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Ministro pede que corte no orçamento seja revisto “urgentemente”

terça-feira, outubro 12th, 2021

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, comentou, no último fim de semana, o corte no orçamento da pasta, aprovado pelo Congresso Nacional por solicitação do Ministério da Economia. O projeto retirou R$ 690 milhões do ministério comandado por Pontes e repassou para outros setores. 

Com a redução, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) perdeu 90% do seu orçamento, incluindo recursos que serviriam para o pagamento de bolsas de pesquisa, o que pode impactar projetos em andamento. 

Em nota conjunta, entidades científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM) e Associação Nacional de Estudantes de Pós-Graduação (ANPG) criticaram a mudança de destinação de recursos. 

“Quando mais precisamos da ciência, a equipe econômica age contra a lei, com manobras que sugerem a intenção deliberada de prejudicar o desenvolvimento científico do Brasil. Além de não liberar os R$ 690 milhões à revelia dos compromissos firmados com setor, cerca de R$ 2 bilhões do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] seguem pendentes de destinação, em claro descumprimento da Lei Complementar n° 177/2021. É incompreensível que o Congresso Nacional permita que suas decisões, manifestadas democraticamente na aprovação de leis para o país, sigam sendo descumpridas por meio de manobras de último momento. É preciso priorizar a ciência. Ciência é vida!”, diz a nota.

Nota do Ministério da Economia

Em nota, o Ministério da Economia informou, na sexta-feira (8), que proposta de alteração na programação orçamentária “ocorreu para cumprir decisão governamental quanto à necessidade de remanejar recursos neste momento, a qual foi referendada pela Junta de Execução Orçamentária (JEO)”. 

“Não são recursos originados da reserva de contingência do FNDCT. Entre essas demandas, consta o atendimento de R$ 89,8 milhões para o MCTI. Desse total, R$ 63 milhões serão destinados para despesas com produção e fornecimento de radiofármacos no país. Outros R$ 19 milhões vão para o funcionamento das instalações laboratoriais que dão suporte operacional às atividades de produção, prestação de serviços, desenvolvimento e pesquisa. Estão contempladas ainda despesas do Ministério da Saúde, Educação (R$ 107 milhões para a concessão de bolsas de estudo no ensino superior e outros R$ 5 milhões para o apoio ao desenvolvimento da educação básica), Cidadania, Comunicações, Desenvolvimento Regional (R$ 150 milhões para ações de proteção e Defesa Civil associadas à distribuição de água potável às populações atingidas por estiagem e seca (Operação Carro-Pipa), R$ 100 milhões para a integralização de cotas de moradia do Fundo de Arrendamento Residencial e R$ 2,2 milhões para obras de infraestrutura hídrica) e Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, informou a pasta.

Fonte: Agência Brasil

Fotografia: José Cruz/Divulgação/Agência Brasil

Governo anuncia teste de remédio que demonstrou mais de 90% de eficácia contra a covid-19

quinta-feira, abril 16th, 2020

Ministério Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) anunciou, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto na quarta-feira, dia 15/4, algumas pesquisas brasileiras que se destacam em busca de soluções de combate ao coronavírus. Uma pesquisa em andamento é sobre um remédio promissor contra a Covid-19, que começará a ser testado em 500 pacientes nas próximas semanas, segundo o ministro Marcos Pontes. Em análises in vitro, o medicamento reduziu em 94% a carga viral nas células infectadas pelo coronavírus. A estimativa é de que os resultados dos estudos clínicos em pacientes sejam concluídos até a metade do mês de maio.

O ministro Pontes citou uma outra pesquisa, que conta com investimento do Governo Federal, e está relacionada à vacina BCG, usada contra a tuberculose. O Ministério repassou cerca de R$ 600 mil, que devem ser investidos em estudos clínicos para essa pesquisa. A intenção é testar se vacinados são mais resistentes ao coronavírus. Alguns dados recentes têm demonstrado que países que mantém o uso da BCG apresentaram menores proporções de Covid-19 em comparação a países que suspenderam o uso da vacina.

A ideia é avaliar se o composto selecionado é eficaz e seguro para que seja recomendado como tratamento. Seguindo o protocolo clínico, serão testados pacientes com mais de 18 anos, com pneumonia inicial e sintomas típicos da doença. Parte do grupo receberá placebo, e outra parte receberá o medicamento para avaliar sua eficácia. O tempo de avaliação de cada paciente será de 14 dias.

O nome do medicamento selecionado será mantido em sigilo até que os resultados dos testes clínicos demonstrem a sua eficácia em pacientes. O que se pode adiantar é que o fármaco tem baixo custo, ampla distribuição em território nacional, não provoca efeitos colaterais graves e pode ser usado por pessoas de diversos perfis, inclusive em formulações pediátricas.

“Os testes clínicos funcionando perfeitamente, aproximadamente pelo meio de maio a gente tem uma ferramenta muito efetiva para combater essa epidemia aqui no Brasil, e resolver todos esses problemas. De novo: ciência e tecnologia é o caminho para a gente vencer tudo isso. É através da ciência e tecnologia que a gente consegue atacar a causa do problema e ter esse resultado”, destacou o ministro Marcos Pontes durante coletiva. 

Com informações do Ministério Ciência, Tecnologia e Comunicações

Foto: Júlio Nascimento/PR