos de doença meningocócica. “O cenário nos preocupa muito, porque, com o retorno às escolas e com a maior flexibilização de todas as medidas não farmacológicas, isso pode acarretar aumento do número de casos, para uma doença que é evitável e para a qual temos uma vacina disponível na rede pública.”

O presidente da SBIm também chama a atenção para a vacinação da faixa etária seguinte, as crianças e adolescentes de 11 e 12 anos, que devem tomar a vacina meningocócica ACWY, contra quatro sorotipos do meningococo.

Infectologista e gerente médica de vacinas da farmacêutica GSK, que fornece a vacina ao SUS, Lessandra Michelin alerta que o meningococo C é uma bactéria agressiva, que pode causar sequelas neurológicas graves, amputações e levar à morte em menos de 24 horas, mesmo quando diagnosticado e tratado.

“O meningococo não causa só a meningite. Essa bactéria pode entrar na circulação sanguínea e causar uma infecção sistêmica, afetando muitos órgãos, e pode também se manifestar na forma de uma pneumonia. Mas a forma mais frequente é a de meningite”.

Além dos pais, a infectologista pede que os profissionais de saúde também atentem para o calendário vacinal e recomendem a imunização contra o meningococo C. “Os profissionais de saúde têm um papel fundamental na indicação. Muitas vezes, na correria do dia a dia, em uma consulta médica, a gente esquece de perguntar como está a carteirinha vacinal. Este é o nosso papel como profissionais de saúde. E não é só o medico. O enfermeiro, o auxiliar de enfermagem no posto e até o profissional da farmácia.”

Uma pesquisa realizada pela GSK e divulgada em março deste ano mostrou que a pandemia de covid-19 fez com que pais adiassem a vacinação contra a meningite em diversos países. No caso do Brasil, 72% dos entrevistados que não levaram os filhos para se vacinar apontaram as restrições para a prevenção da covid-19 como uma das causas; 45% afirmaram ter medo de ser infectados pelo novo coronavírus e 19% disseram ainda que não levaram as crianças para se imunizar contra a meningite porque contraíram covid-19 ou tiveram que cuidar de alguém com a doença.

Lessandra Michelin destaca que, seguindo as medidas de prevenção, a ida aos postos de vacinação é segura e não deve mais ser adiada. “Estamos em um outro momento da pandemia, e faz parte a gente ter que atualizar os calendários agora, porque as crianças também estão tendo maior mobilidade, estão voltando à escola e a atividades extracurriculares e precisam estar protegidas.”

Fotografia: Geovana Albuquerque/Agência Saúde/DF

Adolescente diagnosticado com meningite na cidade de Itabuna apresenta melhora

sábado, novembro 15th, 2014

HCMF FACHADA

Olha aí. O adolescente de 13 anos, diagnosticado com meningite bacteriana, na sexta-feira dia 14, em Itabuna, apresentou melhora no seu estado de saúde. O menino permanece entubado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Calixto Midlej, porém não sente mais dores no corpo.

Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Itabuna, serão realizados alguns exames para indicar que tipo de bactéria o menino contraiu. O resultado será divulgado até segunda-feira, dia 17.

Foto: Reprodução

 

Itabuna: Menino de 13 anos é internado com meningite

sábado, novembro 15th, 2014

HCMF FACHADA

Um adolescente de 13 anos identificado como Brener Wellington Cordeiro da Silva, foi diagnosticado com meningite bacteriana na Cidade de Itabuna. O jovem está internado em estado grave na CTI do Hospital Calixto Midlej.

A Secretaria de Saúde do município informou que aguarda agora resultado de exames específicos, depois de a doença ter sido diagnostica preliminarmente. O material coletado foi encaminhado para o Laboratório Central em Salvador para contraprova.

O adolescente deu entrada no Hospital de Base na quarta com fortes dores de cabeça e dor de ouvido. Depois, ele foi transferido para o Hospital Manoel Novaes, especializado em atendimento materno-infantil. Com quadro cada vez mais grave, ele foi levado para a a CTI do Calixto Midjej Filho.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria comunicou o caso à 7ª Dires e à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. O resultado da contraprova deve ser entregue pela Sesab na segunda-feira, dia 17.

Foto: Reprodução